A noite estava chuvosa mas Sakura não conseguia dormir, em pouco tempo com Sasuke de volta a vila ela tinha sido pedida em casamento e recebido a notícia de que poderia construir seu hospital infantil. Era impossível dormir! Andava de um lado para o outro na casa vazia que havia alugado, apesar de sentir falta dos seus pais em momentos exatamente como aqueles, considerava que tinha sido uma boa escola, precisava e queria aprender a se virar sozinha em todos os sentidos. Era sobre isso que ela refletia quando ouviu alguém bater à porta. Um arrepio percorreu toda sua espinha ao sentir aquele chakra familiar, correu até a porta e a abriu, dando de cara com os olhos que pensara que veria.
- Sasuke-kun? - Agora ela o olhava melhor, estava molhado pela chuva e por suas sobrancelhas contorcidas ela podia notar que estava sentindo dor.
Sem que ele a respondesse, a rosada saiu da porta abrindo caminho para que ele entrasse, logo desabando em seu chão. Não precisou explicar, ela imaginou o que tinha acontecido por ter passado exatamente aquilo com Naruto: o braço feito das células da Hashirama era incrível, como o braço que ele tinha antes, mas o processo do corpo o aceitar como membro era lento e extremamente doloroso. Ela se sentia culpada por ter insistido que ele aceitasse o braço, de certo forma era sua culpa aquele sofrimento.
Usando toda a força que tinha, Sakura o arrastou até seu quarto, arrancou suas roupas molhadas e o jogou em cima da sua própria cama. Depois correu até a cozinha e trouxe uma cadeira para o lado dele, onde se sentou concentrada em diminuir ao máximo a dor que ele estava sentindo.
O Uchiha estava em seu estado de semiconsciência, os olhos entreabertos viam a expressão séria e preocupada da mulher. Era bonito. Ele sabia que a deixaria preocupada se visse até ela, mas não pôde evitar. Gradualmente a dor foi diminuindo e cada vez mais ele se encontrava compenetrado naquele rosto.
- Você está bem? - Sakura perguntou ao perceber que ele agora a encarava com os olhos perfeitamente abertos.
- Estou - ele respondeu ainda a olhando.
Não demorou muito para que ela corasse e desviasse o olhar mexendo em qualquer coisa no móvel perto da cabeceira de sua cama. Ele não gostava quando ela fazia isso, gostava quando ela o olhava e por isso até poderia se machucar mais vezes. Somente quando Sakura estava como médica ela se atrevia a olhá-lo sem medo.
O moreno cogitou que talvez não fosse por medo, fosse por falta de intimidade. Desde que a pediu em casamento se viram mais vezes como casal mas não conseguiam agir como um e a culpa talvez fosse dele por ser tão distante. Sasuke se ajeitou na cama aproximando-se da Haruno que não conseguiu evitar e o olhou. Ele se aproximava e a mão dele estava indo em direção ao seu rosto, seu coração já estava tão acelerado que ela fechou os olhos com força o fazendo rir e pensar que ela gostaria de tê-lo visto rir.
Então a beijou. Sua mão colocou gentilmente uma mecha dos cabelos dela atrás da orelha, descendo pelo seu rosto como uma carícia até chegar em sua nuca. A sua outra mão foi em direção a cintura dela, puxando-a de leve para perto. A surpresa foi ver que ela somente precisava daquilo, uma certa permissão para que ela pudesse aprofundar o beijo. Quando deu por si, a rosada estava praticamente em cima dele, apoiando as mãos no colchão ao redor dele.
Sakura se assustou. Ela não sabia que poderia ser tão pervertida daquela forma. Separou o beijo meio sem fôlego, nem pela movimentação si, mas por perceber que estava tão próxima ao corpo dele sem camisa. Seus olhos tinham um misto de espanto e de desejo que confundiam o Uchiha, mas ele deixou que sua vontade falasse mais alto quando ela pareceu que ia se afastar, a puxando novamente para o beijo e desta vez a fazendo deitar no colchão, invertendo as posições. A mão dela desceu lentamente por seu abdômen o fazendo arrepiar.
Ainda sem certeza se podia ou devia, o moreno levou as mãos até as coxas alvas da Haruno e as apertou por debaixo do vestido que ela usava, o fazendo se levantar. Sakura gemeu arfou entre os lábios dele, as mãos quentes de Sasuke a tocando fizeram seu íntimo contorcer. Seu vestido estava cada vez mais levantado, e sem que ela pudesse se dar conta ele já se encontrava em sua cintura.
Desta vez foi Sasuke quem interrompeu o beijo. Estava ofegante e só agora se dava conta de já estava entre as pernas dela. Ela estava corada e igualmente sem fôlego. Queria perguntar a ela se estava tudo bem, se podiam continuar, mas se sentiu tímido. Pensou em sair daquela posição mas não conseguia, o calor do corpo dela o prendia de uma forma que não conseguiria explicar. Sakura pensava e sentia as mesmas coisas. Engoliu em seco e se levantou um pouco na cama, dando espaço para ela própria retirar seu vestido de pijama larguinho. O moreno estava hipnotizado. Via o tecido sendo retirado lentamente, revelando mais do corpo dela. Ela era linda.
O Uchiha a abraçou, encaixando o rosto no pescoço dela onde depositou um beijo e uma mordida suave. Ela conseguia sentir a língua quente dele em sua pele, contrastando com o vento frio que entrava pela maldita janela que ela tinha esquecido de fechar. Os beijos foram descendo até chegar em seus seios e continuaram até que ele beijasse sua coxa direita na parte interna. Rosada arfou novamente. Sentiu sua calcinha sendo retirada e não teve coragem de olhar, apenas fechou os olhos e inclinou sua cabeça para trás sentindo que uma das mãos dele tocava sua intimidade enquanto a outra subia lentamente até chegar em um dos seus seios. A mão que massageava seu clitóris começou a ganhar velocidade e seu corpo respondeu aquilo com um gemido e um rebolado lento. Sem para os movimentos com a sua mão, ele voltou o seu rosto para o meio dos peitos dela e a beijou demoradamente, fazendo um rastro com sua língua até os lábios dela.
Quando a mão dela tocou no braço dele que ainda estava em seus trabalhos, ele entendeu que ela estava pronta, que ela o queria, mas não saberia como pedir aquilo. Sasuke tirou a calça que o impedia rapidamente, estava excitado de uma forma que nunca esteve antes, que nunca pensou que poderia estar antes. Se posicionou na entrada dela, com um braço no colchão e outro bem em cima da cabeça rosa. Lentamente foi entrando na cavidade molhada, tendo a sensação de que estava sendo esmagado, o que era estranhamente bom. Suspirou em um gemido, se controlando para ver se com ela estava tudo bem. Sakura tinha novamente os olhos fechados em um aperto, seu rosto demonstrava desconforto. Mas ela estava feliz. Seu coração nunca esteve tão acelerado como naquele momento. Ter ele tocando nela daquela forma era o ápice de tudo que ela podia ter pedido aos Deuses.
- Você está…? - Sasuke não conseguiu completar a frase, ela começou a balançar a cabeça de maneira positiva várias vezes e bem rápido. Teve medo de que ele pudesse desistir naquele momento, e ela não queria que ele desistisse.
O moreno sorriu novamente, mais uma vez algo que ela não pôde ver. Então começou a se mover lentamente dentro dela, em um movimento de vai e vem que era bastante desconfortável, doloroso e ao mesmo tempo agradável. A sensação de bem estar foi gradativamente melhorando e ao perceber isso em sua expressão, Sasuke aumentava a velocidade com a que a estocava. Com o passar do tempo a testa da rosada estava molhada e ela mordia os lábios para que não gemesse da forma como seu corpo pedia, se contentava em rebolar, ajudando o parceiro a encontrar os seus pontos mais sensíveis.
- Você pode olhar pra mim? - O Uchiha perguntou lento e ofegante, de uma forma baixa que pareceu extremamente sedutora para ela.
Só então percebeu que tinha permanecido de olhos fechados desde o momento em que ele começou. Sasuke queria ver os olhos dela, por algum motivo que ele nunca soube explicar, eles o prendiam. Talvez porque eles eram extremamente expressivos. Quando os globos verdes encontraram os negros, Sakura tremeu respirando fundo, chegando ao seu ápice. Sentir ela o apertando daquela forma enquanto o olhava fez com ele se derramasse também.
Os dois respiravam ofegantes, mas não tinham coragem de se mover. Sasuke colou sua testa a dela e ficou observando de perto aqueles olhos. Sakura só via a imensidão negra e ouvia o coração dele bater, como se estivesse dizendo as palavras mais bonitas que ela já ouvira.
A rosada estava tomado seu café na mesa perto da estufa em seu jardim quando voltou a si. Já era o suficiente ter sonhos a noite com suas memórias, mas ter essas recordações em pleno café da manhã eram uma covardia. Riu ao se lembrar da cena do banheiro com Sasuke, agora ela entendia muito bem o “somos casados” que ele havia dito.
Se levantou indo em direção a porta, já era o terceiro dia que tinham voltado daquele inferno que foi sua missão no laboratório de Kiroshi e o seu marido ainda se encontrava desacordado. Sabia que ele estava bem, que era apenas seu corpo se recuperando das sessões de tortura a qual foi submetido. Seu peito doeu. Sentia culpa por ele ter passado por toda aquela dor e se perguntava se era a sensação que Sasuke tinha ao ver ela desacordada.
- Quando chegou ao hospital encontrou Naruto no corredor que já a esperava.
- Aconteceu alguma coisa? - Perguntou preocupada.
- O corpo de Kiroshi não foi encontrado entre os mortos do laboratório que você explodiu, Tenten disse que ele tinha mais esconderijos pelo país e que o acharia. Disse que essa seria a redenção dela.
- Eu entendo - disse abaixando a cabeça. - Eu não gostaria que ela partisse assim, mas é o jeito que ela tem para se sentir melhor. Por favor, não a deixe sozinha, pode ser perigoso.
- Rock Lee foi atrás dela em segredo. Achamos que ela gostaria de ficar sozinha, mas jamais a deixaria ficar só.
- Isso é bom - a rosada tentou dar um pequeno sorriso quando se lembrou: - Quando eu estava com ela, ela disse que tinha feito algo de ruim para mim. Você sabe o que pode ter sido?
Naruto pareceu triste. Sem dizer nada, se aproximou de Sakura e a abraçou forte e apertado. Ela não conseguiu corresponder, primeiro porque não entendia aquele abraço, segundo porque a porta do quarto de Sasuke estava aberta e ele estava de pé.
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