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História Remember Me - Lembre-se Dela - História escrita por Karoz - Spirit Fanfics e Histórias
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História Remember Me - Lembre-se Dela


Escrita por: Karoz

Notas do Autor


Lencinhos em mãos? Todos prontos?
Esse capítulo tem muita lembrança misturada a acontecimentos atuais, se ficar confuso me avisem, ok?

Capítulo 18 - Lembre-se Dela


Ele estava atrás da bancada, bem perto dela. Quando escreveu a carta dizendo que precisava contar algo a ele não pensou que ele voltaria a vila tão rápido, mas não demorou nem dois dias e ele estava ali, a olhando. 

- Sasuke - ela começou, achava estranho o chamar sem aquele costumeiro“kun”, mas ele preferia assim e ela estava tentando se adaptar, afinal, eram marido e mulher -, eu preciso dizer uma coisa.

O moreno levantou um pouco as sobrancelhas, como se pedisse que ela continuasse, já que ele estava ali justamente para isso. Sakura saiu de trás da bancada, ficando frente a frente com o moreno, que só entendeu do que se tratava após correr os olhos por ela: a barriga estava maior e os seios também, apesar de ser pouca coisa já era evidente. 

- Você está…? - Não conseguiu terminar a frase, um nó se formou em sua garganta. Seus olhos estavam arregalados e ele sentiu que poderia chorar quando tocou a barriga da mulher a sua frente. 

- Eu queria esperar por sua volta para contar, mas é que a minha barriga já está crescendo e eu não aguentei a ansiedade - se explicou com um sorriso meio, sentia seus bochechas corando só pela forma que ele a olhava. Parecia extasiado. 

- Obrigado. Muito obrigado, Sakura - Sasuke a abraçou, e a rosada não sabia o certo pelo o que ele estava agradecendo, mas retribuiu o carinho, sabendo que o marido já chorava em seu ombro. 

Era essa a lembrança completa que Sakura tinha sobre o que queria contar ao marido. O quarto escuro e cheio de poeira não escondia as paredes coloridas, os brinquedos espalhados. Realmente o quarto não tinha uma cama, e sim um berço, que nunca seria trocado por um maior. 

As lágrimas corriam por seu rosto de uma forma que poderiam matá-la afogada naquele mesmo instante, e ela já nem se importaria. Morrer naquele momento era muito melhor do que se lembrar dela. Seu corpo ainda enrolado ao lençol se encostou na parede e escorregou até o chão. Embora tivesse perguntado a Sasuke onde ela estava, sabia muito bem a resposta. 

Fechou os olhos novamente e se lembrou tão claramente que conseguiu sentir, estava sentada no sofá com o moreno ao seu lado, sua barriga estava grande e pesada e ela lutava com um crochê piegas que achou que seria fácil ao ver Hinata fazendo. O marido a olhava de soslaio, como se quisesse esconder alguma coisa e quando foi surpreendido pela virada rápida de cabeça da esposa ficou corado e envergonhado. 

- Você não estava tentando fazer o que eu estou pensando, não é? - Sakura ria ao ter surpreendido o marido se esforçando para ver sua barriga com o sharingan. Era fofo, principalmente porque ela nunca pensou em ver aquele Uchiha marrento em uma atitute tão estúpida. - Você não conseguir desse jeito, vem aqui - disse puxando a cabeça morena para mais perto da sua barriga. 

Sasuke se ajeitou no sofá, praticamente deitando no colo da mulher enquanto ouvia os barulhos da barriga dela. O bebê parecia estar agitado com a presença dele e tanto Sakura quanto o moreno estavam gostando da experiência. A mulher de cabelos rosa fazia carinho na cabeça do marido com uma mão enquanto acariciava a barriga com a outra. Era o momento mais feliz de toda sua vida. 

- Sakura - Sasuke a chamou, interrompendo sua lembrança, mas pareceu não o ouvir. As lágrimas desciam sem parar e ela continuava imóvel no canto daquele quarto. 

O Uchiha suspirou, sabia que aquele momento chegaria, mas esperava que demorasse mais um pouco. Seu coração se partia em a ver daquela forma, mas sabia que ela precisava passar por aquilo. Sumiu por alguns instantes e quando voltou colocou uma coberta nos ombros dela para que não sentisse frio naquele chão. 

Um aperto mais forte no coração fez com que Sakura arfasse fechando os olhos. Ela estava se lembrando de quando segurou pela primeira vez a criança. Tão pequena, com as bochechas rosadas, os cabelos negros e lisos, e os olhos espertos e abertos em um verde idêntico aos dela. Não parecia que ela tinha poucas horas de nascida. 

O moreno abriu a porta do quarto, parecia apressado, mas caminhou com cuidado até perto da cama para ver seu bebê, como se pudesse a machucar simplesmente por estar andando no mesmo cômodo. Tão pequena, tão indefesa e ao mesmo tempo uma parte tão grande dele. Aquela era uma sensação que se ele pudesse repetiria várias vezes em sua vida e Sakura sabia bem que ele se sentia assim ao trocarem olhares por alguns segundos. Ela sorria largamente. 

- Ela é muito parecida com você - disse ainda sorrindo.

- Mas tem seus olhos - o Uchiha falou, fazendo com a rosada olhasse novamente a pequena. - Eu gosto disso. 

- Que nome vamos dar a ela? 

- Você ainda não decidiu? 

- Pensei que você gostaria de opinar sobre. 

- Confio em você. 

- Eu pensei em Sayumi. O que acha? 

- É um excelente nome.

A lembrança da fala mansa de Sasuke e do seu sorriso sincero foi se esvaindo até que ela voltasse a si dentro do quarto. Se levantou, sentindo suas pernas bambas, não sabendo se pelo tempo que passou abaixada ou pelo choque enorme que estava sentindo. Caminhou até o quarto se escorando pela parede e colocou a primeira roupa que viu, não se importando nem sequer se estava limpa. Quando saiu do quarto, o moreno já a esperava na porta, uma vez que tinha ouvido sua movimentação. 

- Me leva até ela - pediu em um sussurro. Sua garganta parecia fechada e falar mais do que aquilo era fora de qualquer cogitação. 

O Uchiha apenas assentiu com a cabeça. Caminharam pela vila no que parecia ser a procissão mais longa de toda a vida dos dois. A rosada parecia fora de si, sem brilho nos olhos, pálida e com os cabelos desgrenhados. 

Ao chegarem a pedra de memorial das vítimas do ataque a vila, os olhos verdes foram diretos ao nome “Sayumi Uchiha” gravado ali. Só então se deu conta de que inconscientemente suas memórias já tinham a levado até ali, no dia em que viu Kakashi. 

Seus dedos correram pelo nome gravado sentindo novamente aquela dor dilacerante que a levou a se ajoelhar no chão. Agora o seu choro continha gemidos de uma dor que não poderia ser comparado a nada físico. 

- A minha menina - repetia baixinho, sem conseguir de fato aceitar aquilo. 

Sua mente a levou para o quarto fechado, que em sua lembrança estava aberto, com raios de sol passando por ele. Ela estava escondida a porta enquanto acompanhava um diálogo entre Sasuke e uma Sayumi muito pequena. O moreno se encontrava de joelhos enquanto a pequena mordiscava um lápis de colorir. 

- Sayumi, o papai vai ter que viajar por uns dias - a menina não deu atenção, apenas continuava com o lápis a boca. O Uchiha olhou em volta, procurando por testemunhas antes de se voltar novamente a filha: - Você pode dizer papai? 

A menina ergue o lápis em direção ao pai, sem entender bem o que tinha dito.

- Não, Sayumi, o lápis não. Papai. 

- Ma…- o moreno tampou a boca da filha rapidamente. Não podia deixar que a primeira palavra dela fosse mamãe, caso o contrário Sakura seria a favorita. A rosada também tampou a própria boca na porta. Não queria ser descoberta vendo essa criancisse fofa do marido. 

- Não, mamãe não! É papai, droga. 

- Doga! - A menina repetiu eufórica e o Uchiha abaixou a cabeça em rendição. 

- Não diga a sua mãe que eu ensinei isso - se despediu por fim, deixando um beijo nos cabelos negros da menina que se parecia tanto com ele mesmo.

Sakura esperou que ele saísse para entrar no quarto e tomar a posição do marido ajoelhada diante da filha. Fazendo carinho naqueles cabelos lisos e brilhantes. Sorriu relembrando o esforço de Sasuke. 

- Olha a que a mamãe comprou para você! - A rosada disse carinhosamente em um sorriso animado mostrando a menina o ursinho roxo orelhudo de barriga amarela. - Eu ainda não sei bem se isso é um urso ou um coelho, achei as orelhas estranhas, mas era o último, espero que você goste. Que nome podemos dar a ele? 

A pequena Uchiha olhou o urso por alguns segundos com interesse, logo o puxando das mãos da mãe e o abraçando enquanto dizia, com os olhos presos nos da mãe:

- Papa. 

A mulher riu até seus olhos se encherem de lágrimas. 

- Seu pai não vai acreditar nisso, mas tudo bem, podemos chamar ele de Sasuke. 

O moreno estava ajoelhado também ao lado dela no memorial, suas mãos apoiavam as costas dela que agora estava curvadas, sua testa tocava a pedra gélida e seus dedos acariciavam o nome da menina. Queria sorrir com aquela lembrança divertida, mas não conseguia. Aquilo só a fazia sentir ainda mais dor. 

Algo importante lhe ocorreu quando tentou se levantar, sendo seguida pelo marido. Sakura foi até o hospital infantil em que trabalhava, queria ver de novo alguns desenhos que estavam naquela parede. Retirou alguns e olhou no verso, sorrindo fraco ao perceber que se tratavam de suas páginas de diário arrancadas. 

Lembrava-se do dia em que encontrou Sayumi com os papéis em mãos, todos rabiscados. Queria dar um sermão na filha, mas era impossível com aquele sorriso de poucos dentinhos lhe erguendo um papel que seria o desenho dela. Parecia que era uma super heroína. A Uchiha devolveu o sorriso a filha, a pegando em um abraço. 

Naquele momento ela conseguiu sentir o cheiro dela. Aquele gostoso cheirinho suave de bebê, o corpo pequeno e quentinho em seus braços. Jamais o teria de volta. De repente aquele corpo que ela se lembrava foi se tornando mais mole e frio em suas memórias. 

Se lembrou da noite do ataque. 

Estava no hospital quando ouviu os alarmes da vila. Correu para evacuar o hospital, colocando todas as crianças em segurança, inclusive a filha que passava os dias no hospital brincando com as outras crianças. 

- A mamãe precisa ver o que está acontecendo lá fora. Fique aqui, tudo bem? - Disse deixando um beijo na testa da menina que nada respondeu. 

Sakura corria pela vila socorrendo as pessoas feridas e se perguntando onde Naruto estava naquele momento quando Sasuke passou ao seu lado. Os dois se entreolharam por alguns segundos, trocando em silêncio a informação de que estava tudo bem. Mas antes que ele pudesse se distanciar mais dela, uma explosão no local o impediu de ultrapassar. Da fumaça espessa e cinza, a rosada viu se formar a imagem que agora ela conhecia muito bem como sendo Kiroshi. 

- Seria bom se você viesse comigo, Sakura - disse o homem com o seu típico e cínico sorriso. 

Sem tempo de resposta, Sasuke o atacou e a mulher Uchiha conseguiu ver através da expressão de Kiroshi que manter o moreno por perto não havia sido sua intenção. Sakura quis ir ajudar o marido, mas sentiu sua perna ser agarrada. Seu coração gelou ao ver a pequena cabeleira escura com os olhos verdes chorosos prendendo-a. 

Segurou Sayumi no colo, correndo para um local seguro, e se surpreendeu ao ver que estava sendo seguida pelo homem de cabelos brancos. Será que Sasuke estaria bem? Como ele conseguiu se livrar do Uchiha? Sacudiu a cabeça apertando com mais força a criança, não queria pensar no pior. Quanto mais corria mais inimigos a seguiam, Sayumi chorava baixinho em seu pescoço e ele tentava tranquilizar a pequena dizendo que tudo ficaria bem. 

Sem perceber, uma pessoa vinda de cima quase a acertou por pouco, dando a ela um tempo tão curto para reação que só lhe restou se jogar ao chão. Mãe e filha rolaram juntas em um abraço que tentava proteger a pequena o máximo possível. Quando conseguiu se recompor o corpo da menina já estava perdendo calor em sua mão. Olhando para suas mãos, Sakura percebeu que tinham sangue. As costas pequenas e vestidas com um chale vermelho sangravam e ela não se lembrava quando tinham sido atingidas. Ela se concentrou em curar a garota, mas o desespero a impedia de se concentrar e ver Kiroshi se aproximando só piorava a situação. Em um vulto preto, Sasuke apareceu em suas costas tentando prender o homem em um genjutso. A rosada se sentiu puxada, a lembrando da sensação de ter viajado pelo kamui e, como em um passe de mágica, surgiu novamente em frente do Uchiha e seu Makeyo sharingan. 

Dali em diante ela sabia bem o que tinha acontecido. Acordara em um hospital anos depois, sem se lembrar de nada. Nem mesmo de Sayumi, a criança que não pôde salvar.

 


Notas Finais


Eu sei que está todo mundo triste, mas eu tenho uma PROPOSTA PARA VOCÊS!
Nossa fic está chegando ao fim e eu pensei que seria legal ela ter uma capa própria! Vocês podem me indicar pessoas que vocês gostariam que fizessem a capa ou fazerem vocês mesmo e me mandar como mensagem por aqui! Não vai ter critério nenhum, quem me mandar primeiro eu uso kkk achei que seria legal ser a capa de algum leitor porque seria a visão de vocês para a fic, mas fiquem a vontade!

Abreijos porpurinados no corizinho de vocês!!! ^.~


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