As coisas tomaram um rumo inesperado. Sasuke queria que fosse apenas uma foda. Não podia ir além disso e ele jamais teve a intenção de mudar esse fato. Já havia quebrado várias regras ao ceder ao desejo. Mesmo que ninguém soubesse, ele teria que viver com a culpa pelo resto de sua carreira no FBI.
Mas ao escutar o tom devastado da Haruno quando ela afirmou “Eu sei”, não pode evitar sentir compaixão. Depois do que eles haviam compartilhado, não deveria haver nenhuma conexão entre eles, mas lá estava. Sasuke já havia feito sexo casual, tantas vezes que já havia perdido a conta. As garotas iam embora depois e ele não sentia falta, não sentia nada por elas.
Porém, não se passara nem 10 minutos que havia fodido Sakura, sua prisioneira, a única garota que ele jamais poderia ter qualquer vínculo, ele sentiu uma pequena ponta de receio em levá-la para delegacia e jogá-la atrás das grades.
Tentou reprimir esse sentimento. Ele era um agente do FBI, fiel ao seu dever. Não poderia deixá-la fugir depois meses de trabalho árduo. Seus companheiros contavam com seu sucesso. Seu general precisava desse caso solucionado para que pudessem se concentrar em outros.
Não, jamais haveria a menor possibilidade de deixá-la escapar.
Porém...
Havia um jeito de Sakura se livrar da prisão e fazer o Uchiha obter sucesso em seu caso de qualquer forma.
Quando disse a ela como, a Haruno hesitou um pouco. Mas logo percebeu que essa era sua única chance.
Quando chegaram a delegacia, eles já tinham o plano montado. Sasuke se apresentou ao seu general, Kakashi Hatake, que o felicitou orgulhosamente pela captura da fugitiva. Sasuke apertou sua mão e agradeceu.
Contudo, mal conseguiu tirar os olhos da rosada enquanto ela era levada por policiais. Ele esperava que ela fizesse o que foi combinado.
Meia hora depois, ele assumiu o assento em frente a ela, com uma mesa entre eles, na fria sala de interrogatório. Sobre a mesa havia um gravador.
Sasuke começou a fazer as perguntas. Sakura tentou se esquivar, mas ele não se aborreceu porque sabia que era melhor demorar um pouco antes de revelar o que o FBI queria, para que ninguém desconfiasse da facilidade dele em arrancar informações da garota. Sabia que seu general estava os assistindo através do vidro preto e torcia para que ele e Sakura estivessem disfarçando bem, que nada na linguagem corporal deles denunciassem que estiveram enlaçados nos braços um do outro poucas horas atrás.
— Eu tenho uma proposta para você. — Ele disse depois de quase duas horas. Era o momento mais ideal.
— Diga, agente. — Ela sorriu de lado e Sasuke se lembrou dos lábios em volta do seu pau. Ele desviou o olhar, pigarreando. Encarou o vidro preto como se pudesse enxergar o semblante atento do general Hatake.
— Se você entregar o chefe da organização do tráfico de drogas, posso convencer a promotoria a dar imunidade a você como recompensa. Seus crimes seriam perdoados e você entraria para o programa de proteção a testemunhas. Nós dois saímos ganhando.
— Hmm. Esse é uma proposta muito interessante, agente. — Ela falou com voz doce e sedutora. — Por mais que ache que ficaria extremamente sexy de macacão laranja, acho que prefiro vestir nada.
Sasuke conteve a vontade de sorrir.
Segundos depois, Kakashi o chamou. Quando Sasuke saiu da sala de interrogatório se deparou com a expressão chocada de seu general.
— O que diabos você está fazendo?
Sasuke mordeu o lábio. Sabia que seu general não aceitaria essa ideia muito bem, afinal ele não esperava por isso, mas depois que o Uchiha detalhou os benefícios de fazer o acordo com a criminosa, até Kakashi teve que admitir que era uma proposta excelente.
Sakura era um peixe pequeno comparado ao Pain, o chefe do tráfico. Se pegassem ele, todo o caso seria encerrado. E isso só poderia acontecer com a ajuda da Haruno.
Até a promotoria concordou. Então eles elaboraram um plano infalível. Montaram uma armadilha para Pain usando Sakura como isca. Ela marcou um encontro com ele, fingindo ter informações sobre uma gangue rival a qual Pain queria desesperadamente destruir porque as vezes eles atrapalhavam seus negócios. Eles se encontrariam em um armazém abandonado.
O que Pain não esperava era que o lugar estaria cercado. Ele realmente confiou na rosada e saiu de seu carro, acompanhado por três guarda costa. Mas se aproximou sozinho para conversar com Sakura.
Sakura flertou com ele por alguns minutos, o que deixou Sasuke, que ouvia tudo através de uma escuta que esconderam nas roupas dela, levemente aborrecido, por mais que soubesse que ela estava apenas fingindo.
Quando Pain estava relaxado o suficiente, Sasuke fez um sinal para todos entrarem em posição. Invadiram o armazém e renderam Pain e seus homens.
A operação foi um sucesso.
Enquanto os militares colocavam os criminosos nas viaturas, Sasuke se aproximou de Sakura, que estava sentada dentro de uma ambulância. Ela havia levado um tiro de raspão quando um breve tiroteio se iniciou assim que o Uchiha invadiu o galpão com seus militares.
Sasuke se apoiou em um dos joelhos para ficar diante da Haruno, que estava sentada de lado sobre a maca enquanto um paramédico trabalhava silenciosamente em sua ferida.
— Você está bem? — O moreno perguntou em tom neutro.
Sakura abriu um leve sorriso, porém a preocupação brilhava em seus olhos.
— Sim. Eu não achei que isso realmente daria certo... — Ela fez uma careta. — Mas eu deveria saber que você conseguiria. É o melhor agente que conheço.
A expressão do Uchiha suavizou.
— Eu não teria conseguido sem sua ajuda. — Afirmou, observando-a com a cabeça inclinada. — Você se arriscou bastante fazendo isso. — Cautela brilhou em seu olhar escuro. — Eles irão atrás de você em busca de vingança. — Declarou, por mais que ela já soubesse disso. Era por isso que ela estava tão tensa.
Por alguns segundos, eles apenas se encararam. Uma troca de olhar que dizia coisas que eles não poderiam colocar em palavras. Não em voz alta.
Então, os ombros de Sakura relaxaram e ela sorriu aquele mesmo sorriso lascivo que seduziu o Uchiha quando ele a capturou.
— Que bom tenho o melhor agente para me proteger. — Sussurrou.
O fogo queimou dentro dele. Ele nunca quis tanto beijar alguém como queria naquele momento.
Mas o olhar curioso que o paramédico lançou para eles lhe parou. Graças a Deus.
☆ ☆ ☆
3 anos depois, Toronto - Canadá
Sakura havia acabado de tirar o bolo do forno quando a campainha tocou. Instantaneamente, seu corpo ficou tenso de ansiedade e um grito de alegria ficou preso em sua garganta. Deixando o bolo sobre a mesa, ela correu para atender.
Quando abriu a porta e se deparou com forma alta e musculosa do moreno, ela não pode se impedir de soltar um grito de êxtase antes de se jogar nos braços fortes. Ele não disse nada, apenas envolveu um braço em volta de sua cintura, sendo contido como sempre. Ela não se importava. Sakura tinha animação o suficiente para os dois.
— Eu senti tanto sua falta. — Murmurou enquanto Sasuke a puxava para dentro da casa e fechava a porta. Se dependesse dela, os dois ficariam abraçados na entrada, a vista de todos, por longas horas.
Segurando a mão dele, ela o arrastou em direção ao sofá.
— Quando avisou que viria, decidi fazer um bolo para você. Só precisamos esperar esfriar. — Ela esbravejou alegremente.
Sasuke afundou no assento macio ao lado da rosada.
— Não era necessário. — Falou humildemente. Ele estava mais contido que a Haruno, porem estava tão feliz com esse encontro quanto ela.
Depois que prenderam o chefe do tráfico, há 3 anos, Sasuke foi condecorado com uma medalha por ter liderado a operação e Sakura foi expurgada de seus crimes. Mesmo assim, ela não poderia andar livremente porque aqueles que eram fiéis a Pain tentariam fazê-la pagar por ter traído a organização, então a Haruno teve que ficar sob a proteção do FBI.
Sakura foi enviada para Toronto com uma nova identidade. Ela passou boa parte da sua vida fugindo e assumindo disfarces, então não era uma grande novidade para ela. Ao menos não estava presa.
Sasuke a visitava 3 vezes por ano. Era mais do que deveria, mas bem menos do que eles gostariam. Até hoje, ninguém sabia do envolvimento deles e ela sabia que Sasuke queria que permanecesse assim.
— Como estão as coisas aqui? — Ele perguntou, pegando a mão dela na sua, o que fez o coração bobo da rosada se derreter.
— Eu passei nas provas finais da faculdade. Vou me formar no final do ano! — Contou com os olhos brilhando de alegria. Ela estava feliz por levar uma vida normal, mesmo que não fosse no país onde queria estar. Ou ao lado de quem gostava.
A boca do Uchiha se curvou e ele a fitava com brilho suave no olhar.
— Que bom. Eu sabia que você conseguiria. — Ele levou sua mão aos lábios e plantou um beijo. Sakura sentiu um aperto em seu núcleo, o desejo começando a crescer. Teria tomado a boca dele se Sasuke não tivesse falado: — Tenho novidades também.
Ela ergueu a sobrancelhas, curiosa.
— Vou ser promovido a general.
Quando ele terminou de dizer, Sakura o atacou com mais um abraço e um grito feliz. Sasuke esperou que a explosão eufórica dela acabasse antes de dizer que havia mais.
— Eu disse só aceitaria com uma condição.
Sakura o encarou com confusão e incredulidade.
O Uchiha hesitou um momento antes de continuar:
— Eu disse que queria assumir uma das bases aqui em Toronto.
Surpresa dominou a rosada. Ela demorou muitos instantes para processar a informação, custando a acreditar.
— E o que eles disseram? — Ela perguntou em tom fraco e cauteloso. Achou que poderia estar delirando. Sonhando. E não queria acordar de jeito nenhum. Mas também não queria ter falsas esperanças.
O sorriso de Sasuke se ampliou, um acontecimento tão raro que quase fez o coração da garota parar.
— Que vão sentir minha falta.
Lagrimas arderam nos olhos de Sakura e ela subiu no colo do moreno e capturou sua boca em um beijo cheio de emoção. Sentiu um riso do Uchiha contra sua boca e as mãos dele a apertaram.
Ele se levantou com ela em seus braços e levou-a para o quarto. Assim que a deitou sobre a cama, a rosada rapidamente se concentrou em despir suas roupas. Sasuke a arrebatou com beijos, começando pelos seios, descendo por seu abdome e levando-a ao ápice quando enfim chegou à vagina molhada. Ele a comeu como um animal faminto, bebericando seus sucos e lambendo a carne sensível até a rosada gritar seu nome.
Logo eles se entrelaçaram totalmente nus, a paixão queimando seus corpos sedentos.
O Uchiha a penetrou, começando a fazer amor com ela lentamente enquanto trocavam beijos apaixonados e doces. Eles pareciam ter sido feitos um para outro. O beijo tinha um encaixe perfeito, os corpos sempre se moviam em sincronia e os pensamentos estavam sempre conectados, mesmo a milhas de distância...
O pau dele amava comer buceta apertada dela. Era tão bom que fazia toda espera valer a pena. Ninguém poderia satisfazê-lo como Sakura. E ela tinha a mesma opinião a respeito dele.
— Ohh, Sasuke. Eu te amo. — Ela arquejou entre gemidos de prazer. Isso foi o suficiente para empurrar o moreno ao limite. Ele gozou com ondas violentas de choque, fazendo seu corpo estremecer.
Antes que amolecesse dentro dela, Sasuke pressionou os dedos contra o clitóris e massageou com firmeza o suficiente para fazer excitação dela crescer e explodir pelo resto do corpo. Ele observou seu rosto corado e dominado pelo prazer com ela sendo atingida pelo clímax, e quase gozou novamente com a visão.
Ele se inclinou para alcançar o ouvido dela e sussurrou as três palavras. Sakura sorriu, sentindo uma alegria imensurável, sem mascarar a adoração em seu olhar vidrado nele.
O peito do Uchiha também estava cheio felicidade.
Afinal, ele também estava totalmente rendido por ela.
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