São 18:30 de uma quarta-feira.
Amanhã é quinta, depois sexta e nos sábados Sehun tem aulas extras.
Ele abre a porta e se arrasta pra dentro de sua casa; sua mãe só vai chegar depois das 20:00 e ele está sozinho — dá tempo de fazer muita coisa nesse meio tempo.
Ele se arrasta até estar em seu quarto, depois se arrasta até o banheiro, assim como se arrasta até a cozinha para preparar o chá.
Ele se arrasta, se arrasta e se arrasta — continua se arrastando, para todas as coisas, para todos os cantos.
O chá fica pronto e Sehun também já está pronto para enfrentar seus compromissos: tem que colocar aquela música dos Beatles do submarino amarelo e tem trinta minutos para sua crise de choro da noite; depois ele toma banho, veste uma roupa confortável e finalmente é tempo de fazer todos aqueles trabalhos e passar boa parte da madrugada estudando para aquelas provas — mesmo que ele vá tirar uma nota ruim, Sehun se esforça.
Ele se (es)força muito, e vai indo, forçando, forçando e esforçando-se.
Amanhã tem aula com aquele professor que vai passar a recuperação, tem aquela aula de dança onde ele não consegue se concentrar na coreografia e aquela aula de idiomas que tem passado muita atividade de casa.
Sehun só (re)clama para que tudo acabe porque ele está meio cansado.
Não tem problema, todos nós estamos, Oh Sehun. Ele sabe, a vida dos outros pode ser muito mais difícil que a sua.
Então ele se conforma, coloca aquela música do submarino amarelo para tocar e respira fundo.
Respira, respira e respira.
Continua respirando
Por quanto tempo ele não sabe
Mas mesmo assim ele continua respirando.
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