Enquanto isso em um certo jardim…
???: "Porque...? Porque dentre todos estes na qual você quis salvar... Porque você não escolheu a si mesmo em primeiro lugar...?" Uma figura murmurou tristemente, as lágrimas lentamente escorriam de seu rosto enquanto ela continuava a questionar as decisões de seu amado.
???: "O que você viu nessas pessoas...? Por favor... Me conte..." Ela continuava a murmurar enquanto tentava compreender o porquê de cada uma das ações que seu amado tomou durante sua trajetória.
À medida em que ela via a pessoa que ela mais amava em toda a criação sofrer e se dirigir mais uma vez para os reinos insondáveis da morte, ela, uma bela mulher com cabelos prateados e olhos roxos profundos, envolta em um vestido elegante de cortinas sombrias que apenas realçava as proporções generosas de seu corpo, estava deitada sozinha no local, ela soluçava em voz baixa, incapaz de ver alguma maneira de salvar o seu amado desta excruciante dor e sofrimento na qual ele nunca deveria ter passado.
Vendo que a parte sombria e invejosa dela estavam tão ofuscadas e chocadas com o que havia acontecido com seu amado quanto ela, sua mente e consciência que geralmente eram caóticas mergulharam-se em uma desconfortável pausa, vendo como o presente que ela ofereceu ao seu amado acabou sendo prejudicial à saúde dele e também contraproducente para ele, reduzindo a cinzas a sua já diminuída e quase inexistente auto-estima e fazendo-o acreditar que devia mais ao mundo do que jamais lhe foi dado, teve... ou poderia ter tido...
E é por isso que sua inveja e ciúmes agora se sentiam em uma certa sintonia, sentindo o mesmo sentimento de inutilidade, incapacidade e desprezo por si mesma pela situação atual de seu amado:
• Uma delas se sentia assim porque não queria entender que o menino não poderia viver apenas do seu amor...
• E a outra porque sabia que mesmo com a dor que lhe causava, o sentimento de amor que sentia por ele apenas o despedaçava, mas mesmo assim ela era incapaz de sair do seu lado...
Ela era incapaz de ajudá-lo... Incapaz de entendê-lo... Incapaz de ser aquilo que ele realmente precisava...
E em sua incapacidade de ser qualquer coisa para ele... Ela só tinha uma pergunta para ele... (Mesmo que ele nunca mais a responda) - “Realmente não há nada que eu possa fazer para ajudá-lo?”
Conforme ela questionava e se perguntava cada vez mais a mesma pergunta, seus sentimentos negativos por si mesma a fizeram ter ainda mais incerteza e fizeram ela ter muito mais perguntas do que ela poderia obter de respostas - Ela queria saber as respostas para suas perguntas, mas ela sabia que seu amado não podia lhe oferecer as respostas. Sua caótica mente apenas podia saciar essa ânsia por respostas fazendo a repetir as mesmas perguntas de novo e de novo;
"Por que você sofre…?"
"Por que você acha que deve alguma coisa a alguém…?"
"Você não machucou ninguém…"
"Seus pecados não são tão grandes quanto você pensa..."
"Você deveria estar feliz..."
"Você deveria estar muito feliz..."
...
"Você deveria estar pelo menos um pouco feliz..."
…
…
...
"Então..."
"...Por que você não pode ser feliz...?"
...
Essas eram as perguntas que ela tanto queria fazer... Mas sabia que elas nunca seriam respondidas.
Mansão do território Mathers
Chegando na mansão, Subaru foi imediatamente recebido por um forte abraço vindo de Petra. Esse abraço o trazia um sentimento de nostalgia, mesmo que ele não soubesse mais como expressar suas emoções do mesmo jeito que antes, um pequeno e genuíno sorriso se formou em seu rosto.
Apenas para imediatamente ser quebrado pelo quão preocupada ela parecia estar com ele, claro, isso fazia sentido, afinal ele estava cheio de cicatrizes e ferimentos por todo o corpo, era de se admirar o fato dele sequer conseguir se mover mesmo estando com quase todos os ossos do corpo triturados ou quebrados, mas mesmo assim, ele ainda se sentia muito inseguro, ele não queria acabar confiando demais e quando menos esperar acabar sendo traído novamente, ele sinceramente não sabia se poderia suportar mais daquela dolorosa e constante tortura.
Sua mente no momento era uma completa bagunça, ele conseguia sentir as múltiplas dores em seu corpo, mas não conseguia expressar nenhuma reação de dor ou sofrimento mediante a elas. Era como se ele simplesmente tivesse esquecido como expressar dor, ele não conseguia nem fingir que tudo estava bem. Ele não conseguia mais dar aquele sorriso falso, que ao mesmo tempo era tão convincente…
“Eu… Mereço mesmo sofrer?” Essa era uma pergunta que ele não conseguia tirar da cabeça, como se ele almejasse uma resposta.
Independente de qual seja a resposta, ele estava mais focado no que ele sentia no momento, e… Mesmo que ele quisesse sentir ódio em relação aos que o traíram, ele não sentia nada, ele apenas não conseguia sentir nada. Ele se sentia tão… Vazio, ele queria poder almejar vingança, ele queria sentir ódio por tudo e todos, mas ele simplesmente não conseguia.
Por dentro ele se sentia morto, ele se sentia como uma casca vazia sem um significado ou um propósito, o seu pensamento mais frequente era o “porque?”, perguntas como:
“Porque eu ainda estou vivo…?”
“Porque eu sou obrigado a sofrer tanto…?”
“Porque eu não posso simplesmente… Partir…?”
“... Porque eu não consigo sentir nada?”
Saindo de seus pensamentos o garoto logo entrou na mansão, ele queria poder dizer que sentia uma certa nostalgia em relação a esse lugar, mas ele apenas não conseguia sentir nada. Ele sabia desde o início que definitivamente não sentiria saudades daqui, mas ele achava que ao menos sentiria uma sensação de nostalgia… Mas tudo que ele sentia era esse mesmo e gélido sentimento de lacuna, como se algo dentro dele estivesse faltando.
Tirando-o novamente de seus pensamentos ele de repente pode sentir algo agarrar suas pernas, normalmente ele tomaria um susto ou algo do tipo, mas o seu corpo estava tão dormente em relação a tudo ao redor que ele simplesmente não esboçou reação.
Beatrice: "E-eu sei que você deve e-estar bravo com Betty d-depois de t-tudo que aconteceu... m-mas por favor, p-perdoe Betty..." Inúmeras lágrimas escorriam pelo rosto da grande espírito enquanto chorava que nem uma criança, as lágrimas dela eram tantas que começaram a molhar a calça de Subaru.
Ele então olhou para baixo, por um momento ele pôde jurar que sentiu um certo sentimento de nostalgia enquanto se lembrava dos tempos felizes que ele teve junto de Beatrice e os outros... Mas, esse sentimento sumiu na mesma velocidade em que apareceu.
Ele queria sentir raiva pelo fato dela ainda achar que ele iria perdoá-la como se nada tivesse acontecido... Mas, lá no fundo ele apenas queria que tudo voltasse a ser como antes, ele queria que os bons tempos retornassem, só que ele sabia muito bem que isso era impossível. Ele não era mais o mesmo Subaru Natsuki de antes, e ele estava ciente disso. Ele é apenas uma casca vazia de quem ele costumava ser, ele não tem mais sonhos e objetivos que nem antes… Essa era uma verdade dura de se engolir, mas ele não tem mais esperança, muito menos salvação.
Ele não tinha mais um propósito.
Subaru: “… Por favor, Beatrice, me deixe sozinho, eu preciso de tempo para repensar sobre… Tudo que aconteceu.”
Beatrice: “P-por favor p-pelo menos pense a r-respeito do que e-eu te f-falei…” O tom de voz dela ficou mais quieto enquanto ela pedi- Não, implorava para que o garoto ao menos pensasse a respeito do que ela disse. Suas lágrimas continuavam a cair, porém dessa vez de forma mais discreta enquanto ela ia embora com uma expressão triste.
Subaru (murmurando): "Eu queria que as coisas fossem como antes… Mas infelizmente não são e nunca vão voltar a ser…"
Emíllia POV:
“Eu estou extremamente feliz! O MEU Subaru finalmente retornou! Ele parece um pouco triste, é claro… Ter sido esquecido por todos até mesmo por mim deve ter mexido muito com os sentimentos dele… Mas eu tenho certeza que o meu amor por ele vai tirá-lo dessa angústia e tristeza!”
Ultimamente os pensamentos e ações de Emíllia se passaram a sempre envolver o Subaru de alguma forma, era como se a cada segundo que se passava ela se sentisse mais atraída por ele, chegando ao ponto de se tornar uma obsessão.
Era como se ele tivesse se tornado a única razão da vida dela, e ela o queria a qualquer custo, e conforme o tempo passou ela conseguiu notar cada vez mais qualidades nele, além de que ele foi o único que nunca a julgou ou a tratou mal por ser uma meio elfa…
“Eu sei que ele deve estar bravo comigo por ter esquecido dele… Mas eu vou pedir desculpas para ele e ele com certeza vai me perdoar, né?” Ela dizia para si mesma, acreditando fielmente de que seu cavaleiro a perdoaria no fim de tudo. Os seus olhos exalavam um amor obsessivo e possessivo, suas pupilas estavam completamente dilatadas e possuíam o formato de dois corações.
Eu então me arrumei para ficar mais bonita o possível para me encontrar com o MEU Subaru, eu coloquei um vestido branco com detalhes roxos e arrumei meu cabelo para ficar mais bonito, só de lembrar dos doces elogios que ele costumava me dar em relação a minha beleza já me faz estremecer em entusiasmo…
Após terminar de me arrumar eu já comecei a imaginar todos os elogios que ele vai me dar em relação a minha beleza… Fufufu~ Eu mal consigo me conter!
Saindo do meu quarto, eu logo me dirigi ao lado de fora da mansão, logo me deparando com o MEU Subaru deitado debaixo de uma árvore. Eu então me aproximei por trás sem ser percebida por ele, e fiz um cafuné em sua cabeça.
Ele pareceu não ter reação ao meu cafuné, mas deve ser porque ele deve estar muito cansado. Meu coração então acelerou no momento em que eu olhei para o rosto dele, ele era tão… Lindo, como eu posso não ter notado isso antes!?
Eu entendo rapidamente fui tirada de meus pensamentos pela voz dele… Ah, a voz dele era tão divina, era como se fosse música para os meus ouvidos… Eu estava tão focada na voz dele que acabei não escutando direito o que ele falou, eu entendi algo como “qual o motivo do cafuné?” Oh meu querido Subaru… É apenas uma maneira de demonstrar o meu infinito amor por você.
Emília: “É apenas para demonstrar o quanto eu te amo… Porque a pergunta?” Disse Emília em um tom amoroso.
Subaru: “Oh… É que normalmente eu tinha que implorar para receber um desses, eu não esperava receber um de forma tão repentina.”
Ouvir essas palavras foi como uma facada em meu coração… Sim, eu realmente nunca mostrava nenhuma forma de afeto como essa sem que ele pedisse para mim fazer, e isso era uma verdade que doía muito. A antiga Emília podia não fazer isso, mas eu não sou mais a antiga Emília… Eu sou uma nova Emília, e eu amo você, Subaru…
Essas eram as palavras que ela queria dizer, mas ela não conseguia. Era como se algo estivesse a impedindo de revelar seus sentimentos, então mesmo que isso doesse em seu coração, ela decidiu apenas pedir desculpas a ele…
Emília: "Subaru, e-eu quero pedir o s-seu perdão… P-por favor me perdoe por tudo que eu te disse durante aquele período… E-eu não…"
Continua…
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