Seu corpo treme ao sentir a aproximação. Seus rostos lentamente iam se aproximando como dois ímãs. E antes que pudessem sequer pensar no que estavam fazendo, aqueles doces lábios de Swan, estavam colados aos seus.
Dia 1° de novembro, um ano atrás. Casa Jones.
- Olha, eu tenho que admitir. – O pirata sorri assim que entra, fechando a porta atrás de si com seu gancho. – As festas da sua mãe tem sempre as melhores comidas.
A loira ri retirando seu casado e colocando-o em cima do braço de um dos sofás. – É a minha mãe. Além de gostar de uma boa comida, foi criada como princesa com... Banquetes e sabe-se lá mais o que. Mas a noite foi sim muito boa, sem papos de Úrsula, Cruella... Ou o Autor.
- Emma... – O homem para como se esperasse a atenção de Swan, que se vira para encará-lo, percebendo que o tom que usava em sua voz não era dos melhores.
- Killian?
- Eu venho tentado fazer isso há muito tempo e... Acho que por algum motivo, essa coragem apareceu e me disse que era o momento certo, então...
Jones se agachava, ficando apoiado em seu joelho. O coração de Emma não sabia mais em qual ritmo batia. Aquele frio invadiu seu corpo e ela não sabia se era pelo motivo certo.
- Killian...
- Emma Swan. Quer casar comigo?
Faziam-se quase quatro anos que estavam nesse relacionamento. E algumas semanas que estavam morando naquela casa cheia de caixas de mudança lacradas ainda. Talvez aquele fosse o momento certo para o coração de Killian. Mas não para o de Emma.
- Gancho eu...
“Gancho”. Ela havia iniciado sua frase com aquela palavra. Apesar de Jones achar aquilo um pouco paranoico, ele sabia que Emma usava esse apelido como forma de tentar não se conectar com Killian. Afinal, ninguém muito próximo ou de grande importância em sua vida o chamava assim. Aquele era um mau sinal.
- Eu... – E sua boca novamente tinha congelado. – Talvez...
- Você não queira. – O homem tinha a decepção em sua voz ao fechar a caixinha vermelha e se levantar.
- Não é que eu não queira, Gancho, eu só- E sua voz foi interrompida por uma versão mais frígida da do pirata. – É Killian. Killian Jones. Eu sou seu namorado, Swan. Por que insiste em me chamar como se fosse um dos meus tripulantes?
O olhar da loira congela assim como seu corpo. Após um jantar tão bom assim, ele realmente iria fazer isso com ela? Ou era ela quem estava estragando a noite?
- Por quê?
- Killian, eu só acho... Que estamos indo muito rápido! Digo, acabamos de nos mudar, isso já é um grande passo!
- Faz quatro anos, Swan.
- E para mim isso é pouco! – A voz da mesma se levanta como alguém que tinha aquilo engasgado na garganta fazia muito tempo. – Eu realmente não sei como é na sua terra, Jones. Mas eu vim do mundo real.
- Meu mundo também é muito real para mim, Emma, não me venha com esses argumentos.
A loira para, respira, se acalma. Aquele momento não podia ficar pior ou levaria a uma separação.
- Killian, eu perdi o Neal, faz pouco mais de um ano. Ele era o pai do meu filho. Acha mesmo que estou pronta para um compromisso desses?
O pirata ouvia tudo aquilo quieto. Completamente calado. Parecia que finalmente tinha entendido. E realmente entendia. Porém, algo em Emma começou a lhe incomodar desde o momento em que foram ficando mais íntimos. Em seus beijos, em seus momentos mais pessoais, até em suas conversas. E ele precisava tirar aquilo a limpo.
- Emma... Você nunca se perguntou por que seus relacionamentos nunca duraram muito?
A xerife levanta a cabeça. Ele havia mesmo perguntado isso? Não tinham encerrado aquela conversa?
- Eu entendo que talvez não seja o momento para um casamento. E não irei mais insistir, respeito isso. – O coração da mesma, em um canto, se acalmou. – Mas você não sabe mesmo a resposta para essa pergunta?
- Não, Killian Jones. Não sei. Por quê? Você sabe? – Perguntara com seus braços cruzados.
O homem apenas sorri, amigável, dando um beijo em sua bochecha. – Boa noite, Emma. – E indo até o quarto de ambos. Deixando-a ali, sem explicações.
Atualmente, na noite de Halloween.
Enquanto isso no andar debaixo da grande construção, Ruby como uma das poucas adultas que ali estavam, se encontrava sentada do lado de fora, olhando aquela rua deserta de carros e por outro lado, cheia de crianças que pediam doces e às vezes, entravam na festa para se divertirem um pouco mais.
- Zelena? – A loba sorri ao ver a amiga andar na quadra à sua frente, largando o copo na mesa e andando até ela. – Eu sei que é dia das bruxas, mas o que faz andando no meio dessas crianças há essa hora?
A ruiva respira fundo, digerindo a piada sem graça e pensando em uma resposta não ofensiva.
- Fui pegar a chave da casa vizinha. Parece que a imobiliária é tão boa que eu que irei receber o morador novo. – Responde se aproximando da amiga.
- Isso é bom. Você precisa trabalhar um pouco mesmo.
- Hoje a lobinha está afiada, não é mesmo? – A mesma sorria, no mesmo tom dela. – Fazendo o que em uma festa de adolescentes?
- O mesmo que sua irmã e a loira. Bebendo e comendo. – Ruby ri bebendo mais um gole de sua cerveja.
O olhar da ruiva muda ao ouvir falar de Regina. Aquela marca ainda não tinha sido retirada nem dela, nem de sua irmã.
- Minha irmã está aqui? – Questiona com um tom não muito alegre dessa vez.
- Está. Deve ter ido ao andar de cima com a Emma, não vi mais as duas aqui. – E ao perceber o clima que havia se formado no ambiente, Ruby também muda seu tom de voz. – Zelena, vocês precisam conversar.
- Acho difícil. – A bruxa recuava voltando para a rua, porém é seguida pela mais nova.
- A culpa de Robin ter morrido não foi de nenhuma das duas!
- Foi minha, Ruby. Você sabe disso, ela sabe disso, a cidade sabe disso. Você não conhece a Regina? Da última vez que alguém traiu ela assim, essa cidade surgiu. Ela lançou uma maldição!
A loba não se segura em soltar um riso. Aquele humor, muitas vezes escuro, de Zelena, contagiava-a e ela adorava isso.
- Zelena...
- Eu não vou falar com ela.
- Tudo bem. – A mesma se rende. – A decisão é sua.
- Eu vou indo. Já é tarde.
- Se cuida. Andando pela rua há essa hora, é perigoso.
A ruiva ri de modo malicioso. - Eu tenho magia, loba. Não preciso me preocupar. Até. – Diz se envolvendo em sua própria nuvem de fumaça verde, dando tempo apenas de ouvir o “Até” de Ruby.
No andar de cima, aquele momento acontecia. Suas bocas dançavam em um beijo gostoso e agradável. As mãos se Emma se encontravam no rosto da prefeita como se quisesse puxá-la para mais perto.
Regina podia sentir aquela energia percorrendo todo seu corpo, assim como Swan. E ambas não estavam pensando em o que fariam quando aquilo acabasse, pois o tempo ao redor delas, havia parado.
Estavam em um mundo só delas. Onde queriam que aquela sensação boa durasse para sempre. Aquele toque... A pele lisa e macia, os lábios avermelhados e convidativos. Nunca tinham sentido algo do tipo e para elas, isso estava sendo como o paraíso.
- Mães! – A magia acaba e aquela voz conhecida chega como um soco, trazendo-as de volta para a realidade. Seus olhares se cruzaram envergonhados e inquietos, antes de virarem e verem Henry de mãos dadas com Violet, subindo a escada rapidamente.
- O que foi garoto? – A loira pergunta em um gaguejo, se levantando do muro normalmente junto com Regina. Afinal, nada atípico tinha acontecido ali, certo?
- O pai da Violet foi para o hospital correndo com o avô dela e pediu para a gente levar ela até lá. A gente pode?! – O menino explicava apressado e nervoso.
-Claro!... – A xerife tentava se situar.
Regina por sua vez, tinha a cabeça rodando assim como Emma, tentando raciocinar direito novamente. - O que aconteceu com o avô dela?!
- O meu pai não sabe. Mas ele ligou falando que estava passando muito mal! Por favor, me levem até lá. – A garota pedia como se implorasse para ambas salvarem a vida de seu avô.
- Vamos indo então. Melhor não perder tempo. – A Salvadora fala tirando a chave do bolso e indo à frente de todos até a escada.
Meia hora depois, a menina já se encontrava no hospital ao lado do pai. O avô estava sob exames e mais exames e ambos seus parentes, rezavam para não ser nada sério.
Na mansão, o fusca para na frente. Ambas não conversaram diretamente em todo o caminho e isso afligiu o menino que sempre estava acostumado a alguns assuntos aleatórios na volta para casa. Porém, não era de sua conta. Se algo tivesse acontecido, não iria perguntar assim, direto.
- Bom... Amanhã passo na escola e te pego, garoto. – Foi a última coisa que a loira disse, antes de Regina sair do fusca e Henry, percebendo a rapidez da mãe, sair também.
O barulho do motor indo embora foi ouvido e Mills por sua vez, já abria a porta de casa.
- Mãe... Tá tudo bem? – O jovem cavalheiro pergunta tirando a parte pesada de sua fantasia assim que fecha a porta atrás de si.
- Claro que está. Por que a pergunta? – A morena fala tirando os sapatos de salto que já a machucavam.
- Vocês ficaram quietas o caminho todo.
- Só não tínhamos assunto, Henry. – A mesma se vira para o filho. – Fica tranquilo, tá tudo bem. – Finaliza com um beijo em sua testa, antes de subir as escadas. – Boa noite. Não se esqueça de deixar a fantasia no jeito para podermos devolver amanhã.
E assim acabou o dia. O garoto subiu assim como sua mãe. Aquilo não fazia sentido. Alguma briga, talvez, tinha acontecido. Porém, Henry não iria tocar nesse assunto, afinal, suas mães não queriam falar do assunto.
Na manhã seguinte, a cidade já estava acordada logo cedo. As ruas de Storybrooke estavam cheias de pessoas indo para seus trabalhos, abrindo suas lojas e lanchonetes e logo no cais, os moradores faziam suas corridas matinais. E um deles, era Emma.
Era uma ótima hora para se correr, levando em conta que às seis horas da manhã o Sol não estava tão alto em plena manhã fria.
Sua mente normalmente estaria pensando em como derrotar a grande ameaça do ano, ou em o que fazer o dia inteiro sendo xerife. Uma vez que a cidade não tinha tantos crimes diários e o que ela mais fazia, era ter que mexer com alguns papéis e casos antigos ainda não resolvidos e que provavelmente, nem tinham mais tanta relevância como alguns roubos simples.
Porém, naquela manhã, seu pensamento estava inteiramente em Regina. Mais especificamente, em seu beijo. Naquela noite que ela nunca esqueceria.
Swan não sabia ao certo o que raios havia acontecido na noite de Halloween. Mas por algum motivo, quando se deu por conta, estava beijando à amiga que por muitos anos, insistia ter apenas sentimentos levados pelo amor de uma amizade. Mas depois disso, depois dessa sensação que teria sentido na noite anterior, era impossível não se questionar, não pensar.
Desde o momento em que dormiu até o momento em que acordou, era a única coisa que lhe passava na cabeça. Em pensamentos, lembranças e sonhos.
A loira para em um pequeno carrinho, comprando uma garrafa d’água e se sentando ao banco mais próximo.
- Bom dia, Emma! – Archie se aproximava, com Pongo em sua caminhada matinal. – Como vai?
- Bem, eu acho. – Se referia a recente morte de Robin. – E você?
- Eu e Pongo estamos indo bem, obrigado. Tenha um ótimo dia! – O homem com o longo sobretudo, boina e seu longo cachecol, se despedia se afastando.
E após aquela pequena conversa matinal, não podia ignorar o fato de novamente o nome de Regina vir à sua mente. . Era certo. Não podia escapar daquilo por muito tempo. Tinha que falar com Regina.
No início da floresta de Storybrooke, a ruiva se levantava um pouco mais cedo do que o normal. Seu café foi feito em um toque mágico e suas roupas já estavam impecáveis e vestidas. Era dia de receber o novo morador da casa 424.
Logo, alguns passos são ouvidos do lado de fora. E como não recebia muitas visitas, já sabia que era seu mais novo vizinho.
- Temos vizinhos novos, Robin. – A bruxa sorria colocando a filha nos braços assim que a campainha toca.
- Pronta para apresentar a casa para sua mais nova vizinha?! – A voz animada de Belle invadiu o ambiente.
- Belle?! – E ao mesmo instante, o coração de Zelena jurava que estava achando o caminho para fora. – Você é a moradora da casa?!
- Em carne e osso.
- E... Rumple, a loja...? – A mesma pergunta confusa com toda aquela história.
- Rumple e eu rompemos, Zel.
- Vocês o que?! – E naquele momento, a bruxa tinha certeza que seu coração tinha parado de bater.
Já não bastavam ver Belle todos os dias com aqueles antigos sentimentos guardados. Agora teria que tê-la como vizinha também?
- É uma longa história que vocês já conhecem bem, Zel.
- Desculpa, Belle. Mas eu estou tão feliz por você! Já estava na hora de largar aquele crocodilo velho!
- Nem me fala...
- E ele? Como reagiu?
- Digamos que do jeito Gold de reagir. Ele nem sequer sabia da casa.
- Fala sério... – Revirava os olhos entregando as chaves para ela. – Você já conhece essa casa. E ainda pediu para mentirem para mim falando que era morador de fora... – Fala causando risos na amiga. – Belle, eu preciso ir ver a cripta. Você pode cuidar da Robin para mim?
- Mas é claro! – Concorda segurando a filha da amiga no colo. – Ela me ama. Não ama? – Conversava com a pequena.
- Claro. Quando voltar eu passo no Restaurante da Vovó, pego algo para comermos e “te apresento a casa”.
A morena ri concordando e entrando na casa de Zelena ao mesmo tempo em que a ruiva saía.
Ao mesmo tempo na casa Mills, Henry pegava o ônibus da escola e era hora de Regina realmente começar a acordar.
- Até mais, filho. – A morena acena da porta para o garoto que já subia para o ônibus com sua mochila e cachecol vermelho.
A mesma fecha a porta, respirando fundo. Aquela não tinha sido só mais uma manhã normal.
Desde o acontecimento com Hades, ela se via sendo obrigada a acordar, levantar e continuar vivendo em uma realidade onde Robin se foi, e provavelmente, levando sua chance de final feliz com ele.
Porém, pela primeira vez nesses dias, mesmo acordando em um pulo de mais um pesadelo onde a cena do homem caído ao chão de joelhos, que vinha se repetindo por todas as suas noites de sono mal dormidas, não foi o nome de Robin que veio em sua mente assim que acordou.
Era algo estranho pensar em Emma daquele modo. E mais estranho e desconfortável ainda, admitir para si mesma que já havia feito isso antes. E várias e várias vezes.
Regina sabia de sua sexualidade. Não era algo novo para ela. Porém, era algo reprimido. Que quase ganhou forma assim que A Salvadora havia chego à cidade. Mas que foi por água abaixo quando sua maldição foi derrotada.
Orgulho talvez, pela filha da Branca de Neve. Ou vergonha, por aquele desejo pelo mesmo sexo existir justo por Swan.
Não podia negar que um dia, se sentiu atraída por ela. E que tinha medo do que poderia ter acontecido se tivessem tido uma chance. Mas esse sentimento, tinha sido enterrado há mais de seis anos. E voltar a pensar, a sentir ele, era assustador.
Sua respiração era acelerada. Seu coração pulsava em um ritmo de batimentos totalmente descontrolados. Apenas pelo fato de lembrar-se da noite anterior. Aquele definitivamente tinha sido o Halloween mais marcante de sua vida.
Colocando uma meia calça preta, um vestido ao mesmo tom e um salto claro, a mesma se senta em sua penteadeira para uma maquiagem mais básica.
Dentro de alguns minutos, já havia limpado a mesa do café com um simples feitiço, vestido seu casaco, luvas e cachecol, estando com a chave da porta na mão. Pronta para mais um dia na prefeitura.
Cripta, sete e dez da manhã.
No topo da enorme colina do cemitério, a bruxa olhava em volta. Era seu trabalho garantir que aquele raio, mesmo sem funcionar e mesmo estando completamente protegido. Afinal, em Storybrooke, o final de uma história era sempre o início de outra.
- Fala sério. Tem que ter muita força de vontade para subir todo esse morro apenas pra roubar aquele raio. – Resmungava. Ainda que soubesse que foi o feitiço de “aparatação” que a levou até ali.
A mesma chega perto da cripta. Seus olhos se arregalam ao ver que para sua surpresa, aquilo não estava normal.
Ao mesmo instante, seu celular decide tocar. Era sua irmã.
- Regina do céu... – Respirava fundo atendendo a ligação. – Regina? Não ligou para o número errado? – Pergunta tentando não manter um clima tão ruim assim, enquanto suas mãos caminhavam para a maçaneta quebrada do local e as marcas de queimado ao chão.
A rainha revira os olhos. – Não, Zelena. Preciso falar com você. Pode me encontrar na vovó em dez minutos?
A bruxa respira fundo. – Posso.
- Te espero lá. – Regina diz, terminando a ligação.
- Pronto. Agora sim que ela me mata. E em público.
Restaurante da vovó, sete e vinte e cinco da manhã.
A morena entra no local e lá estava ela. Respirando fundo, o barulho de seus saltos é ouvido se aproximando por Zelena.
- Oi. – Regina diz se sentando.
- Oi.
- Zelena... Eu acho que é hora de acabarmos com isso.
- Eu sei. – Tomando fôlego, era a vez de a ruiva falar. Mesmo que fosse difícil, a culpa era em grande parte dela. – Olha, Regina. Eu quero que saiba que se eu soubesse o que ia acontecer... Eu não teria trazido Hades para cá.
- Teria sim. – A resposta da Mills assusta sua irmã que não esperava esse escudo. – Mas está tudo bem. Porque eu acho que teria feito o mesmo. Hades era seu amor, Zelena e você, o dele. Você agiu como tal.
- Você sabe muito bem que eu não era o amor dele. – A mesma fala, pausando o assunto assim que Ruby chega à mesa.
- Um cappuccino e um café simples. – A garçonete sorri colocando as bebidas na mesa.
- Você já havia até pedido as bebidas?!
- Você sabe como essa aí é ansiosa. Já tinha dado um surto achando que você não vinha.
- Tá ótimo de comentários já, né lobinha? – A bruxa fala e Ruby que entende o recado, se afasta em risos.
- “Lobinha”? – Regina pergunta em um gole de café.
- Nem pense. – A mais velha faz o mesmo com seu cappuccino, matando sem dó o coração que tinha vindo desenhado no mesmo. – Acho que não era amor verdadeiro. E por um amor tão... Tóxico assim, eu acabei matando Robin.
- Zelena. Você não o matou. E me salvou. Podemos ter tido alguns problemas, mas como nossa mãe fez questão de lembrar, acima de tudo... – A rainha estendia sua mão, segurando a de Zelena. – Somos irmãs.
Duas pequenas lágrimas escorreram dos olhos de ambas. Que agora, deixando todas as diferenças e rancores de lado, poderiam ser o que sempre quiseram. Serem irmãs. Ser uma família.
- Não se acostuma. – A morena fala limpando a lágrima antes que borrasse a maquiagem, fazendo a irmã fazer a mesma coisa enquanto ria.
- Regina... Eu preciso te contar uma coisa.
- Hmm? – Perguntara enquanto bebia mais um gole de seu café.
A ruiva retira a maçaneta de sua bolsa. – Tentaram abrir a cripta.
- O que?! – A rainha praticamente engasga com sua bebida.
- E o chão... – Pegara seu celular, abrindo na foto. – Todo queimado.
- Você não colocou magia?! Uma proteção... Algo por sangue...
- Eu coloquei. Regina, ultrapassaram magia de sangue.
- Zelena, não se ultrapassa magia de sangue.
- Seja lá quem, ou o que, que tentou invadir sua cripta, ultrapassou.
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