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História Rochas Negras - Caos na Velha Corona - História escrita por Zretsim - Spirit Fanfics e Histórias
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História Rochas Negras - Caos na Velha Corona


Escrita por: Zretsim

Notas do Autor


As artes usadas nos capítulos e no livro não são de minha autoria.

Capítulo 9 - Caos na Velha Corona


Fanfic / Fanfiction Rochas Negras - Caos na Velha Corona

Estava tarde, as pessoas na Velha Corona já estavam em suas casas. As únicas pessoas nas ruas eram os guardas com suas lanternas de vela.

De repente, na estrada principal, os guardas, um por um, foram jogados para cima por uma força invisível. Muitos guardas gritaram.

– O que é isso?! – perguntou um dos guardas antes de ser jogado para cima.

A maioria dos guardas caiu inconsciente. Os guardas, que ficaram conscientes após a queda, não conseguiram levantar, estavam muito feridos. Suas lanternas permaneceram acesas no chão.

Das sombras, andando na estrada principal, vinda da direção da floresta, surgiu a mulher com capa e capuz. Ela estava com a mão esquerda erguida, portando uma manopla prateada.

Enquanto a mulher andava pela estrada principal na Velha Corona, alguns guardas, vindos de outras estradas, surgiram diante dela.

– Ei, você é o responsável por esses guardas no chão? – perguntou um dos guardas.

Naquele momento, a mulher abriu a mão direita na direção dos guardas.

Um dos guardas disse:

– Enlouqueceu?

A mulher sorriu e uma manopla, também prateada, surgiu na mão direita dela.

– Aquilo sempre esteve ali? – perguntou um dos guardas enquanto apontava para a mão direita da mulher.

De repente, um laser azul saiu da mão direita da mulher. Ela fez um movimento horizontal para atingir todos os guardas diante dela. Todos os guardas foram atingidos e jogados a cerca de dez metros. Todos eles caíram inconscientes. As velas caíram no chão e apagaram.

O cavaleiro negro saltou, vindo de fora do reino, para cima dos muros, ele ficou olhando para a Velha Corona, havia poucas luzes se movendo e um grupo de luzes paradas na saída da Velha Corona no sentido ilha. O cavaleiro notou uma luz se deslocando para cima na área residencial.

Um guarda, de idade avançada, aproximou-se do cavaleiro.

– Você já voltou? – perguntou o guarda um pouco surpreso.

O cavaleiro negro ignorou esse guarda e começou a correr. O cavaleiro era muito rápido. Quando chegou na região acima da casa de Varian, o cavaleiro viu uma pessoa apontando sua mão direita para a casa. Ele saltou para a frente da casa. Antes que chegasse ao chão, um laser azul saiu da mão direita da mulher. O cavaleiro, logo após cair no chão, puxou uma de suas espadas com a mão esquerda e disparou um raio negro em direção ao laser. Quando o raio e o laser se chocaram, houve uma explosão elétrica e o laser e o raio cessaram. A explosão levantou poeira.

Varian, Lance e Dira saíram da casa e viram uma nuvem de poeira. Quando a poeira começou a dissipar, eles viram o cavaleiro negro diante de uma mulher, com capa e capuz, com sua mão direita aberta na direção do cavaleiro.

– Irmandade? Isso vai ser interessante. – disse a mulher com um sorriso cruel.

– O que está acontecendo aqui? – perguntou-se Dira um pouco aflita.

Varian entrou em casa, ele ainda estava mancando um pouco.

A mulher disparou o laser novamente e o cavaleiro disparou um raio com sua espada. Antes dos dois disparos colidirem, o cavaleiro puxou sua outra espada com a mão direita e disparou outro raio com ela, a mulher notou o segundo disparo do cavaleiro. Um escudo com diversos símbolos surgiu no antebraço esquerdo da mulher. O laser e o primeiro raio colidiram formando uma nova nuvem de poeira. Ela usou o escudo para não ser atingida pelo segundo raio. Após o escudo ser atingido, os símbolos dele começaram a brilhar num tom de luz parecido com o do raio e, logo em seguida, um raio igual ao que atingiu o escudo foi disparado pelo mesmo.

Enquanto isso, Varian pegou suas manoplas de madeira no porão da casa. Cada manopla tinha oito hemisférios ao seu redor para prenderem as bolas de palha. Ele também pegou seus óculos.

– Agora só falta o cinto. – disse Varian enquanto botava as manoplas.

Na nuvem de poeira, o cavaleiro foi atingido em cheio pelo seu próprio raio. A explosão elétrica o lançou para trás, fazendo-o passar entre Dira e Lance, entrar na casa e parar na parede mais ao fundo da casa.

– Ele não largou as espadas?… Interessante. Vou pegá-las também. – pensou a mulher.

No porão, Varian estava com as manoplas, os óculos e o cinto com diversas bolas de palha. Cada bola possuía uma linha pintada de uma determinada cor. As manoplas estavam com oito bolas cada uma.

Depois, Varian ouviu um estrondo enquanto subia as escadas. Quando ele abriu a porta que dá acesso às escadas, viu o cavaleiro negro caído com pedaços da madeira da parede em cima dele.

– Meu pai vai te matar. – disse Varian um pouco assustado.

Na entrada da casa, após a poeira dissipar, a mulher deu alguns passos, olhou para Lance e disse:

– Você é o Strongbow?

Dos braceletes de Lance, surgiram adagas comuns ligadas aos braceletes por correntes.

A mulher sorriu e disse:

– Isso responde a minha pergunta.

Naquele momento, uma bola de palha, com linha pintada da cor branca, foi arremessada e acertou o chão em cheio, bem na frente da mulher. Ao tocar o chão, a bola emitiu uma forte luz que cegou a mulher, além de Dira e Lance.

Logo em seguida, Varian saiu da casa e jogou uma outra bola no chão. Esta tinha uma linha azul. Ao tocar o chão, a bola liberou uma fumaça. Rapidamente, uma névoa tomou conta do local.

A visão da mulher retornou e ela se viu em meio a uma névoa.

– Não adianta fugir! Eu vou te achar de qualquer jeito! – gritou a mulher enquanto revirava a névoa com os olhos.

– Onde eles arrumaram uma pedra da luz? Não. Não era uma pedra da luz. Tenho quase certeza de que foi uma bola de palha que me fez perder a visão naquele instante. – pensou a mulher ainda revirando a névoa com os olhos.

Enquanto isso, quando as visões de Lance e Dira voltaram ao normal, eles viram Varian com um cinto arrodeado de bolas de palha e uma manopla de madeira, além dos óculos.

– Varian, obrigado. – disse Dira sorrindo para o irmão.

– Não me agradeça ainda. Aquela mulher não foi embora. – disse Varian revirando a névoa com os olhos.

– Essa névoa… Foi você? – perguntou Lance olhando para Varian.

– Sim. Com o cavaleiro negro derrubado, a nossa melhor chance é se ela não nos ver. – disse Varian ainda revirando a névoa com os olhos.

– Essa mulher e esse tal cavaleiro. Eu não estou entendo nada. O cavaleiro é da guarda real e essa mulher trabalha para o Barão? – pensou Lance bastante aflito.

Naquele momento, eles ouviram a mulher gritando:

– Não adianta fugir! Eu vou te achar de qualquer jeito!

De repente o cavaleiro negro passou entre Varian, Dira e Lance e adentrou na névoa, que já havia tomado conta da casa de Varian e de boa parte da Velha Corona.

Um dos guardas, que observava em cima dos muros, pensou:

– De onde veio essa névoa?

– Acho melhor eu ir na direção da cas… – pensou a mulher antes do cavaleiro surgir na sua frente.

Quando viu a mulher, o cavaleiro cortou o braço esquerdo dela com sua espada direita. Muito sangue saiu da área cortada. A manopla na mão esquerda desapareceu pouco depois do braço cortado cair no chão. A mulher gritou de dor. O cavaleiro tentou cortar o pescoço da mulher com sua espada esquerda, mas ela recuou, por reflexo, a espada passou muito perto do pescoço dela. A mulher disparou outro laser, que acertou o cavaleiro na região do torso, jogando-o para cima.

Os guardas, em cima dos muros, viram um raio azul em direção ao céu.

A mulher estava ofegante e sangrando muito.

Uma pedra rosa surgiu na mão da mulher e ela a colocou perto do corte.

– Há mil anos, eles só tinham as armas, como nós. De onde veio aquela armadura? – pensou a mulher antes de soltar a pedra no corte.

A pedra começou a brilhar e um braço esquerdo novo nasceu a partir do corte.

A manopla reapareceu na nova mão esquerda e, logo em seguida, a mulher parou de ofegar.

Enquanto isso, após o cavaleiro negro passar por Lance, Varian e Dira, Varian disse:

– Ótimo. Nossas chances aumentaram.

Após um momento, Dira, Lance e Varian viram uma luz azul intensa e, pouco tempo depois, uma luz rosa.

– É melhor irmos também. Não sei se esse cara pode vencê-la sozinho. – disse Lance olhando para a névoa.

Os três foram na direção em que o cavaleiro foi.

A mulher levantou e Dira, Lance e Varian apareceram na sua frente.

A mulher sorriu.

– Cadê o cavaleiro negro? – pensou Varian enquanto olhava para a mulher com capa.

Dira perguntou a mulher:

– Foi você quem atacou a princesa, não foi?

Naquele momento, a mulher gesticulou com a mão esquerda e Dira foi jogada para o lado por uma força invisível, desparecendo na névoa.

– Dira! – gritaram Lance e Varian ao mesmo tempo.

De repente, Varian também foi jogado para o lado oposto ao que a sua irmã fora jogada.

– Varian! – gritou Lance enquanto via Varian sumir na névoa.

– Agora somos só nós dois. – disse a mulher com um sorriso cruel.

Lance ficou apreensivo.

A mulher ficou séria.

– Vai me entregar essas armas por bem ou por mal. – disse a mulher em tom sério.

Naquele momento, Lance sentiu seu corpo paralisado. Ele notou que a mulher estava fazendo um gesto com a mão esquerda como se estivesse segurando algo.

– Meu corpo… O que está acontecendo? – pensou Lance enquanto a mulher se aproximava, lentamente, dele.

– Não se preocupe. Usarei suas adagas para matá-lo. – disse a mulher com um sorriso cruel.

De repente, uma bola com linha vermelha acertou o chão e explodiu entre os pés da mulher. As botas da mulher ficaram queimadas, assim como seus pés. Ela gritou e ficou de joelhos.

Nesse instante, Lance voltou a mover seu corpo.

– Meu corpo. – disse Lance muito alegre.

Lance olhou para o seu lado esquerdo e viu Varian, de pé, ofegante.

A mulher abriu a mão direita e disparou o laser no chão levantando uma nuvem de poeira. Logo em seguida, Lance entrou na nuvem de poeira e, quando saiu dela, não viu a mulher.

Algumas pessoas estavam olhando a névoa pela janela de suas casas.

Após um momento, Lance viu uma luz rosa na névoa. Ele foi em direção a luz e quase acertou a cerca de uma casa. Quanto mais próximo da luz ficava, mais Lance conseguia ver a mulher ajoelhada, emitindo uma luz rosa pelos pés.

Ao notar Lance, a mulher levantou. Ela estava descalça.

– Os pés dela estavam queimados. Ela deve ter usado alguma coisa mágica para curá-los. – pensou Lance depois de parar diante da mulher.

Lance usou sua adaga direita para acertar a manopla esquerda da mulher.

– Isso é metal, idiota. – disse a mulher em tom de deboche.

Nesse instante, a manopla esquerda da mulher levantou sozinha.

– O quê?! – pensou a mulher bastante surpresa.

Era possível ver que a adaga direita estava grudada nela.

– Essas adagas têm a habilidade de grudar em objetos mágicos. – pensou Lance.

– Está tentando me roubar? – perguntou a mulher com um sorriso cruel.

A manopla sumiu e, logo em seguida, a adaga direita tentou acertar o rosto da mulher que rolou para seu lado direito. Quando ela terminou o rolamento, a adaga esquerda grudou na manopla direita.

– Consegui. – pensou Lance com um sorriso de leve.

– O primeiro ataque foi uma distração? – pensou a mulher surpresa.

A manopla direita também sumiu e a mulher levantou e recuou rapidamente.

– Tenho que tomar cuidado com esse cara. – pensou a mulher enquanto olhava para Lance.

Lance estava com um olhar sério.

De repente, as duas adagas foram em direção a mulher. A manopla direita reapareceu e a mulher apontou sua mão direita para as adagas, mas nada saiu.

– O quê?! – perguntou-se a mulher muito surpresa.

As duas adagas perfuraram o ombro direito da mulher. Muito sangue saiu da área perfurada. A mulher ficou de joelhos.

– Desgraçado. Você não estava tentando roubar minhas manoplas. – disse a mulher ofegantemente.

– Você percebeu? – perguntou Lance com um sorriso confiante.

As adagas deram a volta e foram em direção às costas da mulher. Quanto mais correntes surgiam para acompanharem os movimentos das adagas, mais a mulher gritava de dor.

– Além de poderem grudar em objetos mágicos, uma vez por dia, cada uma dessas adagas pode zerar o poder mágico de um objeto mágico durante vinte e quatro horas. – pensou Lance antes de fazer um movimento com as mãos.

A mulher olhou para trás e viu as adagas indo em sua direção para um segundo ataque. A mulher ergueu o antebraço esquerdo e um escudo com diversos símbolos surgiu nele. Ela colocou o escudo no caminho das adagas, que o atingiram em cheio. As adagas recuaram para tentarem uma nova investida. Naquele momento, os símbolos no escudo começaram a brilhar num tom de luz avermelhado e adagas idênticas às de Lance saíram dele em direção às adagas originais.

– Foi assim que ela disparou aquele raio? – pensou Lance enquanto olhava às adagas do escudo.

As adagas do escudo acertaram as adagas de Lance e, naquele momento, suas adagas e as correntes, que as ligavam até os braceletes, sumiram.

– O quê?! – disse Lance muito surpreso.

As adagas do escudo também sumiram.

Logo depois, uma pedra rosa surgiu nas mãos da mulher e ela a colocou no seu ferimento enquanto levantava.

– Suas adagas inutilizam objetos mágicos. Meu escudo copia qualquer ataque de origem mágica o atinga. Dito isso, suas adagas foram copiadas e as cópias inutilizaram as adagas originais. – disse a mulher enquanto sorria.

– Seu escudo copia ataques mágicos? Eu nem tinha percebido. – disse Lance em tom de deboche.

– Fazendo piadas momentos antes de sua morte? – perguntou a mulher com um sorriso cruel.

Lance riu.

– Qual é a graça? – perguntou a mulher em tom sério.

– Eu não tenho minhas adagas e você não tem suas manoplas. Esse escudo não vai servir muito se não acontecer um ataque mágico. Isso significa que vamos ter que resolver as coisas no bom e velho combate corpo a corpo. – disse Lance enquanto cerrava as mãos.

Enquanto isso, Varian estava procurando Lance na névoa quando viu uma luz rosa muito fraca antes dela desaparecer. Então, ele foi, mancando um pouco, até o lugar onde estava a luz rosa. Após um momento, Varian viu Lance de frente para a mulher. Ele andou até o lado de Lance.

– Varian? Desculpa por te deixar para trás, mas eu não podia arriscar deixar essa mulher fugir. – disse Lance olhando para a mulher.

O escudo desapareceu do braço da mulher.

– Não tem problema. – disse Varian olhando para a mulher.

Varian começou a rotacionar a região em que estavam as bolas na sua luva direita. Ele parou quando uma bola com linha vermelha ficou abaixo do pulso.

– Ainda sou muito boa evitando golpes por causa da época em que usava Schnelle Treffer. Porém, desde que passei a usar magia, há cerca de mil anos, parei de praticar. Aliás, evitei o último golpe daquele cara da irmandade por reflexo. Além disso, não sei por quê, mas sinto que aquele cara não lutou sério. Bom… Eu também não e acredito que, por isso, agora, estou encurralada. – pensou a mulher olhando alternadamente para Lance e Varian.

– Varian, ela não pode mais usar suas armas mágicas. – disse Lance antes de ir para cima da mulher.

Varian fez gesto afirmativo com a cabeça e começou a rotacionar a região em que estavam as bolas na sua luva esquerda. Ele parou quando uma bola com linha rosa ficou abaixo do pulso.

Lance pulou girando e deu um chute de direita enquanto estava no ar. A mulher recuou. O chute passou perto do nariz dela. Lance deu um soco de direita, mas o escudo surgiu e bloqueou o golpe.

– Coloquei uma bola explosiva no pulso direito e uma bola de rastreamento no pulso esquerdo. – pensou Varian encarando a mulher.

O escudo sumiu.

– Esse cara é bom lutando. Não sei quanto ao outro, mas aquelas bolas que ele usa são perigosas. Estou em desvantagem. – pensou a mulher enquanto evitava um golpe de Lance.

– Você é boa se esquivando. – disse Lance antes de abaixar e dar um chute de esquerda praticamente deitado.

A mulher pulou para o lado, rolou e correu.

– Já imaginava que fosse tentar fugir. – pensou Varian antes de pegar as bolas abaixo de seus pulsos ao mesmo tempo.

– É melhor eu ir embora. Se eu tivesse levado isso aqui a sério, eu já estaria com aqueles braceletes. Eu os subestimei. – pensou a mulher enquanto corria.

Varian jogou a bola de sua mão direita e, logo em seguida, a bola de sua mão esquerda. A primeira acertou o chão, logo a frente da mulher, e soltou uma fumaça rosa. A mulher passou sem problemas.

– O que era aquela fumaça? – pensou a mulher ainda correndo.

Uma pedra rosa surgiu numa das mãos da mulher, mas a pedra caiu da mão dela antes de ser usada.

– Uma não faz falta. – pensou a mulher.

A segunda bola acertou o chão atrás da mulher e explodiu, mas não atingiu a mulher.

– A fumaça era só aviso? – pensou a mulher olhando para trás.

Lance estava correndo atrás da mulher.

– Droga. Se eu tivesse lançado a bola explosiva primeiro… – pensou Varian.

– Tenho que despistar esse cara. – pensou a mulher antes de mudar de direção.

A mulher entrou na floresta e Lance parou.

– Droga! – gritou Lance.

Varian foi até perto de onde a primeira bola explodiu e pegou uma pedra rosa.

– O que é isso? – perguntou Varian enquanto olhava a pedra.

Lance se aproximou e disse:

– Eu não sei como, mas essa pedra cura ferimentos.

– Talvez… Só deva ficar perto de algum ferimento. – disse Varian antes de colocar a pedra num arranhão no seu antebraço esquerdo.

A pedra brilhou e todos os ferimentos no corpo de Varian começaram a emitir uma luz rosa.

– Incrível. – disse Lance impressionado.

Quando o brilho cessou, a pedra havia sumido e todos os arranhões no corpo de Varian tinham desaparecido.

– Impressionante. – pensou Varian olhando para o local de seu antebraço onde havia uma ferida.

Varian levantou e bateu o pé esquerdo no chão.

– Minha lesão… Foi curada. – disse Varian antes de sorrir.

– Você conhece aquela mulher? Lembro da Dira dizer algo sobre ela atacar a princesa. – disse Lance olhando para névoa.

– Não a conheço, mas sei que ela atacou a princesa e a minha namorada uma vez. – disse Varian olhando para Lance.

– Ela entrou na floresta. Vai ser difícil encontrá-la. Além dessa névoa, há muitas árvores e arbustos que facilitam uma fuga. – disse Lance olhando para Varian.

– Eu estou preocupado com a minha irmã. Vamos atrás dessa mulher depois. – disse Varian olhando para algo na névoa.

– E como vamos fazer isso? Ela foi para floresta e duvido que volte, pelo menos, até amanhã. – disse Lance também olhando para algo na névoa.

Varian e Lance viram as caneleiras douradas de um guarda, que estava inconsciente. Quando Varian e Lance se aproximaram, viram que tinham vestígios de sangue perto da boca do guarda.

– Ei, você está bem? – perguntou Varian enquanto tocava no guarda.

O guarda não acordou.

Naquele momento, Varian retirou sua manopla esquerda e colocou seu dedo indicador esquerdo abaixo do nariz do guarda.

– Ele não está respirando. – disse Varian com um olhar triste.

– Deve ter sido aquela lunática. – disse Lance enquanto cerrava as mãos.

– Mudança de planos. Vamos atrás daquela desgraçada imediatamente. – disse Varian antes de dar um soco no chão.

– Admiro o entusiasmo, mas não temos como encontrar aquela mulher. – disse Lance olhando para o guarda.

– Aquela bola que liberou uma fumaça rosa continha uma substância chamada Dironium, ela se fixa nas coisas e deixa rastros à medida que a pessoa anda. – disse Varian enquanto colocava sua manopla de madeira na mão esquerda.

– Rastros? Não vi nada assim enquanto ela fugia. – disse Lance olhando para Varian.

Varian levantou e virou para Lance.

– Só dá para enxergar com esses óculos. – disse Varian apontando para os óculos que estava usando acima da testa.

– Estou gostando cada vez mais de magia. – disse Lance com um sorriso.

– Isso não é magia. É alquimia. – disse Varian com um sorriso de leve.

– Alquimia? O que é isso? – perguntou Lance um pouco confuso.

Varian começou a andar em direção ao lugar onde jogou a bola de rastreamento.

– Depois eu explico. Vamos. – disse Varian enquanto olhava para o chão. Ele estava procurando alguma coisa.

Após um momento, Varian disse:

– Achei.

Varian estava vendo uma área brilhante. Dentro dela, havia uma pequena área que não estava brilhando. Mais a frente, havia vestígios brilhantes, que partiam da área brilhante.

Logo depois, Varian e Lance entraram na floresta.

Na floresta, a mulher estava correndo.

– Como eu imaginei, eu estava na rua em frente àquela casa. – pensou a mulher.

A floresta estava tomada pelo nevoeiro.

– A névoa chegou até aqui? Quando ela vai dissipar? – pensou a mulher enquanto corria.

Enquanto isso, Varian e Lance seguiram o rastro até as margens de um rio. Não havia névoa onde eles estavam.

Após um momento, Varian notou que o rastro terminava na beira do rio. A correnteza estava forte.

– Perdi o rastro. – disse Varian olhando para o outro lado do rio.

– Droga! – pensou Lance muito bravo.

– Ela deve ter caído aqui. – disse Varian abaixado enquanto tocava na água.

Lance notou a correnteza.

Varian levantou.

– Não dá para atravessar com essa correnteza. Vamos seguir o rio. – disse Lance olhando para Varian.

Lance e Varian seguiram a correnteza do rio até chegarem a uma cachoeira.

– Se ela caiu daqui, deve ter morrido. – disse Varian olhando para baixo.

Lance virou e começou a andar.

– É melhor voltarmos. – disse Lance enquanto cerrava as mãos.

Varian viu o que parecia um lago lá embaixo e, logo em seguida, seguiu Lance.

– Duvido que aquela mulher tenha morrido. – pensou Lance enquanto andava.

Varian e Lance não notaram, mas havia uma torre próxima ao lago.

Antes, quando Dira foi arremessada por uma força invisível, ela atingiu a árvore perto de sua casa e desmaiou.

Algum tempo depois, Dira acordou com Quirin a chamando.

– O quê? Quirin? – perguntou Dira um pouco confusa.

Dira levantou com a ajuda de Quirin.

– Aquela mulher te atacou também? Cadê o Varian? – perguntou Quirin olhando para Dira.

– A mulher. Foi ela quem me jogou aqui. Onde você estava? – perguntou Dira olhando para Quirin.

– Eu fui atacado com alguns guardas na estrada principal. – respondeu Quirin olhando para Dira.

Dira notou que Quirin estava com muitos arranhões.

– Temos que achar o Varian e o Lance. – disse Dira enquanto mal se aguentava em pé.

Dira percebeu que a névoa estava menos densa.

– Eu procuro. Você tem que descansar. – disse Quirin revirando a névoa com ao olhos.

Dira sentou perto da árvore.

– Eles estavam naquela direção. – disse Dira apontando para frente.

Quirin foi na direção apontada por Dira.

Enquanto procurava pelo filho, Quirin encontrou alguns guardas desacordados, mas respirando. Alguns guardas, que estavam em cima dos muros, desceram e ajudaram os feridos. Quirin procurou Varian por toda a Velha Corona até a névoa dissipar e não o encontrou.

Enquanto isso, Dira, que estava sentada, encostada na árvore, viu um guarda caído depois da névoa dissipar. Ela foi até ele e checou sua respiração. O guarda estava pálido e não estava respirando. Dira cerrou as mãos.

– Será que mais morreram? – pensou Dira olhando para o chão.

Quirin apareceu atrás dela.

– Ele está bem? – perguntou Quirin antes de notar que o guarda estava pálido.

– Ele está morto. – respondeu Dira olhando para o chão.

– Houve mais baixas. Encontrei mais cinco guardas mortos enquanto procurava o Varian. – disse Quirin olhando para o cadáver.

– Você encontrou ele? – perguntou Dira ainda olhando para o chão.

O sol começou a aparecer.

– Não. – respondeu Quirin olhando para o céu.

Após um momento, Varian e Lance apareceram e viram Quirin e Dira perto do corpo do guarda morto.

– Pai! Dira! – disse Varian enquanto corria até Quirin e Dira.

Varian abraçou o pai.

– O senhor está machucado. O que aconteceu? – perguntou Varian muito preocupado.

– Aquela mulher me acertou quando eu estava com alguns guardas na rua principal. – respondeu Quirin em tom sério.

Logo depois, Varian abraçou Dira.

– Felizmente, nenhum civil foi morto. – disse Quirin olhando para Lance.

– Senhor, eu sinto muito. Isso só aconteceu por minha causa. – disse Lance enquanto se ajoelhava.

– Essa mulher apareceu antes mesmo de você surgir por aqui. Além disso, não foi você quem matou essas pessoas. – disse Quirin enquanto sorria.

Lance levantou e disse:

– Obrigado.

Dira levantou com a ajuda de Varian.

– Como que ela soube onde você estava? – perguntou Dira olhando para Lance.

– Vazamento. – respondeu Lance olhando para Dira.

– Além de nós, os reis, o conselheiro, a princesa, o Capitão, a Cassandra e o Eugene sabiam que você estava aqui. – disse Varian olhando para Lance.

– Há um traidor na guarda, contudo, mesmo que ele tivesse a audácia de ir atrás da arma, ele iria até o cofre no arsenal do C.T. da guarda real. – disse Quirin olhando para Lance.

– Exatamente. Ontem, fizeram um comunicado anunciando minha morte e que minha arma estava trancada num baú no arsenal. – disse Lance levando uma mão ao queixo.

– O curioso é que ela só atacou nesta noite, mesmo você estando aqui desde a noite anterior. Por que esperar um dia para atacar? – perguntou Varian olhando para Lance.

– Provavelmente, ela soube nesta última noite que eu estava aqui. – disse Lance olhando para Varian.

– O que não faz sentido, visto que a informação soltada ontem, para os guardas, foi a de que você estava morto. – disse Dira olhando para Lance.

– Essa história está muito estranha – disse Quirin antes de levar uma mão ao queixo.

– Varian, preciso que você fale com o Eugene sobre o que aconteceu aqui. Ele deverá ter um ponto de vista diferente sobre tudo isso. – disse Lance olhando para Varian.

– Lance, fique na casa. Logo mais, os portões serão abertos e não podemos arriscar que algum amigo do Barão te veja. – disse Quirin olhando para Lance.

– Sim, senhor. – disse Lance olhando para Quirin.

– Leve Dira com você. Ela está ferida. Vou mandar um médico ir até vocês quando eu estiver na ilha. – disse Quirin olhando para Dira.

Lance pegou Dira nos braços e a levou para casa.

Quirin deu algumas instruções aos guardas e, depois, pegou dois cavalos e foi com Varian até o castelo.

No castelo, Varian e Quirin foram impedidos pelos guardas de entrarem.

– Os reis ainda estão dormindo. – disse um dos guardas.

– A Velha Corona foi atacada! – gritou Quirin.

Os guardas abriram os portões e Quirin pediu para alguém acordar o rei.

Os reis estavam dormindo quando alguém bateu à porta. O rei levantou e pediu para a rainha continuar na cama. Ele desceu de pijama.

Na sala do trono, Quirin contou que a mulher, que atacou a princesa, foi atrás da arma de Lance. Na sala, só estavam Frederic, Varian e Quirin.

– Isso é impossível! Como ela soube?! – perguntou Frederic muito preocupado.

– Não sabemos. Na verdade, não estamos entendendo nada. – disse Quirin olhando para Frederic.

– Mesmo que ela estivesse trabalhando com o traidor, não tinha como ela saber onde Lance estava. – disse Frederic antes de sentar no seu trono.

– A única explicação seria um de nós ser um informante dela, mas isso não explicaria ela esperar para atacar ontem à noite, visto que Lance foi para a Velha Corona na outra noite. – disse Varian olhando para Frederic.

– A informação liberada ontem foi a de que a arma estava no arsenal, então, quem forneceu a informação para essa mulher não foi um dos guardas. – disse Frederic olhando para Quirin.

– Guardas! – gritou Frederic.

Dois guardas entraram na sala.

– Mandem alguém informar ao Lucius que a Velha Corona foi atacada! – disse Frederic em tom alto.

– Já mandei fazerem isso assim que cheguei, também mandei levarem alguns médicos até a Velha Corona. – disse Quirin olhando para Frederic.

– Obrigado. – disse Frederic olhando para Quirin.

Frederic mandou os guardas saírem.

– E o Rider? – perguntou Quirin em tom sério.

– Passou a noite vigiando o baú. Ele tem certeza de que o traidor atacará na primeira oportunidade. – disse Frederic olhando para Quirin.

Frederic levantou.

– Devemos esperar aqui? – perguntou Varian olhando para Quirin.

– É claro. Vou trocar de roupa e, depois, venho esperar o Eugene aqui com vocês. Mas, recomendo que passem na cozinha para comerem ou tomarem algo. – disse Frederic antes de sair pela saída principal.

Varian e Quirin saíram pela saída lateral.

Antes, quando a mulher estava fugindo pela floresta, ela caiu num rio. Ela tentou nadar, mas a correnteza era muito forte. Ela foi arrastada até uma cachoeira e caiu num lago.

De repente, uma mão surgiu na beira do lago. Era a mão direita da mulher. Ela conseguiu sair do lago se arrastando. A mulher ficou de joelhos e tirou seu capuz.

– Droga! Eu subestimei aquele tal de Lance. – disse a mulher antes de dar um soco no chão.

A mulher levantou e agora era possível ver seu rosto. Era a dona da galeria, Sugarby, a mulher por trás do capuz. Ela viu a torre de Gothel e deu um sorriso.

– Que sorte. – pensou Sugarby enquanto sorria.

Sugarby começou a andar.

– Aquela arma mágica vai ser minha, assim como qualquer outra arma que os capangas desse tal de Barão trouxerem para Corona. – disse Sugarby enquanto andava em direção à torre de Gothel.


Notas Finais


Bem que eu desconfiei dela...


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