Aos olhos do Hokage.
Romaria,
Extra N.º 1
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Para Hiruzen, cachimbos eram sinônimo de contemplação.
Ervas de qualidade abriam portas para os pensamentos mais fugazes. Ideias profundas que retumbavam nos confins de sua ínfima existência. Ele às vezes pensava exagerar, mas fazia pouco caso depois de duas ou três puxadas.
Sua esposa lhe dissera por anos que sua maior paz, as tragadas dadas num final de tarde tranquilo, um dia o mataria. Seria uma traição sem igual, Hiruzen lhe respondia, adepto a ideia de que o grande companheiro jamais lhe faria mal algum. Apesar disso, o velho sabia – sabia mesmo – que o uso excessivo prejudicava a mente, os pulmões, o coração e também tudo por onde a fumaça passasse, como se o mero toque da deslizante cortina enferrujasse seu interior de dentro para fora.
Assim também era sua vida como líder.
Os anos que levou com o chapéu escondendo o começo de calvície fizeram-no perceber que olhar para Konoha era como estar na beirada de um poço: se não tivesse a devida atenção, os cascalhos da borda íngreme cederiam e você seria puxado para baixo, lançado ao escuro e inalcançável fundo, consumido pelo tempo e pelo espaço, até que as esperanças esvaíssem junto a luz que fugia para longe.
A Vila da Folha era como um buraco; ele a amava, ainda assim, cada um era especial e importante ao líder da vila, mas Hiruzen não poderia ser capaz de ignorar a verdade – era um buraco, e um dos mais fundos, onde segredos, mentiras, conspirações e revoltas aconteciam a todos os momentos, camuflados pela falsa modéstia da fachada pacifista no meio de uma guerra silenciosa.
O velho sentia-se mal por deitar todas as noites e ter o mesmo pensamento sujo, pois aquela era sua casa, sua vila natal, o lugar onde toda a sua história estava escrita; mas nada, nada o remoeu mais, o corrompeu mais, do que olhar para alguém e ter a mesma sensação.
E a pior parte: esse alguém era uma tola criança. Uma da mesma idade de seu próprio filho.
Quando o furdunço de sua chegada veio aos seus ouvidos, ele imaginou o óbvio – mais um órfão de guerra a ser acolhido –, mas, com horror e descrença, após ele realmente sentir o que diferenciava a menina das demais crianças, seus pré-julgamentos se transformaram em curiosidade conforme ela chegava mais perto. Ele então pensou que não passaria disso: um órfão com uma quantidade de chakra absurda, pois seria fácil controlá-la se assim fosse.
Mas as coisas mudaram quando a menina adentrou o escritório.
E ele pôde perceber, depois de boas tragadas reflexivas, que a tal criança de tola não tinha nada.
Era esperta, astuta e muito mais do que os olhos podiam ver – ele notou.
Ela também era um poço.
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Hidetaka era um bom ninja.
Era responsável, justo e sociável. O velho costumava chamá-lo de exceção à regra Uchiha, e talvez isso o tenha levado a escalá-lo ao esquadrão de guarda da vila ao invés do departamento policial, assim como influenciava a ideia de que Hidetaka quase sempre era visto como um membro à parte dentro de seu próprio clã. Separado, único.
Sozinho.
E Hiruzen sabia disso.
Também sabia da maior qualidade que o separava da sua linhagem sanguínea, uma essencial e imprescindível: o Uchiha era empata.
E talvez – apenas talvez – por isso Hidetaka tenha se fixado tanto em Sakura.
Em um dos relatórios diários dos passos da criança, o Hokage percebeu seus modos: a escolha correta das palavras e a calma eram praxes naturais àqueles que se dirigiam à sala mais importante da cidade, mas o que estava oculto sob a camada de respeito não foi imperceptível a ele.
Havia carinho ali.
O líder pensou muito antes de perguntar, com o cachimbo preso ao canto da boca:
"Não me diga que se apegou à criança."
O silêncio foi sua confirmação.
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Hidetaka estava afoito quando entrou na sala, e, depois de cumprimentá-lo quase que sem fôlego, disse, sem rodeios: “Eu quero adotá-la”.
Sarutobi titubeou. Havia pilhas e mais pilhas de documentos ao redor de sua mesa esperando por aprovação, mas nada nas linhas complexas era tão interessante quanto tentar entender o que se passava na cabeça daquele jovem adulto. Não estava surpreso, muito pelo contrário; a compreensão surgia quando o afeto presente nos mais singelos aspectos se tornava óbvia, mas ele precisava ser honesto quanto a isso, ainda que, lá no fundo, a decisão de seu subordinado o felicitasse: Sakura, antes de órfã, era uma forasteira, e Hidetaka, antes de Uchiha, era um homem solteiro.
Todos esses fatos levavam a um dos problemas mais comuns de Konoha – as pessoas não se manteriam quietas.
Porque adotar não era uma prática comum aos cidadãos. A alta demanda da guerra havia petrificado os corações daqueles que perderam os entes queridos e congelado as relações sociais construídas entre desconhecidos. Adotar uma criança, nesse contexto, abria margem para burburinhos preconceituosos e fortemente imodestos, levando a crer que quem o fazia era simplesmente estúpido por promover sentimentalismo. Por si só, o juízo de valores já era assustador, mas piorava na questão de Hidetaka: um homem solteiro, também sucessor de um clã tradicionalmente renomado, seria visto como louco.
Hidetaka, ao sugerir uma adoção, estava pondo em jogo a própria reputação.
Se ele tivesse uma aliança em seu dedo, as coisas poderiam ser diferentes. Mais simples, mais fáceis. Mas nada nessa vida era fácil.
"O que te faz querer isso?" Os olhos afiados do velho perscrutavam o mais novo, ajoelhado em respeito à sua frente.
"Ela é como eu, senhor."
Sozinha – Hiruzen lembrou.
Levou mais alguns minutos até que a resposta do sábio homem soasse. Nesse meio tempo, tragadas foram dadas, e Hidetaka sentia o temor o corroer por dentro assim como a fumaça fazia aos pulmões do Hokage, nervoso demais com o que seu chefe pudesse lhe dizer.
Quando o fez, um peso invisível desceu das costas do Uchiha.
"Permissão concedida."
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"Sentimos muito, senhor." O jonnin suavizou mais uma vez ao dia, o cansaço pintado debaixo dos olhos denunciando as inúmeras falhas. "Já tentamos de todas as maneiras possíveis, mas a garota continua a bloquear a passagem."
O rosto continuou taciturno: "Eu esperava mais da divisão de inteligência."
Estavam a seu serviço desde que a menina fora posta em um genjutsu por Hidetaka, caindo desacordada logo em seguida na avenida rodeada de escombros. O Uchiha a trouxera pessoalmente ao batalhão, carregando-a nos braços com duas crianças em seu encalço, os olhos ainda ardendo num vermelho profundo, e relutou em entregá-la a qualquer um até que Hiruzen pusesse os pés no edifício. Num breve relatório, após deitar o corpo da criança numa maca de ferro, ele lhe dissera que havia visto, com os próprios olhos, a pequena menina desmontar um dos invasores da vila com um único golpe.
E Hiruzen riu quando escutou.
Porque, ainda que os ditos fossem, em sua maioria, completamente débeis, Sakura não deixava de ser uma criança.
A descrição de Hidetaka poderia, sim, ser uma piada; e Hiruzen não impediu a risada.
E só parou quando notou que os outros jonnins concordaram com o relato.
"Quem eram os homens?" Ele perguntara anteriormente, ainda discernindo os eventos.
Um dos encarregados foi rápido em estender os fichários da divisão de recebimento policial: "Apenas um deles carregava bandana, senhor, e ela estava riscada. Os outros quatro caíram com facilidade, não eram usuários de ninjutsu, apenas taijutsu."
"Eu derrubei o dono da bandana." Hidetaka interrompeu em prontidão. "O símbolo da Grama estava talhado na madeira do veículo que abrigava os invasores, e nenhum deles informou se pertenciam a Kuso ou vilarejos menores, mas a bandana pertencia ao país do Pássaro."
O rosto de Sarutobi se manteve impassível, mas Hidetaka teve treinamento o suficiente para conseguir ler todos os tipos de pessoas e suas mais variadas expressões. No momento, a postura e a seriedade indicavam que o Terceiro queria desesperadamente um charuto; era com eles que conseguia pensar mais facilmente.
Konoha sofria tentativas de invasão a todo momento, apenas um dos inúmeros reflexos de guerra que a elite shinobi e os esquadrões policiais haviam de enfrentar todos os dias, mas como puderam deixar essa simples gangue entrar? Como ele pôde deixar que rastejassem até o interior do lugar que jurou proteger?
A possibilidade da camuflagem por genjutsu passou por sua cabeça, mas os portões eram vigiados a todo momento. Técnicas fajutas (as quais ele julgava os invasores de possuírem) jamais seriam despercebidas, então, de três, uma: ou os invasores estavam aqui há muito tempo e simplesmente decidiram atacar hoje, ou a passagem foi permitida, ou eles encontraram alguma maneira de adentrar a Vila da Folha.
Cada probabilidade parecia mais impossível que a outra.
E o que realmente incomodava Hiruzen era imaginar por que eles fizeram isso. Descobrir o que levou um grupo tão pequeno e fraco de homens a atacarem uma potência como Konoha, a capital do país do Fogo.
Precisava ser levado em conta que a avenida em questão era comumente conhecida pelo alto comércio de joias e artigos de luxo, vitrines lustrosas banhavam os olhares em dourado e prata tremeluzia conforme o caminhar, mas, mesmo assim, era completamente incabível o fato do grupo estar ali. Saquear? Sim, os jonnins relataram as bolsas recheadas com notas, moedas e mercadorias valiosas, mas muitas outras vilas menores em tamanho, poderio e população também possuíam tal riqueza, então porque não as atacaram?
Eles poderiam estar à procura dela, ele pensou consigo mesmo, observando a menina desmaiada sobre o leito gelado, tentando encontrar um sentido em meio a confusão. Talvez por isso Sakura tenha se defendido. Talvez isso explicasse o fato da menina se envolver na situação, ao invés de esperar por ajuda.
Então a culpa seria de Sakura?
Não, não. A culpa nunca era da vítima. A menina se defendeu. A força dela seria uma dúvida à parte, outro fato que deveria ser explicado mais tarde. Além disso, existem maneiras mais fáceis de se raptar crianças. O mais importante, por agora, era descobrir quem eram aqueles homens e o que eles queriam em Konoha.
"Vejam as memórias dela."
E aqui estava Hiruzen, caçando uma resposta na mente de Sakura e se deparando com outra pergunta, assim que, um a um, cada interrogador lhe dizia a mesma coisa: Sinto muito, Hokage-sama, não consigo entrar.
Ele se sentia cercado por idiotas.
"Ponha-me na mente dela." Sarutobi disse, já cansado dos erros de seus melhores homens, hábeis em invadir mentes como se fossem portas. O mais afiado deles, um homem com o rosto alvo desenhado com os traços do clã Yamanaka, pareceu nervoso, mas se pôs às suas costas e tocou ambos os ombros.
Hiruzen, num piscar de olhos vertiginoso, se viu cercado e coberto pela escuridão. Era negro, úmido e inodoro. Não havia chão e nem teto; aquilo era uma mente.
Ele já havia estado em outras antes, portanto sabia que aquele era o primeiro estado de um subconsciente. Ninjas desenvoltos no ramo de tortura e informação eram engenhosos em adentrar as mentes mais difíceis; ele sabia que era fácil quando a vítima estava inconsciente, dependendo, é claro, do nível de desenvoltura mental do pagante, e justamente por isso o Hokage pensava que a falta da inaptidão dos shinobis encarregados era simplesmente uma gafe horrenda, pois Sakura era uma criança de cinco anos.
Logo, era impossível ela bloquear uma tentativa de invasão de mentes.
Hiruzen começou a se mover, sem gravidade alguma, pelo espaço gigantesco. Era um universo particular, tomado apenas pela negritude e ausência de luzes ou qualquer coisa que pudesse denotar vida.
Era vazio.
Então, como se sem fôlego, uma onda incontrolável bloqueou um de seus movimentos, jogando-o para longe.
Hiruzen sentiu a ânsia de um estômago revirado conforme rodopiava para a direção que fora lançado. A impressão que ficou foi a de que algo, uma onda, rajada, lhe atingiu e o mandou à direção oposta. Para longe.
Usar chakra dentro da mente de outra pessoa era proibido; se o fizesse, estaria pondo em risco a saúde e o estado mental do indivíduo, era isso o que chakras externos causavam, então ele esperou até que os rodopios cessassem para tentar, uma vez mais, seguir o mesmo caminho.
Afinal, se algo o lançou para longe daquela direção, ali estava seu interesse: o segundo estágio do subconsciente.
Hiruzen não conseguiu. Assim que os movimentos pararam, uma segunda onda surgiu, antes que ele pudesse sequer atirar-se novamente. Ele tentou lutar, jogando-se para os lados em um ziguezague bagunçado, e até conseguiu fluir alguns centímetros à frente, de onde a corrente vinha, mas logo notou outra coisa: a carne do antebraço foi tomada pela sensação de ardência, lambida por algo muito semelhante a uma forte labareda de fogo. Mesmo invisível, ele soube distinguir: aquela era a sensação de ter a pele queimada.
Viu-se regressando ao plano material, humilhado internamente por também não conseguir avançar no cérebro de uma criança. Notou Hidetaka ao seu lado, aguardando algum sinal que mostrasse possuir novos conhecimentos, mas o velho apenas disse, afiado como navalha: "Ponha-me novamente."
Pelo menos uma informação ele havia conseguido: a natureza do chakra de Sakura era fogo.
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A sugestão do Hokage à Hidetaka foi de que ele pedisse para Sakura prestar o exame de graduação genin. O Uchiha pareceu animado com a ideia e mostrou franqueza ao dizer que ela passaria sem dificuldades.
Hiruzen concordou, lembrando-se dos relatos do jonin da fatídica tentativa de saque: a menina, com apenas um soco, derrubou um dos intrusos, fazendo o serviço que um shinobi de Konoha deveria prestar. O jovem ainda aproveitou para reforçar como todos os treinamentos de concentração de chakra estavam dando resultados positivos, e juntos, chegaram à conclusão de que a garota, ao contrário da maioria das crianças (que ficavam em choque, completamente paralisadas, como o colega também presente no dia), engoliu o medo e agiu puramente por impulso no calor do momento, inconscientemente juntando energia e aplicando um golpe básico aprendido na Academia ninja.
Era um feito extraordinário.
O mais impressionante foi a questão inexplicável da tala quebrada. Hiruzen comentou a Hidetaka, distraidamente, sua dúvida, instigando-o a revelar confidências a respeito dessa mudança, e, mais uma vez, ele se surpreendeu com a menina: ela era autodidata de ninjutsu médico.
A constatação o fez se permitir sorrir aquele dia. Sakura Uchiha tinha a vontade do fogo correndo em suas veias – e esse foi um dos motivos para a sugestão de torná-la genin o quanto antes.
Obviamente, forças para a guerra sendo enfrentada eram precisas, mas ela não seria mandada automaticamente para o campo de batalha. Não, não fora isso que Hiruzen havia pensado; era bem mais puro e simplista: treinar um jovem com um grande potencial.
Seu julgamento se tornou mais convicto quando os resultados da prova escrita de Sakura saíram: seus pontos atingiram o pico da qualificação, acertando o percentil cem. Ela gabaritou a prova e a anotação do jonin encarregado do teste apenas confirmou sua teoria – Sakura foi catalogada como sendo superdotada.
Muitos jovens recebiam designações durante a carreira ninja, em sua maioria chamados de prodígios e, em raros casos, gênios, e cada geração possuía os seus destaques. Superdotados eram aqueles capazes de se sobressair em várias áreas diferentes, ao contrário dos prodígios, que eram excelentes em aspectos específicos, geralmente relacionados a algum dos estilos de luta ninja. Ela não só se provava superdotada por possuir uma inteligência fora do comum e um controle de chakra perfeito, mas também por pormenores recentemente descobertos, a conversação afiada e o fator autodidata – e tudo isso fora da idade esperada.
Hiruzen apostava que a menina dos cabelos cor-de-rosa faria seu nome a partir dos anos seguintes, começando por agora, pois Sakura Uchiha, com cinco anos de idade, já quebrava recordes. Ao lado de Kakashi Hatake, ambos foram os ninjas graduados mais cedo na história, além disso, a pontuação máxima da garota tirou do pódio Minato Namikaze, e ela tomou seu lugar como a criança a atingir a maior pontuação do teste genin, sem nem perceber o quão grande era o feito de superar a colocação de um dos ninjas mais inteligentes da vila.
A menina não só era um poço, mas também uma caixinha de surpresas.
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O sol brilhava sobre os telhados da cidade. Laranja, marrom e tons de azul preenchiam os telhados vistos do parapeito da sala do Hokage, e em tardes impossivelmente abafadas como aquela, Hiruzen gostava de se prostrar à janela aberta e sentir no rosto a brisa quente da vila de Konoha.
Não havia cachimbos dessa vez, apenas os outros companheiros de ofício: documentos. Assinaturas de relatórios, revisões de licenças, carimbos de entradas e saídas e outras mil folhas espalhadas em pilhas pelo tampo de madeira da larga mesa. O chapéu branco e vermelho repousava ao lado da cadeira, e o velho sentia nas entradas de calvície o vento bater refrescante.
Ele suspirou vez ou outra, sentindo o cansaço doer os ossos, por isso, sempre que possível, levantava-se para esticar as pernas e as costas, parando no peitoril e observando a movimentação da cidade. Sentia-se velho nesses momentos, e a ideia de contratar mais um assistente lhe vinha à cabeça, mas, antes que cedesse, voltava aos afazeres.
Dessa vez, uma pequena movimentação na rua de baixo chamou sua atenção antes que se virasse para a mesa. O tufo de cabelos rosa surgiu caminhando ligeiramente, ao seu lado, outro menino de cabelos negros, ambos carregando caixas com incontáveis folhas soltas dentro, amareladas pela ação do tempo. Hiruzen sorriu sereno, vendo que não era o único a trabalhar com papéis naquela tarde.
A pequena criatura continuou a caminhar desengonçadamente na rua, o rapazinho ao seu encalço falando-lhe animado sobre alguma coisa qualquer, indo em direção ao centro de registros da vila.
Sakura estava fazendo um bom trabalho na biblioteca. Ele tinha o conhecimento, por parte de Hidetaka, de que ela havia conciliado o dever ao estudo autodidata, indo à Academia apenas para as práticas de taijutsu diárias e algumas aulas específicas. Seu desejo ínfimo de vê-la trilhando um caminho afamado começava a dar seus passos. Ele viu suas costas antes de entrarem pelas portas escuras do outro edifício, o símbolo Uchiha cravejado como um ornamento no topo da veste de ambos.
Hiruzen bebericou um pouco de chá ao se sentar, pronto para voltar ao trabalho, esperando que a presença do outro lado da porta do escritório surgisse logo; quando o shinobi adentrou o recinto, saudou-o altivamente.
"Hokage-sama."
O rapaz ajoelhou-se, prostrado em respeito, e o velho homem sorriu e vestiu o chapéu, pronto para uma conversa que esperava ser deveras interessante.
"Deixe de cordialidades, Minato. Falemos sobre o futuro."
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