Harry Pov
Tudo começou no que era para ser uma simples, monótona e talvez produtiva manhã de sexta feira.
Simples porque eu basicamente iria ficar trancado em uma sala no ministério fazendo relatórios que estavam pendentes há muito tempo, e que, de acordo com meu superior, se não estivessem prontos em sua mesa na manhã do dia 12, eu teria grandes problemas.
Monótona porque basicamente ficaríamos ali tentando relembrar casos, lugares e ocasiões para escrevermos e respondermos todo o questionário de cada um dos chamados que havíamos recebido.
E por fim, produtiva, porque eu iria fazer tudo o que havia necessidade de ser entregue dia 12.
É claro que eu havia deixado para fazer tudo isso hoje, dia onze, porque antigos hábitos não morrem facilmente, e eu sempre podia contar com Rony para dar uma batidinha no meu ombro dizendo ‘Cara, amanhã a gente não sai daqui até terminar’.
Esse amanhã basicamente demorou dois meses para chegar, então o meu humor e o dele, no geral, não está muito animado.
- Porque você me ouviu quando eu disse para adiarmos isso? Temos o dobro de trabalho! – Bradou com as orelhas ficando avermelhadas de tanto nervoso que ele teve ao ver a pilha de coisas que começamos e nunca havíamos acabado.
- Porque é que VOCÊ não me ouviu quando eu disse que adiarmos isso só estava fazendo acumular mais? – Rebati me dando por resignado ao me sentar.
Rony se acomodou na mesa no outro extremo da enorme sala de relatórios, com capacidade para até 12 pessoas, e eu aposto que, assim como eu, ele revirou os olhos quando percebemos quem havia acabado de entrar.
Não precisávamos olhar para a porta para saber, e nem mesmo ouvir a voz arrastada cumprimentar algumas pessoas que passavam por ele até o mesmo chegar à mesa.
Draco Malfoy era o tipo de pessoa que o ambiente parecia mudar quando ele chegava.
Especialmente o perfume dele, que podia ser sentido de longe assim que ele passava pela droga da porta que deveria estar a uns dez metros da minha mesa.
Ele devia ser a única pessoa a entrar naquela sala todos os dias, porque fazia questão de manter seu próprio arquivo impecável e agir como se fosse superior a todo mundo todas as vezes que nosso chefe, mesmo de contra gosto, era obrigado a elogiar seu trabalho ‘minucioso, primoroso e impecável trabalho e organização’.
- Potter, Weasley – Murmurou ao passar por nossas mesas, sem grandes emoções como de costume, e eu não poderia me queixar desse detalhe em especial.
Ele tinha muito mais maturidade do que eu e Rony Juntos.
Engoli um riso ao ver Rony revirar os olhos e fazer uma careta engraçada assim que ele já não poderia ver.
Passado esse momento em específico, me concentrei em começar os relatórios que a cada frase pareciam mais chatos.
Porque diabos enquanto eu realizava aquelas missões elas pareciam tão mais empolgantes do que aqui sendo obrigado a descrevê-las?
- Ei – Rony chamou de sua mesa, e eu ergui a cabeça para lhe dar atenção – Como eu explico aquela coisa que você fez no dia do lobisomem manco?
Foi impossível não rir e dar de ombros.
-Inventa qualquer coisa. Duvido que águem vá ler todos esses arquivos. Quer um café? Eu vou buscar.
-Não, valeu. Você sabe, nunca entendi como consegue gostar disso.
Dei de ombros, me alongando ao levantar da sala, vendo que haviam se passado apenas duas horas e eu já estava incrivelmente entediado e aborrecido de continuar com aquilo.
Segui até o pequeno hall que antecedia a nossa sala, indo para a pequena fila que tinha em frente a máquina de café, revirando os olhos como de costume ao sentir antes mesmo de ver que a pessoa na minha frente era o Sr. Perfeição.
Ele fazia questão de usar capas charmosas e caras, diferente da maioria das pessoas dentro do departamento.
Isso nunca havia me incomodado até aquele momento.
Pois assim que peguei meu café, eu derrubei o documento que havia trazido em mãos para tentar ler enquanto esperava a minha vez.
E é claro que a letargia me fez abaixar com o copo na mão, não me atentando quando o ser na minha frente deu um passo para trás para pegar a merda do adoçante.
E eu vi meu copo esbarrar e derramar todo o líquido preto fumegante pela bonita capa do imbecil, que saltou no lugar.
- Mas que diabos...! – Bradou virando para mim, fechando a expressão enquanto soltava rapidamente a capa para talvez evitar que sua roupa fosse afetada pelo desastre – Potter! – Berrou enquanto examinava a roupa, e eu, congelado pelo meu desastre, continuei inclinado na direção do papel, agora também molhado de café que permanecia no chão.
Porque quando ele tirou a capa, deixou aquilo bem na minha frente.
E por aquilo, eu quero dizer aquelas nádegas perfeitamente delineadas por aquela calça de tecido bonito, que também deveria ser uma fortuna. A curva que fazia aquele traseiro arrebitado e redondo foi algo que me desconcertou completamente, e rapidamente eu peguei minha folha e me ergui, com o sentimento de ser culpado por algo terrível.
E não era pelo café derramado.
Em um momento de pura inconsciência eu quase senti minha mão ir até lá checar se ele era daquele jeito mesmo ou se tinha algum feitiço.
Como eu nunca havia reparado naquilo antes?
- Me descul – Ele me interrompeu com uma expressão fechada, e eu percebi que desculpas não serviriam, e de forma eficiente fiz um feitiço para limpar sua roupa e de alguma forma isso só fez a cara feia dele aumentar.
-Você arruinou minha capa! – Bradou com o olhar gelado, e eu revirei os olhos – Acha que um feitiço recupera o tecido?! –Voltou a dizer, extremamente decepcionado – Imbecil – Rugiu saindo andando as pressas, voltando para a sala e eu me senti aliviado ao ver que ao menos dois caras e todas as mulheres na sala também haviam acompanhado o traseiro dele com o olhar.
Peguei o café novamente e voltei para meu lugar, e Rony não demorou a vir até minha mesa, nada sutilmente, cochichando.
- O que fez para a doninha? Ele voltou te amaldiçoando até as próximas gerações.
-Derrubei café nele – Falei vendo o ruivo rir – Mas foi sem querer.
-Caras – Rogers veio até nós vindo exatamente de onde eu estava – Vocês perderam as meninas do setor 7 babando no Malfoy. Disseram que é o traseiro mais bonito do nosso andar!
Tive a decência de me sentir constrangido, mas arqueei o cenho ao ver Rony dar de ombros.
-Como se isso fosse novidade.
-O que? O traseiro do Malfoy? – Perguntei, e internamente me questionei se só eu estava achando estranho palavras como ‘traseiro do Malfoy’ fazerem parte de uma conversa civilizada entre aurores amigos.
- Já ouvi falarem isso. Sabe Cristin? A loira, queridinha do oitavo andar? Já vi ela dizer isso. Quero dizer, é um traseiro famoso, sabe? – Rony comentou.
-É, não podemos negar que ele faz jus a fama. Algumas garotas têm inveja.
-Porque – Comecei de forma nervosa, olhando ao redor como se estivesse cometendo um crime – Estamos falando do traseiro do Malfoy?
-Porque você que derrubou café no traseiro dele, para começar – Rogers rebateu rindo, e olhamos de canto para onde o loiro se sentava, e o mesmo ainda esfregava e alisava a própria capa resmungando baixinho – Eu vou almoçar. Vocês vêm?
-Ainda são onze horas – Rony resmungou – Mas eu estou louco para fugir disso. Vamos.
-Eu não estou com fome. Vou mais tarde. Talvez que consiga adiantar algo aqui – Falei e eles concordaram e seguiram animadamente por se livrarem da tarefa por um tempo.
Voltei a tentar me concentrar no que fazia, mas de forma automática todas as seis vezes que Malfoy por algum motivo teve que se levantar, meus olhos seguiram seu traseiro por toda parte, e foi em um desses momentos que eu ouvi alguém pigarrear ao meu lado.
Ergui o rosto, vendo Hermione me olhando com curiosidade.
-Er, oi?
-Oi Harry. Algo errado?
-Hm... Não. Não. Tudo certo aqui.
-Rony?
-Almoçando.
-Fugindo dos relatórios, você quis dizer – Resmungou e eu não pude evitar rir. Apesar de trabalhar em um setor diferente, Mione sempre dava um jeito de verificar se precisávamos de ajuda em algo.
-É... – Respondi vagamente, olhando ao redor, estranhando o fato do traseiro ter sumido. Digo, o loiro ter sumido.
-Você está procurando o Malfoy? – Ela questionou sabiamente – Estava o encarando quando cheguei.
-Você sabia que algumas garotas do nosso andar dizem por ai que ele er... tem... sabe, o traseiro mais bonito do andar?
-Do ministério, você quis dizer.
-Como? – Questionei sem entender e ela riu.
-Todas as garotas de todo o prédio dizem isso, Harry. Só descobriu agora? – Brincou – Certa vez, no ano passado, uma antiga secretária se sentiu no poder de tentar fingir um acidente e apertar. Foi ai que o traseiro dele ficou famoso. Ele fez um escândalo e a pobrezinha foi demitida. Não costumava ser eficiente, e só estava aqui para paquerar caras bonitos.
-Eu não soube.
-Foi antes de você e Rony entrarem – Deu de ombros – Mas porque o interesse no Malfoy de repente?
-O QUE? Interesse? Não, não estou interessado. Porque estaria interessado no Malfoy e no traseiro estúpido dele?
Hermione apenas riu.
-Apenas diga a Ron que estive aqui, certo?
-Certo – Resmunguei vendo ela sair, e suspirei pesadamente, gelando ao sentir que tinha alguém próximo de mim. Muito próximo.
-Meu estúpido traseiro faz maravilhas, Potter – Falou de forma sacana, soltando um riso deliciado, e eu me senti ficar pálido, vendo-o caminhar até o outro lado da sala rindo.
E eu me senti péssimo ao perceber que agora ele estava achando que eu tinha vontade de pegar naquele traseiro estúpido.
Acabei não indo almoçar, preferindo apenas comer algumas porcarias que tinha estocado na gaveta da minha mesa, e estava terminando o penúltimo relatório quando Rony se deu por vencido e disse que iria terminar em casa.
Eu tinha certeza que ele dormiria e no fim nada seria feito, mas apenas me despedi e segui para buscar mais café, escorando perto da cafeteira enquanto me permitia tentar esvaziar a mente, afinal horas seguidas de relatório estavam me deixando mentalmente exausto.
Fechei os olhos, suspirando.
-Maldito traseiro – Resmunguei comigo mesmo, porque fechar os olhos era o mesmo que pedir para aquela coisa vir na minha cabeça.
-Você gostou mesmo dele, einh Potter?
Permaneci de olhos fechados, para fingir que aquela voz era apenas fruto de uma imaginação muito fértil, e ouvi ele rir arrastado.
- Nunca soube que o grande herói gostava tanto assim do meu humilde traseiro – Voltou a dizer, e ele estava particularmente falante hoje.
Claro, isso sempre acontecia quando ele tinha um motivo novo para me aporrinhar.
-Não fique se achando, Malfoy. Eu só estava perguntando para Mione porque ouvi umas garotas dizendo algo sobre isso. Rony ficou enciumado e me pediu para perguntar – Dei de ombros, satisfeito com a mentira inventada.
-Sobre eu ter o melhor traseiro?
Ah, ele não me veria confirmar isso.
-Sobre esses boatos.
-Não são boatos. Todos sabem. Vamos, Potter, admita – Riu e eu abri os olhos, ficando irritado imediatamente ao ver o largo sorriso debochado no rosto dele, como se estivesse adorando me irritar com esse assunto – Eu era o melhor traseiro de Hogwarts. Nem Diggory ganhava de mim no nosso sexto ano.
-Cala a boca, Malfoy – Me afastei da parede para pegar mais café e ele riu – São garotas estúpidas com boatos idiotas. E todo mundo sabe do feitiço que você usa para parecer assim, tão impecável – Ousei jogar verde, e a expressão dele se modificou levemente, e rapidamente ele se adiantou para a máquina de café.
Achei que havia conseguido o que queria e que ele pegaria a bebida e me deixaria em paz, mas ao se virar, eu senti antes mesmo de ver as nádegas redondas passando de leve contra meu braço estendido.
Foi rápido e sutil, mas o suficiente para que eu ficasse sabendo que aquele traseiro era tão real quando o perfume magnético daquele cara.
- Que porra foi essa, Malfoy? – Bradei seguindo ele de perto, vendo-o me olhar como se não soubesse do que eu estava falando.
-Do que está falando? – Questionou me olhando com inocência e eu fechei a expressão, vendo-o rir de leve, dando de ombros -Testando boatos, Potter. Ouvi recentemente que você tem uma tara pelo melhor traseiro do ministério.
-Isso é ridículo!
-Ah, vamos. Você ficou com o sonso do Ross. Nem teve onde pegar, aposto – Rebateu e eu me enfureci, porque aquele boato em especial não era verdadeiro, apesar de nosso antigo colega de departamento realmente ter tentado.
Afinal, assim que comecei a trabalhar no ministério grande parte dos funcionários tentou algo. Sou imaturo o suficiente para dizer que me senti ótimo com toda a atenção. Mas aquilo havia sido há meses e eu não era mais carne nova.
Para ser sincero comigo mesmo, desde o infeliz momento que eu havia sido movido para essa sala, Malfoy e eu estávamos com grandes problemas. Principalmente em situações como esta, onde somos os únicos ainda no local.
Simplesmente sentíamos a necessidade de nos ofender até que um de nós tivesse que vir perto demais para berrar ofensas e tudo ficar estranho demais para ser processado.
Foi um dos grandes motivos de eu ter evitado ao máximo entrar no local e fazer os malditos relatórios.
-Pro inferno, Malfoy – Resmunguei e ele se virou, dando de ombros, e eu segui seu corpo com os olhos, cobiçoso por aquelas nádegas.
Não senti arrependimentos quando empurrei ele, vendo-o ser pego de surpresa e seu corpo bater contra a mesa de Ron, e o traseiro ficar ali, tão fácil e perto.
Isso pareceu enfurecer o loiro, que andou raivoso até mim, e eu não entendi o que ele fazia até o mesmo colocar minha mão onde queria.
-Vê se cresce, Potter. Você quer? Então pega. Vê se pega alguma coisa direito, porque como apanhador, você é OH – Bradou arregalando os olhos, e eu fiz o mesmo, porque eu juro que não controlei a mão que apertou os dedos na carne farta das nádegas do loiro menor.
Ele pareceu não processar o que eu havia feito, e eu aposto que sua intenção era apenas uma provocaçãozinha como as que ele fazia todos os dias.
Porque Malfoy sabia o tanto de tesão reprimido que eu tinha por aquele corpo.
E após ver aquele traseiro, ele não poderia esperar que eu continuasse reprimindo tudo.
Levaram apenas alguns segundos para ele processar o que estava acontecendo, e então eu tinha aqueles lábios finos sobre os meus, com forte gosto de café.
E eu não sei dizer exatamente o que foi que nos levou diretamente até aquele impasse.
Draco já estava sem metade das roupas, o peito desnudo, o cinto desafivelado e a calça aberta, e eu me encontrava na mesma situação, beijando o pescoço macio e com aquele cheiro infernal que me fazia querer agarrar ele todos os dias pela manhã.
-...se vamos fazer isso – Continuava falando.
-É sério mesmo que você tem que ser um porre até nesses momentos? – Resmunguei e ele riu, me prensando contra a mesa de Ron, que eu não gostaria que se quer imaginasse o que estávamos fazendo ali.
- Eu só quero deixar estabelecido.
-Bom, quem tem o traseiro magnífico aqui é você, dê ele então – Respondi simplista, voltando a atacar a boca dele num beijo profundo que prontamente foi correspondido.
-Eu não vou fazer isso – Resmungou se esfregando contra mim, e eu sentia meu membro doendo de tesão, o suor descendo por minhas costas, e eu faria qualquer coisa para ele calar a boca.
Ele deve ter percebido o quão instável eu me encontrava, porque em poucos segundos as duas mãos dele estavam ao redor do meu membro dolorido, e sua boca próxima demais do meu ouvido.
- Você vai ficar por baixo.
-Porra Malfoy – Resmunguei apertando os olhos – Porque você se gaba de um traseiro espetacular se não usa ele?
Ele apenas riu, e eu soube que estava perdido.
Ele sempre foi teimoso, e isso eu sabia perfeitamente.
Mas eu nunca imaginei que ele era de tal forma a me aporrinhar enquanto estávamos quase transando para me convencer a ficar por baixo, enquanto eu estava tão duro que chegava a doer.
Mas no momento em que aquela boca que adorava me insultar me abocanhou com uma vontade arrebatadora, logo após ele se ajoelhar e me pegar completamente desprevenido, eu percebi que faria qualquer coisa.
Só a visão dos cabelos platinados bagunçados ao redor da face enquanto ele me chupava com uma vontade e volúpia de dar inveja já me fazia revirar os olhos e apertar os dedos na borda da mesa atrás de mim.
Eu já me sentia no estopim quando ele se afastou um pouco, se mantendo de joelhos no chão, me olhando de forma intensa.
Com uma pressa que não cabia em mim, me juntei a ele no chão, retirando qualquer peça de roupa que tivesse ficado no caminho, decidido a deixar ele tão fora de si como havia feito comigo.
E eu peguei, apertei e mordi o traseiro estúpido dele após ficar quase dois minutos parado bestificado ao ver que sem roupa alguma ele era ainda maior e mais redondo, e nós rolamos pelo chão da sala, nos beijando e chupando, e a certo momento, após deixar uma mordida particularmente roxa no pescoço dele, que se encontrava sobre mim, eu assinei o veredicto.
-Se você quer tanto ficar por cima, que seja. Só me deixa gozar – Choraminguei, vendo-o sorrir de lado e seu próximo ato quase me assustou.
Ele se virou.
Eu cheguei cogitar que ele iria parar tudo.
Mas ele se virou.
E eu vi, quase engasgado de prazer a mão de dedos longos e pálidos afastar as nádegas, e o traseiro perfeito e estúpido ir engolindo meu membro aos poucos, num ritmo lento que me fez fechar os olhos e bater a cabeça no chão, instintivamente levando as mãos até a cintura dele, para amparar a mesma enquanto ele sentava no meu colo, me dando o prazer de ver que realmente aquele traseiro fazia maravilhas.
-Oh meu... Draco.... – Bradei bestificado vendo as nádegas branquinhas, a não ser pela marca da palma da minha mão se movendo daquele jeito deleitoso sobre meu quadril, indo e vindo com vontade.
Não demorou para eu jogá-lo contra o chão, me arremetendo com vontade para dentro daquele corpo apertado, ouvindo-o gemer de forma languida, apertando as pernas na minha cintura.
Para alguém que tinha lutado tão fortemente para ficar por cima, ele estava dando um show.
E eu estava completamente sem ar jogado no chão, olhando para as nádegas dele meladas de meu prazer, sorrindo ao vê-lo completamente atirado no chão, arfante.
- Você disse que não queria desse jeito.
-Eu prefiro ficar por baixo – Pareceu dar de ombros – Só queria ver se conseguia te convencer ao contrário.
Revirei os olhos, afastando o cabelo loiro que estava jogado em seu rosto.
- Você não tem um pingo de vergonha na cara.
-E você adora – Voltou a resmungar baixo – Assim como adora meu traseiro estúpido.
Ri de leve.
- Eu não consigo ficar longe dele.
É claro que eu já havia caído nas garras de Malfoy outras vezes. É impossível conviver com tanto charme sem se envolver.
Mas todas as noites, após um sexo extraordinário em nossa sala, um completo idiota apenas se erguia e dizia ‘Isso não vai voltar a acontecer‘
E no dia seguinte, tentava inutilmente fingir que nada tinha acontecido, até se dar por vencido e inventar algum motivo para que tudo voltasse a acontecer de novo, e de novo e de novo.
-Draco... – Comecei e ele suspirou pesadamente.
- Acabei de te dar um belo orgasmo, você pode esperar mais que cinco minutos para ser um babaca, Potter – Resmungou se sentando ainda desorientado, procurando suas roupas.
Sim.
Eu sou o completo idiota.
Mas havia passado quase dois meses sem entrar nessa sala, e mesmo que não estivesse aqui, minha mente estava o tempo todo. Não deixava, nem por um segundo, de estar ao lado dele.
- Draco, escuta...
-Bla bla bla, não vai mais acontecer – Resmungou vestindo a camisa – Bla bla bla meus amigos – Revirou os olhos – Bla bla bla nossos empregos – Abotoava a peça de roupa com tanto ódio que eu não me surpreenderia se um botão voasse longe – Eu já decorei o discurso Potter. Infelizmente eu não tenho culpa se você é imaturo na mesma proporção que é viciado no meu corpo. Vá á merda, ok?
- Eu aprendi a fazer macarronada – Tentei novamente, e ele parou o que faria para me olhar daquele jeito repleto de desprezo que eu odiava – Quer ir jantar em casa?
-Me desculpe, Potter, mas vou estar ocupado demais fingindo que não acabamos de transar – Se levantou para calçar os sapatos.
Eu não sabia como fazer a minha decisão ser a decisão dele também.
Me vesti assim como ele, e tão logo saímos da sala, encontramos com a tal garota Cristin, fascinada no traseiro estúpido.
-Ei – Chamei, e sabia perfeitamente que ele me odiaria pela minha próxima frase, ainda mais quando vi que um dos amigos dele acabava de chegar ao mesmo corredor que nós – Sabe o boato que eu transo com o Malfoy? – Falei em alto e bom tom, olhando de canto a expressão completamente assustada do loiro e de seu amigo, que havia interrompido o cumprimento para ouvir o que eu dizia – Pode espalhar – Pisquei para a garota, que tropeçou nos próprios pés ao sair caminhando dali desnorteada.
Virei para Draco, vendo seu olhar franzido em mim, parecendo confuso.
-Você... é sério? – Perguntou ainda parecendo perdido e eu assenti.
-Eu não conheço mais nenhuma desculpa para fugir disso – Dei de ombros – Você, da ultima vez me mandou amadurecer e só te procurar quando soubesse o que quero. Bem, eu quero você – Dei de ombros e ele tentou manter a expressão impassível, mas eu vi a sombra de um sorriso brincar no canto dos lábios dele.
-Estava indo te chamar para beber algo – O amigo dele interveio parecendo confuso – Mas acho que não vai dar, certo?
-Eu tenho uma espécie de macarronada me esperando – O loiro deu de ombros, e eu sorri vitorioso.
-Er... Draco? – O Blaise chamou de cenho franzido – Vocês....?
Draco sorriu de canto, dando de ombros de forma sacana.
- É verídico.
Caminhamos lado a lado até a entrada, e então Draco pareceu se lembrar de algo, virando para o amigo.
-Sabe o boato de Potter ter a cueca mais bem recheada do setor? É verídico – Falou e eu me senti ficar roxo ao ver o moreno rir gostosamente para o loiro desavergonhado – Pode espalhar – Piscou marotamente.
E o que seria de nós dois sem os boatos de nossa relação de amor e ódio?
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