Alguns meses se passaram desde a ida de Aiolos até a profetiza, que revelou ao mesmo o seu destino a partir dali. Os cavaleiros de bronze, Shiryu, Hyoga e Shun começaram a viver uma vida normal ao lado de suas companheiras, que já haviam dado a luz a seus filhos. Os mesmos cavaleiros também já haviam conseguido um emprego, suas próprias casas e começaram a morar na Grécia, com exceção de Shiryu e Shunrei, que haviam ido morar nos cinco picos antigos da China. Ikki continuava a visitar Pandora e Eden no orfanato. O cavaleiro de fênix já havia firmado uma relação amorosa com Pandora e se aproximava cada vez mais do pequeno Eden como consequência disso. Tatsumi, que se tornou responsável pela fortuna da família Kido, também se mudou para a Grécia. O ex-mordomo utilizou parte do dinheiro para construir orfanatos, casas de repouso, fez doações para ONGs de caridade e construiu uma mansão para si mesmo. O local é repleto de fotos de Saori e de seu finado patrão Mistumasa Kido. Tatsumi começou a viver sozinho na mansão, sendo visitado pelas famílias de Shun e Hyoga de vez em quando.
Em uma venda de hortifrúti na cidade de Atenas, estava Seika, que havia começado a morar lá desde que um velho senhor a havia encontrado desacordada nos desfiladeiros próximos ao santuário de Athena. Seika estava ajudando nas vendas e na arrumação do estabelecimento, quando de repente uma memória lhe vem à cabeça. A mulher se recorda que aquele dia seria o aniversário de seu falecido irmão Seiya, dia 01 de dezembro. Seika se entristece por um momento, mas decide ir visitar o túmulo do seu irmão que se encontrava num cemitério próximo ao santuário de Athena. Seika avisa ao velho senhor que iria dar uma saída e assim o faz.
Ao chegar no cemitério dos cavaleiros, Seika logo se direciona a uma lápide diferente das demais. Era uma lápide que se destacava por estar próxima a uma estátua da deusa Athena e outra do próprio cavaleiro que ali jazia. Em cima da lápide ainda tinha uma placa que dizia as palavras: “Aqui jaz o lendário guerreiro que lutou e morreu ao lado de Athena”. Seika coloca um ramalhete de flores em cima da lápide e logo depois põe-se a orar. Após alguns minutos em silêncio, lágrimas começam a encher os olhos da moça. Seika direciona o olhar para a estátua de Seiya e diz com sua voz trêmula:
- Meu querido irmão, eu estou tão triste por não poder estar celebrando o seu aniversário com você. Depois de muito tempo eu pude me lembrar de minha história, de minha vida e principalmente de você, que sempre aparecia em meus sonhos mas não me recordava quem você era pra mim. Foi tudo tão rápido, quando percebi que em algum lugar você estava chamando por meu nome, veio tudo a minha mente de uma vez só. Logo depois que soube da sua existência, você se vai. Eu não te culpo meu irmão, na realidade a culpa é toda minha por não ter lutado mais para que você ficasse comigo. O dia de hoje me faz lembrar às vezes de quando éramos crianças e comemorávamos o seu aniversário. Eu fazia o bolo de chocolate que você tanto gostava e passávamos o dia comendo e brincando. Meu irmão, me dói tanto saber que eu nunca mais o verei. A única lembrança que tenho de você é de quando ainda era um pirralhinho, pequeno e teimoso, mas conseguia ser carinhoso e se preocupava em me proteger mesmo eu sendo mais velha. Eu faria qualquer coisa para ter você de novo aqui, qualquer coisa para ter algo físico seu para que pudesse ver como estaria hoje. Poder te abraçar, pedir perdão e dizer que te amo mais que tudo.
Após essas palavras, Seika direciona o seu olhar para os céus e vê uma estrela cadente. A moça sente o coração começar a bater mais forte. Uma sensação estranha, porém não ruim, tomava a mulher. Após isso, Seika volta à sua casa.
No santuário de Athena, Aiolos estava nos aposentos do grande mestre. O cavaleiro de sagitário se recordava sobre o que a profetiza havia lhe falado sobre ele ser o novo grande mestre do santuário. Após alguns segundos pensando sobre tal coisa, Aiolos vai até um baú próximo a ele. Ao abrir o objeto, encontra as vestimentas do monarca (grande mestre). O cavaleiro pega o elmo e começa a divagar sobre algumas coisas relacionadas a tomar posse e comandar o santuário a partir dali. De repente, Aiolos sente a cosmo energia das armaduras douradas se elevar e decide ir verificar o que poderia estar acontecendo. O cavaleiro vai até a sala do grande mestre e percebe que as doze armaduras douradas estavam entrando em uma ressonância como a de alguns meses atrás. As armaduras emanavam cada vez mais cosmo. Aiolos vai para a parte de fora do local e ao olhar para céu, percebe que todas as estrelas e constelações estavam emanando um brilho extremamente forte. Ao olhar para a grande estátua de Athena, que ficava logo atrás da sala do grande mestre, Aiolos a vê brilhando e emanando cosmo energia. Em um tom convicto, Aiolos diz a si mesmo:
- Não resta dúvidas, Athena ressurgirá agora.
Após dizer isso, Aiolos começa a correr na direção da grande estátua de Athena ao mesmo tempo em que se comunicava com Marin e Kiki através de seu cosmo. O cavaleiro pede para que a mulher e o garoto o encontrem no altar de Athena o mais rápido possível.
No altar de Athena, onde se encontrava a grande estátua da deusa, chegavam Aiolos, Kiki e Marin, que segurava sua filha em seus braços. A ex-amazona questiona o cavaleiro de sagitário sobre o que estava acontecendo. Aiolos explica dizendo que Athena estaria para ressurgir naquele momento. Após estas palavras, um clarão toma todo aquele lugar, fazendo com que os demais que ali estavam não conseguissem enxergar mais nada por um breve momento. Após a luz se extinguir, todos ali começaram a sentir pequenos, porém poderosos, resquícios de cosmo. Aiolos, Marin e Kiki se aproximam da grande estátua para encontrar o bebê que deveria ser a reencarnação de Athena daquela época, mas ao chegarem ao local, todos ficam surpresos com o que veem. Haviam duas crianças recém nascidas no local e ambas estavam com as mãos dadas. Aiolos pega uma das crianças em seus braços e logo diz que aquela era a Athena, pois o cosmo que emanava dela não deixava dúvidas. Porém, o cavaleiro não estava compreendendo quem poderia ser aquela outra criança. Marin entrega Yuna a Kiki e pede para que o garoto a segure em seus braços. Logo depois, a mulher pega a outra criança em seu colo e diz a Aiolos que era um menino. A mulher e o cavaleiro começavam a fazer divagações sobre quem seria o garotinho e porquê ele havia vindo a terra junto e da mesma forma que Athena. A criança que Marin segurava, começa a chorar e logo depois a que estava com Aiolos faz o mesmo. O cavaleiro de sagitário pede para que Marin lhe entregue o menino. Marin obedece e entrega-o nos braços do cavaleiro de ouro. Ambos, o menino e a menina param de chorar. Aiolos sente nas crianças, cosmo energias fortes, algo que não era tão comum em crianças. De repente, os ali presentes notam que o céu começava a escurecer e uma rajada obscura caía em alguma parte do santuário. Kiki entrega Yuna de volta para Marin e questiona Aiolos sobre o que poderia ter sido aquilo. O cavaleiro de sagitário, ainda com as duas crianças em seu colo, diz que havia sido na direção do coliseu e pede para que Kiki fosse verificar o que havia acontecido. Antes que o garoto se movesse, todos começam a sentir uma presença extremamente ameaçadora, uma essência cósmica cheia de ódio. Logo depois, começava-se a ouvir gritos de guerreiros como se estivessem guerreando. Aiolos fica apreensivo e começa a elevar seu cosmo. De repente uma névoa negra começava a se formar e ia na direção do altar de Athena. Ao chegar no local, uma voz rouca e grossa começava a ecoar de dentro da fumaça no que dizia:
- Athenaaaaa... vingança...
Após tais palavras, a névoa avança rapidamente contra Aiolos. Kiki rapidamente se posiciona na frente do cavaleiro de ouro, começa a elevar sua cosmo energia e utiliza a técnica muralha de cristal, ensinada pelo seu mestre Mu. A névoa estava emanando uma cosmo energia tão poderosa, que a muralha de Kiki só durou alguns segundos e foi destruída. Kiki não estremeceu e começou a elevar sua cosmo ao máximo possível. Ofegante por causa da força que estava fazendo, Kiki esbraveja dizendo:
- Eu não vou deixar você, ou seja o que for, chegar até Athena!
Ao dizer isso, o jovem utiliza de sua telecinese para manter a essência maligna longe, mas aos poucos a névoa negra se aproximava cada vez mais e começava a cobrir o corpo de Kiki. O menino começa a gritar e elevar sua cosmo energia ao seu ápice. Naquele momento, Kiki desperta o seu sétimo sentido e a armadura dourada de áries vem até o seu corpo. A névoa obscura que cobria o corpo de Kiki começa a se dissipar graças a luz dourada que a armadura emanava. O garoto fica pasmo com a ação da armadura dourada mas não perde tempo e utiliza seu cosmo estelar contra a névoa. Após se esforçar, o garoto consegue fazer a névoa recuar. Ouvia-se gemidos de dor vindos daquela essência maligna, que logo depois recuou e foi novamente na direção do coliseu. Aiolos, Marin e Kiki ouviram um grande estrondo vindo da direção de onde a névoa havia ido. De repente, Kiki cai de joelhos. Marin e Aiolos vão na direção do garoto, que ainda vestia a armadura de áries e lhe questionam se estava tudo bem. O menino responde que sim e dizia que não conseguia acreditar que estava vestindo a armadura dourada que, outrora, havia sido do seu mestre. Aiolos direciona a palavra ao garoto e diz que não havia necessidade de tanta surpresa, já que Mu havia treinado Kiki para ser seu sucessor. Após isso, a armadura de áries sai do corpo de Kiki e retoma sua forma object (forma da constelação). Kiki põe a mão na armadura e diz em um tom leve:
- Mestre, eu prometo que não vou te decepcionar. É uma grande honra estar herdando a sua armadura de ouro. Protegerei Athena como novo cavaleiro da constelação de áries.
Após isso, Marin pede para que Aiolos leve as duas crianças até a sua casa para que ela lhes dê os cuidados necessários, pois ainda eram recém nascidos. Assim foi feito. Após deixar as duas crianças sob os cuidados de Marin, Aiolos chama Kiki para ir com ele até o coliseu, ver o que poderia ter acontecido.
Na casa de Marin, a ex-amazona de águia, enquanto cuidava das duas crianças e de sua filha, percebe que o cosmo do menino era extremamente semelhante ao cosmo de Seiya e começa a divagar sobre o porquê daquilo. De repente, Marin percebe que sua filha Yuna começava a emanar cosmo energia e logo depois as outras duas crianças também. Com um tom de voz trêmulo, Marin diz:
- Minha filha, você...
No coliseu, Aiolos e Kiki ficavam surpresos com o que viam. No meio do local havia uma grande cratera que emanava cosmo energia. Kiki usa sua telepatia para tentar encontrar alguma anomalia a mais no local. Ao fazer tal coisa, o garoto sente o cosmo de Athena e também um cosmo semelhante ao da névoa obscura que os havia atacado a pouco. Aiolos se aproxima da cratera, se agacha perto da mesma e pega um pedaço de papel que estava preso em baixo de uma pedra. Kiki questiona o cavaleiro sobre o que seria aquilo que o mesmo estava segurando, mas ao olhar com atenção, percebe que era um selo de Athena. Kiki fica surpreso e quando olha com atenção para o enorme buraco, percebe que estava lotado daqueles mesmos selos. O garoto questiona Aiolos sobre o que significava aquilo e o cavaleiro responde dizendo apenas:
- Berserkers.
Kiki questiona sobre o que Aiolos queria dizer com aquilo. O cavaleiro explica que berserkers eram os guerreiros de ares e fala também da história da primeira e única guerra santa de Athena contra o mesmo. Aiolos, olhando para o buraco no centro do coliseu, diz a Kiki:
- Ao fim da guerra em questão, Athena vence Ares e o força a bater em retirada. O deus da guerra busca refúgio no submundo, deixando seus subordinados à mercê da deusa da sabedoria. Athena e seus cavaleiros, após vencerem todos os berserkers, selaram os mesmos exatamente aqui, no centro do coliseu do santuário, para que Athena tivesse a certeza de que estes sanguinários inimigos nunca mais se libertassem. – Aiolos direciona o olhar para o selo que segurava em sua mão e continua a falar. – É realmente assustador, mas não resta dúvidas de que os berserkers foram libertados. Tenho quase certeza de que aquela névoa obscura que nos atacou no templo de Athena, era a essência cósmica de Ares buscando vingança. Mas algo não faz sentido. Só Athena ou algum outro deus seria capaz de quebrar esse selo. Tenho certeza de que o próprio ares não seria capaz disso, pois de certo ainda está nos confins do tártaro se recuperando dos danos que Athena lhe causou. Sendo assim, aquela essência cósmica deveria ter sido apenas o desejo de vingança dos próprios beserkers. Mesmo assim, como eles se libertaram? Não, o correto seria, quem os libertou?
Após essas palavras, Aiolos se recorda do que a profetiza de corinto havia falado, os tempos turbulentos e o tal inimigo de Athena, aquele que sempre almejou a terra. Aiolos direciona a palavra a Kiki e diz que eles precisavam começar a reerguer o santuário o mais rápido possível. Ambos conversam sobre o comando do santuário e o garoto, então cavaleiro de áries, diz que Aiolos precisava tomar posse, já que era o mais experiente e saberia como conduzir os cavaleiros dali em diante. O cavaleiro de sagitário se recorda que a profetiza havia dito o mesmo sobre ele ser o novo mestre. Após isso, Aiolos concorda e vai com Kiki até a casa de Marin.
Ao chegarem ao local, Kiki e Aiolos veem Marin cuidando de sua filha, da pequena Athena e do garotinho. Percebem também que as três crianças emanavam cosmo energia. Aiolos questiona Marin sobre o tempo que aquilo estava acontecendo. A mulher responde dizendo que desde o momento em que o cavaleiro e Kiki haviam saído, a Athena começou a elevar sua cosmo energia e logo depois sua filha Yuna e o garotinho repetiram o ato. Ao escutar as palavras de Marin, Aiolos questiona a mulher sobre sua constelação protetora. Marin responde dizendo que era águia. Aiolos logo se recorda da profetiza falando sobre as nove constelações que estavam próximas a Athena. O cavaleiro pede para que Kiki verificasse a constelação protetora da pequena Yuna. O garoto obedece, posiciona seus dois polegares na teste da criança e começa usar sua telepatia. Após alguns segundos, Kiki diz que a constelação protetora de Yuna também era águia. Após isso, Aiolos logo percebe que Yuna seria um dos nove guerreiros que lutariam ao lado de Athena em todos os momentos e logo depois explica tal história para Marin e Kiki. Depois de ouvir as palavras de Aiolos, Marin fica apreensiva por saber que o destino de Yuna seria lutar, mas logo compreende e se enche de orgulho, sabendo que sua filha seria uma das pessoas mais próximas a Athena e lutaria ao lado da mesma. Aiolos direciona a palavra a Kiki e pede para que o garoto faça o mesmo com o menino que veio junto com Athena. Kiki obedece e repete o ato feito com Yuna. Ao posicionar seus dedos sobre a testa do garoto, Kiki começa a sentir algo. Uma onda de imagens desconhecidas e até o próprio universo começa a passar pela mente do pequeno cavaleiro de áries. Kiki sai de perto do garotinho um pouco tonto. Marin e Aiolos ajudam Kiki a se recompor e perguntam o que havia acontecido. O garoto diz que sentiu uma enorme quantidade de cosmo dentro do garoto, algo quase inimaginável para um humano. Aiolos e Marin ficam confusos e pensativos, mas logo Kiki direciona a palavra a eles e diz:
- Mesmo tendo percebido essa grande quantidade de cosmo, eu ainda pude ver qual a constelação protetora do pequeno. É Pégaso.
Ao escutar as palavras de Kiki, Marin fica surpresa e diz:
- Então é por isso?
Aiolos e Kiki questionam a mulher sobre o que ela estaria falando. Marin questiona ambos se eles não estavam notando nada familiar na cosmo energia do garoto. Ambos dizem que sim, mas não sabiam exatamente o que seria. Com um tom convicto, Marin diz:
- Este menino tem uma cosmo energia muito parecida com a do Seiya. Porém, não é só ele, a menina, quero dizer, a Athena também emana uma cosmo energia semelhante a do meu falecido pupilo, só que a dela é mais divina, é realmente o cosmo de Athena.
Kiki diz que depois que Marin havia falado aquilo, ele pôde perceber que as cosmo energias do menino e de Seiya eram realmente bem semelhantes. Aiolos diz que aquele menino deveria ser destinado a ser o cavaleiro de Pégaso daquela época e novamente fala sobre as nove constelações da profecia. Após ouvir Aiolos falar das tais constelações, Kiki diz que conhecia os guerreiros protegidos por quatro das nove que Aiolos havia falado. Eram Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki. O cavaleiro de sagitário diz que gostaria de encontrar com tais cavaleiros, para que pudesse informar sobre o perigo que a terra poderia estar correndo novamente, mas diz para Kiki fazer o comunicado no dia seguinte, pois o sol já estava se pondo e seria melhor que Athena, pelo menos por aquele dia, tivesse toda a proteção possível. Kiki concorda. Aiolos deixa as duas crianças sob os cuidados de Marin e Kiki e logo depois volta para a sala do grande mestre. Marin chama a atenção de Kiki e lhe faz um pedido. Após ouvir as palavras da mulher, Kiki concorda e diz:
- Tudo bem, eu a trarei também. Mesmo que não saibamos exatamente como aquele garotinho surgiu, pelo fato de ter um cosmo quase igual ao do Seiya, ela tem todo o direito de saber de sua existência.
Na sala do grande mestre, Aiolos vestia os trajes destinados a aquele que comanda o santuário. Poe o sobretudo e logo depois o elmo. A partir daquele momento, Aiolos já não era mais o cavaleiro de ouro da constelação de sagitário, mas sim o novo grande mestre do santuário. O mesmo se lembra do momento em que Shion havia lhe dito que ele seria o seu sucessor e seus olhos são tomados por lagrimas. Já como grande mestre, Aiolos se senta no trono e começa fitar as doze armaduras de ouro, pensando que não haveria tempo para cerimonias, lutas ou provas para serem escolhidos os novos cavaleiros de ouro. Em pensamento, Aiolos diz:
- Estou com um péssimo pressentimento. Agora que os berserkers foram libertados não a garantia de quando eles iram atacar. Muito provavelmente tentaram matar Athena ainda criança, mas o que me intriga é não saber quem os libertou. Quem estaria por trás disso? Quem seria aquele que sempre almejou a terra? Bom, por hora, devo fazer como a profetiza disse, reerguer o santuário, unir os nove guerreiros que lutarão ao lado de Athena e também os que iram utilizar as armaduras de ouro. O santuário não pode ficar sem guardiões, preciso encontrar guerreiros fortes e determinados para que, com sua ajuda, possamos manter Athena segura.
No dia seguinte, Kiki comunica a Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki que Aiolos gostaria de falar com eles sobre um assunto sério. O garoto pede para que os cavaleiros levem seus filhos. Os mesmos ficam em dúvida sobre o porquê daquele pedido, mas assim o fazem. Kiki, a pedido de Marin, também vai até a casa de Seika e pede para que a mulher também vá ao santuário. Algumas horas depois, os mesmos cavaleiros, junto de suas mulheres e seus filhos, com exceção de Ikki que havia ido sozinho, já haviam chegado no santuário. Kiki chegava com Seika logo depois. Todos estavam na sala do grande mestre quando de repente, alguém com as roupas do monarca do santuário aparece à frente deles. Todos ficam surpresos, mas logo a pessoa remove a máscara e o elmo, revelando ser Aiolos. O antigo cavaleiro de sagitário diz que não tinha muita certeza se era o certo que ele assumisse o cargo de grande mestre, mas logo os cavaleiro de bronze dizem que, como Dohko havia dito, era o destino dele se tornar o responsável pelo santuário e por Athena. O então mestre do santuário concorda, agradece pelos votos de confiança e começa a explicar todos os ocorridos em relação a Athena e sobre os berserkers para todos ali presentes. Todos ficam abismados com as informações. Depois de uma longa conversa, Aiolos revela a todos que Athena já tinha vindo a terra novamente e pede para que Kiki fosse buscar a criança. Após alguns segundos, Kiki volta a sala trazendo consigo a pequena Athena e logo atrás vinha Marin, que trazia sua filha Yuna em um braço e o pequeno garoto no outro. Todos ali presentes puderam sentir uma grande quantia de cosmo tomar o lugar. Aiolos mostra a pequena Athena para os ali presentes, mas logo é questionado sobre quem seria o garotinho que Marin segurava. O mestre do santuário explica que o menino havia aparecido no santuário junto de Athena. Seika se aproxima do menino nos braços de Marin e diz que ela estava sentindo como se já o conhecesse. Shun diz que o cosmo que o garoto emanava era basicamente o mesmo do Seiya. Após essas palavras, a pequena Athena começa a elevar seu cosmo como no dia anterior. Involuntariamente todos ali presentes também começam a fazer o mesmo. De repente, as armadura de ouro de libra, aquário, virgem e leão, cobrem os corpos de Shiryu, Hyoga, Shun, e Ikki respectivamente. Após isso, Os filhos dos cavaleiros de dragão, cisne e Andrômeda começam a emanar cosmo energias extremamente poderosas. Após aqueles acontecimentos, Aiolos fala sobre a profecia que havia escutado de uma oráculo. A profecia que falava que a terra passaria por fases turbulentas, sobre os nove guerreiros que lutariam ao lado de Athena a todo custo, sobre suas constelações e sobre o novo inimigo que Athena iria enfrentar. Logo depois, Aiolos direciona a palavra aos cavaleiros e diz:
- Não resta dúvidas. Vocês deveram lutar novamente em nome de Athena como os novos cavaleiros de ouro de libra, aquário, virgem e leão. Seus filhos, assim como a filha de Marin, nasceram sob as mesmas constelações que vocês e estão destinados a se tornarem cavaleiros. Não posso obrigar que aceitem esse destino, tanto por vocês mesmos, quanto por seus filhos, mas saibam que o destino é algo que não podemos interferir.
Após ouvirem as palavras de Aiolos, Os cavaleiros aceitam o destino de lutarem novamente por Athena, agora como cavaleiros de ouro. Porém, os mesmos, ao direcionarem os seus olhares para seus filhos, ficam com receio por saberem que seus primogênitos também precisariam lutar. June começa a chorar e direciona a palavra a Shun dizendo:
- Shun por favor, eu não quero que o Juno trilhe o caminho de um cavaleiro. Você e eu sabemos e quão difícil e árduo é. Eu não quero que o nosso filho sofra lutando.
Shun vai até sua mulher e tanta conforta-la. Eiri diz a Hyoga que também não queria que o filho deles, Deneb, trilhasse esse caminho. De repente, Shunrei, Segurando o filho dela e de Shiryu no colo, vai até as outras duas mulheres e diz:
- Amigas, vejam bem. Eu sei que é doloroso receber a notícia de que nossos filhos terão que se tornar cavaleiros, mesmo porque sabemos o que os nossos maridos tiveram que passar. Eu também não queria que meu pequeno Ryunosuke tivesse que percorrer esse tão difícil caminho, mas tendo passado grande parte de minha vida acompanhado Shiryu no seu treinamento, a única coisa que eu podia fazer era orar para que ele voltasse com vida e bem. Cada vez que ele voltava de uma batalha, eu pedia para que ele desistisse de ser um cavaleiro, mas sempre ele e o mestre ancião diziam que não se podia fugir do destino de um cavaleiro. Sendo assim, eu acho que a única coisa que nós, mães, podemos fazer, é esperar que nossos meninos cresçam e decidam por si só se querem se tornar cavaleiros ou não. Nós não sabemos o que irá acontecer daqui em diante, mas como mães, devemos dar apoio a nossos filhos e protegê-los a todo custo. Sempre rezei para que Athena protegesse Shiryu e ela sempre o salvou. Se novamente Athena precisa do meu marido, tenho certeza que ele irá de bom grado. Tenho certeza também que se ela precisar do meu filho para protege-la, não irei negar, pois tenho certeza que ela o protegera também. Nossos filhos nascerão sob as constelações de seus pais, são verdadeiros herdeiros. Tenho certeza que nos encherão de orgulho lutando ao lado de seus pais e por Athena.
Todos ficam comovidos com as palavras de Shunrei. Um silencio perdura por alguns segundos na sala do grande mestre, mas logo depois June e Eiri concordam. Aiolos direciona a palavra aos então cavaleiros de ouro e suas companheiras, lhes agradecendo pela compreensão, por mais uma vez estarem ao lado de Athena e por dedicarem a vida de seus próprios filhos a deusa da sabedoria. Com um tom convicto, Aiolos ainda diz:
- Como já lhes falei, nove constelações estão próximas de Athena. Precisamos encontrar os guerreiros que utilizaram as armaduras destas respectivas constelações. Dragão, cisne, Andrômeda, águia e Pégaso já forma encontrados. Sendo assim faltam quatro, fênix, vespa, golfinho e lira.
Ikki diz a Aiolos que, quanto a fênix, ele não precisaria se preocupar, pois ele já tinha um bom candidato a herdeiro de sua armadura. Ikki se recordava de Eden naquele momento.
Shiryu questiona se o guerreiro da constelação de Pégaso seria o menino que Marin segurava. O mestre do santuário responde que sim e diz que talvez o motivo pelo qual o garoto havia vindo a terra junto com Athena, seria por seu destino ser o de se tornar o cavaleiro de Pégaso e lutar ao lado da deusa uma vez mais. De repente, Seika direciona a palavra a Aiolos e diz:
- Me desculpe, mas eu não posso permitir isso.
Todos ficam surpresos com as palavras de Seika, que pede a permissão de Marin, pega o pequenino em seus braços e continua a falar:
- Esta criança, eu sinto como se ela fosse o meu falecido irmão. Não sei dizer exatamente o porquê, mas sinto que ele tem alguma ligação com Seiya.
Após ouvir as palavras de Seika, Shun diz que ela tinha razão. O cavaleiro diz que a cosmo energia que o garotinho emanava era semelhante a do Seiya, mas também lembrava um pouco o cosmo de Saori. Shiryu questiona Shun sobre o que ele queria dizer com aquilo e o então cavaleiro de virgem reponde dizendo:
- O juno, meu filho, tem um cosmo que seria como a mistura do meu com o de June. Sendo assim, levando em consideração o amor que Seiya sentia por Saori, a única coisa que me passa pela cabeça é que este garoto seria o fruto desse amor. Por incrível que possa parecer, também sinto o mesmo vindo da pequena Athena, mas é um pouco diferente. A menina emana o cosmo divino de Athena com resquícios do cosmo do Seiya. Isso provavelmente os fariam irmãos. É uma teoria realmente muito estranha, mas a única em que consigo pensar olhando para essas crianças.
Após ouvirem as palavras de Shun, Aiolos e os demais ficam surpresos e sem reação, mas logo Seika quebra o silêncio. Com um tom de voz trémulo, a mulher diz:
- Se o que este rapaz disse for verdade, então eu sou a tia deste garotinho. Eu realmente sinto algo forte por esta criança, como se Seiya estivesse de novo aqui comigo. Eu não posso permitir que ele siga o caminho de um cavaleiro, assim como seu possível pai. Talvez, assim como essa moça falou. – Dizia, direcionando o olhar para Shunrei. – Ele não possa fugir deste destino, mas no que depender de mim ele irá viver uma vida normal ao meu lado. Eu também sinto que esta garotinha possa ser a irmãzinha dele, mas o que sinto vindo dela é algo mais divino, ela com certeza é Athena. O destino dela é proteger a humanidade e nisso não posso interferir. Portanto, por mais que me doa, levarei apenas ele e rezarei para que ela fique bem.
Após estas palavras, Seika, com o pequeno em seus braços, começa a caminhar para fora daquele lugar. Marin tenta impedir Seika e a questiona se ela tinha certeza do que estava fazendo, pois possivelmente, aquela criança seria o trunfo para a vitória de Athena naquela guerra, assim como Seiya foi. Seika estava irredutível, pede perdão a Marin e a todos ali presentes por estar agindo de uma forma tão rude, mas ela realmente não queria perder aquele garotinho, o qual já considerava filho de seu irmão, ou seja, seu sobrinho. Após isso, Seika vai embora com a criança. Kiki questiona Aiolos se estava tudo bem deixar que Seika levasse a criança que deveria se tornar o cavaleiro de Pégaso. Com um tom triste na voz, Aiolos diz:
- é muito provável que aquele menino seja realmente fruto do amor de Seiya para com Saori Kido. Mesmo que não saibamos o porquê disto, ou porque ele veio a terra junto com Athena, esta é uma das possíveis respostas. Além do mais, a semelhança do garoto com Seiya é incrível, eu pude notar também que sua essência cósmica é semelhante a de Seika. Sendo assim, acho que não tenho o direito de interferir na decisão desta mulher, que muito provavelmente é parente e se tornará a responsável pelo pequenino.
Hyoga questiona Aiolos sobre como ficaria Pégaso, já que o menino que Seika acabava de levar embora era destinado a se tornar tal cavaleiro. Aiolos diz que aquilo era um questionamento que só o tempo poderia responder. Logo depois, Ikki questiona o mestre do santuário sobre o que eles fariam dali por diante, já que agora os berserkers estavam soltos e eles precisavam se preparar. Aiolos direciona a palavra aos cavaleiros e em um tom de ordem, diz:
- Iremos reestabelecer o santuário de Athena. Precisamos encontrar e treinar pessoas dispostas a darem suas vidas por Athena. Ainda existem vários aspirantes a cavaleiros que precisam ser informados que Athena veio novamente a terra. Confiarei a vocês o treinamento de seus próprios filhos e também daqueles que treinaram para conseguirem as armaduras de bronze, prata e ouro. Precisamos reerguer o exército de Athena o mais rápido possível. A boa notícia em relação a isso, é que pelo menos cinco dos 12 cavaleiros e ouro já estão entre nós, faltando sete deles. Além do mais, agora que sou o mestre o do santuário, preciso abdicar de minha armadura e entrega-la a outro guerreiro qualificado.
Os cavaleiros acham estranha a afirmação de Aiolos, pois se ele não estava se incluindo nos cinco cavaleiros de ouro que já estavam ali, começam a questiona-lo sobre quem seria o quinto cavaleiro. Aiolos direciona o olhar para Kiki e diz:
- Apresento a vocês, o mais novo cavaleiro de áries.
Todos ficam surpresos ao saber que Kiki havia se tornado um cavaleiro de ouro. Kiki explica que havia conseguido despertar o seu sétimo sentido e por isso a armadura de áries veio até ele. Aiolos e os cavaleiros conversam sobre os assuntos do santuário por mais algum tempo. Aiolos pede para Kiki encontrar os aspirantes a cavaleiros que ainda estavam próximos ao santuário, para comunicar que deveriam comparecer na sala do grande mestre o mais breve possível, para que pudessem estar cientes dos acontecimentos e retomar sua rotina de treinos. Kiki obedece e vai a procura dos mesmos.
Em uma caverna que se localizava a alguns quilômetros fora da Grécia, entrava um ser misterioso. O mesmo estava coberto por um manto preto e carregava um enorme objeto em suas costas. O tal ser entra e segue caverna a dentro. Ao chegar em um ponto completamente escuro, a misteriosa criatura tira o objeto de suas costas e o posiciona no chão. Era um grande escudo, que tinha a forma de uma caveira e estava coberto por chamas. O mesmo posiciona suas mão por cima das chamas do escudo e diz em alto e bom tom:
- Venham ao meu encontro, servos do grande deus da guerra. É hora de surgirem uma vez mais e clamarem a vingança que tanto anseiam em nome de seu senhor. Venham ao meu chamado, berserkers.
Após tais palavras, a caverna começa tremer. Vários cosmos se dirigiam até o interior da caverna e começavam a tomar uma forma humanoide. O ser misterioso deixa o escudo em chamas no lugar onde o pôs e logo depois surge do lado de fora da caverna. O mesmo começa a elevar sua essência cósmica e cobre a caverna com uma espécie de manto, feito com sua própria energia. Após isso, a caverna desaparece. O ser misterioso começa a caminhar para longe e diz a si mesmo:
- Agora é questão de tempo até que os mais sanguinários inimigos de Athena comecem a causar destruição a sua tão amada terra. O desejo de purificação do meu senhor logo, logo será uma realidade.
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