Após a saída dos demais, Seika, ainda abraçada a Hikari e ainda chorando bastante, começa a pedir perdão a garota. Inicialmente, Hikari não conseguiu responder, tanto pelo choro estar atrapalhando suas palavras, quanto por não saber exatamente o que dizer. A deusa passou alguns segundos até conseguir se recompor e chamar a atenção de sua tia, que não parava de implorar o seu perdão:
- Tia Seika, está tudo bem. Não precisa pedir perdão, na verdade eu nem sei por que está pedindo isso a mim, quando na verdade vocês estarem aqui, provavelmente com medo e com a vida do Lucky correndo perigo é tudo culpa minha. Eu que tenho que pedir perdão por isso, a senhora deveria me odiar por envolver vocês nessa situação.
Seika se desvencilha do abraço, mas ainda segurando mas mãos de Hikari, lhe responde ainda com a voz trêmula por causa do choro:
- Pelos céus, Hikari, não pense assim. Como eu poderia odiar minha sobrinha? Eu nunca te culpei por nada disso. O único culpado por isso tudo é o destino. Não, na verdade eu tenho grande culpa nisso e é por esse motivo que estou pedindo o seu perdão. Eu fui covarde e egoísta, não pensei direito. Levei o Lucky comigo e deixei você aqui. Quantas vezes você deve ter sentido medo e eu não estava aqui para te acolher e te consolar. O quanto você deve ter sofrido na vida aqui do santuário e ainda por cima tendo o peso da responsabilidade de ser a deusa Athena em seus ombros? Avisaram-me que Lucky era essencial para te ajudar, mas eu pensei que talvez alguém pudesse ocupar o lugar dele como cavaleiro, mas tinha em mente que a deusa só poderia ser você. Mas vi que tentar desviar Lucky do seu destino só nos causou dor e por isso, mesmo sabendo que não sou digna de seu perdão, afeição, ou qualquer sentimento seu, eu lhe peço desculpas. Perdoe-me Hikari.
Hikari não conseguia controlar seu choro, estava tão contente por estar perto de sua família, tão surpresa pelas palavras de sua tia, que não conseguiu responder, apenas abraçou Seika novamente. Após ambas se acalmarem um pouco mais, Hikari se distância um pouco, mas ainda com suas mãos sobre as da sua tia, lhe diz:
- Tia Seika, eu não a culpo por ter agido como agiu. Eu não posso negar que quando descobri toda essa história eu fiquei muito abalada e realmente triste, mas depois compreendi. Sei que só quis proteger meu irmão e não se preocupe. Todos esses anos aqui no santuário fui sempre ensinada que a Athena não nasce com uma família, mas ao longo do tempo aqui, eu fiz amigos e tenho meus guerreiros e guerreiras, os quais considero muito. Eles são minha família. No entanto, descobrir que mesmo sendo a Athena eu tenho uma família de verdade, quer dizer, uma família de sangue, não sabe como eu fiquei feliz. Saber que o homem que sempre via em meus sonhos, Seiya, é realmente o meu pai. Tia, eu fico muito feliz em saber que você não sente raiva de mim por tudo o que está acontecendo. - Hikari sorri. - Eu estou tão feliz por vocês estarem, mesmo com o Lucky desacordado. - Muda para um semblante preocupado. - Acho que precisamos conversar sobre isso.
Seika olha para Lucky e sorri, voltando sua atenção a Hikari:
- Tudo bem, o senhor Aiolos já me explicou toda a situação. Eu gostaria de dizer que eu também estou muito feliz de estar com você novamente e tenho certeza que se o seu irmão estivesse acordado ele estaria pulando de alegria. Hikari, minha querida, eu não quero que nós três nos separemos nunca mais. Quero estar ao seu lado em todos os momentos a partir de agora, sejam bons ou ruins. Você se tornou uma moça linda e forte, meu irmão e a senhorita Saori, os pais de vocês, estão orgulhosos onde quer que estejam. Confio que você protegerá seu irmão e estarei orando pela sua segurança também.
Ao finalizar tais palavras, Seika enxugou uma lágrima que escorreu pelo rosto delicado de Hikari e a mesma sorriu, dizendo que estariam sempre juntos a partir daquele momento. Seika assente e logo Hikari diz que tinha muitas coisas para conversar tanto com sua tia quanto com seu irmão, que segundo a própria tentaria fazer com que ele não precisasse ficar dormindo por muito tempo. Ao Hikari falar isso, Lucky se mexe na cama e diz num tom baixo:
- Hikari, eu quero te encontrar... ai ai... Yuna você é tão linda.
Hikari e Seika dão risada e a mulher diz que Lucky também aparentava querer acordar logo. Seika também diz que todos teriam muito tempo para conversar e senta na cama ao lado do rapaz, chamando Hikari para sentar abraçada a ela. A deusa assente pousa sua cabeça no peito de sua tia, que começa a afagar seus sedosos cabelos cor de lavanda e a cantar uma música que ambas conheciam muito bem:
- "Lá, no Pé do Morro tem, uma menina, ninguém sabe quem. Tão bonitinha, ela quer ser alguém..."
Hikari sorriu ao ouvir a música que sempre cantou mas nunca soubera onde havia aprendido, relaxando e aproveitando o momento com sua tia. A deusa sabia que as coisas ficariam difíceis a partir do dia seguinte, mas tinha em mente que lutaria com todas as forças para proteger a sua família e a de todos os inocentes existentes no planeta terra das ambições de deuses malignos, mas naquele instante, sentiu como se fosse apenas uma garota normal, que estava feliz por estar em casa com seus entes queridos.
Na sala do monarca, Aiolos esperava a chegada de 9 das lendas para falar com os mesmos. Sem muita demora, a porta do local se abre e Aiolos vê Argeu chegar junto de Ryu, Deneb, Yan, Eden, Yuna, Meyrisi e Mako. Os recém-chegados logo prestam reverência e Aiolos assente, agradecendo a presença de todos ali. Em seguida, Aiolos diz que os jovens já deveriam estar cientes de que seriam convocados para uma reunião, mas a mesma só poderia ser iniciada na presença de Solomon e de Athena. No entanto, a deusa estaria cuidando de assuntos pessoais naquele momento, por tanto iriam esperar até que apenas Solomon comparecesse. Argeu diz a Aiolos que poderia ir chamar Solomon, mas logo escuta a voz do mesmo dizendo que não era necessário, Solomon acabava de chegar ao local. Após a chegada do cavaleiro de lira, o qual prestou reverência assim como os demais guerreiros, Aiolos chama a atenção dos mesmos:
- Inicialmente, gostaria de agradecer a presença de vocês aqui. Como todos sabem, estamos vivendo em uma época difícil. Acredito que saibam que quando coisas ligeiramente anormais e com princípios malignos começam a assolar nosso planeta, significa que, muito provavelmente, uma nova guerra santa está para acontecer. Dessa vez, uma vez mais, nós, os guerreiros de nossa deusa Athena, enfrentaremos os berserkers, subordinados do deus grego da guerra, Ares. Segundo as previsões de Solomon, uma invasão na cidade de Atenas irá acontecer amanhã, todos já foram informados sobre isso, correto? - Os demais assentem. - Após o término da cerimônia de hoje, todos, com exceção dos guerreiros que lutaram por suas armaduras, irão se preparar para lutar na guerra que irá se iniciar. Muitas coisas já foram discutidas e medidas tomadas, uma delas é que o cavaleiro de Áries, Kiki, está encarregado de transmitir por via telepática as informações sobre as estratégias criadas por Athena, ou seja, o que cada um deverá fazer, como e onde se posicionar, além de continuar a transmitir informações durante a batalha. Porém, chamei vocês a esta reunião comigo, pois irão agir de outra forma nessa invasão. Não irão lutar no campo de batalha especificamente, eu tenho outra missão para vocês. Argeu e Solomon já estão cientes sobre isso, por tanto qualquer dúvida após eu terminar poderão ser retiradas com eles, tudo bem? - Todos concordam. - Pois bem, alguns de vocês já devem saber sobre o fato de Hikari, nossa deusa, ter uma família de sangue, algo que até então era impossível de se acontecer, levando em consideração os meios pelos quais a deusa da sabedoria surge na terra. No entanto, mesmo não compreendendo como isso é possível, Hikari é filha do antigo cavaleiro de Pégaso. Esse assunto veio à tona recentemente, mas era algo que me preocupava desde que tudo relacionado a esse guerra santa começou. Hikari tem um irmão e uma tia, filho e irmã de Seiya, respectivamente. Acho que vocês já conhecem o jovem em questão, conheceram ele no dia do aniversário da senhora Glória.
Ao ouvir o que Aiolos disse por último, Meyrisi fica um tanto surpresa e eleva a voz:
- Tá falando daquele idiota retardado que viu o rosto da Yuna?
Todos direcionam os olhares para a amazona de vespa e Mako lhe belisca em repreensão, por ter se alterado na presença do grande mestre. A garota de cabelos rosa reclama da dor causada pelo beliscão e pede desculpas a Aiolos. Yuna confirma a dúvida da amiga e o monarca continua:
- Como eu ia dizendo, esse jovem e sua tia já se encontram aqui no santuário e estão com Hikari nesse exato momento. Solomon teve uma visão e tivemos que traze-los para cá, com o intuito de evitar que o perdêssemos de vista.
Yuna ficou um tanto preocupada com Lucky, mas deixou que Aiolos continuasse.
- Lucky está desacordado para que seja mais fácil sua proteção e é essa a missão de vocês. O jovem rapaz em questão não pode ficar muito tempo aqui no santuário e está sendo alvejado por nossos inimigos. Não podemos, em hipótese alguma, perder Lucky. Já devem saber que em toda batalha que Athena trava contra outro Deus, ela sempre tem a ajuda de seu fiel escudeiro, o cavaleiro de Pégaso. O fato da armadura de bronze do cavalo alado nunca vestir nenhum dos vencedores que lutaram por ela, é que a mesma só irá vestir um guerreiro e este é Lucky, destinado a se tornar o guerreiro de Pégaso desta época. Precisam protegê-lo até que ele possa vestir a sua armadura e lutar por si próprio. Conto com vocês.
Todos assentem em uníssono, mas Ryu estava com uma dúvida e chama a atenção de Aiolos:
- Me desculpe senhor, não quero questionar sua autoridade e muito menos lhe desobedecer, aceito de bom grado esta missão, mas se esse garoto é alguém tão importante assim, não seria melhor coloca-lo sob a proteção de alguns cavaleiros de ouro? Alguns de nós, como eu, o Deneb, o Yan, o Eden e a Meyrisi acabamos de nós tornarmos cavaleiros e amazona. O senhor tem certeza que nós somos aptos a executar essa tarefa?
Deneb também estava com dúvida em relação aquilo e pediu permissão para falar, questionando:
- De qualquer forma, por que a gente?
Aiolos compreendia a dúvida dos jovens. Era normal que não soubessem o motivo de serem escolhidos para tal missão, não sabiam sobre a história das lendas contada pelo oráculo e por isso não tinham ideia da responsabilidade que carregavam sendo os guerreiros protegidos por suas constelações. Sendo assim, Aiolos iria lhes explicar de forma resumida sobre tal história, pois não tinham tanto tempo, mas antes que iniciasse, um guarda entra no local e diz que o cavaleiro de Hércules precisava falar com Argeu o mais rápido possível. O soldado pede desculpas pela interrupção, mas diz que Henry parecia muito nervoso. Aiolos pede que Henry viesse até o cavaleiro de Orion e assim foi feito.
Assim que adentrou o local, todos perceberam o quão aflito Henry estava. O rapaz logo se dirigiu a Argeu e lhe falou com a voz oscilante:
- Argeu, a Amber, você sabe onde está a Amber?
O cavaleiro de Orion ficou surpreso pela pergunta que o amigo lhe fez, mas respondeu lhe fazendo outra, questionando se a irmã do mesmo não estava com os pais. Henry diz que não, que sua mãe havia lhe ligado para saber se ele sabia onde Amber estava, pois ninguém teve notícias dela desde o dia anterior. Argeu diz que também não tivera notícias sobre sua namorada, pensava que ela estivesse segura com os pais. Henry nega, afirmando que seu pai já procurou Amber de todas as formas possíveis, contatando até mesmo parte das forças especiais de investigação do país, mas nem sinal da mulher. Henry também já havia tentado usar seu faro mais apurado de lobisomen, mas preferiu não comentar isso, mesmo porque o mesmo só levou o rapaz até a mansão vazia de seus pais, era ali que o cheiro de Amber acabava. Argeu logo ficou mais nervoso, pegando seu celular rapidamente e o ligando, percebendo várias mensagens e ligações perdidas de seu sogro. O cavaleiro de Orion diz que preferiu desligar seu celular, pois precisava se concentrar em seus deveres como cavaleiro, mas acreditava que Amber estivesse bem. Argeu chama a atenção de Aiolos, questionando se poderia sair à procura de sua namorada e o mesmo assente, mas alerta:
- Como a cerimônia de armaduras ainda não terminou, temos um pouco de tempo até começarmos a nos preparar para agir com relação a invasão. Você terá esse tempo para procurar por essa moça, mas depois terá que voltar ao santuário.
Argeu assente. O cavaleiro de Orion chama a atenção de Solomon e lhe pergunta se não havia tido algum tipo de visão relacionada à Amber ou se não poderia "prever" onde a mesma estava. Solomon se desculpa, respondendo negativamente, mas diz que havia uma forma de tentarem descobrir sua localização. Henry diz que já haviam procurado pela cidade toda, e ligado para todos os conhecidos, mas ninguém sabe o paradeiro de sua irmã. O cavaleiro de lira afirma que, talvez, a corrente e Andrômeda, com sua habilidade de rastreamento, poderia indicar onde a moça estava. Henry fica esperançoso e vai até Yan. Afobado, o cavaleiro de Hércules segura Yan pelos ombros:
- Yan, por favor, me ajude a encontrar minha irmã. Eu sei que ultimamente a gente não ta se dando muito bem e você ta me evitando. Mas por favor, me ajuda. Eu to preocupado com a Amber e a nossa mãe também. Por favor.
Yan estava surpreso pela forma com Henry agiu, nunca havia visto o cavaleiro de Hércules daquele jeito, tão aflito. Sentiu uma pequena pontada no coração ao ouvir o amigo falar que ele estava o evitando e que não estavam se dando bem, mas ignorou isso e apenas assentiu, retirando as mãos de Henry dos seus ombros rapidamente. Sem muita demora, Yan vestiu a armadura de Andrômeda e começou a elevar sua essência. Logo, as correntes começaram a se mover. A corrente de ponta triangular, após oscilar em várias de direções, aponta para Henry, provavelmente por este ter uma essência semelhante a de Amber, já que são irmãos. Yan estava tentando se concentrar na imagem e essência de Amber. Por mais que só tenha visto a mulher uma vez, Yan lembrava dela. Após alguns minutos, a corrente triangular começar a apontar em uma direção, puxando Yan para segui-la. O cavaleiro de Andrômeda chama a atenção dos demais:
- Aparentemente a corrente já sabe onde Amber está. Ela vai nos levar até lá.
Henry e Argeu assentem. Aiolos pede para que os cavaleiros tomassem cuidado e levassem alguns soldados só por precaução, além de que estes poderiam ajudar nas buscas. Os três assentem e partem. Após isso, o grande mestre dispensa os demais guerreiros:
- Ainda não falei tudo o que gostaria com vocês, mas creio que seja melhor em outro momento, quando estiverem todos presentes por exemplo. Assim como já disse, qualquer dúvida com relação a missão confiada a vocês, falem com Solomon. Ele e Argeu são os responsáveis. Para finalizar, estejam preparados, assim que Argeu retornar vão começar a se aprontar para sair do santuário com Lucky. Desejo sorte e confio em vocês.
Em uníssono, todos assentem e começam a se retirar.
No caminho de volta ao coliseu, Meyrisi questionava Solomon de forma afobada sobre a história que envolve Lucky e Hikari. Solomon diz que era realmente uma história confusa e ele poderia explicar com mais calma em outro momento, mas eles precisam cumprir as ordens do grande mestre. Mako assente e diz a Meyrisi que por mais que ela não tivesse ido com a cara de Lucky, o que já era de se esperar, ele ainda era irmão de Hikari, por isso ela tinham o dever de protegê-lo. Meyrisi suspira indignada e assente, afirmando que se era para Hikari ficar feliz ela o Faria. Mako agradece a amiga, mas se questiona sobre Lucky ser destinado a ser um cavaleiro tão importante, mas não ter treinamento algum para aquilo, além de estarem em um momento pré-guerra. Solomon diz que aquilo era algo que nem mesmo ele sabia como iria se desenvolver e Meyrisi fala:
- Eu não sei como ele vai se tornar guerreiro, mas assim que ele acordar tomara que comece logo a treinar. Assim poderemos ter uma luta justa disputando a Yuna. Quem vencer fica com ela.
Mako diz a amiga para parar de tratar Yuna como prêmio de jogo. Meyrisi da risada e diz que era brincadeira, afirmando que Yuna já era dela de qualquer forma, pedindo a confirmação para a amazona de águia. Porém, Yuna não respondeu. A amazona de prata estava preocupada com Lucky, fazia alguns dias que não estava mais vigiando o mesmo e estava preocupada, queria saber se o rapaz estava bem. Após Meyrisi elevar a voz e chamar sua atenção, Yuna acorda de seu transe e pede desculpas.
Ryu e Deneb caminhavam logo atrás das garotas e Solomon. O cavaleiro de cisne diz que Juno já havia lhe falado sobre a história de Lucky, mas ainda estava surpreso:
- Eu ainda não consigo acreditar. Aquele cara age que nem um retardado, como ele pode ser um dos cavaleiros mais importantes?
Ryu diz que não estava completamente ciente da personalidade de Lucky e afirma não saber ao certo como ele iria se tornar o cavaleiro de Pégaso, mas tudo indicava que não havia só isso naquela história. Segundo Ryu, Lucky é muito parecido com o falecido Seiya, além de ter uma cosmo energia semelhante a de Hikari se a sentissem com atenção. Para o cavaleiro de Dragão, esses já eram indícios suficientes para comprovar pelo menos parte da história. Mas algo ainda intrigava Ryu:
- Concordo com você Deneb, é estranho ele estar destinado a ser o tão famigerado cavaleiro de Pégaso, mas não ter antecedentes nenhum de treinamento. Eu já li sobre alguns antepassados dessa constelação e todos eles treinaram para serem guerreiros. Se Lucky vai ser o principal guerreiro de Athena, haverá tempo para se preparar? Eu acredito que não, sinceramente.
Deneb assente e responde:
- Bom, façamos nossa parte. Protegemos ele até ele ganhar poderes magicamente.
Ryu iria responder, mas logo Deneb interrompe:
- Ja sei, não precisa começar o discurso sobre cosmo energia despertada no ser humano e blá blá blá.
Ryu concorda, mas ainda estava muito curioso sobre toda aquela situação.
Eden caminhava atrás dos demais colegas, não se importava em não socializar com os mesmos, para ele não fazia diferença, preferia não se enturmar por vários motivos. Mesmo não compreendendo o motivo de ter sido escalado para uma missão que aparentemente é de grande importância, mas já tinha em mente que daria o seu melhor, estava confiante de que iria se sair bem. Mesmo pensando que agiria melhor sozinho, não por medo de se descontrolar, mas sim por preferência, Eden focou no pensamento de que irá participar dessa missão em grupo e faria o possível para ser útil a deusa, com intuito de orgulhar seus pais principalmente.
Chegando ao coliseu, as lendas voltaram até onde seus amigos estavam. Imediatamente, Juno vai até seus amigos e pergunta como havia sido a reunião. Deneb responde que eles haviam sido convocados para uma missão, a qual era manter Lucky seguro. Juno fica surpreso ao ouvir o nome do amigo e questiona mais sobre o mesmo. Ryu afirma que eles apenas sabiam que Lucky estava sob os cuidados da própria Athena e que seriam chamados a qualquer momento para leva-lo para fora do santuário, mas aquilo era tudo o que lhes foi informado. Yui vai ate onde os amigos estavam e pergunta sobre Yan. Solomon diz que o cavaleiro de Andrômeda saiu junto de Henry e Argeu a procura de Amber, pois a corrente de Andrômeda poderia ser muito útil na busca. Após isso, Janice e Audrey vão até suas amigas e todas se cumprimentam. Janice diz ficar muito feliz que elas tenham voltado antes que seu momento de lutar começasse:
- Eu achava que vocês iriam me deixar na mão, sem líderes de torcida. Mas já que voltaram, vamos ao banheiro, estou nervosa.
Meyrisi diz não entender a necessidade de irem ao banheiro sempre todas juntas, já que nunca faziam nada mais interessante. Mako diz saber que tipo de coisas a amiga pensava, mas não iriam fazer mesmo. Meyrisi revira os olhos e chama Audrey, que estava com os olhos direcionados à arena, para ir com elas, mas a santia de Coelho diz que não iria daquela vez.
Meyrisi questiona o motivo e Janice diz ser porque Tyler estava lutando naquele exato momento. A amazona de vespa assente, mas afirma que estaria de olho em Audrey.
No caminho até o banheiro, as garotas conversavam, dando dicas de como Janice poderia vencer suas oponentes. No entanto, Yuna parecia distraída e Mako nota isso, questionando se a amazona de águia estaria preocupada com Lucky. Yuna suspira e diz que não adiantaria negar e a santia assente, mas pede para a amazona não se preocupar, pois Hikari estaria cuidando dele também. Yuna concorda, mas ainda assim ficava preocupada:
- Por mais que Hikari vá estar com a gente, eu tenho medo que algo aconteça a ela ou ao seu irmão. Se acontecer alguma coisa com Lucky a nossa deusa vai ficar arrasada. Eu espero que tenhamos força para ajudá-la.
A santia de golfinho diz que eles iriam lutar com tudo o que tinham para proteger a família de Hikari e Yuna assente, tentando se acalmar com as palavras da amiga.
Juno e Yui começam a conversar sobre o desaparecimento da irmã de Henry, enquanto Eden fazia companhia a Lilian e Mika. Ryu e Deneb procuram por Abhinav, mas Audrey lhes diz que o indiano já estava na enfermaria, pois os embates pela armadura de Hydra já haviam acabado. Os rapazes ficam um tanto apreensivos, mas a santia lhes acalma, afirmando que Abhinav havia vencido e se tornado o novo cavaleiro de hydra. Ambos ficam felizes, mas decidem ir ver o indiano após as batalhas de Tyler.
Argeu, Henry e Yan, acompanhados de alguns soldados, acabavam de chegar à mansão dos German. A corrente de Andrômeda os guiou até ali e logo começava a apontar para a parte de trás da mansão. Ao chegarem lá, a corrente com um círculo na Ponta começa a se manifestar, movendo-se pelo chão e envolvendo todos ali presentes. Henry pergunta a Yan o que aquilo significava e o mesmo responde:
- Eu não tenho certeza, mas acho que as correntes estão querendo dizer que Amber está por aqui, mas estão em alerta também.
Argeu diz que se as correntes estavam em alerta, significava que havia alguém por perto, mas ele não sentia nenhuma presença. Henry afirma que também não estava sentindo a presença de Amber. Yan suspira e começa a tentar elevar mais seu cosmo:
- Vamos correntes, eu sinto que vocês tem certeza no que estão tentando dizer, mas não achamos nada. Sejam mais precisas.
Depois disso, os demais sentiram o cosmo de Yan se elevar e as correntes se moverem com mais intensidade. Em um momento, ambas correntes apontam para uma parte daquele lugar. Era onde havia algumas pilastras no estilo grego caídas e algumas estátuas no mesmo estilo. Uma das estátuas era a clássica reapresentação da deusa romana, Vênus. Os cavaleiros vão até lá e a corrente começa a se arrastar pelo chão, como se tentasse formar alguma imagem ou coisa parecida. Yan nota que as correntes estavam tentando se comunicar através da escrita, começando a formar letras. Segundos depois, as correntes param. Os cavaleiros notam as letras que as mesmas formaram e Yan lê a frase em voz alta:
- Gi tis Vênus.
Aquela frase estava escrita em grego e como todos os guerreiros ou fiéis a Athena aprendiam essa língua para se comunicar entre si, compreenderam seu significado. "Gi tis Vênus" significa "terra de Vênus" na tradução literal. Assim que Yan leu, Henry se pronunciou, perguntando o que aquilo queria dizer. De forma rude, Yan diz não saber, não tinha culpa se não haviam encontrado Amber, mas ele havia tentado. Henry estava nervoso e iria responder da mesma forma, mas as correntes começaram a se agitar antes disso. Argeu questiona Yan sobre aquilo e aquilo cavaleiro de Andrômeda afirma que suas armas estavam nervosas, provavelmente avisando sobre perigo. No mesmo instante, os guerreiros ficaram em alerta, mas não viram ou sentiram nenhuma presença. Porém, um dos soldados, ao olhar para cima, chama a atenção dos demais, dizendo que próximo a lua, que já aparecia claramente graças ao horário (cerca de 18:00 horas), um planeta avermelhado surgia. Um outro soldado diz que aquilo havia sido previsto pelo cavaleiro de lira:
- A invasão berserker iria acontecer quando o planeta Marte estivesse perfeitamente visível da terra. Significa que falta muito pouco tempo para a guerra começar de fato. Acho que devemos voltar ao santuário não é senhor Argeu?
O cavaleiro de Orion não respondeu, estava com os olhos fixos no planeta avermelhado que via nos céus. Henry chama a atenção do cunhado, que pareceu acordar de um transe e responde:
- Sim, acho que devemos voltar ao santuário. Eu entendo que esteja preocupado com a Amber Henry, eu também estou. Mas aparentemente a invasão dos berserkers será logo mais e precisamos combate-los. Só nos resta rezar para que ela esteja bem.
Mesmo frustrado, Henry assente e volta ao santuário junto com os demais.
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