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História Saint Seiya: Sekai no Iseki (Mundo de ruínas) - O olho da tormenta - História escrita por ChildFourze - Spirit Fanfics e Histórias
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História Saint Seiya: Sekai no Iseki (Mundo de ruínas) - O olho da tormenta


Escrita por: ChildFourze

Capítulo 8 - O olho da tormenta


Fanfic / Fanfiction Saint Seiya: Sekai no Iseki (Mundo de ruínas) - O olho da tormenta

“Tudo ainda é muito obscuro, intenções, memórias e até mesmo motivos. Nunca se sabe quando o amigo de outrora surgirá a sua frente como um inimigo”.

“Muitas vezes é como se as memórias fossem tintas em uma tela antiga, que com o tempo esteja se desmanchando gradativamente”.

 

Pandora com uma gritante e sedutora veste negra e pernas a mostra caminhava em direção a Lusion. Seus passos, calçados em um salto fino e negro como todo o resto, ressoavam em todo local, interrompidos apenas pelos baixos sibilos de resmungo que vinham de Aiacos.
O rosto do cavaleiro de Gêmeos transparecia dúvida, as palavras de Pandora repetiam-se em sua mente. Aurius por sua vez parecia um tanto quanto desesperado, a presença de Pandora ali não era conivente com o que ele imaginava.

- O que a anunciadora de Hades faz aqui?! – Grita ele em direção aos demais.

A bela mulher de cabelos negros, olhos bem formados e com um rosto tão belo quanto uma noite estrelada, entretanto, tão sombrio quanto os confins do submundo, mudara de expressão ao encarar Aurius.

- Como ousas dividir o ventre com o corpo do imperador? Sua petulância é realmente digna de nojo, ousastes adquirir o mesmo rosto, viver como sombra de um corpo pertencente a uma divindade e ainda aqui, no auge da glória deste corpo ao qual sugastes como um sanguessuga, interferes?! – Chegando cada vez mais perto de Lusion. – Aiacos, mate-o!

- Do que está falando, mulher? – Aurius interrompe toda falácia de Pandora com uma voz branda e rígida.

- Ora, normal que a vontade divina ainda não tenha despertado, mas você desde o nascimento está predestinado a ser o receptáculo para o corpo do imperador Hades. – Aproximando-se de Lusion e colocando a mão dentro da proteção peitoral da armadura.

Lusion reage de maneira estranha, seu olhar se torna assustado e seu rosto passa a soar frio.

- Isso é! Esses olhos e esses cabelos... – O cavaleiro reage como se já houvesse visto Pandora alguma outra vez.

Seus olhos se voltam para os cabelos negros da mulher e sua visão se torna turva até que o mesmo perca a consciência.

13 anos atrás, Grécia, 2002

Dois garotos aparentando 8 a 9 anos de idade caminhavam em meio a um vilarejo próximo ao Santuário.
Um deles possuía um cabelo loiro e dourado como o sol, possuía a feição mais séria, enquanto o segundo com cabelos também loiros, porém uma tonalidade mais próxima de uma pasta de milho, porém, quando comparados os rostos eram indistinguíveis. Ambos com olhos azuis e corpos bastante franzinos.
Suas feições eram de crianças que passavam por dificuldades, puxavam um carrinho repleto de frutas, as quais vendiam de porta em porta.

- Veja. – Aponta o segundo garoto para um beco repleto de barris.

Seu irmão logo vira e vê uma garota com trapos que mesmo acabados parecem que outrora foram uma veste de valor. Seu tamanho era similar ao dos garotos, mesmo que agachada e com a cabeça entre os joelhos. Seus cabelos cobriam as pernas e eram relativamente grandes se comparados ao seu tamanho e idade.

- Ei.

- Huh? – A garota olha rapidamente para fora dos cabelos que cobriam o rosto e vê a imagem do garoto de cabelos longos, presos em rabo de cavalo e olhos azuis como o mar que banhava a Grécia. Em sua mão duas maçãs.

- Deve estar com fome, tome é para você.

O olhar da garota era selvagem, como se a qualquer momento fosse pegar as maçãs e correr como um bicho acanhado. Entretanto, sua boca se movimenta e palavras saem.

- Não tenho como pagar, obrigado. – De maneira ríspida.

- É por nossa conta. – Fala o outro garoto que estava logo atrás do irmão.

Os olhos da garota corriam incansavelmente entre os rostos dos garotos, até que ao parar por um momento ela volta a falar. – Darei algo em troca, guarde com você e devolva-me algum dia. – Tirando um colar de dentro dos tecidos do vestido.
O garoto que segurava as maçãs observava cada movimento da garota com curiosidade, seu braço  já tremia por fadiga.

- Aqui! – Estendendo as duas mãos para o garoto e mostrando um colar dourado em forma de pentagrama e com uma escritura ao meio.

- Y... Your...

- Yours Ever, significa “Seu para sempre”, em inglês.

O olhar do garoto permanecia vidrado no medalhão.

Alemanha, 2014

Lusion estava sozinho em meio a um campo de batalha, ou o que sobrara dele, todos seus aliados estavam no chão, assim como seus inimigos e em sua face o jovem apenas parecia não ter entendido o que houvera acontecido.

Um vento forte soprava, arrastando consigo uma fuligem negra, em meio a ela cabelos negros e um vestido da mesma cor rasgado voam à vontade do vento. Com o rosto sujo de fuligem, um olhar selvagem e descalça a mulher estava acompanhada por um homem de trajes finos e cabelos brancos.

- Quem é você? E o que aconteceu aqui?

- Não ouse morrer humano, ou eu mesmo me encarregarei de fazer sua alma sofrer uma eternidade no tártaro. – A voz do homem ecoa dentro da cabeça de Lusion.

O jovem, que servia ao exército de Atena, continuava ali, inerte perante o olhar perfurante de Pandora. Até que o movimento suave dos lábios da bela mulher faz com que ele deixe a espécie de transe e se pergunte o que ela havia dito.

Tempos Atuais (2015) Casa de Áries

Pandora abraçava vagarosamente o corpo de Lusion, de maneira sedutora e desprovida do menor pudor, uma de suas pernas se entrelaçava ao cavaleiro e sua boca finalmente chegara ao seu ouvido, enquanto suas mãos acariciavam-lhe o rosto.

- Finalmente, meu augusto soberano, para todo sempre. – Os lábios de Pandora movimentavam-se suavemente próximos à orelha de Lusion, chegavam a tocá-la. – “Yours Ever”.

Lusion permanecia parado, nem mesmo Aiacos, que estava posterior a ele, emanando seu cosmo de maneira agressiva contra Aurius conseguia chamar sua atenção. Os olhos do cavaleiro estavam encobertos pelos cabelos loiros, e todo seu corpo abraçado por Pandora. Até que de maneira repentina, seus lábios se movimentam, deixando os dentes à mostra.

- Esperem!

Todos voltam seus olhos para o mesmo, esperando alguma reação a tudo que estava acontecendo.

- Destino não é mesmo?

- Lusion não ouse! – Aurius estava rodeado por chamas negras lançadas por Aiacos, e mesmo assim tentava transpassa-las para ir de contra as palavras do irmão.

- Não tema Aurius, o destino é como um grão de areia, oriundo de um único fluxo, como um punhado de areia que é jogado ao vento. Cada grão corresponde a uma possibilidade de futuro, e tudo que fazemos é saltar de um a um, inutilmente. – O cavaleiro segura o rosto de Pandora de maneira que ela olhasse em seus olhos. – E os deuses estão acima, sempre fazendo com que nunca escapemos do nosso derradeiro destino.

- Idiota!

O grito de Aurius faz com que Pandora desviasse o olhar por alguns segundos, mas ao perceber que nem mesmo Lusion o fizera, volta a encará-lo.

- Quero que me prometa algo.

- Na posição de receptáculo, pode pedir o que quiserdes, desde que cumpra com seu destino.

- Pandora! Não seja tão complacente. – Aiacos se vira na direção de Lusion e Pandora brandindo um dos braços.

- Quero a promessa de que deixarás meu irmão ir sem problemas.

- Tsc! – Aiacos resmunga de maneira com que ficasse bem clara sua imposição para com o pedido do cavaleiro.

- Sim, eu prometo. Deves saber que mesmo entre os servos de Hades há uma honra quando se trata de assuntos que são irrelevantes quanto às nossas vontades.

- Gêmeos! Vá e cumpra com o seu dever! Não sou mais digno de receber sua proteção, eu nego o posto de cavaleiro de Ouro, proteja o próximo na linha de sucessão.

A armadura emana um brilho forte, fazendo com que Pandora se afaste e logo em seguida se solta do corpo de Lusion, voltando à sua forma original. Gêmeos paira sobre todos, liberando um forte brilho dourado, que ressoa com o cosmo de Aurius, emitindo um som ressoante repetitivo.

- Gêmeos... – Aurius observava seu corpo ser envolto pela armadura. – Não faça isso irmão. – Uma pequena lágrima escorre pelo seu rosto, que observava seu irmão de costas.

- Satisfeito? Portanto... – Apertando com força o medalhão no pescoço de Aurius.

- Ugh! – O cavaleiro demonstra certo desconforto e pressiona a mão contra o próprio corpo.

Um cosmo negro e sombrio emana do medalhão, espalhando-se pela corrente até alcançar o corpo de Lusion. Seus cabelos loiros vão se tornando cada vez mais escuros.

- Lusion! Lusion! Lembre-se! Não deixe que nenhum destino atrapalhe a sua vontade de viver, não deixe que faça perder tudo aquilo que ama! – Aurius gritava desesperadamente.

As palavras do irmão ecoavam dentro da cabeça de Lusion, fazendo com que ele esbosasse alguma reação, mas logo outras visões o atemorizaram. Coisas como espectros triunfantes, e no seu lugar como Hades o próprio Aurius.
Ele abre os olhos por um único momento e olha para Aurius ao voltar o rosto para trás.

- Entenda, eu nunca deixaria que você carregasse tal fardo, cortaria meu coração ter que vê-lo como inimigo... – Sorrindo enquanto lágrimas escorriam do seu rosto.

- Do que está falando!? Você!! – Pandora tenta se afastar de Lusion, no entanto ele segura sua mão e o medalhão entre as dele.

- Não é um receptáculo que queres! Terás um de todo bom grado!

Um forte brilho negro emana dos corpos de Pandora e Lusion, enquanto Aurius caía em desespero. Aiacos ria de maneira descontrolada e todo céu havia se tornado rubro com uma tempestade de raios.
Por fim, um único raio desce dos céus e atinge o local onde se encontravam os dois principiantes de toda aquela tragédia, Pandora e Lusion. O seu estampido faz com que a visão de todos seja ofuscada. Aurius esfregava incessantemente os olhos e por fim permanece estagnado, ao ver Lusion, de maneira imponente, com cabelos negros o observando com olhos que nunca o olhara antes.

- Irmão... Não, Hades!

- Majestade? – Pandora se aproxima vagarosa e temerosamente do corpo que ao que tudo indicava agora pertencia ao imperador do submundo.

- O que tudo isso significa? E o que faço em pleno Santuário de Atena? – Sua voz demonstra completa rispidez e asco para com tudo que olha.

- Essa imponência! Essa benevolência para com os que deveriam estar mortos! Imperador! – Pandora ajoelha-se imediatamente ao perceber que seu selo do medalhão havia funcionado e prendido a alma de Hades a um corpo.

- Espere!

Todos voltam-se para Aurius. Aiacos demonstrando tamanha raiva e colocando-se em posição de ataque.

- Vá Cavaleiro! Não há mais nada... Huh? – Sendo interrompido por Hades.

- Garoto... queres tanto assim juntar-se à verdadeira salvação? – Estendendo a mão para Aurius.

O corpo do agora cavaleiro de Gêmeos tomba, caindo de joelhos perante ao imperador do submundo.

- O que tens a me oferecer? – A voz de Aurius demonstra uma enorme diferença. – Espero que seja algo cabível a um imperador. – Levantando o rosto com um olhar de carregado de intensões.

Hades faz um sinal com a mão para que Aurius levante-se, sendo obedecido pelo mesmo. Ao chegarem a uma pequena distância, a armadura de gêmeos é tocada e um fluxo de energia sombria emana.
A visão de Aurius se torna cada vez mais turva, até que tudo que ele consegue utilizar é apenas a sua audição, entretanto, o suficiente para ouvir a voz de Hades em meio a uma escuridão.

 – Ofereço-lhe o mundo...

Alemanha, Hanôver. (04:39)

Assellus acompanha Deneb até a saída de uma sala, sua fisionomia era de completa exaustão. Deneb por sua vez estava com a mesma feição jovem.
Os dois seguem por um corredor escuro, acompanhados por Ergeta e Caroli.
Seus passos eram tudo que poderia ser ouvido, até que em um certo momento um deles cessa. Assellus interrompe sua caminhada e observa o chão como se houvesse sentido algo.

- O que houve Assellus?

- Preciso de um favor... – Levantando o rosto para Deneb.

Santuário, Grécia (05:46) Casa de Virgem

Outrora grandiosa, mesmo quando destruída na guerra santa passada, a casa de virgem agora não passava de escombros sob um emaranhado de cipós e ervas daninhas. Mesmo assim ainda era preciso passar por seu centro para atravessá-la, todo conjunto de vegetação, escombros e pequenos gotejamentos vindos da chuva ou alguma outra fonte de água, quando iluminados pela luz do sol que nascia relutante, formava uma espécie de ambiente em partes agradável.
A vegetação estava verde e a luz solar refletia na água. Em meio a tudo aquilo um homem solitário caminhava, sua armadura era negra, uma surplice, entretanto seu rosto era belo, cabelo negro à altura do pescoço e seus olhos com contornos bem definidos provocavam uma sensação agradável.
Carregando consigo uma espécie de harpa, ele entoava uma canção um tanto quanto fúnebre.

- Saia de onde esteja, pouco me importa como chegastes aqui, mas não posso deixar que passe despercebido. – Fala com um tom melódico na voz, enquanto seus dedos corriam pelas cordas da harpa.

Seus olhos finalmente se abrem, pois finalmente pôde sentir toda intensidade cósmica da qual desconfiava ser uma presença, entretanto sua feição deixou um pouco da serenidade anterior.
Um estampido dourado revela uma armadura de mesma cor, passos são dados lentamente, até que seu rosto possa ser visto completamente.
Kaburagi, o cavaleiro de virgem pisa na sua casa respectiva.

 

 

Casa de Áries (06:01)

Um grande raio desce dos céus e atinge o pátio que precede a casa de Áries, aumentando ainda mais toda destruição ali existente.
Pandora, Aiacos e Hades já estavam a se retirar, já estavam dentro da casa de Áries, quando o clarão e o grande barulho de explosão os chama atenção, entretanto, apenas Aiacos e Pandora voltam-se para entrada da casa.
O juiz regressa rapidamente e logo desaparece em meio a uma claridade semelhante ao nascer do sol. O mesmo ao sair da casa tem sua visão completamente ofuscada, tentando proteger os olhos com um dos braços.

- Isso é...- Percebendo que a luz emanava de um local do pátio frontal da casa. – Uma técnica?!

A luz emanava de um único ponto, como se estivesse sendo produzida por alguém para atrapalhar a visão de quem se aproximasse. Uma voz ecoa, chamando a atenção de Aiacos.
 

- Solar corona! Shine!

O brilho se intensifica ainda mais, fazendo tudo em frente à casa se iluminar de tal maneira que chegaria a cegar quem olhasse diretamente para o foco da luz.

- Maldito! Apareça! – Exclamava Aiacos que sequer conseguia movimentar-se. – Tsc! Galatic Ilusion!

Um grande painel negro surge atrás de Aiacos, os diversos olhos contidos nele se abrem, lançando um resplendor negro contra a técnica que ofuscava sua visão.

No centro de onde emanava toda luz um pequeno homem permanecia parado, com o braço direito elevado e o esquerdo segurando-o. A luz emanava diretamente do seu corpo, de forma que o próprio estava desfocado e de seus olhos uma grande quantidade também fluía, deixando-os quase brancos.

- Uma técnica ilusória? – Pensou o mesmo. – Caroli!

Uma sombra passa rapidamente sobre ele, correndo em direção a Aiacos.

- Chiara Intercessory!

Um forte e longo latido é ouvido, em seguida tudo que Aiacos consegue sentir é seu corpo sendo impulsionado para trás por uma enorme força, interrompendo sua técnica.
O espectro no chão percebe que a luminescência da técnica que atrapalhava sua visão diminui progressivamente, o mesmo levanta-se e observa seus atacantes.

- Quem são vocês?!

- Cavaleiros de Prata, Caroli de Cães de Caça. – Responde o cavaleiro mais à frente, com cabelos negros, pele morena e um corpo esbelto demonstrando certa confiança perante o Juíz.

- Covardes! Morram agora! É óbvio que a técnica de vocês não duraria por muito mais tempo. – Estendendo uma de suas mãos. – Overthrow of Vipers!

Uma onda sombria se espalha por todo local, Caroli recua rapidamente e permanece em frente do companheiro, Ergeta.

Um gigantesco olho surge em frente a Aiacos e emite um brilho ofuscante e sombrio, no mesmo momento tanto Caroli quanto Ergeta se vêm envoltos por víboras venenosas.

- Uma ilusão?! Não! Consigo sentir a sensação tátil. – Exclamava em advertência ao companheiro o cavaleiro de cabelos vermelhos responsável pela técnica de luz, Ergeta de Coma Berenices.

- O que é isso?! – O grito de Caroli chama atenção de Ergeta para uma imagem gigantesca de Aiacos com a cabeça em forma de uma Garuda avançando contra ambos.

Aiacos estava gigantesco, entretanto não era possível distinguir se realmente se tratava de uma ilusão, pois tanto a pressão quanto sua sede de sangue eram sensitivas para ambos os cavaleiros.
Em um único golpe o espectro faz com que uma enorme explosão arremesse os dois para longe, atingindo com mais sucesso o corpo de Caroli que tem boa parte de sua armadura destruída.

Toda técnica desaparece, permanecendo apenas o olho de ave que inicialmente surgiu perante Aiacos. Ergeta levanta-se demonstrando preocupação com Caroli, que estava estirado ao chão com o corpo envolto em sangue.

- Uma mistura de ataque físico e ilusório, não esperava isso de alguém tão moribundo quanto ele. – Comenta Ergeta enquanto ajoelhado ao lado do amigo que se levantava com bastante dificuldade.

- Não podemos nos deixar cair mais uma vez.

- Vocês são como serpentes que rondam incessantemente o guerreiro Garuda, esperando para serem dilaceradas por minhas garras.

Aiacos agora mantinha uma imagem imponente, mostrando uma de suas mãos suja de sangue. Mais uma vez a mesma onda sombria de cosmo se espalha e diversas serpentes caem sobre os cavaleiros. Que mantinham seus olhares fixos no espectro, que mais uma vez mudava de forma e tornava-se gigante e em forma de uma Garuda, avançando mais uma vez contra os dois.

- Agora! – Grita Ergeta que permanecia parado.

Caroli por sua vez servira mais uma vez de alvo, ficando à frente do companheiro para receber o ataque do espectro.

A mão do Aiacos gigante atravessa o corpo de Caroli como uma folha de papel.

- Hum?! – Uma certa hesitação é demonstrada por Aiacos em sua forma grande. – O que é isso?! – Sua voz esganiçada e grossa como a de uma grande ave de rapina ecoa por uma longa distância ao ver o corpo de Caroli se iluminar.

O corpo do cavaleiro se ilumina, não tanto quando o de Ergeta, mas como se estivesse prestes a explodir. Ergeta se afasta em um salto e eleva novamente seu braço direito. Aiacos volta sua atenção para o mesmo, mas logo é atingido por uma explosão que desfaz sua técnica, mostrando seu corpo em tamanho normal em posição de ataque.

- O que...?!

Caroli surge atrás do espectro e o segura de forma a impedir seus movimentos.
Aiacos tenta soltar-se, mas era inútil.

- Maldito! Como?...

- Explosive Phantom.– Caroli entoa o nome da técnica no ouvido de Aiacos ao prendê-lo.

Enquanto isso o corpo de Ergeta mais uma vez começava a emanar a mesma luz ofuscante.

- Solar Corona! Perfidius Light!

A luz mais uma vez emana contra Aiacos, porém, dessa vez o espectro não demonstra a menor intenção de bloqueá-la, olhando diretamente para o seu centro como se estivesse em transe. Caroli escondia seu rosto atrás do corpo do mesmo evitando olhar para a técnica de Ergeta.
Diferente da primeira vez a luz não perdura tanto e logo diminui sua intensidade, porém, Aiacos já estava dominado pelo transe provocado pela mesma, que ao que tudo indica seria uma técnica ilusória.

Dentro da casa de Áries Pandora encarava alguém que até outrora não estava ali, Deneb, o garoto que horas atrás estava com Assellus, desta vez trajando uma armadura dourada.

- Ora se hoje não é o dia de encontrarmos cavaleiros de Ouro. – Comenta em tom sarcástico Pandora. – E todos com o mesmo destino, curvar-se perante ao imperador.

- Ei! – Deneb grita em direção a Hades, que permanecia de costas.

- Como ousa dirigir-se.... Huh?! – Pandora se surpreende com a velocidade com que Deneb avança na direção de Hades.

Com um leve movimento no ar ele chuta com incrível força na direção do deus, que por sua vez defende-se com uma espécie de escudo cósmico. Deneb gira no ar e dessa vez utiliza um soco, carregado de energia cósmica, que ao chocar-se contra a proteção do imperador gera uma grande descarga de energia que se espalha por toda casa.

- Esse cosmo... – Afastando-se dos dois, Pandora observa com certo temos a força que emanava do corpo do cavaleiro.

Deneb ao ter seu soco defendido, salta para trás, colocando-se em posição de batalha bastante parecida com boxe e com alguns movimentos rápidos nos pés ele mais uma vez avança. Dessa vez seu corpo desaparece, deixando apenas um rastro dourado para trás, que envolve todo corpo de Hades, cortando o ar repetitivamente, até que surge mais uma vez sobre o deus e descarrega mais um soco sobre ele.
O soco carregado de energia cósmica fora defendido por  Hades, porém algo de diferente estava a acontecer, a intensidade do golpe começara a afetar a proteção, causando rachaduras em sua superfície. O garoto permanecia ali, depositando toda sua força no golpe, até que em um momento oportuno ele consegue quebrar a defesa, avançando contra Hades.
Seu soco avança de forma poderosa contra o rosto do deus que é forçado a desviar, fazendo com que Deneb dirija o golpe contra o chão, porém ao atingir seu destino provoca uma destruição tão grande que até mesmo Hades é forçado a deixar o local.

- He! – O garoto levanta o olhar ao socar o chão e com a mão esquerda segura uma grande esfera dourada. – Huh?! Esse rosto! – Assustando-se ao finalmente ver o rosto de Hades, idêntico ao de Lusion.

Em um salto para trás, Deneb arremessa a esfera de cosmo contra Hades, porém antes que a mesma pudesse atingir seu alvo, algo entra em seu caminho, provocando um choque de poderes enorme causando uma grande explosão.

- Então você é o receptáculo de Hades nessa época... Realmente, um fim triste para alguém que já carregou consigo a honra de ser um cavaleiro de Ouro. Portanto, não posso deixar que continue a ferí-la!

Deneb fecha seu punho direito com violência, fazendo com que seu cosmo se eleve e uma enorme onda de energia se espalhe por toda casa, seus cabelos voam ao serem atingidos pelo cosmo e seu corpo reluz uma poderosa energia.

- Desapareça junto com a luz verdadeira! Lightning Plasma! – Impulsionando toda energia em sua mão contra Hades que estava a alguns metros de distância.

Um feixe energia é disparado do punho de Deneb em direção a Hades, porém, mais uma vez uma interferência cósmica faz com que ela exploda antes do destino. Um grande estampido dourado é causado e diversos feixes de luz se espalham, provocando uma grande destruição, fazendo com que boa parte da casa fosse destruída devido ao seu poder.
Diversas pedras são lançadas para diversos lados, enquanto isso Deneb já percebera que havia a intromissão de mais alguém na luta.

- Quem está ai?!

Um riso sarcástico ecoa por todo local e um grito anunciador de uma técnica se espalha.

- Arc Geminga!

Um grande centro gravitacional é gerado entre Deneb e Hades, fazendo com que tudo se reúna em volta dele, que aumenta gradativamente fazendo uma grande redoma de pedra semelhante a uma pequena lua.

- O que pensa que está fazendo? Garoto.

Deneb olha para cima e vê uma armadura negra ao lado da grande esfera de pedra, seu usuário permanecia sentado sobre uma pilastra. Aurius, trajando uma surplice de Gêmeos.

 


Notas Finais


Técnicas (Tradução)
Solar Corona. Shine! - Coroa Solar. Brilho!
Galatic Ilusion - Ilusão Galática
Chiara Intercessory - Chiara Intercessora. Nota sobre a técnica: A constelação de Cães de caça é inspirada/formada por dois cães. Astro (Estrela) e Chiara (Alegria), daí a inspiração para o nome da técnica, porém não poderia traduzir Chiara para alegria pois perderia a intenção de remeter à constelação.

Overthrow of Vipers - Derrocada das Serpentes. Nota: Garuda na mitologia Hindu é o principal inimigo das serpentes, portanto nessa técnica que consiste em ataque psíquico e físico, Aiacos lança uma ilusão inicial em seu inimigo, fazendo-o ver serpentes em seus corpos e tendo-os atacados por uma Garuda em fúria contra as mesmas, atingindo também o corpo do adversário.

Explosive Phantom - Fantasma Explosivo
Solar Corona! Perfidius Light - Coroa Solar! Luz Pérfida
Arc Geminga - Arco Geminga


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