“...Tornou Heleno a imagem e semelhança de seu poder destrutivo, uma singularidade temporal inexpugnável que vaga no tempo e a tudo devora.”
“Desce dos céus e reconhece tua própria incapacidade, rasteja entre aqueles que despreza, come da carne e do sangue maculado. Em três essências reconhece aqueles que desprezou, em três chaves abre as portas do tártaro e enaltece às almas perdidas dos salvadores deste mundo”
Santuário – Templo de Atena
Tânatos agonizava em agonia com a adaga dourada fincada nas costas, seu sangue escorria por entre os pedaços de rocha e era absorvido pelo solo; observado com desdenho por Altair, cabelo loiro impecável, vestes brancas de tecido nobre sobre o corpo e olhar gélido. Sua aparência era bastante semelhante à de Vega, alterada apenas pelos cabelos negros do outro irmão.
Que por suposto berrava o nome do irmão que imaginava estar morto e recebia em troca apenas o silêncio.
Silêncio este que tomara conta de todo local, todos os olhos voltados para Altair, alguns de surpresa, em sua maioria, entretanto dois olhares eram mais do que de indiferença, ódio e desconfiança. Olhares que partiam de Silver e Vega.
- Altair! – Grita mais uma vez Vega. – Huh?! – Surpreendendo-se ao finalmente receber de volta o olhar do irmão.
- Atenção cavaleiros! Eu, Altair a grande estrela que irá guiar este mundo! Vos digo...
No mesmo momento em um simples movimento Silver avança contra, tentando golpeá-lo, porém sendo impedido facilmente.
- Ora, cavaleiro. Onde estão seus modos? Tratar assim um colaboracionista que acabara de livrar-se de um fardo para vocês?
- Não é de meu agrado muito menos interesse a ajuda de um alguém com olhares como o seu. Não são muito diferentes dos que eu mesmo tinha a algum tempo atrás.
- Ora, então temos aqui um homem em busca da absolvição de seus crimes, certo? Zoldnier.
Silver que tinha a mão segurada por Altair durante todo tempo, se desvencilha com facilidade e chuta-o, entretanto, é como se seu pé atravessasse o corpo e no decorrer a velocidade do seu golpe fosse diminuindo.
- O quê?! O que é isso!? – Observando seu pé atravessar Altair como atravessar uma nuvem de fumaça.
- Para onde está olhando?! Zoldnier.
- Hum?! – Silver olha para Altair já próximo a uma pilastra que estava pelo menos a 10 metros de distância. – Impossível! Mesmo que utilizasse a velocidade da luz, eu um cavaleiro de ouro veria.
- Espere! – Grita Vega. – Você deveria estar morto, por acaso vendestes a alma para Hades?
- Há! Não me confunda contigo pobre e tolo irmão, quando me apunhalou pelas costas deu-me a completa liberdade. Liberdade para ser um fantasma, esgueirar-me pelo mundo e manipular cada peça para meu plano.
- Plano? – Aproxima-se Assellus.
- Vocês cavaleiros não passam de peças, assim como Tânatos se tornou uma e Hades também. – Indagava Altair observando as próprias mãos em sinal de grandeza. – A insurreição do Olimpo contra Atena utilizando o exército arauto do apocalipse foi apenas um estopim necessário e agonista para minha glória.
- E aquele homem, o que espalhou a peste por todo mundo?! – Pergunta Seiya.
Altair o observa com uma ligeira mudança de humor, para algo um tanto quanto ríspido, e com certa frieza no olhar responde. – Krebs, uma grata singularidade temporal, um homem que sequer deveria existir nessa corrente de tempo, O espalhador da peste, Durahan, A peste negra, entretanto, seu verdadeiro nome é Heleno, ao qual foi dado pelo próprio Apolo o dom da adivinhação e diferente de toda história que vos é contada o pobre coitado ficou horrorizado com a capacidade humana em ser terrível, amaldiçoou-se, caiu em desgraça e em desespero para impedir tudo que via repetidas vezes em sua mente... – Com alguns passos ele corre em direção a Seiya como quem encenasse algo. – Pediu a Cronos, sim! O Titã, pai de Zeus, ajuda para livrar a terra de toda maldade humana. Jogado ao Tártaro, repleto de ódio para com seus descendentes, Cronos viu oportunidade perfeita para vingar-se. Tornou Heleno a imagem e semelhança de seu poder destrutivo, uma singularidade temporal inexpugnável que vaga no tempo e a tudo devora.
- Impossível! Heleno, irmão de Cassandra de Tróia? – Se pergunta Assellus.
- Exatamente, aquele que reverbera escuridão, imortal que em toda sua fúria perante tantas batalhas consome este mundo com seu ódio.
Seiya por um segundo direciona seu olhar para o chão, seus punhos se fecham com força e os olhos vagueiam. – Imortal!?
- E quanto a todo resto? Hades e seus espectros, além de tomar o corpo de um cavaleiro de ouro como receptáculo. – Pergunta-o Silver.
- Hm! Humanos sedentos por conhecimento, na esperança de alcançarem sonhos que ultrapassam suas capacidades.
- Responda-me!
- Ora, temos um cão raivoso entre nós.
O olhar sádico de Altair se choca com o furioso de Silver, ambos se encaram por alguns segundos até que a resposta é dada.
- Ao fazer minhas viagens ao oriente eu comecei a vir bastante ao Santuário, observar toda estrutura e aprender sobre a real existência dos deuses, antes de eclodir a guerra, fui capaz de fazer contato com um dos soldados inimigos, então o matei, disfarcei-me e tive acesso a algo que vocês jamais imaginariam, registros antigos com a contagem de renascimento dos deuses. Aprendi que deuses nascem da necessidade dos humanos, entretanto, mais do que isso, da necessidade da terra. Então, com a ajuda de Carnage de Peixes, ao qual demonstrou bastante interesse na derrubada do Santuário, tive acesso às defesas, informações sobre os cavaleiros que defendiam e exatamente 23 de Julho de 2009 Atena caiu.
- Mentiroso! Fizestes isso com apenas 9 anos?! – Rebate Vega.
- Irmão, nega teus próprios feitos? Com nove anos já erámos donos de um exército, tínhamos poderes que ninguém na terra teria. Entretanto, não, eu não tinha apenas 9 anos. Mas sim 21 anos como este corpo tem agora.
- Como assim?! – Pergunta Assellus. – Pela contagem deverias ter 15 anos, assim como Deneb.
- O tempo é algo maleável, é algo ao qual minha vida não depende, o tempo para mim não passa de uma correnteza a qual posso alterar o curso inúmeras vezes.
- Podes alterar o tempo?! Isso é impossível! Ninguém, nem mesmo o próprio Chronos faria algo assim, ir e voltar no tempo alterando a idade da época de partida e envelhecendo! – Continua o cavaleiro de Câncer.
- Não se dê ao trabalho, é algo muito complexo para o entendimento humano, mesmo para alguém que já viveu mais de 2000 anos. Agora, - Em um pequeno e leve salto se põe a flutuar. – vamos ao que realmente interessa.
Altair estende as duas mãos e entre elas um jarro surge, mas não era um jarro qualquer.
- Aquela! Aquela é... – Grita Seiya surpreso.
- Sim Seiya, a ânfora de Poseidon! - Elevando a ânfora com as mãos.
- A essência de um deus primordial! O sangue puro e bondoso de uma deusa! E o sangue sujo e maligno de um deus...
Ao chamado de Altair três brilhos intensos surgem, o primeiro na ânfora segurada por ele, representada pela alma de Poseidon. O segundo na adaga dourada banhada pelo sangue da própria Atena, e o terceiro do sangue que vertia do corpo de Tânatos.
Ambos emitiam brilhos de diferentes resplandescências, a de Poseidon um azul forte, o de Atena um dourado límpido e o de Tânatos um roxo sombrio.
- O que isso significa?! – Se pergunta Assellus ao observar tudo aquilo.
- Atenção Cavaleiros, vos mostrarei o surgimento de um novo governante, de um novo deus supremo neste mundo! Vocês presenciarão a extirpação de toda blasfêmia, presenciarão a ressureição daqueles que foram ultrajados, depreciados e desvalorizados. Sim!
- Depreciados e desvalorizados!? Seu maldito psicopata! – Grita Vega. – Você foi tão valorizado que eu mesmo tive o prazer de mata-lo! Desgraçado!
A voz de Vega ressoa com um tom de ódio, rouca e de forma ríspida.
O olhar de Altair para com o irmão fora de desprezo, de cima para baixo enquanto o mesmo o repreendia aos berros.
- Reconhecimento? Humanos são mesmo pequenos, apenas o poder me interessa, poder ao qual você não teve para suprir suas palavras. Eu o mostrarei como.
- Desce dos céus e reconhece tua própria incapacidade, rasteja entre aqueles que despreza, come da carne e do sangue maculado. Em três essências reconhece aqueles que desprezou, em três chaves abre as portas do tártaro e enaltece às almas perdidas dos salvadores deste mundo!
No mesmo instante os brilhos da ânfora e da adaga desaparecem e o sangue de Tânatos é absorvido pelo solo, enquanto o deus grita como se entrasse em desespero.
O chão estremece, os ventos se tornam mais fortes e uma energia intensa circula por toda terra, energia maligna, porém com traços de esperança, mas esperança ainda assim maligna.
O uivo do vento assemelhava a murmúrios de espíritos em agonia.
Inferno
- Sente?
- Sim, essa agonia, toda essa inquietação e perturbação... está acontecendo.
- Como fui tolo em imaginar que tudo isso não teria um próposito e a própria Atena entregaria sua vida dessa maneira.
- Vamos...
Um brilho negro se expande por todo local e logo desaparece juntamente com as duas presenças que ali estavam.
Santuário
Altair flutuava em meio a uma ventania, o céu se tornara límpido e sem nuvens, o azul finalmente havia surgido pela primeira vez sob o templo de Atena em muito tempo.
Todos ao sentir aquela energia sombria se perguntavam o que aconteceria.
Seiya segurava Kaburagi nos braços enquanto Assellus observava aos pés da estátua de Atena todo acontecimento.
Até que todo suspense se quebra ao finalmente duas palavras saírem da boca de Altair e se espalharem por todo local.
- Ars Goetia!
Um grande estrondo ecoa por todos os cantos, possivelmente por toda terra, provocando um grande impacto em todo Santuário, fazendo até mesmo a grande estátua de Atena estremecer.
Do impacto uma grande rachadura surge entre a casa de Peixes e a sala do Mestre e dela diversos flashes saem rapidamente em direção ao céu.
Kaburagi nos braços de Seiya estende uma das mãos em direção aos céus e seus olhos se abrem sem rumo, sua boca e seu corpo tremiam, ofegante ele tentava pronunciar algumas palavras que continuavam engasgadas.
Seiya o segurava e observava com espanto aquela reação.
- Espíritos! Espíritos malignos por toda parte!
O cavaleiro de Virgem se levanta e permanece imóvel observando o céu, no qual parecer haver uma passagem de meteoritos, porém na direção contrária.
- Essa sensação de tristeza e terror, o que é isso?! – Grita Vega na direção de Altair.
Em algum lugar próximo ao Santuário
Um cavaleiro caminha em direção à casa de Áries, sua armadura dourada reluzia o clarear do Sol, uma capa branca esvoaçava em suas costas, cabelos negros e longos caíam sobre seus ombros, de grande estatura e corpo esguio, não assemelhava ter mais que 25 anos, seus olhos azuis como receptáculos da água do oceano em um belo rosto fino e de traços bem definidos.
Sua atenção estava voltada para todo acontecimento no alto do Santuário, porém não demonstrava a mínima pressa de chegar até lá.
- Pelo visto minha recepção será das melhores.
Templo de Atena
Kaburagi permanecia de pé a observar tudo ao seu redor, até que em um dado momento ele se volta para Seiya e se põe a falar.
- São demônios...
Seiya parece não entender muito bem o que o cavaleiro tentou dizer com aquilo, mas não teve muito tempo para pensar, antes que pudesse ter alguma reação Altair surge em sua frente chutando-o no queixo e o arremessando para cima.
Kaburagi no mesmo instante coloca os braços em frente ao corpo, é atingido, porém apenas é impulsionado um pouco para trás.
A velocidade com que Altair se movimentava era incrível, no mesmo instante em que ele atacara Kaburagi, Assellus corre na direção de Silver e ambos se posicionam um de costas para o outro para defender-se do próximo ataque.
Vega continuava parado, enquanto todos estavam apreensivos ele não demonstrava a menor importância para os ataques mais recentes de Altair.
- Porque ele não o ataca? Está cheio de aberturas. – Pergunta Silver para o companheiro.
- Devem estar realmente unidos, não podemos descartar nada.
- Ei! Não fiquem falando do que não sabem! – Responde Vega que estava a alguns metros dos dois, demonstrando certa irritação ao ser cogitado como parceiro de Altair. – Ele apenas sabe que seus ataques em mim não surtirão efeito.
- Dimensão invertida... – Fala repentinamente Silver olhando para Vega que o responde com um sorriso cínico. – Ei! Kaburagi! Crie uma realidade paralela agora!
Kaburagi ao ouvir o pedido de Silver ao longe reage de maneira um tanto quanto inesperada, em seu rosto uma feição que transparecia incapacidade.
- Ele não pode, seu corpo está muito debilitado. – Fala com certo pesar Assellus.
Como um vulto, Altair surge em meio a todos e estende os braços aos céus.
- Sejam bem-vindos, guerreiros do Ars Goetia!
Finalmente, nos céus uma núvem se dissipava e por trás dela diversas armaduras iam surgindo, negras com alguns detalhes marrons ou roxos, mas sempre demasiada negras, com um brilho incomum, como estrelas em um céu sem luar.
Nove guerreiros tomavam a frente dos outros, cada um rodeado de mais cinco soldados. Suas feições e reações eram das mais diversificadas, alguns permaneciam inertes e apáticos, outros sorriam com ar de admiração, ódio e raiva também estavam presentes nos olhares de alguns, entretanto o cosmo e a energia que pairava entre todos era sempre a mesma de sofrimento e vingança.
- Parece que alguém fez uma arte um tanto quanto sublime, não Halphas. – Fala um com cabelos ruivos e curtos com um sorriso sarcástico no rosto.
- Arte não se resume a isso, Malphas. Mas sim, é de se admirar tal feito. – Outro com a mesma tonalidade em seus cabelos responde com certa rispidez; ambos eram idênticos, mas suas armaduras completamente diferentes e feições também.
Entre os nove principais, uma mulher com peitos avantajados e rosto belo com maquiagem forte fala com tom de deboche.
- Um humano... quem diria que fossemos libertados por humanos.
Altair se põe mais uma vez a falar, desta vez a atenção de todos está voltada para os recém-chegados, apenas sua voz ecoava pelo local.
- Arg Goetia, guerreiros servos dos deuses, expulsos dos céus pelos mesmos temerem seu próprio poder. Façam descer sobre esta terra toda sua fúria e desdenho para com os humanos!
Silver no mesmo momento estende seu braço esquerdo e grita.
- Masamune! Nukihanashi!
Um brilho dourado em forma de coluna desce dos céus em sua direção cobrindo completamente seu corpo, no mesmo momento ele movimenta rapidamente seu braço para o lado liberando uma forte corrente de vento, fazendo até mesmo seus companheiros se protegerem.
Assellus se afasta do cavaleiro e observa cada movimento seu.
- Hadan Shikou no Ken!
Um símbolo de meia lua com pontas pontiagudas emana do braço de Silver, no momento Assellus observa no peito de sua armadura o mesmo símbolo surgir, todos os outros, até mesmo os guerreiros do Ars Goetia olham para suas armaduras ou vestes marcadas com o mesmo símbolo.
- Queima... – Fala um dos nove principais.
- Silver! Isso é o que estou pensando!? – Colocando a mão no ombro do cavaleiro.
- Está tudo bem, nenhum de vocês morrerá antes de mim com o passado que tenho.
- Silver! Reconsidere!
O cosmo dourado do cavaleiro de Capricórnio emanava fortemente do seu corpo, ele segurava o braço esquerdo com força, como se quisesse conter o poder emanado por ele.
- Tsc! Hadan Ten’notsurugi! – Pendulando o braço esquerdo na direção do Ars Goetia.
Um grande barulho ecoa, como se a uma barreira de velocidade fosse rompida ao brandir do seu braço, no mesmo momento alguns dos guerreiros do Ars Goetia são impulsionados para trás, outros permanecem parados, enquanto uma corrente de ar feita por Silver passa por eles.
- Essa leve brisa? – Pergunta a mulher que estava à frente.
- Huh?! – Outro dos nove olha para trás ao perceber algo estranho.
Uma enorme fenda se abria no céu rapidamente, criando um vácuo, entretanto outros guerreiros pareciam estar sendo atingidos por algo. Sua inquietação chamava atenção até de seus superiores. Diversos cortes eram feitos nos rostos e capas dos guerreiros.
- Ei vocês! Ataquem! Cavaleiro sem modos! – Ordena o guerreiro dos nove que parara para observar a fenda.
Cinco guerreiros que o rodeavam desaparecem no mesmo momento, surgindo todos no solo em frente aos cavaleiros de Ouro.
- Não parecem ser muita coisa. – Diz um que estava parado frente a Assellus, com cabelos verdes, em sua armadura pequenas asas e caras de cães e aves de rapina com os dentes e bicos à mostra se destacavam. – Deixem-me apresentar-me. Raum, segundo duque de Dentalion.
O olhar de Assellus para com ele era de pura observação, nenhum músculo do corpo do cavaleiro se movimentava a não ser seus olhos.
- Então temos um cão raivoso e sem modos perante todos. – Diz outro se dirigindo a Silver. – Astaroth, primeiro duque de Purson, a seu dispor. – Reverenciando o cavaleiro. – Deixe-me dizer apenas mais uma coisa, o lugar do olhar de um cão é voltado para o chão.
Silver tem apenas uma reação, a de avançar na direção do Goetia, sua mão vai diretamente na direção do pescoço, entretanto, com reações rápidas Astaroth se desvia e impede o ataque de Silver, que brande seu braço esquerdo e diversos cortes se espalham pelo ar.
Outros dois surgem perante Seiya e Kaburagi, Seiya por sua vez toma a frente de Kaburagi e encara ambos.
- Ora, o que estás a acontecer com seu amigo? Ele não pode lutar? – Pergunta um dos Goetia com cabelos azul escuro e rosto com traços bastante fortes. – Olha Foras, um alvo fácil para você.
- Hm! – O outro com cabelos vermelhos apenas reage com um pequeno riso, logo desaparecendo mais uma vez e surgindo sob Kaburagi. – Se não estás aqui para lutar, morra!
Kaburagi que se encontrava em posição de lótus e com as mãos juntas as separa e estende o corpo no ar, liberando uma poderosa corrente de energia,
- Huh!? – O Goetia ao ser envolvido por todo aquele cosmo se espanta.
- Foras! – Antes de qualquer reação Seiya surge em sua frente e o soca com força no abdome.
- Pegasus Ryu Sei Ken!
Um brilho dourado envolve Seiya e o Goetia, um grande som de rajadas de cosmo é ouvido e logo depois o guerreiro é arremessado para longe.
O Goetia que atacara Kaburagi salta para trás e olha para o outro sendo lançado ao longe.
- Forneus! – Olhando com raiva para Seiya.
Vega se aproxima de Altair com um riso de sarcasmo no rosto. – Pelo visto esses amigos seus não são grande coisa.
Olhando para Vega com desdenho Altair. – Se eu fosse você prestava mais atenção.
Em um segundo um vulto negro passa com grande velocidade, arrastando Vega e levando-o ao alto.
- Para onde está olhando Espectro? – Segurando Vega pelas asas da súrplice de Benu.
- Maldito! – Diversas chamas tomam conta do corpo de Vega queimando espécies de tentáculos que surgiam da armadura do Goetia que acaba soltando-o.
O Goetia atacado por Seiya se levanta com o olhar repleto de ódio, estendendo a mão esquerda à frente do rosto e cortando o punho com espécies de garras da luva de sua armadura.
- Inunde! Jorobado!
Uma quantidade enorme de água começa a sair do lugar em que foi cortado em seu punho, porém antes que pudesse acontecer algo, Altair surge ao seu lado.
- Ainda não é tempo para isso, meu caro guerreiro Forneus.
- Quem é você humano?! Para pensar que pode...
Altair estende a mão e mostra-lhe um orbe. – Eu sou o seu mestre.
- Tsc! Maldito! Onde conseguiras isso?!
- Não importa, agora retornem...
Dando alguns passos para trás Forneus estende o braço e faz sinal de retirada, no mesmo instante todos os outros retornam para o lugar onde estavam.
Forneus se aproxima do ouvido do que havia dado o comando de ataque, um homem sentado em um trono com pele de urso, uma armadura negra com detalhes de serpentes e um capacete em forma de leão, no qual cabelos negros caíam sobre os olhos amendoados e que não desviavam de Altair.
- Senhor Purson, aquele humano possui o orbe de Salomão.
Nenhuma palavra é dita por Purson, apenas uma respiração mais profunda.
Altair mostra o tal orbe para os cavaleiros. – Vêm?! Isto possui a sabedoria infinita! Possui o poder do homem mais sábio a pisar na terra, capaz de desafiar até mesmo os deuses e ser punido por isso com o esquecimento, pois não soube ser invasivo o suficiente.
- Do que está falando? – Pergunta Kaburagi.
- Não será necessário que fales mais nada
Uma voz ecoa pelo ar e um portal se abre chamando atenção de todos.
- Vocês?! – Exclama Silver.
Carnage e Aurius surgem de dentro do portal, Aurius ainda trajando a Súrplice de Gêmeos e Carnage com outro orbe em mãos com um selo de Atena flutuando em seu interior.
- O que isso significa?! – Pergunta Altair.
Sem ter nenhuma resposta ele se assusta ao ter Aurius segurando seu pescoço antes mesmo dele perceber, o antigo cavaleiro ergue-o pelo pescoço com apenas um braço.
A feição de Altair era de espanto, seu corpo parecia querer desmaterializar-se, mas tudo que acontecia era ficar fora de foco.
- O que você está fazendo?!
- Alterando a dimensão e a realidade em volta do seu corpo 600 vezes por segundo.
- Tenha isso como uma cortesia minha. – Fala Carnage sorrindo para Altair. – Nunca confie em um traidor.
Ao longe os Goetias observavam Altair ser atacado.
- Devemos ajuda-lo? – Pergunta Purson aos companheiros.
- Creio que sim... – Fala outro com uma enorme barba negra e uma coroa na cabeça que se estendia como capacete com cabeças de touro ao lado e com enormes asas na armadura sentado em um trono com cabeças de carneiro. – Faça as honras...
- Será um prazer Asmodeus... Admiración! – Estendendo a mão repleta de anéis e completamente aberta na direção dos cavaleiros.
Uma onda cósmica paira sob todos que instantaneamente olham para os céus como se esperassem algo, exceto Silver.
- O que está acontecendo?
- Ora, parece que temos alguém imune a sua admiração. – Fala Asmodeus.
- Não por muito tempo. – Desaparecendo.
Purson surge caminhando ao lado de Silver, caminhando a sua volta e passando as mãos no corpo do Cavaleiro que se afastava dos toques.
- Parece que temos algo importante aqui... – Se aproximando de Carnage e segurando o orbe com o selo de Atena. – Seria o que estou pensando?
- Sim! – Exclama Altair. – A alma de Atena!
- Huh?! – Silver se espanta ao ouvir aquilo. – A alma de Atena?!
O cavaleiro salta e tenta pegar o orbe da mão de Purson que desaparece mais uma vez e surge ao lado dos companheiros.
- Vamos ver como reagem ao ver algo tão importante sob meu controle. – Estalando os dedos.
Carnage imediatamente ao sair da espécie de transe procura pelo orbe, ao não encontrá-lo grita por Aurius. – Aurius! O Orbe!
Como reação Aurius estende uma das mãos na direção de Purson e uma espécie de globo dimensional surge à sua volta consumindo o orbe pouco a pouco e logo fazendo-o desaparecer.
- Estará em boas mãos...
- Quem vocês pensam que são!? Quem vocês pensam que são para humilhar-me desta maneira?! – Pergunta Altair com a voz anormal e com o corpo tremendo enquanto pressionava o orbe de Salomão contra o próprio peito. – Desçam do pedestal, humanos!
O orbe perfura seu peito fazendo verter muito sangue, Altair abre os braços para trás a ponto de deslocarem e produzirem som de ossos quebrando.
Em sua testa uma enorme rachadura surge, fazendo dela surgir um enorme chifre, sua pele se torna completamente branca como uma serpente, assim como seus cabelos.
Todo sangue vertido se reúne em volta dos olhos e do chifre formando uma espécie de tatuagem, deixando assim suas vestes brancas como a luz da lua.
Seu corpo estremecia e borbulhava como se estivesse a se adaptar ou transformar a algo. Ao elevar-se a uma certa altura Altair torna a encarar os cavaleiros com um olhar gélido.
Em sua cabeça um pergaminho com escritas em Kanji de “deus”.
- Presenciem o nascimento de um verdadeiro deus.
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