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História Satan's bed - O pacto - Acaso ou destino? - História escrita por Patsy1977 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Satan's bed - O pacto - Acaso ou destino?


Escrita por: Patsy1977

Notas do Autor


fofuras e barracos...

Capítulo 38 - Acaso ou destino?


Fanfic / Fanfiction Satan's bed - O pacto - Acaso ou destino?

Seattle, 16 de dezembro de 1995

- Alô? Janet??? Sou eu, Kyra!

- Oi, minha filha, como passou a noite?

- Dormi pouco, mas estou bem relaxada. Só estou com um probleminha.

- Ah, não me diga que foi alguma coisa com Eros? Ele está bem?

- Não, não! Eros está ótimo. É a babá que contratei.  Ela teve um pequeno acidente vindo para cá e está no hospital engessando o braço. Não vai ter condições de ficar com Eros para eu ir a exposição. Eu não sei o que fazer!

- Traga ele, eu cuido do pequeno!

- O que??? Você??? Mas, Janet você é a dona da Galeria, eu vou precisar de você!

- Ah, Kyra. Quanto tempo você trabalhou aqui? Você já conhece todo o esquema de uma exposição e Francine vai estar a frente para te ajudar. Eu nem iria fazer muita coisa e vai ser um prazer cuidar do meu netinho de coração!

- Tem certeza? Porque eu realmente não sei o que fazer!

- Claro! Ele vai ficar comigo o tempo todo. Não se preocupe! Venham que já estou esperando vocês! Assim que chegar, deixe ele comigo e cuide da organização. A coletiva de imprensa vai ser antes da exposição.

Kyra apressou-se em se arrumar e aprontar o pequeno para ir a Galeria Vitalogy. A expectativa era grande e quando Kyra chegou ainda cedo ao local viu que já havia movimento da imprensa no local. Adentrou com o filho a porta principal e logo foi a procura de Janet. A mulher ficou com Eros o tempo em que Kyra foi conferir as posições dos quadros e dar os últimos acabamentos. Terminando as últimas instruções, Kyra foi conduzida a sala onde seria dada a coletiva de imprensa.

- Kyra, eu sou James Norbid da Gazeta de Seattle. Você já era um talento reconhecido na América desde a época em que desenhava obras ocultistas e agora tornou-se um fenômeno mundial não só com seus quadros, mas com sua história de vida e seus próprios livros do gênero romance. Como você tem conseguido conciliar todos esses talentos mais a rotina de ser mãe?

- Bom, eu confesso que não tem sido nada fácil porque meu filho ainda é muito pequeno. Mas, desde a gravidez eu não parei de trabalhar. Em um ritmo mais lento, é verdade. Mas, mesmo com minhas limitações eu encontrei inspiração para continuar com minhas obras e tive ajuda de uma das minhas mães de coração, Dayane, para isso.

- Kyra, eu sou Luanna Johnson da Seattle View. Você teve apoio externo para sua carreira ou esse tempo todo você fez tudo por si só?

- Tive apoio sim. Não só da Dayane que acabei de citar, como da Janet que é a dona dessa Galeria e a pessoa que me iniciou na carreira e também de... uma pessoa muito especial no Brasil, o jornalista Adrian Marques.

- Esse Adrian Marques é o que aparece com você em vários eventos e passeios. Ele e você tem algum tipo de relacionamento? Ele é o pai do seu filho?

- Não, ele não é o pai do meu filho e é simplesmente alguém muito especial.

 

Depois de saber que Kyra faria uma exposição em Seattle, Edward ficou pensativo com a possibilidade de sua ex namorada estar tão próxima. Bebeu algumas cervejas, ficou tocando algumas notas solitárias na varanda de sua casa e ao misturar cerveja com vinho, a embriaguez foi encontrando lugar e as notas de seu violão pareciam mais melancólicas. Estava ainda tocando algumas notas quando lágrimas visitaram seu rosto

I know someday you'll have a beautiful life - Eu sei que um dia você terá uma vida linda

I know you'll be star - Eu sei que você vai estrelar

In somebody else's sky - No céu de outro alguém

But why? Why? Why can't it be?  - Mas, por que? Por quê? Por que não pode ser?

Why can't it be mine? - Por que não pode ser no meu?

We belong, we belong together, together - Nós pertencemos um ao outro

Together, together, together... - Um ao outro, um ao outro, um ao outro

 

No entanto, em determinado momento viu que a realidade lhe obrigava a mudar a letra da canção:

We didn't belong together... - Nós não pertencíamos um ao outro

When you got away you fucked me...  - Quando você foi embora você fodeu comigo...

And now I have to pretend I'm happy... -  E agora tenho que fingir que sou feliz...

But I'm not... I'm not... without you - Mas, eu não sou, eu não sou... sem você

 

Concedeu a si mesmo o direito de chorar e expressar seus sentimentos de maneira real às quatro paredes que lhe contemplavam. 

- Edward, ouça seu coração! Apenas seu coração! - Arrafieli insistia em conseguir contato com o rapaz.

Ele nunca vai te ouvir! Desista! - Lucius o desencorajava.

Existe algum lugar dentro do coração de Edward onde ele sabe que todas as coisas estão relacionadas ao campo espiritual e eu não perdi a esperança de despertar nele esse lugar tão adormecido.

Sua positividade poética me entedia! Deixe ele sofrer as consequências dos próprios atos. Ele é egocêntrico e só olha para o próprio sofrimento sem observar a sua volta. É orgulhoso e racional demais para dar chance ao próprio coração. 

- Ele não é somente racional. E isso explica estar chorando agora ao cantar a música que fez para minha filha. Ele ainda a ama. E esse amor é que vai unir os dois.

- Ou destrui-los para sempre!

Após entoar a canção e chorar tudo que considerava ter liberdade para fazê-lo, Edward adormeceu no sofá vindo acordar somente ao meio dia do dia seguinte. Levantou-se, fez sua higiene e tomou um banho demorado na água aquecida e trocando-se foi até seu carro para ir a casa de Dave Grohl. Pegou o caminho da Quarta Avenida e um trânsito naquele local lhe chamou a atenção. Ao passar em frente a Galeria Vitalogy, viu que havia grande movimento e os guardas estavam tentando controlar o trânsito tamanha era a movimentação. Sua curiosidade falou mais alto e Edward resolveu estacionar logo mais a frente e sondar o movimento. 

Colocou seus óculos escuros, boné e um capuz para não ser reconhecido. Andou até a frente da Galeria e viu que havia grande fila para a entrada. Procurou um outro local de acesso e viu uma porta reservada a imprensa. Ao apresentar-se como Eddie Vedder, conseguiu adentrar facilmente e deparou-se com uma sala onde ocorria uma coletiva de imprensa. A  jornalista Anne Trump fazia uma pergunta a Kyra:

- Kyra, é verdade que seus romances são inspirados em músicas? E que músicas seriam essas?

-Err... bom, eu realmente escrevi todos os romances baseados em letras de música. Mas, eu acho melhor não dizer quais músicas eram. Não quero ser mal interpretada e causar mal estar a alguém.

- Em seu livro Present Tense, você conta a história de um amor impossível onde a protagonista precisou se concentrar em seu tempo presente para esquecer o amor do passado. Isso tem a ver com algum dos amores que você viveu na vida? 

- Tem tudo a ver! 

- Seria Eddie Vedder?

- Especule! Com licença, a exposição vai ser aberta ao público nesse exato momento e eu preciso ir receber os convidados. Obrigada!

Edward ficou olhando para a moça que estava deslumbrante vestindo um terninho preto e demasiadamente elegante para o evento. Acompanhou discretamente a saída de alguns jornalistas pela porta que dava acesso a parte interna da Galeria e contemplou o local onde Kyra estava expondo suas obras em Seattle. Observava a mulher de longe vendo o quanto seu trabalho estava sendo reconhecido. Todos que adentravam o local elogiavam suas obras e queriam autógrafos ou tirar fotos com a artista.

Edward preferiu contemplar de longe. Não sabia qual seria a reação da moça em lhe ver depois de mais de um ano do reencontro em Roma e não quis lhe causar constrangimento. Afastou-se indo observar os quadros em local com menor movimento e ficou parado novamente no quadro que representava os cinco horizontes. Era o que mais lhe fascinava e lembrava exatamente das vezes em que Kyra confeccionava esse quadro. Ele fazia a moça se distrair e os dois riam rolando pela sala e se manchando de tinta antes de fazerem amor em cima do tapete. Sorriu com a lembrança que foi interrompida quando algo lhe tocou a perna:

- Mas, o que é isso? É um bebê? Hey mocinho... onde pensa que vai? - o menino que dava passos desengonçados pois ainda estava aprendendo a andar se apoiou nas pernas de Edward ao perceber que poderia cair.

O menino sorriu ao ver Edward falar com ele e o rapaz não pensou duas vezes antes de pegá- lo no colo.

- Hey, por que está sozinho? Cadê os seus pais?

O menino sorria de uma forma tão envolvente que Edward não poderia deixar de sorrir de volta e tentar lhe agradar.

- Bom, tenho certeza de que tem alguém preocupado te procurando. O tio Eddie vai andar com você por aí e alguém vai te reconhecer, tenho certeza.

O menino parecia conversar com Edward balbuciando palavras irreconhecíveis fazendo o rapaz respondê-lo como se o compreendesse.

- Sim, sim. Claro! Você tem toda razão! Vamos por aqui e talvez seus pais esteja contemplando as obras sobre natureza. As de amor impossível é bem improvável. 

Enquanto caminhava pelo saguão da Galeria procurando os prováveis pais do bebê em um ato desesperado, Janet o aborda:

- Eddie???

- Ahn.. Oi Janet! Como vai?

- O que está fazendo com... esse bebê  em seu colo?

-Bom, eu estava vendo algumas obras quando esse rapazinho apareceu do nada e tentou se equilibrar segurando em minhas pernas. Eu não vi ninguém ao redor e resolvi caminhar com ele para ver se os pais o reconheciam. Sabe quem são os pais dele?

- Err... sim. Deixa ele comigo! Vem Eros!

- Nome bonito! Significa o amor verdadeiro entre um homem e uma mulher. Os pais devem se amar muito.

- Err...acho que sim! Bom, eu vou indo. Vamos, Eros!

Edward parecia não ter dado atenção ao constrangimento da mulher e continuou lhe seguindo. E mesmo quando Janet adentrou sua própria sala, o rapaz foi junto com ela.

- Eddie? O que foi? Por que veio atrás de mim?

- Nada, eu só queria ver quem são os pais do pequeno. É um lindo menino! 

O bebê sorria para Edward e dava os braços pedindo para ir ao seu colo no que o rapaz se emociona e pega de volta deixando Janet completamente sem jeito diante daquela situação.

- Eddie, você não precisa...

- Ah. não, deixa... ele gostou de mim. Não está vendo? É a primeira vez que uma criança me pede para colocá-la nos braços. Esse garoto é especial Mas, onde estão os pais dele?

- Estão apreciando a exposição e deixaram ele comigo.

- Hey, você tem cara que vai ser músico. Que instrumentos você gosta?

O menino sorria sempre para Edward e balbuciava levando o rapaz a se descontrair com ele.

- Janet, você precisa vir aqui e... - Kyra leva um susto ao adentrar a sala de Janet e contemplar Edward com seu filho no colo. - Mas, o que significa isso?

Edward nada entende, mas Janet se adianta:

- Kyra errr... , eu estava com o bebê e de repente ele saiu da sala sem que eu visse e Eddie pegou ele.

A moça pareceu não dar ouvidos ao que a amiga falara e continuava contemplando a cena de Edward com o pequeno Eros no colo:

- O que está fazendo Eddie???

- Eu?? Nada! Esse rapazinho estava perdido no meio da sua exposição e veio até mim. E pelo jeito ele gostou do tio Eddie, não é?. - o rapaz continuava descontraindo com o menino sorridente em seu colo e não deu muita atenção para o semblante surpreso de Kyra.

A moça permanece olhando para Janet sem saber o que fazer. Por um momento, teve medo de dizer que era seu filho e Edward maltratar o menino. Ficou quieta esperando alguma atitude de Janet.

- Edward, me dá o menino, eu... vou levá-lo de volta aos pais.

- Está bem! - o rapaz entrega Eros para Janet e acha estranho o semblante de Kyra.

- Está tudo bem com você Kyra?

- Está! - a moça respondeu desconfiada.

- Sua exposição está sendo um sucesso. Parabéns, creio que você chegou onde queria!

- O que quer dizer Ed?

- Eu? Nada! Bom, eu vou indo. Com licença. - Edward ausenta-se da sala e Kyra permanece estarrecida com a cena que presenciou.

- Janet, o que Ed estava fazendo com meu filho no colo???

- Kyra, a culpa foi minha! Por um momento de distração Eros saiu da sala e acabou parando no colo de Eddie! Me perdoe, eu não sei como isso foi acontecer.

- Tudo bem, já foi! Mas, eu não entendi! O que ele pensou que estava fazendo?

- Não sei Kyra, mas está claro que ele não entendeu que Eros era o seu filho.

- Melhor assim! Bom, eu estou precisando de você. Pode vir, por favor?

Edward saiu da galeria com uma mistura de sensações e não conseguia assimilá-las de imediato. Ouviu parte da coletiva de imprensa, pegou o filho no colo mas não entendeu que uma coisa tinha a ver com a outra. Apenas imaginou que Kyra havia seguido com a vida dela e se deu por satisfeito ao vê-la bem sucedida. Foi a casa de Dave Grohl como havia se programado e procurou preencher sua mente com música como já era de costume.

 

 

Seattle, 25 de dezembro de 1995

Era Natal e muitos estavam reunidos na casa de Chris e Susan. Os amigos do Soundgarden e Alice in Chains se fizeram presentes, bem como Stone e a namorada Liz e Jeff Ament e a namorada Kelly. Edward foi o último a chegar. Depois do encontro no mínimo estranho com Kyra na Galeria Vitalogy, o rapaz passou dias trancafiados em casa depressivo e entregue as bebidas sem atender ninguém. Até o momento, os amigos achavam que ele não ia dar as caras, mas perto das 9h da noite, ele surgiu com algumas garrafas de vinho e cumprimenta a todos. Kyra está no quarto com Susan colocando o pequeno para dormir:.

- Amiga, eu ainda não acredito que Eddie pegou o próprio filho no colo.

- Então daí você imagine a minha surpresa quando eu vi a cena. Ele estava brincando com Eros no colo e como se não bastasse, o menino sorria para ele.

- É como se reconhecesse o pai!

- Susan, não fala isso!

- Mas, se você mesmo disse que Eros estava a vontade no colo dele.

- Eu nem sei o que pensar.

- Kyra, eu preciso te dizer uma coisa.

- Ai meu Deus. O que foi Susan?

- É que... eu não quis dizer antes porque eu não queria que você deixasse de passar o natal conosco...

- Susan...

- Então.... Eddie está vindo para cá. Chris teve que convidá-lo.

- Como assim, teve que convidá-lo???

- Amiga, eu lhe disse que Betina está focada na banda dela e os dois praticamente não se veem? Então, Betina está fora da cidade e Eddie ficou sozinho e acabou se convidando para vir para cá. Chris não teve muito o que fazer e acabou concordando que ele viesse.

- Entendo. Mas, então vou ter que cruzar com Ed aqui na sua casa?

- Amiga, é só fingir que ele não está aqui.

- Ah, sim, claro, realmente muito fácil! - ironiza.

Edward estava bebendo uma taça de vinho e descontraindo na companhia dos amigos quando vê Kyra surgindo na área de lazer da casa na companhia de Susan.

- Eu não sabia que a Kyra viria.

- Errr.. tem algum problema Eddie? - Chris questiona. - Ela é amiga da Susan, você sabe!

- Ahn... não, não, ok! Eu é quem não deveria estar aqui!

- Eddie, vamos, pare com isso! Você é nosso amigo, Kyra também. Vocês não precisam ser grandes amigos, mas também não precisam se odiar. Somos civilizados o suficiente para manter paz esta noite, certo? É natal!!!

- Claro, por mim tudo bem! - Edward concorda um tanto desconfiado.

Kyra dirige-se a uma mesa no canto direito da área da piscina quando ao passar por Edward, finge não vê-lo, mas o rapaz segue com o olhar todos os seus passos.

- Está tudo bem Eddie? - Jerry Cantrell o interroga ao ver que está concentrado em outro lugar alheio a conversa dos amigos.

- Sim, claro! Me conte, Jerry. Verdade que Layne teve uma overdose de heroína por esses dias? Como ele está?

- Bom, ele realmente quase foi dessa vez. Já conversamos bastante sobre seus exageros e... - o rapaz continuava falando mas Edward estava totalmente concentrado na mesa onde Kyra estava lindíssima e conversava descontraidamente com Susan e mais alguns convidados.

O clima na confraternização de natal permaneceu dessa maneira até por volta da meia noite quando Edward encorajado pela bebida que lhe subia a cabeça, aproximou-se de Kyra ao vê-la voltando da parte interna da casa. A moça tinha ido conferir se o filho ainda dormia e na volta para a mesa foi abordada pelo rapaz:

- Feliz Natal, Kyra! - o rapaz abre os braços como que esperando um abraço, mas logo desfaz o gesto perante a resposta da moça.

- O que pensa que está fazendo Ed?

- Desejando feliz natal???

- Qual é a sua? Vindo me desejar feliz natal depois de nosso último contato?

- Kyra, sei que nosso último contato não foi nada agradável, mas qual o problema se eu apesar de tudo desejar que você tenha um feliz natal?

- Você está brincando com a minha cara não está?

- Eu?? Claro que não! Por que eu faria isso?

- Com licença! Boa noite! - ambos são surpreendidos pela chegada de Betina.

Edward fica surpreso, pois a mulher já havia lhe dito que não viria a Seattle nas datas comemorativas.

- Betina??? Você...??? - Edward se surpreendeu com a chegada da mulher.

- Vim passar o natal com meu marido?? Sim, natural não acha?

- Mas, você me disse que...

- Estou aqui, não estou???

- Bom, com licença! - Kyra se retira e volta a sua mesa e  acha melhor ir embora por não querer ficar no mesmo ambiente que Edward e a ex melhor amiga.

- O que queria conversando com a Kyra, Eddie? - Betina o interroga chateada.

- Eu só estava desejando feliz natal. E você? Por que me fez acreditar que não vinha passar as festas de fim de ano comigo? Por que apareceu agora do nada?

- Será que é por que fiquei sabendo da exposição de uma tal Kyra Tyler e imaginei que veria essa cena? O que foi? Não gostou de me ver? Atrapalhei alguma coisa?

- Betina, não viaja. Não estava acontecendo nada.

- Talvez porque eu cheguei a tempo?

- Se já chegou disposta a discutir, acho melhor eu beber mais um pouco de vinho!

 

- Amiga, o que estava acontecendo ali? - Susan intercepta Kyra após ver ela, Edward e Betina juntos.

- Do nada Ed me interceptou e veio me desejar feliz natal com a maior cara de pau do mundo. Enquanto ainda conversávamos, a Betina chegou, fez ceninha e eu me retirei.

- Ela tinha dito que ia passar as festas de fim de ano em atividade com a banda. Qual é a dela de aparecer aqui na minha casa sendo que não somos mais amigas?

- Tratando-se de Betina tudo é possível. Bom, eu prefiro ir para casa, amiga. Espero que não fique chateada.

- Tudo bem Kyra. Imagino que o ar já esteja pesado para você respirar, não é?

As amigas se despedem e Edward observa Kyra indo embora sem se despedir e aproxima-se do amigo Chris:

- Qual é a da hostilidade da Kyra comigo?

- Que pergunta é essa bro? Depois de tudo o que esperava?

- Não podemos nos comportar como duas pessoas civilizadas independente das diferenças?

- Está falando sério Eddie? - Chris se espanta com o cinismo do amigo.

- Por quê? Querer parecer uma pessoa educada e civilizada em uma noite de natal parece estranho para você?

- Não é isso, Eddie! É que depois de tudo que houve entre você e a Kyra...

- Depois de tudo seguimos nossas vidas conforme nossas escolhas... E por causa disso precisamos fingir que não nos conhecemos ou que podemos no mínimo nos comportar como pessoas comuns sem dar constrangimentos ao nossos amigos?

- Ah, Eddie... eu não sei se para a Kyra é assim tão simples.

- E por que não seria?

- Eddie, você parece maluco... 

- Por quê?

- Como por quê? Você acha mesmo que depois de tudo a Kyra ia te desejar feliz natal como se você fosse um simples convidado dessa festa e ficaria tudo por isso mesmo? Você só pode estar de brincadeira, bro...

- Não entendo...

- Oras, você...

- Alguém quer mais tequila? - Betina surge segurando uma garrafa de tequila distribuindo a quem quisesse.

- Acho que é hora de levá-la para casa! - Edward levanta-se conduzindo Betina e despede-se do amigo.

 

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- Mas, será possível que basta deixar você um pouquinho livre que já corre para ter conversinhas com a ex namorada??? - Betina discute com Edward assim que percebe que ele acordava as 11h da manhã do dia seguinte.

- Eu não estava de conversinha. Fui desejar feliz natal para ela como fiz para todos que estavam ali. - Edward responde ainda tentando abrir os olhos com a claridade do quarto desde que Betina abriu as janelas.

- E para que desejar feliz natal para a Kyra? O que importava a presença dela?

- Ela estava ali como todos os outros. Eu só quis ser educado. Qual o problema nisso? Kyra e eu precisamos ser inimigos para sempre?

- Eddie, não se faça de idiota! Você e Kyra não precisam ser amigos. Para que quer ser amigo da sua ex namorada? 

- Ah, eu não estou dizendo que seremos amigos. Apenas que não precisamos nos tratar com hostilidade. Qual é seu problema?

- Meu problema chama-se Kyra. E não importa quanto tempo se passe, você sempre dá um jeito de trazer esse problema para o nosso casamento.

- Eu??? E de que casamento está falando?? Há meses que você está empenhada viajando com sua banda e eu tentei te apoiar esse tempo todo mesmo achando que você estava se esquecendo que era casada comigo. Agora chega aqui querendo me cobrar as coisas dizendo que eu estou trazendo problemas para o nosso casamento só porque desejei feliz natal a uma ex namorada!

- Por que você sempre tem que dar um jeito de se aproximar da Kyra?

- O que??? Eu... estava na mesma festa que ela, temos amigos em comum e... Ah, você não pode estar falando sério!

- Eu não quero você perto da Kyra, Eddie! Será que é tão difícil para você compreender isso? Ela é responsável pelo meu sofrimento, por ter perdido nossa filha e não poder ter mais filhos. Ela é uma invejosa que sempre me desejou mal e eu não me sinto confortável de ver vocês próximos.

- Ainda com essa obsessão??? A Kyra nada tem a ver com o que houve com o bebê e muito menos com o fato de você não poder ter mais filhos... Pára de ser louca!

- EU NÃO QUERO VOCÊ PRÓXIMO A KYRA!!!

- EU NÃO SOU PROPRIEDADE SUA! Com licença que vou tomar um banho e sair porque essa conversa já deu para mim!

- Eddie, Eddie volta aqui, essa conversa não acabou!

O rapaz ignora a esposa que fica possessa de raiva ao ver que por sua atitude, ele e Kyra podem se reencontrar outras vezes.

 

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27 de dezembro de 1995

- Então, Nancy, você entendeu tudo direitinho? - Kyra passa as instruções para a babá que cuidará de Eros durante os seus dias de compromisso nos Estados Unidos.

- Sim, senhora. Pode confiar que cuidarei direitinho dele.

- Eu vi que você tem boas referências. Eros é um bebê muito fácil de lidar, você não terá dificuldades com ele.

-Tenho certeza de que não! Ele é tão fofo! - a babá brinca com o garoto que permanece sorridente a sua presença.

- Bom, hoje eu tenho uma entrevista na Gazeta de Seattle e depois na tv local. Fiquei de passar na Galeria e tratar de alguns assuntos com Janet e devo voltar em torno das 5h da tarde, o que significa que não venho almoçar com vocês. Certifique-se de alimentar Eros na hora certa e depois vá passear com ele no Open Market. Tem algumas atrações lá para bebês da idade dele e eu prefiro que vá a lugares fechados porque está muito frio! 

Seguindo as orientações de Kyra, Nancy dá o almoço para o menino e depois que ele acorda do cochilo, o leva para passear no Open Market. O local cheio de atrações coloridas chamam a atenção de Eros que se diverte. Em determinado ponto, a babá lhe compra um algodão doce e senta-se em um banco da praça de alimentação para descontrair com o menino. Enquanto ainda distrai o garoto percebe que o menino sorri para alguém que está por trás dela.

- Mas, esse não é o Eros? - Edward estava andando pelo Open Market e reconheceu o bebê que o interceptou na exposição na Galeria Vitalogy.

- Errr... sim, ele mesmo! - a babá responde sem entender da onde conhecia o rapaz.

- Como vai rapazinho?

Eros abre um grande sorriso e dá os braços para Edward pedindo para ir ao seu colo.

- Posso? - Edward pede permissão para tirar o menino do carrinho de passeio.

- Errr.... acho que sim! - a babá concede ainda tentando saber da onde o conhece.

- Por que está me olhando assim? - Edward vê com estranhamento o olhar da babá em sua direção enquanto ele pega o menino no colo.

- Eu não sei, mas acho que lhe conheço de algum lugar. O senhor, por acaso, é famoso?

- Bom, eu... sou vocalista daquela banda ali! - aponta para uma loja de discos que traz em sua vitrine um grande poster do Pearl Jam.

- Ah, claro! Eddie Vedder. Mas....Já conhecia Eros?

- Bom, digamos que fomos apresentados em uma Galeria de artes durante uma exposição há alguns dias atrás. Não se lembra de tê-lo perdido?

Nancy não entende o que Edward quis dizer, mas não se atenta ao ver que ele parece ter muito jeito com crianças e a felicidade de Eros em seu colo era surpreendente. Ele permanecia brincando com o garoto que lhe correspondia em sorrisos e gestos que o deixavam cada vez mais envolvido. 

- Ele já anda?

- Err... está tentando dar uns passinhos, mas não se firmou ainda.

- Entendi, vamos lá garotão. Vamos tentar andar sozinho, você já está bem grandinho. Qual é a idade dele?

- Já está com quase dez meses.

- Sério? Achei que já tinha um ano! Você é bem forte, não é? - Edward coloca o menino em pé apoiado a um banco e afastando-se um pouco estende os braços chamando-o para si na tentativa de fazê-lo andar. Eros fica bastante sorridente e tenta dar alguns passos sendo segurado por Edward quando se desequilibra. Após tentativas seguidas, Eros passa a dar os primeiros passos e Nancy observa a cena com admiração.

Depois segurando uma das mãos do menino, Edward anda mais um pouco com ele para se certificar de que Eros pegou confiança e o menino passa a dar vários passos sozinho. Ao olhar o relógio e lembrar que deveria voltar para casa antes de Betina ter uma síncope, Edward leva o garoto de volta para Nancy.

- Espero que o seu marido não fique com ciúmes porque eu fiz o seu filho andar.

- Ahn... não, não! Eros não é meu filho. Sou apenas a babá dele! E tenho certeza que a mãe vai ficar contente ao saber que Eddie Vedder fez o filho dela andar.

- Por que diz isso? Ela é fã da minha banda?

- Acho que sim! Quando cheguei a casa hoje, ela estava ouvindo uma música da sua banda e acho até que estava emocionada ouvindo a letra porque vi ela limpando o rosto.

- Entendi. Sabe dizer qual música era?

- Black.

- Ah, claro! Mas, e o pai do menino?

- Hoje é meu primeiro dia cuidando dele e não sei muito ainda. Mas, pelo pouco que conversamos eu entendi que não estão juntos e o pai não quis assumir o menino. 

- Entendi! Bom, então ele é um verdadeiro babaca por não estar presente em um momento tão importante de um garotão tão bonito. Não é Eros? Dá um abraço que o tio Eddie tem que ir embora. Foi muito bom te ver de novo!

 

Algumas horas depois...

- Nancy? Cheguei! Como foi o passe...ah meu Deus! Eros! Você está andando meu amor??? - Kyra se emociona ao ver o menino caminhando em sua direção para abraçá-la.

- Ele é muito esperto, senhora Tyler.

- Meu Deus, que coisa mais linda da mamãe! Estou muito orgulhosa de você, meu amor! Mas, me conta Nancy, isso foi agora??

- Não, estávamos no Open Market comendo algodão doce quando aconteceu. E não vai adivinhar quem fez ele andar.

- Como assim? Não foi você? 

- Não! - respondeu sorridente.

- Quem mais foi com vocês ao Open Market? Minha amiga Susan?

- Não, não! Não vai acreditar. Eu estava sentada com Eros comendo algodão doce quando o menino pareceu reconhecer alguém que estava atrás de mim. E a pessoa também o conhecia porque o chamou pelo nome e logo Eros deu os braços para ir para o colo dele. A princípio eu não o reconheci e fiquei boba quando vi ele brincando com Eros e depois ensinando ele a andar e...

- Espera, espera... Você está falando mais que a boca e ainda não disse quem é a pessoa. Era um homem? Como se chama?

- Sim, era Eddie Vedder, o vocalista do Pearl Jam. Ele foi um fofo com o Eros e..

- O que está me dizendo??? Eddie Vedder pegou meu filho no colo e depois o ensinou a andar??? 

- Sim, não é o máximo? Ele disse que já conhecia Eros e...

- O que foi que você disse para ele Nancy? Contou que Eros é meu filho? - Kyra fica nervosa e a babá estranha sua reação.

- N-não, eu não disse nada. Ele até achou que Eros era meu filho. Mas, por que está assim? Fiz mal em deixar?

- Fez! Fez muito mal. Eu não quero esse homem perto do meu filho! Nunca mais entendeu? Nunca mais!

- Mas, não entendo. Achei que a senhora ia gostar já que estava escutando uma música dele hoje quando cheguei e...

- Uma coisa não tem nada a ver com a outra e não, eu não gosto dessa pessoa. Escute bem, Nancy, tome muito cuidado a partir de agora. Eu não quero esse homem perto do meu filho, você entendeu? Entendeu bem? 

- Desculpa... - a babá sentiu-se completamente frustrada ao dar a notícia a Kyra achando que ia causar grande surpresa, mas parecia ter contado que alguém tentara sequestrar Eros.

Kyra deixou a sala com o menino no colo e trancou-se em seu quarto. Abraçava o filho angustiada e estava trêmula. Eros olhava para a mãe sem entender e ela o beijava fazendo-o ver que estava tudo bem. Ligou a tv, colocou em um desenho que prendeu a atenção do menino e fez uma ligação para Susan:

- Susan, Susan, sou eu! Pode falar agora?

- Kyra??? O que houve? Que voz é essa? Está chorando?

- Amiga, você não vai acreditar no que aconteceu... - em meio a lágrimas e soluços, Kyra conta a amiga o episódio do Open Market contado pela babá.

- Kyra, se acalme. Ele não sabe que Eros é o filho dele.

- Exatamente! Imagina como reagiria se soubesse que Eros é o filho que ele despreza. Não me conformo com essa imagem de Ed sendo tão amável ensinando o filho de alguém que ele julga estranho a andar sendo que ele mesmo não quis participar disso com o filho dele. Não entendo!

- Realmente é de se pensar! O mais incrível é que ele esteve com o filho nos braços duas vezes em menos de duas semanas sem saber. Será que de alguma forma ele se arrependeu? Talvez isso explique ele ter tentado se aproximar de você no natal.

- Se ele se arrependeu é problema exclusivo dele. Eu não vou aceitar isso depois de tudo que me fez passar com seu desprezo. Minha gravidez foi difícil e complicada. Estive sozinha quando mais precisei dele. E quando ele me viu tanto na galeria quanto na sua casa, em nenhum momento me perguntou como meu filho estava. 

- Amiga, você sabe o que eu penso disso... Aliás, foi você mesma que me falou várias vezes que o destino daria conta de colocar vocês frente a frente como uma forma de se retratarem. Seattle é enorme, não acha muita coincidência a forma como Eddie e Eros se encontraram por duas vezes? E ele só não o viu na noite de natal porque Eros dormiu a noite toda.

- Susan, quando ele souber que o menino que ele ensinou a andar é o próprio filho, vai desprezá-lo. Eu não quero que meu filho passe por isso. Eu sei que ele é muito pequeno para entender, mas me dói só de pensar.

- Talvez esteja se precipitando, amiga. Será que não ocorreria o contrário? Talvez ele se emocione e queira reconhecer o menino.

- De jeito nenhum. Agora quem não quer Eros perto do pai sou eu! Depois de tudo??? 

- Isso quer dizer que você não vem passar a festa de fim de ano com a gente no Balloon? Sabe que Eddie e Betina vão estar lá, Janet não está na cidade. Não é possível que você fique em casa sozinha na passagem de ano por conta de Ed!

- Por conta do meu filho!

- Amiga, se Eddie sabe que o menino é o filho dele, ele simplesmente não vai mais chegar perto de vocês. Não acredito que ele vá até você dizer algum desaforo ainda mais estando numa festa de Réveillon.

- Eu não sei se é somente Ed que me incomoda. Esquece que Betina continua cheia de ironias para mim? Aliás, você sabe me dizer se ela ... sabe sobre Eros?

- Não sabemos! Eu não converso com ela e Chris nunca chegou a conversar isso com ele na época porque Eddie o proibiu de tocar no assunto sobre você, lembra?

- Isso só torna as coisas piores! Amiga, vou desligar, tocaram a campainha e deve ser o jantar que encomendei, preciso alimentar meu filho. Nos falamos depois.

Ao desligar o telefone, Kyra destranca sua porta e se depara com Nancy que estava prestes a lhe chamar.

- Ah sim, Nancy. O jantar chegou não é? Por favor, dê a janta a Eros que eu vou tomar um banho primeiro.

- Err.. sim, a janta chegou mas também chegou uma visita.

- Visita? Quem?

- É uma mulher que disse ser amiga sua.

- Disse ser amiga minha? Que história é essa? Nancy, você não pode deixar que qualquer pessoa adentre meu apartamento dizendo ser amiga minha. Minhas amigas aqui são Janet e Susan. Janet não está em Seattle e eu estava agora mesmo com Susan no telefone. Quem está na minha sala? - Kyra sai em direção a sala e tem uma grande surpresa com a visita não esperada.

- Como vai Kyra? Surpresa em me ver?

- Betina??? O que veio fazer aqui?

- Desculpa, senhora Tyler, é que ela chegou junto com o entregador que trouxe a janta e foi entrando.

- Nancy, vá dar a janta a Eros no meu quarto e me deixe a sós com essa... amiga!

A babá faz o que sua patroa ordenara constrangida e preocupada. Betina não tinha um semblante agradável e Kyra sabia que não eram bons fluídos que a traziam até sua casa.

- Ainda não me respondeu Betina. O que veio fazer aqui e que história é essa de dizer a minha babá que é minha amiga?

- Não está claro o que vim fazer aqui? Posso saber o que pretende aproximando seu filho do meu marido???

- Como é que é???

- Você não dá ponto sem nó, não é? Não bastou Eddie lhe dizer que não queria saber de ser pai do seu filho. Filho, aliás que é fruto de uma traição. Como você teve coragem sua....Na minha lua de mel??? Eu deveria partir sua cara Kyra!!!

- Veja como fala porque você está na minha casa e eu não me colocaria em luta corporal com você, mas se veio aqui atrás disso eu não vou me ater, até porque faz muito tempo que eu já lhe devia umas boas bolachas nessa cara nojenta que você tem!!!

- Você queria se vingar de mim transando com meu marido na minha lua de mel e pior ainda, ficando grávida dele. Achou que ele ia me deixar para ficar com você do mesmo jeito que ele agiu quando soube que eu estava grávida não é? Perdeu queridinha. Ele deixou você para ficar comigo, mas não fez o mesmo com você!

- Ed ficou com você porque EU o deixei e não o contrário. Tem certeza que conhece essa história Betina? Não é possível que você seja tão iludida de achar que Ed me deixou porque você estava grávida. Esqueceu que ele já sabia antes de você me contar naquela maldita festa de Halloween?

- E você planejou muito bem a sua vingança e se deu mal, não foi? Achou que contando que estava grávida ele iria correr atrás de você??? E a iludida sou eu???

- Eu não planejei nada! Nem me vingar de você e nem meu filho ficar perto do pai! Simplesmente aconteceu! Aliás, agora que estou sabendo que você tinha conhecimento de tudo. Achei que não sabia nem da traição e nem da minha gravidez. Ed te contou simples assim?

- Nós temos um casamento sólido onde contamos tudo para o outro. Ele me falou sim da traição e me pediu perdão porque estava muito arrependido de ter estado com você. E também me falou quando contou que estava grávida e que ele não assumiria a criança porque não queria saber de você e nem de nada que viesse de você. Eddie me ama de verdade Kyra. Mas, parece que você não está convencida disso ainda, não é?

- Por que está dizendo isso?

- Essa sua estratégia de aproximar o menino de Eddie é para comovê-lo, não é? É para fazê-lo se apegar ao menino e o aceitar quando souber que é filho dele. Você joga muito baixo Kyra!!!

- Eu não tenho estratégia nenhuma sua louca! As duas vezes em que Ed esteve com Eros foi obra do acaso, eu não fiz nada!

- Nem tente me convencer do contrário porque não vai colar. Hoje mesmo eu direi a Eddie sobre essa sua jogada ridícula para aproximá-lo do menino e ele vai amaldiçoar o dia em que o conheceu.

- Faça o que bem entender Betina. Bem se vê que apesar de tudo que diz você ainda é muito insegura em relação a Ed. Do que tem medo? Que ele goste do filho? Ou que se aproxime de mim?

- Eu não tenho medo nem de você e nem do seu filho porque sei muito bem o quanto o meu marido os despreza.

- E por que está aqui me tomando satisfações? Mesmo se fosse uma estratégia minha de aproximar Eros do pai como você diz não iria funcionar se Ed nos despreza tanto assim! Não entendo sua visita. Se somos assim tão desprezíveis por que se deu o trabalho de vir até aqui me dizer que vai contar a Ed que o menino que ele ensinou a andar hoje no Open Market é filho dele? Aliás, como você sabe disso? Como sabe que o menino que Ed pegou no colo na galeria e hoje no Open Market era o meu filho?

- E-ele me contou ué. Disse que pegou o menino que estava perdido na exposição e que Janet cuidava dele e que depois você apareceu. Depois ele me disse que viu o mesmo menino com a babá hoje no Open Market...Eu só uni os pontos.

- E como você chegou a essa conclusão? Porque estou achando muito estranho que você tenha chegado a essa conclusão e Ed não! Se Ed me viu no mesmo ambiente em que o menino por que em nenhum momento desconfiou que era o filho dele e você tão rapidamente percebeu isso sendo que você nem viu o meu filho?

- Eu o vi!

- Viu??? Onde???

- No natal. Era ele a criança dormindo no quarto de Susan quando entrei lá para guardar minha bolsa, não era?

- Sim, mas...

- Olha aqui Kyra. Eu só vim aqui pedir que afaste o seu filho do meu marido. Eddie e eu estamos casados e felizes e eu vou defender o meu casamento. Se você não soube blindar o seu relacionamento quando esteve com ele, saiba que eu não sou idiota como você e não vou permitir que nos atrapalhe, ainda mais usando o seu filho.

- Eu não sabia que tinha o poder de atrapalhar o seu relacionamento! Bem se vê que está com medo... Só não entendi ainda por que!

- Eu não tenho medo de...

- Sai da minha casa Betina. Você não é bem vinda aqui e eu não quero ter uma indigestão antes de jantar. Eu trabalhei muito hoje, estou cansada, se me der licença...

- Não vejo a hora de saber que voltou para o seu país...

- Ainda vai demorar um pouco, querida! Eu iria embora logo depois do Reveillon, mas sabe queu estou achando que me interessei em ficar mais um pouco em Seattle depois da sua visita??? Acho que vou aceitar mais convites de exposição e entrevistas... Sim, acabei de decidir. Não vou embora tão cedo! Vai ter que respirar o mesmo ar que eu por mais um tempo Betina.

- Você é desprezível Kyra!

- Não menos do que você Betina. Agora saia da minha casa!!! - Kyra abre a porta e ordena a saída da mulher que sai fuzilando-a com os olhos.

 



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