Acho muito interessante como nos afeiçoamos a determinados personagens, e o ato de escrever um texto dedicado a ele é fantástico. Acho que isso não só ajuda nós, os leitores, a ter uma noção mais ampla da realidade, como também revela muito do autor; complementando também a própria obra original.
Quando imaginamos cenários diferentes (ou complementares, na maioria das vezes), não só expandimos esse universo, coisa que eu acho incrível, como também transferimos um pouco do nosso próprio universo pro dessa obra que amamos tanto. Essa troca é sensacional.
O estado da Sasha me colocou para pensar um pouco. Quando ela não tinha quase nada, no orfanato ela se vê mais feliz (mesmo que, na época, ela talvez não soubesse disso), por mais que a vida dela no santuário seja mais "pacífica". Entre aspas porque, francamente, quem tem uma vida pacífica se não trouxer a paz no próprio coração?
Sofrendo com saudades de casa, mesmo sabendo que não vai conseguir voltar, é difícil. É difícil quando queremos ter algum controle sobre coisas que nós não temos ─ se parássemos para pensar, temos muito menos controle sobre as coisas do que pensamos ter, e é essa uma das causas principais do nosso sofrimento ─; me peguei pensando: isso é justo?
Não me refiro ao destino, ou às responsabilidades que foram atribuídas à Sasha. Me refiro à maneira como a Sasha trata a si mesma. Vale a pena sofrer por uma coisa pela qual não se tem nenhum controle? Vale a pena se culpar, ou reviver essas memórias o tempo todo, imaginando como seria o futuro e ignorando a vida que ela tem?
Evidentemente, é uma escolha dela. Não existe certo ou errado, e seria tanto uma perda de tempo quanto de energia culpá-la por viver a própria vida da maneira que ela própria considerar a melhor. Simplesmente penso, que já que estamos compartilhando universos pessoais, talvez seja uma boa ideia aprender com isso também.
Os pensamentos passam naturalmente, e antes que nos demos conta, já pensamos. Não é sobre se culpar por pensar no passado, porque às vezes isso acontece. Mas retomar nosso (pouco) controle para tentarmos viver uma vida mais feliz e pacífica dentro de nós mesmos, independendo da situação. Talvez viver no passado não seja uma boa alternativa, mas só talvez. Talvez seja só pra mim; é só vivendo e experimentando para saber, afinal de contas.
Acho que viajei um pouco? Provavelmente, sim. Bom, o resumo da ópera é que é um ótimo texto, parabéns, Gabe!!!
Quando imaginamos cenários diferentes (ou complementares, na maioria das vezes), não só expandimos esse universo, coisa que eu acho incrível, como também transferimos um pouco do nosso próprio universo pro dessa obra que amamos tanto. Essa troca é sensacional.
O estado da Sasha me colocou para pensar um pouco. Quando ela não tinha quase nada, no orfanato ela se vê mais feliz (mesmo que, na época, ela talvez não soubesse disso), por mais que a vida dela no santuário seja mais "pacífica". Entre aspas porque, francamente, quem tem uma vida pacífica se não trouxer a paz no próprio coração?
Sofrendo com saudades de casa, mesmo sabendo que não vai conseguir voltar, é difícil. É difícil quando queremos ter algum controle sobre coisas que nós não temos ─ se parássemos para pensar, temos muito menos controle sobre as coisas do que pensamos ter, e é essa uma das causas principais do nosso sofrimento ─; me peguei pensando: isso é justo?
Não me refiro ao destino, ou às responsabilidades que foram atribuídas à Sasha. Me refiro à maneira como a Sasha trata a si mesma. Vale a pena sofrer por uma coisa pela qual não se tem nenhum controle? Vale a pena se culpar, ou reviver essas memórias o tempo todo, imaginando como seria o futuro e ignorando a vida que ela tem?
Evidentemente, é uma escolha dela. Não existe certo ou errado, e seria tanto uma perda de tempo quanto de energia culpá-la por viver a própria vida da maneira que ela própria considerar a melhor. Simplesmente penso, que já que estamos compartilhando universos pessoais, talvez seja uma boa ideia aprender com isso também.
Os pensamentos passam naturalmente, e antes que nos demos conta, já pensamos. Não é sobre se culpar por pensar no passado, porque às vezes isso acontece. Mas retomar nosso (pouco) controle para tentarmos viver uma vida mais feliz e pacífica dentro de nós mesmos, independendo da situação. Talvez viver no passado não seja uma boa alternativa, mas só talvez. Talvez seja só pra mim; é só vivendo e experimentando para saber, afinal de contas.
Acho que viajei um pouco? Provavelmente, sim. Bom, o resumo da ópera é que é um ótimo texto, parabéns, Gabe!!!