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História Say It - Jeon Jungkook - Capítulo 21 - História escrita por Camelias - Spirit Fanfics e Histórias
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História Say It - Jeon Jungkook - Capítulo 21


Escrita por: Camelias

Notas do Autor


Agora sim anjinhos, vamos voltar com a programação normal. Finalmente estou de férias!


Boa leitura

Capítulo 21 - Capítulo 21



 Capítulo 

 21 





 Dizimar. 







 POV’S JEON JUNGKOOK 






 Existem aproximadamente 7,674 bilhões de pessoas no mundo, e de todas elas as únicas que eu rezava para não aparecerem aqui hoje, estão sentadas a menos de cinco metros de nós. Sinceramente, o dia não poderia ficar pior. Os olhos de S/N poderiam perfurar as costas da garota, e ela não estava usando sua desordem. 

 Todas as opções eram ruins, porque todas machucavam ela, e isso me causava algo. Não sei ao certo, mas causava um incômodo que me fazia querer arrancá-lo do meu corpo com as mãos. Eu menti, como sempre venho fazendo nas últimas semanas, não transamos. Mas era melhor ela pensar que transamos, do que descobrir que eu não continuei porque queria que estivéssemos sóbrios, para lembrar de cada segundo. Mais uma vez eu quis arrancar a sensação estranha dentro de mim. 

 Eu não era assim. Não sou assim. Não me importo, e saber que naquela noite eu me importei e que estou me importando agora, fazia minha cabeça querer explodir. Eu não conseguiria saber oque os dois faziam aqui, apesar de estarem perto, eu ainda não tinha esse alcance, mas S/n tinha, e ela fazia isso nesse exato momento. Porque seus olhos mudaram, não para o laranja, continuaram na cor natural, mas perderam o brilho, e aquilo foi uma respostas. 

 Ela sabia de algo, que não a agradava, mas ao mesmo tempo a aliviava. E de novo as opções eram ruins. 

 -Oque descobriu? - Ela me olhou indiferente, e eu merecia aquilo. 

 - Não são eles. - Foi a única coisa que me disse. Mas eu queria mais. 

 - Então oque eles fazem aqui? - Ela negou. 

 - Não é da nossa conta. - Seus olhos ainda estavam nos dois. 

 - Como não? Tenta de novo, só pode ser eles. - ela suspirou e me olhou novamente. 

 - Então tente você. Já disse que não é eles. - Não insisti, mesmo que não concordasse. Só podia ser eles. - Estão em um encontro. - ela soltou depois de alguns minutos. 

 Sua voz estava amarga, diferente do que costumava ser. Austin foi seu primeiro amor, e eu sabia disso, ao tempo em que sabia que ele também foi sua primeira decepção amorosa. E ele estava comendo a melhor amiga dela, ela perdeu dois em um. Eu quis tirar ela dali, apagar a sua memória para que não se lembrasse de nada de ruim em relação a eles. Logo seus olhos saíram dos dois, vindo até mim.

 - Estão juntos a três meses. - Diferente dela, que não expressava nada, meus olhos se arregalaram. 

 - Três meses? - ela concordou. 

 - Já estavam juntos antes meses de eu e ele terminarmos. - como uma flecha seus olhos se prenderam no garoto. 

 Não era ódio, nem raiva, e sim curiosidade, ela percebeu algo, e estava curiosa. Aos poucos eu me concentrei e consegui perceber. Fazia um barulho diferente. 

 - Tem algo que não consigo ler. - ela se levantou. - Vamos embora. - sem que eu dissesse algo ela segurou meu braço e me levou para fora. 

 Proposital ou não, chamamos a atenção dos dois, e eu pude sentir os olhares queimando em minhas costas. Acredite, saber que eles tinham pensado que eu e ela éramos um casal, não me fez repelir a ideia. 

 - Por que saímos assim? - Meus olhos estavam na estrada. E os dela em qualquer ponto. 

 - Ele tinha um bloqueio, como os que você tem quando não quer que eu leia algo. - Franzi meu senho, ela tentava ler minha mente? 

 - Oque isso significa? - ela suspirou. 

 - Que ele esconde algo. Mas Loren não tem isso, a mente dela era limpa, eu pude olhar todos os cantos, e nada. - Isso era interessante. 

 Significa que há uma possibilidade de Austin ser um rebelde, mas Loren está fora da lista. Oque me faz pensar que talvez a Loira seja apenas um disfarce, uma máscara. Mas quem seria o segundo rebelde? Se só havia nós quatro ali. No final de tudo voltamos sem respostas úteis. Mas com sensações estranhas em dois corpos distintos. 

 Eu preciso falar com Jin, precisamos resolver essa merda todo em que nos enfiamos sem perceber. Nossas desordens estão um caos, sem um padrão ou uma conexão, sem contar naquele plano que estou começando a duvidar das habilidades de Jin. E ainda tem isso tudo entre eu e S/N, se é que ainda temos algo. Porque ela parece que repelir e odiar a cada palavra que sai da minha boca, e isso não é uma novidade. 

 - Me beija. 

 Freie o carro bruscamente ao ouvir a fala da mia nova no banco ao lado. Oque deu nela? 

 - Oque? - ela se virou para mim e piscou algumas vezes. 

 - Quero tirar uma dúvida, então me beija logo. - franzi o senho.

 - Que tipo de dúvi....- ela me cortou.

 - Agora jeon. - sem pensar mais no assunto eu a beijei. 

 Eu gostava disso, gostava de beijar ela, era bom. E de uns dias para cá eu tenho gostado mais, era como se finalmente nossos corpos entrassem em harmonia que tudo ao nosso redor parasse, e só existisse nos dois ali e nossos desejos. Eu queria muito transar com ela, não que ela precisasse sabe disso, mas que queria, e por um momento eu me esqueci de quem estava beijando. Mais especificamente, me esqueci de qual desordem quem eu estava beijando tinha. 

 - Você não para de penar em sexo por um minuto se quer? - Questionou assim que descolou seus lábios dos meus. 

 - Na verdade, não nem um minuto se quer. - ela revirou os olhos e bufou. 

 - Vamos embora. - liguei o carro novamente.

 - Tirou a sua dúvida? - arqueie uma sobrancelha. 

 - Infelizmente. - Eu sorri de canto. 

 Eu sabia que isso a provocava, e eu gostava de provocá-la. Era o meu hobby, um dos meus favoritos. Por sorte ela só leu a parte do sexo, e por sorte eu não imaginei nada. 



 [...]



 - Como assim juntos? - A voz fina e estridente deitada na minha cama me fez fazer uma careta. 

 - Juntos, tipo juntos. - dei de ombros. 

 - Eu não acredito nisso. - a loira se levantou e parou de pé ao meu lado na escrivaninha. - Acha que são rebeldes? - Sua voz agora era mais baixa. 

 - Austin sim, ele é estranho de mais. - Rose ponderou. - Mas Loren é tonta de mais, e pelo oque S/N disse, ela não tem nada haver com isso. - me encostei na cadeira e suspirei. Minhas costas queimavam. 

 A loira ficou em silêncio por um tempo, estávamos no meu quarto a horas, desde que eu cheguei na verdade. E por sorte ninguém veio até aqui saber oque estávamos fazendo. Rose era importante para mim, durante anos foi a única pessoa com quem eu realmente me importava e confiava, acho que ela sabe disso, mesmo que eu não fale nada. 

 De uns tempos para cá ela começou a ficar mais fechada, não me contava mais tantas coisas e geralmente não ficava muito tempo aqui. Acho que alguma coisa mudou, e não sei dizer como me sinto com isso. 

 - Seja sincero comigo Jeon. - ela puxou minha cadeira para ficar mais próximo da cama onde ela se sentou. 

 - Serei. - concordei prestando atenção. 

 - Você gosta da S/N? - a olhei com indiferença. 

 - Não Rose. Não do jeito que pensa, ela é a irmã do Henry, essa é a única forma que eu gosto dela. - ela continuou me olhando, esperando mais respostas. - Não estou apaixonado por ela, não dá mesma forma que você está pelo Henry. - ela ficou vermelha e eu sorri. 

 - Como sabe disso? - ela se distanciou aos poucos. 

 - Sou o melhor amigo dele, e o seu também. Sei de muita coisa, e infelizmente de muitos detalhes. - meu barco ardei com seu tapa. 

 - Idiota. - Protestei enquanto passava a mão pelo local atingido. 

 Era cômico saber que Henry e Rose ainda se gostavam. Desde os quinze anos, mas nunca admitiram isso um ao outro, oque era patético. Sim, eu e Rose nos envolvemos na adolescência, ela foi as minhas primeiras vezes assim como eu fui o seu, mas tudo isso antes de eu saber seus sentimentos pelo meu amigo, e antes de saber sobre os dele em relação a ela. Acho que com dezessete anos ele finalmente se envolveram, durante seis meses eles foram o melhor casal que a colônia já teve, e olha que já tivemos muitos. Mas não deu certo, Henry é orgulhoso de mais e Rose é rancorosa de mais, essa combinação não deu certo. 

 Estão assim desde então, ambos encubando seus sentimentos porque não querem deixar seus orgulhos de lado. Uma perca de tempo diga-se de passagem. As vezes, quando eles bebem de mais, eles dormem juntos, e não digo na sentido sexo, apesar de acontecer algumas vezes, eles apenas dormem juntos, como um casal, e no dia seguinte fingem que nada aconteceu. 

 - Quer saber a minha opinião? - ela consentiu. - Acho que tá na hora de deixar o passado pra’ trás. - ela franziu o senho. - Ou vocês dois se esquecem de uma vez, ou esquecem oque aconteceu e ficam juntos. Porra Rose, vocês estavam no último ano do colégio, não tinham nada sério, e tudo oque sabem foi oque uma garota invejosa contou para vocês. Você nem sabe se ele realmente dormiu com alguém aquela noite. Nem ele sabe. - ela suspirou.

 - Ele não negou. Se fosse mentira teria negado Jeon. - tombei a cabeça e a olhei com tédio. 

 - Você conhece ele muito bem, sabe que isso afetaria o ego dele. O de qualquer homem na verdade. - ela negou e riu. 

 - Não afetaria o ego de um homem admitir que está apaixonado por alguém. Afetaria o ego de um moleque, existe uma diferença. - Eu sabia que ela me provocava ao mesmo tempo em que explicava seu ponto de vista. 

 E eu concordava com ela, não seria problema admiti uma paixão, quando ela é aceita. O problema nesse caso era que Henry era mais imaturo naquela época do que é hoje, isso significa que admitir estar apaixonado por alguém e que não dormiu com ninguém em uma festa, era a mesma coisa que declarar derrota e ser motivo de piada. Isso na mente dele naquela época, e com o passar dos anos achou que ele se convenceu de que não adiantaria nada contar seus sentimentos para ela. Uma grande perca de tempo, a paixão era uma perca de tempo. 

 - Você gosta dela. - ela sorriu. 

 - Dela quem, Rose? - ela de levantou e passou as mãos pelos fios loiros. 

 - Você gosta da S/a! - revirei os olhos. - Não adiante fingir, Jeon você brilha quando eu falo o nome dela. - franzi o senho. 

 - Como assim eu brilho? - Rose parecia uma criança vendo seu presente de natal. 

 - Jeon, não é de hoje que você está diferente. Não sai mais, não bebe mais, passa boa parte do tempo no jardim e não está mais tão imprudente como antes. - ela voltou a se sentar. - Pode não ser nítido paga você, mas para mim é, toda vez que ela chega em algum lugar em que você está é automático, você endireita a sua postura. Seus olhos se prendem nela e toda vez que Taehyung ou Jimin está por perto você passa a língua pela bochecha e trava a mandíbula. - ela piscou algumas vezes. - Isso é paixão Jeon, e eu só te vi assim uma vez na vida. - eu neguei. 

 - Você está louca Rose. A única apaixonada aqui é você. - me levantei da cadeira. - Vamos descer, tenho que falar com Jin. - ela concordou ainda sorrindo. 

 Eu já me apaixonei uma vez, e sei como é a sensação, completamente diferente de agora. Oque significava que eu não estão apaixonada, e nem poderia estar. S/N era um sonho impossível, nunca namoraríamos ou teríamos algo sério, e ambos sabíamos disso. Não sou otario, sei que meu corpo esta diferente, com sensações diferentes, mas não é como se pudesse ser real. Sim, há chances de Rose estar certa, mas eu nunca diria isso a ela. 

 O problema disso tudo é que o passado nunca vai nos deixar, sei que dias exata Rose esquecer o dela e seguir em frente, mas não é tão fácil assim. Como podemos amar e sermos amados, se nunca tivemos isso? Não podemos sentir falar de algo que nunca tivemos, e por isso seria mais fácil assim. Nem eu nem S/N nos machucaríamos quando tudo isso acabasse, não sentiríamos falta um do outro porque nunca tivemos uma ao outro. Sempre fomos e sempre seremos apenas Jungkook e S/N, pessoas distintas com vidas distintas. Sem nenhum laço. Era bem mais fácil fugir do que tentar algo incerto, e não julgava Rose e Henry pro fazerem isso a anos, afinal, eu estava fazendo isso agora. 

 Eu sempre soube o problema disso tudo, desde que ela caiu naquela maldita apresentação. Eu sempre tive medo, de tudo que envolvia ela. Tinha medo de senti-la, de gostar, de vê-la, de percebê-la, tinha medo de me apaixonar e perdê-la. Sempre tive medo de que doesse, então essa sempre foi a saída, fugir. Em alguma parte do meu cérebro eu me agarrava em uma promessa sem sentido que fiz quando era mais novo. 

 “Protegê-la, de todos os garotos que poderiam a machucar. E nunca a machucar.”

 Fiz minha mente se agarrar a isso, porque no fim eu sabia que se não tivesse Henry em toda essa história e sua preocupação com a irmã mais nova, eu já teria feito muita merda, não só com ela, mas comigo também. Eu precisava de Jin, porque precisava de respostas, e eu queria uma ajuda. Queria tirar essa sensação esmagadora no meu peito de uma vez por todas, queria que meu estômago parasse de se remexer e queria com todas as forças, não me importar. 

 A noite na praia foi o estopim de tudo. 

 Jin estava na cozinha quando eu cheguei, não precisei falar muito, acho que minha cara já dizia o suficiente. Então ele apenas pegou a chave do carro e em silêncio me acompanhou para fora, Jin era assim observador e atencioso. 

 - Oque tá acontecendo? - ele disse ao parar o carro na loja de conveniência. 

 - Oque você descobriu sobre as desordens? - ele suspirou. 

 - Não muito. Não tem nenhum lugar que relata algo assim. É como se fosse a primeira vez na história que uma única pessoa possui todas as desordens, ou boa parte delas. - encostei minha cabeça no banco. - Ela tá sem controle? - sua voz passiva tranquilidade, mas eu sabia que ele estava preocupado. 

 - Não. Ela está indo bem. - suspirei. - Mas precisa de treinamento, Jin. Isso é muito forte, se não dermos um jeito ela pode morrer por não saber controlar essa merda toda. - ele concordou comigo. 

 - Vamos dar um jeito. Jisoo está buscando em todos os cantos por respostas, e Namjoon não dorme a semanas tentando entender esse fenômeno. Não se preocupe, vamos dar um jeito. - eu sabia que iriam. Mas não era fácil fazer minha mente parar de pensar e pensar. 

 Ele desceu do carro e entrou na loja, ficou uns cinco minutos lá dentro e saiu com duas sacolas. Jin era assim, sempre tentava nos distrair com algo, hoje seria com doces e comidas. 

 - Tem outra coisa que quer me falar? - arqueou uma das sobrancelhas enquanto escolhia oque iria comer. 

 - Não. - neguei.

 - Tem sim, você parecia assustado como se tivesse visto um fantasma, e Rose estava sorridente como se ganhasse o melhor presente de natal. - sorriu pequeno. - E eu sei melhor do que ninguém que vocês dois não tem nada. - eu odiava o Jin em determinadas horas.

 Os verdes eram assim, sabiam de tudo mesmo quando não sabiam de nada, e isso irritava até mesmo as pessoas mais calmas do mundo. Eu sabia que podia contar para Jin, mas não era confortável. Não era confortável ter pessoas que sabiam das minhas vulnerabilidades. 

 - Não é nada, Rose que vê coisa onde não tem. - como um dos vocês que ele tinha comprado. 

 Pelo menos de boca cheia eu não precisaria falar nada. Jin concordou, sorrindo como sempre fazia quando já sabia de algo. Conversamos sobre outras coisas, que distraiam ambos. Ele estava sobrecarregado de muitas coisas, e eu sabia que tudo oque ele queria era esquecer suas responsabilidades por um tempo. 

 - Não vamos mais adiante com o plano de distrair a S/a. - ditou ele depois de um tempo. 

 - Porque? - ele manteve seus olhos na placa da loja de conveniência. 

 - Por que não é certo Jeon. - ele me olhou. - Sempre soubemos disso, e é só olhar para você para saber que não quer mais fazer isso. Está tão perdido quanto ela nessa história toda. - apenas concordei. 

 Era um peso que saia tanto das minhas costas quanto da dele. Jin não magoava as pessoas, ele cuidava delas, e sei que suas intenções nunca foram de mal gosto, mesmo que fossem duvidosas. Ele dirigiu de volta à colônia, conversamos e rimos durante o caminho. 

 A estrada até a colônia não era movimentada, acho que por isso todos ali sempre se sentiam confiantes e seguros quando estavam na propriedade, ninguém passava por ali, não até agora. Dois carros, rápidos e extremante iguais, um de cada lado do nosso. Vi Jin apertar o volante e acelerar, era incrível como a cada segundo eles estavam cada vez mais perto e nós cada vez mais rápidos. 

 Não eram rebeldes, eles não tinham condições para isso, eram um bando de crianças que não aceitavam suas desordens. Isso era diferente, carros caros e preparados paga uma perseguição, estratégicos e preparados. 

 A liga. 

 Ao mesmo tempo em que eu percebi isso Jin também pareceu se ligar no óbvio. Se a liga está aqui, então a merda é maior do que pensávamos. 

 - Que porra. - ouvi o mais velho praguejar. Oque não era comum. 

 Mais dois carros apareceram no retrovisor, exatamente iguais aos outros. Sem pensar mais, abri o vidro, senti minhas mãos esquentarem e logo um dos carros ficou para trás, como uma grande tocha. Fogo não era a minha única habilidade, mas eles precisavam acreditar que era, esse era o truque, fingir fraqueza e atacar. 

 Logo Jin adentrou os portões da colônia, e pelo menos um lei da liga funcionou na vida. Não invadir um grupo. Oque significava que independente do crime, a liga jamais poderia entrar nos limites da colônia. E isso nos mantinha seguros e mais calamos. Pelo menos por um tempo, porque os rebeldes não seguiam a liga, e isso não era um problema, não por agora. 

 Descemos do carro, e se Jin não fosse um verde, eu juraria que seria um vermelho, pois deixava um rastro destruidor por onde andava nesse exato momento. Ele estava preocupado, e enraivecido, mais do um dia já o vimos, e sabíamos que a coisa estava feia quando isso acontecia. 

 - Estamos fudidos. - anunciou assim que entramos na sala. 

 Todos nós olharam preocupados, de todas as pessoas na colônia Jin era o único que não falava palavrão. 

 - A liga está aqui. - Todos me olharam preocupados. S/N parecia não entender o nível de preocupação de todos, mas também percebia que era sério. 

 - Nos seguiram, e são muitos. Tinham quatro carros só atrás da gente. - Jin andou até o centro da sala. - Carros iguais, projetados para serem extremamente rápidos e se camuflarem. - ele colocou as mãos na cintura. 

 - Oque queriam? - Jimin foi o primeiro a de pronunciar, era o único que conhecia como a liga funcionava. 

 - Não era conversar. - me sentei ao seu lado. 

 - Eles não são de conversar. - ele disse. - Se estão aqui é porque já sabem de vocês. E estão preparados para atacar, não iriam arriscar vir até aqui apenas para confirmar um boato. - Ele olhou para S/N. 

 - Vamos convocar todos que conhecemos e temos aliança. - Jisoo se levantou. - Eles são fortes e sabemos disso, mas estamos em vantagem. - Vi S/N se envolver ao lado de Rose. 

 Acho que ela estava entendo a gravidade da situação. A liga nunca deixa nada passar, todos os grupos são tabelados por eles. Oque significa que todos os integrantes tinham uma ficha rigorosamente atualizada no banco de dados deles, cada desordem, cada nível de destruição e cada habilidade. Esconder um Aboleo era grime gravíssimo para eles, pena de morte sem julgamento. E tudo se tornava ainda mais grava quando se tratava de um dos extintos, vermelho ou laranja. 

 Eu, Yoongi e Taehyung nos escondemos por anos, conseguimos fazer isso com facilidade e encontrando a colônia que aceitou se esconder da liga. Ninguém aqui era tabelado, éramos ilegais e fortes. Isso era um problema, e tudo só piorava quando S/N era colocada no meio disso tudo, se a liga a pegasse, eles fariam dela a maior arma de estado. Presa em uma cela minúscula e usada quando era conveniente para eles. Todos aqui já passamos por isso, sabemos como era e não queríamos voltar. 

 Jimin era o único que sabia como a liga realmente trabalhava, ele já foi um deles, e nos deu motivos para confiar nele. Éramos uma família, e não importava a merda que estivesse a nossa volta, oque nos ofereceriam em troca, sempre nos defenderíamos. Os verdes tinham aliados fora daqui, em outros países, eram fortes e inteligentes o suficiente para saber que se aliar a nós era a melhor opção. 

 - Ok.- Namjoon se levantou. - Não vamos atacar, a menos que nos ataquem. E quando isso acontecer, não recuaremos. Vamos dizimar alguém um que ousar chegar perto de um de nós. - ele olhou para todos eu concordaram. 

 Não era mais um teste. Durante toda a nossa vida tudo foi um teste. De resistência, habilidade, força, inteligência, Maldade e altruísmo. A partir de agora nada mais era um teste, tudo oque aprendemos e praticamos a vida inteira foi para nos preparar para esse momento e achamos que ele nunca chegaria. 

 Aquela roxa no fundo da propriedade não é nada comparado ao que faríamos agora. Daríamos motivos para nós temerem, e não recuaríamos. 



 [...]



 “Acha mesmo que vão nos atacar?” 


 Estávamos a quase meia hora assim. No meio da sala, cada um de um lado, nos comunicando sem que os outros percebessem. Estavam preocupados de mais se preparando para percebe nos dois. 


 “Sim. Eles não brincam em serviço.” 

 Ela permaneceu em silêncio, acho que processando tudo. Principalmente a parte da dizimação, acho que talvez isso seja pesado de mais para ela. 

 “Tá com medo?” 

 A minha pergunta saiu sem que eu percebesse, acho que todos sabiam a resposta. Talvez eu quisesse que ela falasse que estava paga que eu não me sentisse sozinho com essa sanção. 


 “Tô. Mas acho que logo vai passar.” 

 Seus olhos desviaram para encontrar com os de Rose, que dizia algo para ela. Parecia importante, talvez eu devesse prestar atenção no que os meninos planejavam. 


 “Vai passar.” 

 Ela apenas me olhou e sorriu. Era uma reposta inútil, porque eu não fazia ideia se passaria ou não. Mas tentei, e o fato de que eu estava me questionando se ela estava bem ou não, me amedrontava mais do que a Liga estar nos rondando. 



 Apaixonado. 

 Rose insistiu nessa palavra por horas a fio hoje de manhã. Me causava algo estranho, um amor não correspondido doía, e eu sabia disso. Caso fosse esse o caso, não seria a minha primeira vez nesse barco. Balancei minha cabeça na tentativa falha de dispersar esses pensamentos. 

 Não era hora disso. Estamos no meio do caos e uma paixão não é o mais apropriado no momento. Por que ela seria a minha fraqueza, e tudo oque eu menos precisava agora era de uma fraqueza. 

 Porra! Eu estou me importando com esse merda toda. E era só um beijo, eu só queria beijar ela uma única vez, e deveria ter parado naquela noite no bosque. 

 Eu tô fudido! 

 De uma forma que eu não faço ideia de como sair.


Notas Finais


Eu preciso saber as teorias de vocês!!!


Me contem tudinho anjinhos.

E muito muito obrigada pelos mais de 200 favoritos, céus isso é SURREAL! Amo vocês ❤️❤️



Até logo anjinhos. Espero que tenham gostado e desculpe os erros ortográficos.



Bye bye 💋🤍


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