História Se beber (não) case. - Sanegiyuu - Giyuunemi. - Capítulo 1.2

— Mas que... — o loiro franziu o cenho ao ler uma das "novas" notícias que estavam aparecendo na tela do celular, era um assunto que estava em alta em uma rede social que costumava a usar com frequência a mais de 24 horas.

O assunto não era de ser surpresa, era sobre o tal "marido" do empresário mais famoso, – e também irmão do namorado do melhor amigo – Shinazugawa Sanemi. Para todos os fãs do empresário por causa da sua beleza, sua inteligência – o loiro claramente descordava desta afirmação – e também por causa do seu dinheiro, foi um grandiosissimo choque ler aquela notícia, tanto que o loiro vez ou outra encontrava comentários nada agradáveis desejando que "acidentalmente" o carro em que estava o tal marido do empresário capotasse e que ele morresse de forma dolorosa. Isso havia assustado o loiro de certa forma, mas não ligou muito para isso e apenas continuou ler tudo o que o público comentava.

— O que está vendo? — uma voz grossa chegou até seus ouvidos, o que lhe fez sorrir quase que de imediato. Desligou o celular e virou-se para o homem de cabelos brancos e longos que agora estavam amarrados em um coque; ele estava encostado no batente da porta cozinha, apenas olhando cada movimento do loiro como se fosse um tipo de guarda.

— Não é nada de mais... — respondeu enquanto soltava outro sorriso para o mais alto, mas dessa vez foi até ele e deixou um beijo estalado na bochecha do mesmo, esse que apenas retribuiu com um pequeno selar na testa do mais baixo. — Ah, sim! Vamos logo comer! Tô morrendo de fome.

— Não muda de assunto... — apertou a pele da bochecha do menor e logo em seguida ouviu um choramingo do mais novo que tentava rapidamente tirar aquela mão pesado, principalmente os dedos, que estavam apertando um tanto forte a bochecha, deixando-as vermelhinha.

— Ai ai ai! Solta logo! — massageou a bochecha de imediato quando ela foi solta pelo albino que apenas ria da expressão agora emburrada do loiro. — outra hora a gente conversa! Hoje eu não quero falar mais com você! — falou alto enquanto saía á passos pesados da cozinha, ouvindo apenas o som da risada escandalosa do albino ficar cada vez mais alta. — velho maldito... — falou baixo enquanto cruzava os braços indo em direção para algum lugar aleatório da casa.

(...)

O silêncio absoluto no carro era quebrado apenas pelo som da buzina que Sanemi não parava de apertar no intuito de fazer com que o carro que estava parado andasse logo de uma vez. Se não estivesse no meio da rua e não tivesse uma reputação a seguir ele com certeza faria um escândalo. Não que ele ligasse para a reputação que tinha naquele país, ele só não queria que a própria empresa entrasse em risco por conta de um capricho feito na hora da raiva, mas agora ele estava começando a repensar se isso valeria a pena.

— Da pra parar de apertar isso?! — o moreno perguntou irritado sem olhar para o Shinazugawa.

O olhar acinzentado caiu sobre o garoto que, agora olhava para o celular, possivelmente conversando com alguém. Só de olhar para a cara daquele maldito seu sangue parecia ferver de raiva!

— Tá incomodado? Sai então da porra do meu carro seu fodido! — exclamou bravo, colocou uma de suas mãos no próprio cabelo, o puxando como se fosse uma forma para que não se estressasse mais do que já estava.

— Eu não quero correr o risco de ser atropelado por uma moto ou por um carro, não sou tão imbecil. — olhou finalmente para o albino, o olhar azul demonstrava o nojo que sentia apenas por encara-lo. — diferente de alguém aqui... — olhou de cima para baixo para o outro, julgando o mesmo silenciosamente enquanto ainda via ele puxar um pouco os cabelos. Sanemi apenas bufou de raiva enquanto direcionava suas mãos no volante novamente.

— Que tal você calar a merda da sua boca, hein?! Sua voz consegue irritar até um santo de tão irritante que ela é! — uma veia raivosa saltou no próprio rosto após terminar de falar, a única coisa que recebeu foi um olhar irritado e uma virada de rosto de forma birrenta do moreno.

Aquele cara agia como se fosse uma criança! Uma maldita criança mimada!

Respirou fundo tentando recuperar a calma que ainda tinha no fundo de sua alma, precisava dela agora, por quê se duvidar ele com certeza faria algo com o moreno.

E não era algo bom e moralmente ou legalmente permitido.

Finalmente o indivíduo que havia parado o trânsito tinha se mexido, finalmente ele e os donos dos outros veículos iriam sair daquela rua que era preenchida pelo som de buzinas apitando por todas às partes, esse som era irritante pra caralho!

— Finalmente! Não aguentava mais isso. — resmungou irritado enquanto dava a marcha e saía, nem percebeu quando começou a aumentar a velocidade do carro.

Tomioka arregalou os olhos ao notar a velocidade que o albino estava indo com o carro, se continuasse assim provavelmente eles bateriam em outro carro e isso geraria ainda mais dor de cabeça e mais tempo com ele.

E pode ter certeza que isso era algo que o moreno não gostaria de ter.

— Ei, é melhor você-

— Já não disse pra tu calar a merda da boca!? — o albino desviou o olhar da estrada para o moreno que estava apertando o cinto de segurança com força.

— M-mas o carro tá-

— Cala a boca! — falou extremamente alto.

Em um movimento rápido Tomioka segurou o volante do carro e fez uma curva no intuito de desviar de um caminhão que estava em seu caminho, mais especificamente, em direção do carro. O olhar surpreso e irritado do Shinazugawa era notável, provavelmente o esbranquiçado havia ficado irritado não só pela curva perigosa que o moreno fez, o que poderia resultar em um acidente pior, mas sim por ele, que estava com os olhos na estrada, não ter visto o caminhão.

— Você por acaso é louco seu merda?! – começou a gritar, retirando os braços do moreno de forma bruta de cima do volante do carro.

Tomioka apenas revirou seus olhos para Sanemi, seus olhos azuis voltaram a fitar a paisagem de carros e prédios que passavam rapidamente pela janela, o homem estava ignorando completamente o Shinazugawa novamente.

Ele realmente parecia uma criança chata e insuportável na opinião do esbranquiçado, e infelizmente ele teve o desprazer de conhecê-lo e a falta de sorte de ter se "casado" com ele; ao lembrar daerda que fez, em um momento de raiva bateu o ponho no volante, o que resultou em um apitar alto, o que fez com que Tomioka desse um mini-pulo enquanto ainda estava sentado no banco.

Um xingamento baixo vindo da parte do moreno resultou em mais uma discussão em meio a estrada enquanto ainda estavam no carro.