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História Se eu soubesse - Capítulo 10 - História escrita por UenaMota - Spirit Fanfics e Histórias
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História Se eu soubesse - Capítulo 10


Escrita por: UenaMota

Capítulo 10 - Capítulo 10


Fanfic / Fanfiction Se eu soubesse - Capítulo 10

Estava na área VIP assistindo ao grande espetáculo que é o show do Bruno Mars. É simplesmente surreal o que eles fazem no palco, impossível não dançar e cantar as músicas. Era extremamente cativante a forma que os fãs respondiam as suas músicas e devo confessar que me peguei cantando alto. Inesquecível.

—Jasmine, vamos pro camarim que os caras vão sair de lá. —Um dos seguranças veio ao meu encontro no final do show. Dei um gole em minha água e caminhei logo atrás dele. O lugar era enorme e iria questionar se estávamos voltando a pé para Los Angeles quando finalmente pode ouvir barulhos bem conhecido.

—Ayeeee. —Gritavam feito loucos.

—Jas. —John me cumprimentou assim que me viu.

—Olá rapazes.  Vocês arrebentaram. —Sorri.

—Podemos começar os trabalhos? —Me virei para o Bruno que segurava um copo em minha direção. Ah, a porra da cerveja.

—O que eu ganho se eu beber esse troço?

—Ganha um jantar pago pelo chefe. —Philip riu da cara que o Bruno fez.

—Ótimo. —Peguei o copo de sua mão e antes que eu desistisse, dei um gole generoso na bebida gelada. Quando desceu por minha garganta, me senti enjoada de imediato. Quem bebe essa porra?!

—E então? —Os olhos estavam fixos em mim. Todos eles pararam e estavam me encarando.

—Essa porra é ruim para caralho. —Entreguei o copo pro Bruno que estava gargalhando com o Phil.

—Qual é, Jas?!

—Essa cerveja não é tão boa, você precisa experimentar a alemã. —Eric encheu um outro copo com o que parecia outra cerveja. — Experimenta essa. —Me entregou e eu revirei os olhos antes de pegar e assim como da primeira vez, dei um gole sem pensar muito.

—Continua muito ruim. —Peguei a minha água e bebi arrepiando-me inteira.

—Vamos pessoal. —Ouvi alguém falar. Logo eles pegaram as mochilas e começaram a sair em comboio para a mini van. Caminhei um pouco mais atrás, deixei que eles fossem na frente.

 

Encontrei com o Bruno hoje antes do show e eu me senti muito envergonhada. O que aconteceu ontem a noite jamais poderia ter acontecido. Ele é meu chefe a cima de tudo, é comprometido. Faz muito tempo desde que eu tive relações sexuais, ou beijei alguém, posso atribuir esse momento embaraço a minha carência física. O que não seria total mentira. Minha confusão sentimental e meu desejo por ser acalentada podem entrar nessa pequena lista. Ele me tratou normalmente, não senti nada do que ele já me trata normalmente. Talvez ele já tenha deletado o que aconteceu. E eu não deletei por completo, já está com carregamento de 40%. É difícil esquecer a pegada dele. O beijo sensual e envolvente. Suas mãos macias pelo meu corpo, seus lábios envolto em meu mamilo. Eu tinha certeza que não pararíamos se não fosse pelas batidas na porta. Não sei se devo agradecer por isso, afinal precisei de um banho frio e lavar novamente o meu cabelo. Passei a noite inteira excitada, lembrando dele. Não tinha notado o quanto ele é sexy até ontem. Eu devo continuar achando o Bruno simpático e meu chefe.

Chegamos na boate, eu era uma frequentadora assídua de boates durante a faculdade. Todos os finais de semanas eu e o Michael íamos curtir. Porem vamos amadurecendo e nossas vidas ganhavam novas prioridades. Faz muito tempo desde que eu fui a uma boate, e sinceramente, me sinto um pouco mais velha nesse momento.

—Vamos para a área VIP. —O Bruno falou no meu ouvido. Como ele veio parar ao meu lado? Me deixa. Os acompanhei até uma área que nos permitia ver toda a pista de dança. Era mais tranquilo por ter mais espaço. —Você está bem? —Me perguntou.

—Estou bem, obrigada. —O olhei e seus olhos pareciam estar mais brilhante. Ele estava tão perto que eu senti seu maldito perfume.

—Você bebe champanhe?

—Sim, bebo tudo que não seja cerveja. —Rimos e fomos onde estavam algumas taças. O primeiro gole foi muito mais que bem vindo, isso que é bebida de verdade.

 

Aos poucos eu pude relaxar e apreciar o som do lugar. Devo deixar claro que a champanhe e os dois goles que dei nas cervejas estavam me deixando assim. Leve. Tão leve que não sei em quanto tempo depois, eu tive que ir ao banheiro. A batida alta era contagiante, quando sai do banheiro fui balançando ao som da musica que ecoava no local. Um rapaz se aproximou dançando e nos mexíamos juntos em sintonia. Fomos na batida até a escada da área VIP, me virei para o rapaz que fez cara de menino triste. Era italiano legitimo. Sorriu para mim e deu uma piscadela com seus olhos pequenos. Preciso de mais bebida.

Meus olhos percorreram o ambiente rapidamente, algumas mulheres estavam ali. Elas tinham um mesmo biotipo, pelo que notei, muito bonitas e sorridentes. Não precisei olhar muito para perceber o que estava acontecendo ali. E me enojou mais que a porra da cerveja.
Fui até o bar e pedi uma Marguerita, precisava de álcool. Homem tudo igual mesmo, Jesus. Está aí algo que foi planejado e deu defeito de fabrica. Ser fiel? Para que né?! Deveria receber o Nobel de Caráter aquele que consegue se contentar com uma só mulher. Por Deus. Bando de egoístas filhos da puta.

Tomei a minha bebida, logo pedi por outra e depois outra. Saí do bar e estava melhor, talvez dançar e ser feliz seja ainda melhor essa pequena crise existencial. Enquanto eu caminhava para a escada, vi o Phillip no canto de conversinha com uma mulher com cabelos longos e o Bruno estava beijando uma outra no sofá. Homem é tudo uma merda mesmo, só muda o tamanho do pau, ou nem isso.

Assim que desci as escadas, uma musica eletrônica ecoava alta pelos auto falantes do lugar, pude ver que o belo italiano estava ao alcance dos olhos e da boca também se tudo der certo. Seu sorriso ao me ver me animou bastante e em mais de um lugar. Cavalheiramente veio até o ultimo degrau e estendeu a mão para pegar a minha. Me deixei guiar por ele, nos balançamos com nossos corpos colados e assim como eu tinha aprendido na faculdade anos atrás, era o momento certo para descobrir se o pau valia realmente a pena investida. E pelo que notei, vale e vale para caralho.

Estávamos no meio da pista, fechei meus olhos e aproveitei a minha liberdade. A companhia desse belo e sexy homem fez tudo parecer bem mais legal. Sofrer para quê se pode-se beijar na boca.

—Posso te pagar uma bebida? —Perguntou em meu ouvido.

—Claro. —Segurando minha mão fomos para o bar.

—Cerveja?

—Não gosto de cerveja, pode ser uma Marguerita?

—Pode ser o que você quiser. —Que sotaque maravilhoso. —Me chamo Lorenzo.

—Jasmine.

—Americana? —Entregou-me a bebida.

—Britânica criada na America. Obrigada. —Dei um gole generoso na bebida que estava divina.

—Uma bela combinação. —Seus olhos escuros me encarava. Ele era um galanteador gostoso. Continuamos a conversar coisas aleatórias, descobri que ele tem 30 anos e era jogador de futebol. O resto eu não me lembro muito, só quando ele me perguntou se podíamos ir para um lugar mais  reservado, logo estávamos numa pequena varanda e que homem maravilhoso.

Ele colocou me gentilmente contra a parede e beijou-me sedutoramente. Que beijo delicioso. Seu cheiro de homem, sua pegada experiente me deixou mais que excitada.

—Você é maravilhosa, Jasmine. —Sussurrou e mordiscou a minha orelha. Seus lábios percorrendo o meu pescoço, sua língua em contado com minha pele em chamas. —Deliciosa. —Gemi com suas mãos deslizando por minha pele e apalpando a minha bunda. Segurei seu cabelos e o puxei para um beijo. Sua língua brincando com a minha e porra eu estava ficando louca.

Alguém limpou a garganta ao nosso lado, quando me virei, dei de cara com um dos seguranças da banda.

—Podemos ir, Jas? —Me perguntou.

—Claro. —Olhei para o belo homem diante de mim, que sorria de lado. —Foi um prazer te conhecer Lorenzo.

—O prazer seria maior se tivéssemos mais tempo. —Sussurrou no meu ouvido.

—Concordo plenamente. —Lhe dei um selinho. —Tchau.

Segui o segurança até onde parecia ser uma saída da boate. A van nos aguardava e os meninos já estavam nela. Entrei e me sentei no banco onde não tinha nenhum deles por perto.

—Acho que você precisava da corda para não se perder. —O Bruno veio e sentou ao meu lado.

—Eu não estava perdida, estava curtindo. —Dei uma rápida olhada em meu celular.  Três horas da manhã.

—Sozinha ou acompanhada? —Hein?!

—Com uma companhia muito apetitiva, eu diria. —Ele sorriu de lado para mim.

Durante o trajeto até o hotel foram muitas gargalhadas e conversinha de macho escroto. Juro que aquela primeira impressão deles serem diferente dos caras com que eu tive o desprazer de conhecer, já era. São todos uns babacas mesmo. Como um cara casado, com uma linda família se envolve com outras mulheres? Qual a necessidade disso? Eu realmente não consigo entender. Fazer outra pessoa sofrer por seus atos extremamente imaturo e egoísta é no mínimo revoltante.

Nos separamos no saguão do hotel, onde cada um seguir para o seu próprio quarto, devo confessar que o papo deles no carro fez o álcool que eu havia consumido evaporar. O que me deixou ainda mais puta.

—Gostou da boate? —Philip me perguntou quando subimos juntos para os nossos quartos.

—Gostei muito, Roma nunca decepciona. —Sorri de lado.

—Como era sua companhia? —Bruno me perguntou fazendo o amigo rir.

—Lindo e charmoso. —Ele revirou os olhos com a minha resposta. Logo saímos do elevador e eu disse adeus para eles.

—Eu te acompanho até a porta, para você não se perder. —Foi a minha vez de revirar os olhos. Chato! —Pensei em você a noite inteira depois de ontem. —Disse me fazendo o encarar.

—Olha Bruno, o que aconteceu foi errado e não deve acontecer novamente. -Fui clara.

—E se eu desejasse que acontecesse novamente? —Paramos em frente a porta do meu quarto. —Você é maravilhosa e te sentir em meus lábios me deixou louco. Que tal passarmos  a noite juntos? O que você me diria Jas? —Eu estava incrédula naquele momento. E precisava entrar na porra do meu quarto. Coloquei a chave e deixei a porta entre aberta.

—Eu te diria Bruno, que eu não me lembro de ter assinado contrato de prostituição. Fui contratada para escrever seu livro, não para ser seu lanchinho pós show. E você está sendo um babaca, nada muito diferente do que eu já esteja acostumada, infelizmente. Boa noite. —Entrei no quarto e fechei a porta atras de mim.
Foda-se!

 


Notas Finais


-U


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