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História Seacht - Deartháireacha - História escrita por AyzuLK - Spirit Fanfics e Histórias
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História Seacht - Deartháireacha


Escrita por: AyzuLK e ByaNamikaze

Notas do Autor


Olá pessoal!
Sem desculpas para a demora, apenas aproveitem o capítulo (esperamos né =^^=).
Deartháireacha : irmãos.
E lá vem mais um personagem para essa confusão do Naruto, e claro, que não podia faltar, no capítulo tem.... beijo!

Sem enrolar mais...
Aproveitem.

Capítulo 5 - Deartháireacha


 

Meu avô costumava me contar longas histórias, uma delas era sobre Eriu, filha de Delbaeth, dos Tuatha de Danann.

Ele dizia que certa tarde enquanto ela olhava o mar de sua casa de Maeth Sceni, ela avistou um navio da prata. O navio trazia um homem de bela aparência. Ele tinha o cabelo louro dourado que lhe caia pelos ombros, junto a uma capa com ataduras de ouro. Trazia duas reluzentes lanças de prata e nelas duas firmes pontas de bronze.

Era Mac grénie, o filho do sol.

— Poderia eu, ter um momento de amor contigo?

 — Certamente ainda não marquei nosso encontro — Ela respondeu.

 —Venha sem o encontro.

Então se deitaram juntos e a mulher chorou quando o homem subiu no barco outra vez.

 —Por que você está chorando? — Ele perguntou.

—Eu tenho duas razões para lamentar. Separar-me-ei de ti, todavia nós nos conhecemos hoje, e os jovens dos Tuatha De Danann tem implorado em vão me possuir como você fez.

— Sua ansiedade sobre essas duas coisas será removida. — Ele disse.

 Retirou seu anel de ouro do dedo médio e colocou na mão dela. E disse-lhe que ela não deveria abrir mão dele, nem para vender tampouco para presentear, exceto para alguém em cujo dedo ele coubesse.

Mais tarde Eriu teve um filho, Bres, com o príncipe Elatha, e foi amante do deus Lugh.

Curioso, sempre perguntava a meu avô se Eriu e Mac grénie não tiveram filhos. Meu avô apenas sorria de forma misteriosa, o olhar distante, enquanto movia um estranho anel em seu dedo.

 

SASUKE ESTAVA SENTADO NA POLTRONA COM SUA FACE IMPASSÍVEL, ignorando os olhares da mulher loira, que lhe dirigia de forma furtiva. Ele queria ter um pretexto de entrar na sala e saber o que tanto o Dobe fazia lá. Só de pensar no Uzumaki a sós com seu tio, lhe subia algo quente pelas veias. A mera lembrança da maneira como o homem olhava o outro adolescente no auditório lhe fazia querer invadir aquela sala de uma vez.

Uma vozinha lhe dizia que não estava pensando com clareza. Afinal, estava ali sentado naquela maldita sala, com uma desculpa qualquer para falar com o tio, e aquilo não adiantava em nada em saber o que acontecia lá dentro. Nem mesmo conseguia ouvir o que eles conversavam. Claro que a maldita sala seria a prova de som.

O que o fazia pensar mais ainda no que acontecia lá dentro.

Estava perto de perder a paciência, como vinha descobrindo que perdia com tudo que envolvia o Uzumaki, quando a porta se abriu com estrondo. O Uzumaki nem mesmo pareceu vê-lo ali sentado na sala, passando rapidamente por ele, transtornado.

Ei! — A mulher bufou ao ser ignorada pelo loiro que bateu a outra porta para a saída com a mesma pressa. — Tsc. Garoto mal-educado.

Sasuke se ergueu da cadeira em um impulso que era até então desconhecido em si. Uma angústia gritante.

Pode entrar agora, Sr Uchiha. — A mulher falou em uma voz bem mais amena do que a que usara com o outro aluno. Sasuke a ignorou. Seria inteligente sua continuar a fingir, mas a face de Naruto o perturbou e ignorando a mulher saiu no encalço do outro.

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Obito olhava de forma intensa para a porta. A sala ainda estava impregnada com o cheiro dele, com a luz dele. Como se a simples presença, por mais breve, transformasse tudo em que tocava.

Ele continuava lindo. Sempre era em seus sonhos, mas daquela vez parecia ainda mais. Talvez fosse aquela aura agressiva, em contraste com os olhos, que nunca mudavam. Sempre era aquele azul puro, agora um tanto mais inocente e vulnerável.

Sempre tão deslumbrante, o seu menino.

Se fechasse os olhos, podia lembrar-se do sorriso dele, como fizera por todos esses anos. E mais uma vez o destino o trouxera até ele, de presente.

Acompanhou com os olhos pelo monitor a sua frente quando ele saiu da sala da direção. Os movimentos pareciam em câmera lenta. Até o maldito andar daquele garoto mexia consigo. Riu com esse pensamento, mas o sorriso morreu ao ver que outro garoto se erguia da cadeira e corria porta a fora onde segundos antes sua raposinha havia escapado.

Parece, que vejo problemas entre nós, querido sobrinho.

E naquele momento sua aura era mais sombria do que qualquer coisa.

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Naruto não percebeu que estava sendo seguido, tão atordoado estava, até que foi seguro pelo braço e empurrado para um corredor na penumbra. Àquela hora, o intervalo já devia ter acabado, por isso os pavilhões estavam vazios.

Por ação reflexa tentou se livrar da imobilização, mas estava muito abalado. Ainda se lembrava dos toques do maldito Uchiha. Do olhar dele. Das palavras que o prendiam em um jogo doentio.

As mãos eram iguais, geladas também. Tentou se mover, empurrar, mas foi seguro com mais firmeza contra a parede, seus braços sendo seguros, suas costas contra a parede.

Calma, sou eu. Abra os olhos.

Nem havia notado que os havia fechado. Abriu os azuis e encontrou os olhos escuros com uma expressão que denotava preocupação.

Você está tremendo. —A voz saiu um pouco hesitante, suave de uma forma que não havia ouvido ainda.

Percebeu os tremores percorrendo seu corpo. Desviou os olhos de Sasuke e focou no lenço que havia caído, sujo do sangue que havia estancado. Fechou os olhos novamente.

Controle-se! Ordenou a si mesmo, tentando normalizar sua respiração.

Em um lapso de intuição e bom senso, Sasuke lhe deu espaço, afastando o corpo do dele. Uma mão que ainda segurava seu braço puxou seu pulso devagar, espalmando sua mão no peito de Sasuke, onde ele respirava devagar e de forma exagerada.

Naruto abriu os olhos e o encarou, Sasuke se encurvara para ficar da sua altura. Sua outra mão, de forma reflexiva, se agarrou nele também como uma âncora. Recebeu uma expressão de encorajamento enquanto tentava fazer sua respiração seguir o passo da dele, a normalizando.

 Sasuke respirou em alívio ao ver o outro garoto conseguindo sair do ataque de pânico sem apagar dessa vez, tentando sufocar o terror e o senso de inutilidade que sentia. A cena era familiar demais. Quando criança, ele lembrava de ver seu pai ajudando seu irmão assim. De acordar de madrugada com os gritos dele no outro quarto, de observar da porta, inútil, seu pai tentar o ajudar a respirar, a sair do terror noturno em que estava preso.

Naquela época ele queria tanto ajudar, mas só piorava a situação com sua presença.

Fazia tanto tempo que não pensava nisso que parecia outra vida. Uma época em que seu irmão mais velho era o centro do seu mundo. O terror, no entanto, havia retornado com familiaridade no momento. O assustara, realmente o assustara ver o outro garoto assim, daquela forma. Tão vulnerável quando Itachi naquela época. Era como se apenas naquele momento notasse que Naruto era tão...frágil.

Seus olhos varreram o rosto que estava pálido, os lábios que tremiam de leve. Uma mão dele havia se agarrado em seu antebraço, como se precisasse de apoio enquanto sua respiração normalizava.

Passado o pânico inicial ele finalmente notou o uniforme do outro. Sem a gravata de mais cedo, e os três primeiros botões haviam sumido, expondo parte da sua clavícula. Sua expressão se tornou confusa, incrédula e então preocupada.

Havia sangue na camisa branca, de algum ferimento que não conseguia identificar. E Sasuke sabia, ele apenas sabia que aquilo havia sido coisa de seu tio. No mesmo momento o olhar malicioso veio em sua mente.

— Você está machucado.

A mudança em seu tom fez o outro o olhar confuso por alguns segundos, até realização tomar seu rosto, os olhos desviando para a camisa manchada.

Naruto se soltou dele. Ou tentou. Sasuke agarrou seu pulso, o prendendo no lugar.

— Sasuke, me solta.

— O que aconteceu? — Nenhuma resposta. Uma raiva começou a brotar em seu peito com o silêncio. Por que Naruto estava tentando proteger seu tio? — O que estava fazendo na sala do Obito?

A voz saiu ríspida e cortante, demandando obediência. Apertou os braços do outro. Naruto estreitou os olhos, e a confusão de outrora foi substituída por raiva que crisparam nos olhos azuis, e antes que Sasuke se desse conta havia sido empurrado com força.

— Eu disse para me soltar!

Sasuke deu um passo para trás, momentaneamente surpreso com a força do outro garoto. Pisou em algo e viu que era um lenço. Sujo de sangue.

Seus olhos se estreitaram e fitou o outro em demanda.

— E eu fiz uma pergunta!

—Não é da sua conta, sotalach. — Naruto sibilou.

Ele não conseguia acreditar que Sasuke havia o seguido. Naruto já tinha preocupações o bastante na sua cabeça para ter que se preocupar com Sasuke fuçando onde não devia também.

Como eu fiz. Pensou, frustrado.

E a arrogância em demandar algo dele. Como se fosse um absurdo Naruto se negar a responder.

Isso é algo Uchiha? Todos eles são assim?

— Claro que é!

Sasuke gritou, esmurrando o bebedouro de metal ao lado e fazendo barulho no pavilhão vazio. Naruto teve vontade de se encolher ante a raiva pura no rosto do outro, mas não o fez.

Seus olhos se tornaram mais cautelosos, seguindo os movimentos do outro garoto. Era difícil no momento separar a criança mimada que não aguentava ouvir não da imagem do outro Uchiha. Sentiu uma pontada em sua testa, por baixo da sua franja, onde sua cabeça havia ido contra a mesa. O corte em seu ombro ardeu.

A raiva de Sasuke era mais visceral e descontrolada que a de Obito, mas a semelhanças ainda o deixaram arredio e deu um passo para trás.

O movimento ou o que quer que tivesse em seu rosto fez o outro pausar em sua tirada, uma expressão de surpresa, talvez por seu descontrole, tomando o rosto frequentemente tão controlado.

— Eu-

Ele começou a falar, uma mão estendida em direção a Naruto, que havia se afastado mais um passo quando se moveu. Era reflexo, por mais que não quisesse demonstrar fraqueza, Naruto havia aprendido a se afastar quando alguma ameaça se aproximava.

Se sentiu estranhamente culpado com o movimento quando a expressão de Sasuke mudou, os olhos escuros ficando perdidos.

Naruto abafou esse sentimento. Ele tinha um problema muito maior para resolver. E sua cabeça continuava a doer, mas não sabia mais se havia sido o golpe na sua testa mais, não com as malditas vozes zunindo em sua cabeça.

 

— Vem! Sobe aqui!

— É muito alto!

— Não seja bobo Isaak! Eu te protejo! Segura minha mão. Não solte.

 

Massageou a ponte do nariz com o indicador e polegar da mão direita, enquanto com a outra se apoiava na parede levemente tonto enquanto as vozes vinham e iam, baixas, vendo cenas de um adolescente moreno que estendia a mão para outro garoto loiro, subindo juntos por um desfiladeiro perigoso. Era como se sentisse o vento batendo, ouvisse o barulho do mar e as risadas.

 

— Eu nunca vou te soltar.

 

—Não! Fica comigo Isaak, não vai, não vai...

 

Em segundos Sasuke correu até o outro o amparando quando o viu pender para um lado, recostando-o na parede com o próprio corpo. Os olhos de Naruto, segundo atrás parecendo distantes e enevoados, estavam fechados apertados. A mandíbula dele estava trincada, lágrimas saindo devagar e rolando por seu rosto que havia empalidecido terrivelmente.

Sasuke sentiu a culpa de segundos atrás aumentar ainda mais. Ele não sabia do porquê havia sentido tanta raiva. Seus sentimentos, geralmente tão controlados, parecia em desarranjo perto desse garoto estranho.

Sasuke estava com medo. Um tipo de medo irracional que poucas vezes sentira na vida. Ele queria saber o que estava acontecendo com Naruto, porque ultimamente sempre que o via, ele estava caindo pelos cantos, ou machucado. O que acontecera com sua perna? Até ontem ele estava bem, e chegara hoje na sala mancando. Ele queria que ele lhe contasse.

E agora Obito e mais machucados. Naruto sempre parecia machucado. Sempre tinha alguém machucando Naruto.

Inclusive você.

— Por que Sasuke? — A voz perguntou baixa e perdida, os olhos azuis se abriram lacrimosos. Ainda mais ausentes que o normal. — Por que não pode apenas me deixar em paz?

Porque eu me importo com você. Pensou, se dando conta daquilo de imediato. Pela primeira em muito tempo ele realmente estava se importando com alguém.

— Eu não tenho certeza. — Respondeu perdido, olhando nos olhos azuis confusos, sentindo o corpo quente e pequeno contra o seu. Deslizou uma mão para a cintura do outro, a outra mão percorreu com os dedos os caminhos das lágrimas, limpando o que restava ali, sem desviar os olhos dos azuis, perdidos.

— O que está fazendo? — A voz de Naruto falou em sussurro, mas ele não se moveu para afastar. Sentiu seu coração falhar uma batida, então acelerar. O rosto de Sasuke estava tão perto, a expressão tão terna. Vulnerável.

Naruto sentiu seu rosto pender na mão dele, sem controle, uma mão agarrando a frente da camisa do outro garoto com força. Apenas aquele breve carinho o deixou em desarranjo.

 Seria até engraçado, o maior encrenqueiro da escola anterior, já temido na atual em pouco mais de uma semana ali, estar tão dócil no momento. E por causa de um garoto. Um garoto irritante, metido, com quem já havia até trocado socos.

Ele deveria socar Sasuke agora.

Ele não conseguia. Não queria. Ele sentia o mesmo cheiro que sentira na visão estranha. O mesmo som da respiração. Conhecia a batida do coração dele.

— O que está fazendo? — Repetiu mais baixo, também para si mesmo.

 Sasuke vergou o pescoço, a mão no rosto do outro deslizou devagar para o pescoço longo e macio, erguendo o rosto dele em direção ao seu. Se sentiu hipnotizado pelos detalhes que via, ainda mais acentuados pela luz do sol que vinha pela janela de vidro pequena acima da parede, oposta a qual estavam, do corredor estreito, e única coisa que impedia a total penumbra.

A luz do sol batia em cheio no outro, como o vira na sala de aula no primeiro dia. A pele pálida, os olhos azuis-céu, os lábios cheios e rosados trêmulos, o nariz fino com a ponta levemente avermelhada.

Não era seguro. Não era saudável para alguém ser tão atraente assim aquele ponto.

— Sasuk-

— Droga, eu não sei. — Confessou acabando de vez com aquela tortura e finalmente tomando os lábios macios. Para sua surpresa Naruto não o repeliu. Somente fechou os olhos, a mão em sua blusa o puxando para mais perto.

 Um choque percorreu os dois, era como se aquilo já houvesse acontecido milhares de vezes, e fosse natural de uma forma assustadora. Como se aquele simples toque fosse mais que necessário, mais que desejado. Sasuke já havia beijado algumas bocas, e a lembrança delas de repente pareceu com que todas fossem erradas.

Era aquela. A certa.

Naruto foi tomado por imagens desconexas que o deixaram tonto. Aquela falta, o motivo de acordar todos os dias procurando algo incerto, e ir dormir achando que aquele não fora o dia. Sumira. Tudo.

Era uma explosão estranha, com um beijo tão casto. Intenso demais.

Sentiu Sasuke entreabrindo seus lábios com os dele e não impediu de aquilo ficar mais profundo. Sua mão livre, que até então estivera ao longo do seu corpo se firmou no pescoço do outro, a outra percorrendo o peito dele, se juntando a ela. A mão de Sasuke que estava em sua cintura o puxou para cima, o obrigando a ficar na ponta dos pés, enquanto a outra acariciava suas costas de maneira delicada.

O beijo acabou com ambos ofegantes e confusos. Naruto abriu os olhos e encarou os do outro. E antes de conseguir falar algo mais já estava sendo esmagado no abraço de novo, em outro beijo, esse mais urgente. Um gemido um tanto vergonhoso deixou sua boca no momento e seu rosto ficou ainda mais quente.

Por alguns segundos ponderou a situação se alguém os pegasse, mas jogou a cautela pela janela em troca de aproveitar o momento.

Yep. Bem-vindo ao vale da bissexualidade, Naruto Uzumaki. Pensou de forma quase histérica, sentindo a mão que Sasuke tinha em sua cintura descer de forma furtiva, perto demais da sua bunda. Largou a boca dele e abriu um dos olhos e foi presenteado com o rosto de Sasuke Uchiha, o cabelo em desarranjo e a boca avermelhada e um sorriso besta no rosto.  Pelo menos eu tenho bom gosto.

Naruto o puxou para mais um beijo, pensando um foda-se, ser tão atraente assim deveria ser ilegal.

Eles não conseguiram finalizar esse.

— Uzumaki, Uchiha.

A voz profunda fez Naruto empurrar Sasuke de vez, rápido e com força. O garoto bateu no bebedouro com um xingamento e se virou com um olhar mortal para quem estava atrapalhando os dois.

Sasuke encontrou-se paralisado em olhos escuros idênticos aos seus, cabelos longos presos em um rabo de cavalo baixo e uma roupa de monitor do colégio, que consistia em uma roupa social negra e gravata negra riscada de vermelho. E além de tudo, ali, pendurado no pescoço o símbolo sete. O símbolo de um vencedor.

— Itachi — replicou irritado.

— Irmãozinho. — A voz do outro era vazia, e os olhos escuros saíram do irmão para a figura menor que era o motivo de estar ali.

Ele estava atrás do seu irmão mais novo, as roupas bagunçadas, a boca vermelha, ainda ofegante. Os cabelos dourados ainda mais revoltados que o natural e o rosto bronzeado corado. Cor essa que foi sumindo ao lhe encarar.

Era ele, sem dúvidas. Mesmo que dessa vez os olhos fossem diferentes. Não apenas na cor, mas era algo a mais.

Ele parece mais...caótico.

Sua observação foi perturbada quando notou algum estranho reconhecimento os tomou.

Prendeu a respiração. Ele me reconheceu? Como?

De algum modo, dessa vez, ele sabia.

Teve essa confirmação ao vê-lo recuar, usando Sasuke como escudo. Sasuke, por sua vez, mesmo que fosse ignorante de toda essa situação que estavam metidos se postou de forma ereta, se virando totalmente para encarar o irmão, cobrindo o outro com seu corpo. De forma instintiva ele havia percebido que havia algo de errado. Seu irmãozinho sempre havia sido terrivelmente perceptivo quando queria.

Naruto por sua vez sentia a cabeça explodir ante a visão daquela pessoa, tão parecida com Sasuke que em outro momento seria engraçado.

No instante em que os olhos o prenderam sentiu seu peito se comprimir em angústia. Seus olhos marejaram novamente, uma reação que já estava se tornando estúpida. Mesmo quando Sasuke tomou sua frente, eles não o largaram. Ouviu o nome. Itachi, mas não o processou direito.

 

— Eu confiei em você, Ewen. Você me traiu... condenou a todos nós...

 

Aqueles olhos. Aquela pessoa. Aquela mesma voz. Havia sangue... E culpa. Seu sangue, culpa dele...

— ...Condenou a todos nós. —Murmurou e só teve tempo de ver Sasuke virar o pescoço para o ver quando falara, antes de cair.

 

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O corpo caiu no chão com um baque surdo, tremulando levemente com o impacto. Sasuke sentiu o estômago gelar e em segundos já estava no chão ao lado do outro. Preocupado, tocou o rosto gelado do outro suavemente.

— Naruto!

— Ele desmaiou. — Disse Itachi que se agachou ao lado deles, Sasuke o olhou por um momento, com vontade de lhe informar que isso era óbvio. Mas se calou ao ver a expressão de pena que o outro fazia ao encarar o rosto de Naruto desacordado. E se irritou mais.

— Temos de o levar a enfermar... O que está fazendo?!

Itachi pressionava o dedo indicador e médio na têmpora esquerda do loiro, Sasuke estapeou seu braço, bravo. Iria o xingar, mas parou ao notar que a testa de Naruto estava machucada abaixo da franja que havia saído do lugar. Ele havia machucado durante a queda?

— Eu só estava checando se tinha pulso temporal, pois se não tivesse, por ter batido a cabeça ele estaria em choque. Mas foi de leve já que ele os tem, não tem sangue nos ouvidos...

— Tá bom Itachi já entendi! Agora temos de levá-lo a enfermaria. — Seu tom seco não mudara enquanto alisava delicadamente a bochecha do outro, onde outrora estavam molhadas por lágrimas.

— Eu o levo. — O tom frio de Itachi o fez desviar o olhar, crispou os lábios e juntando as sobrancelhas escuras, encarando o irmão.

— E por que eu deveria deixar?  Você nunca falou com ele! Você é um vencedor, por que não vai ficar com seus amigos estranhos? — Cuspiu as palavras com ira no olhar, seu lado infantil o dominando como sempre quando seu irmão se envolvia. Odiava quando Itachi tentava se intrometer em seus assuntos.

— Porque você está descontrolado, além de que ontem mesmo todos te viram o carregando até a enfermaria. Se você o fizer de novo, irmãozinho, vão começar a fazer intrigas sobre vocês. Apesar de elas não serem mentira com tudo o que vi hoje, a forma como vocês est-

— Chega! — Sasuke o interrompeu, o rosto corando. Olhou para o loiro novamente, vários sentimentos passando rapidamente por seus olhos. Ele não se importava com o que pensassem sobre os dois, mas talvez Naruto se importasse. Ele já tinha bastante fofoca sobre ele rolando para acrescentar mais uma no momento.

Eu realmente devo estar gostando desse merdinha para me importar com isso.

 Voltou a olhar o irmão: — Então o leve.

Itachi o pegou no colo facilmente, como se fosse uma criança, o aninhando junto a seu peito. Sasuke cruzou os braços desviando o olhar dos dois enquanto Itachi se distanciava. Não gostava da sensação de vê-los juntos, feria, feria seu coração de alguma forma que não conseguia explicar.

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Quando chegou a enfermaria, sentiu o olhar da enfermeira, Shizune o seguir. Não pediu licença para entrar e agiu como se tivesse permissão de estar ali. Sempre funcionava.

 Para a sorte de Sasuke — ou azar — a enfermaria era pequena, as paredes brancas e amplas janelas com cortinas cinza. Era composta por somente três leitos separados por cortinas azuis claros. Era fácil localizar o corpo miúdo na primeira maca com uma compressa quente sobre a cabeça. Seu coração palpitou e em passos largos se pôs ao lado no leito.

Itachi não estava mais ali.

E isso não o deixou nem um pouco incomodado.

Abriu a boca para uma pergunta rude, mas a bronca de Naruto lhe veio à cabeça e controlou sua raiva.

— Ele está melhor? — Perguntou, sem ao menos olhar a mulher. Pelo menos sua voa havia educada.

— Está sim. O machucado na cabeça não foi sério, sem concussão. Ele está só dormindo agora, parecia exausto.

Sasuke fitou o rosto desacordado. Doía-lhe vê-lo ali, tão vulnerável deitado daquela maneira, mas com as feições relaxadas, o oposto de quando o vira no corredor. Eram bem visíveis as olheiras escuras, a pele pálida e aquela áurea doentia que o rodeava.

Sasuke se sentia ainda mais confuso sobre Naruto, mas pelo menos a antipatia havia sumido.

Havia o beijado mais cedo, havia sentido as malditas borboletas no estômago, como nunca. Tinha sido muito bom, maravilhoso, mas aquela magia parecia ter sido temporariamente ofuscada por aquele acontecimento. Itachi não poderia ter achado um momento mais inoportuno para invadir sua privacidade. Mas também tinha Obito, estava realmente furioso e curioso. Queria saber o porquê de Naruto ter o procurado e depois ter saído dali tão abruptamente, da razão dos machucados dele.

Naruto não estava bem, parecia cansado e abalado, não se mostrava estar nem pensando corretamente.

Ele pode estar realmente doente.

Essa opção não era de toda errada. Naruto não havia comido naquele dia, nem no anterior, pois não o vira nenhuma vez no refeitório então... Aquela palidez, e tanta leveza para um adolescente podia estar envolvida com isso.

Era uma possibilidade assemelhada ao nervosismo que ele parecia estar. Sasuke havia percebido que mesmo parecendo um cara durão, ele era frágil. Naruto era frágil de uma maneira que nem ele mesmo sabia.

Tocou seu rosto com as pontas dos dedos delicadamente, notando o curativo em sua testa.

— E o corte no ombro dele?

— Superficial, cuidei disso. — A mulher respondeu da sua mesa, o fitando de forma indecifrável. — Sabe como aconteceu?

Sasuke abriu a boca, mas foi interrompido.

— Irmãozinho.

 Sasuke se assustou quando Itachi surgiu ao se lado, o rosto impassível. Rapidamente retirou a mão do rosto do outro. Vendo-o percorrer o corpo do loiro com o olhar, logo parando em seu rosto. Aquele modo de olhar de Itachi o surpreendeu. Fazia tanto tempo que não via seu irmão parecer tão...aberto. Suas expressões que mudaram dramaticamente para algo como serenidade. Uma estranha serenidade misturada com alívio.

Sasuke conteve a vontade de esmurrá-lo a cara.

O que tem Naruto e fazer Uchihas demonstrarem emoções?  Pensou frustrado.

— Ele já deu algum sinal de que vai acordar? — Foi até a maca do lado e se sentou.

— Não.

Ouviram um barulho de plástico sendo rasgado, a enfermeira logo atrás preparava algo que nenhum dos dois queria saber.

—Então, estão namorando?

Sasuke o olhou rápido. Sua expressão incrédula parecia uma resposta bastante óbvia.

— Mas vocês dois estavam-

Sasuke olhou Itachi, os olhos fumegantes o queriam corroer a alma, o calando. A enfermeira pausou o que fazia, os fitando de forma intrigada por alguns segundos.

Itachi pareceu tremer o canto da boca. Sasuke apenas sabia que ele havia feito isso de propósito.  

Os olhos dos dois desviaram para a porta dupla que se abria repentinamente. Não conteve sua surpresa ao ver ninguém menos que Obito Uchiha entrar por elas, o rosto preocupado, olhos arregalados. Não foi preciso procurar mais que poucos segundos para os achar. Seus olhos se fixaram em Naruto tão intensamente que antes que ele abrisse a boca Sasuke já sentia nojo e raiva.

Itachi agarrou seu pulso por baixo da maca, a expressão em aviso. Ele sempre fazia isso quando notava Sasuke começar a perder controle perto de Obito, o que acontecei frequentemente quando estavam próximos.

Obito se aproximou do leito, fitando o rosto pálido do garoto desacordado, uma expressão preocupada e intima demais para um diretor sobre um aluno.

 Itachi endureceu ainda mais as feições, todos os sentimentos de minutos atrás sumindo em uma máscara estoica.

Sasuke se segurou para não expulsar o próprio tio aos pontapés dali.

— O que aconteceu?! — Sua voz retumbou desesperada, de uma maneira que Sasuke sentiu seu sangue ferver.

— Ele desmaiou, Obito. — Itachi respondeu, se levantando da maca que havia se sentado, alisando o uniforme de monitor. — Mas está tudo sob-

— O que está fazendo aqui afinal? — Sasuke o cortou, sua voz saindo baixa e ameaçadora, os olhos ônix que lançavam um olhar mortal ao mais velho, as mãos em punhos, a mandíbula travada. Obito se virou, ambos trocando um olhar elétrico. O clima já pesado piorando.

Itachi suspirou.

Obito estendeu a mão para tocar o Uzumaki enquanto falava de forma sarcástica.

— E o que isso tem a ver com você, querido sobrinho? —

Não foi preciso mais nada para que Sasuke desse um passo para o lado, tentando se colocar entre o tio e Naruto. Seu senso protetor lhe acertando precisamente.

— Tudo. Já que sou o tutor dele. — Obito sorriu de maneira macabra, logo desviando sua atenção ao garoto novamente.

— Sou amigo de Minato, o pai dele. Terei de avisá-lo que Naruto está com a saúde um pouco debilitada. Mais cedo conversamos sobre isso. Ele é um garoto realmente especial.

Seus olhos negros percorreram o corpo estendido.

Novamente sentiu a mão de Itachi em seu pulso, disfarçadamente.

Sasuke respirou fundo, a voz saindo em um tom sibilante: — Então vá logo o avisar, Obito.

Itachi se colocou na sua frente, prevenindo qualquer tipo de agressão entre os dois quando notou o olhar de Obito.

— Quem você acha que é para me dar ordens? — Obito retrucou, o tom baixo e ríspido, mudando sua posição agora cruzando os braços, fitando Itachi de soslaio.

Enquanto havia uma inimizade explosiva entre Sasuke e Obito, notou mais de uma vez que o tio parecia desconfortável perto de Itachi. Cauteloso.

Itachi parecia saber bem disso, mantendo sua presença silenciosa entre Obito e os outros dois garotos. A postura calma, nenhuma pouco agressiva, quase casual. Ainda assim Obito pareceu recuar de onde segundos atrás parecia prestes a atacar Sasuke.

— Só vou dizer uma vez pirralho, não queira me fazer perder meu tempo com você... — Obito olhou Naruto ternamente, para logo depois se virar de costas e caminhar em direção a saída.— Você não vai gostar de saber o porquê.

Os dois irmãos o viram ir. Apenas quando ele fechou a porta Sasuke conseguiu respirar. Sentiu o olhar de Itachi e o fitou de forma petulante.

— O quê?

Itachi ergueu uma sobrancelha.

Seu irmão conseguia o chamar de idiota sem nem mesmo abrir a boca.

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Duas vezes, em dois dias, que Naruto acordava olhando para aquele teto branco, entre aquelas cortinas azuladas da enfermaria.

Aquela escola só poderia ser maldita. Não havia outra forma de explicar.

— Que bom que acordou.

Aquela não era a voz fria que esperava ouvir.

Não acredito que eu estava ansioso pela voz daquele sotalach.

Virou para o lado e a cortina abriu revelando Gaara sentado no outro leito vestido com o uniforme do colégio, a mochila no chão no canto. Os olhos verdes com uma ponta de preocupação ao se erguer e passar a mão gelada na testa do Uzumaki ainda atordoado.

Era gelada, mas não como a de Sasuke.

— Estou bem. — Resmungou se erguendo para se sentar. O outro franziu a testa contrariado, e as mãos o empurraram de volta para a cama. — Ei!

— Deita aí. — A voz foi tão firme que engoliu em seco. Gaara podia dar medo quando queria. Ficou quietinho. — Você desmaiou de novo. Você não está bem, Naruto.

— Não foi nada. Eu só não comi direito esses dias.

 Mentiu de modo descarado. O ruivo o fitou intensamente tentando ver se acreditava, o fazendo se sentir uma criancinha. Igualzinho seu pai o fazia se sentir.

A lembrança do pai fez seu coração disparar, sua mente trabalhando ao lembrar da ameaça de Obito a sua família. Empalideceu e o outro entendeu errado a reação.

— Viu só. Vou chamar a enfermeira.

Naruto suspirou. Era melhor aceitar do que explicar. E ao menos quando a mulher lhe examinou dizendo que ele estava completamente bem, o garoto largou do seu pé.

— Eu sugiro que vá para seu quarto e descanse o resto do dia. E alimente-se melhor. — A moça sorriu.

Sorriu de volta e ela corou, desviando os olhos.

— Ele vai. — Gaara respondeu por si e Naruto fez uma cara emburrada. Gaara realmente estava se saindo como um Minato dois. Até naquele olhar mortal quando pensou em protestar por ele querer lhe acompanhar até o quarto como se fosse um inválido.

— Não sou uma criança, Gaara, que você precisa deixar na porta.

O outro o ignorou e bufou enquanto atravessavam o pavilhão que levava a sua área de quartos. Gaara caminhava a seu lado com as mãos nos bolsos, a face entediada, fria. Alguns alunos passavam pelos dois e estranhavam o ruivo estar com alguém, mas logo desviavam o olhar ao encontrar seus olhos. Ao que parece, não era apenas a si que Gaara conseguia intimidar.

Muitos olhavam o irlandês. O novato que acertara o Uchiha, que ficara, ao que parecia, amigo do cara que não tinha amigos desde que entrara no colégio há 3 anos. Não porque fosse abominável, mas porque Gaara parecia não querer se misturar com ninguém.

— Ei, Gaara...hum. — Coçou a nuca sem saber como perguntar. O outro o olhou levemente curioso. Naruto corou. — Você sabe quem me deixou na enfermaria?

— Foi o Uchiha.

— Ah. — Respondeu simplesmente com o coração disparado.

— Itachi Uchiha.

Naruto estancou e arregalou os olhos.

— I.Itachi?

Itachi. Era o nome do outro. Imagens brigaram em sua mente.

— Ei, você está pálido. — Sentiu as mãos em seus ombros e olhou para cima, para os olhos verdes. Gaara havia parado na sua frente e o olhava preocupado. — E está tremendo. Naruto... Me conta o que está acontecendo.

— Não é nada, Gaara. Nada. — Sorriu incerto. Recomeçou a andar e o outro suspirou com sua teimosia.

Ficaram em silêncio até chegarem ao quarto. Gaara quase o colocara na cama para dormir e Naruto o olhou possesso, o que ele ignorou. Ele apenas foi embora após vê-lo quieto, e novamente Naruto se lembrou de Minato e sentiu um aperto no peito. Relembrando a sensação que sentira quando ele fora embora.

Tão absorto estava que nem ao menos viu quando o amigo saiu. Estava lembrando-se do que sentira. E o que sentia agora, como se aquela fosse a última vez que fosse ver seu pai.

Não podia perdê-lo. Ele perdera Jiraya, não podia perder mais ninguém. Por isso iria aceitar os termos de Obito, até conseguir uma ideia de como acabar com ele.

Dormira com a mente esgotada, e acordara com alguém lhe cutucando, encontrando olhos negros sobre si em um rosto pálido. Seu coração disparou.

Mas era apenas Sai.

— Ultimamente, sempre tenho que acordar você, fica gemendo aí feito um enfermo. — O outro retrucou um sorriso falso no rosto. Naruto revirou os olhos.

Sai riu e se sentou na cama ao lado da sua, removendo o tênis. Naruto olhou para a janela de vidro alta que ficava acima no quarto, a luz da tarde. Dormira um bom pedaço de tempo, e como sempre, o sono fora tão agitado que nem parecia que dormira. Estava coberto de suor, precisava de um banho, e não lembrava de nada do que sonhou.

— Soube que deu uma pane hoje de novo. Todo mundo está comentando que viram o vencedor carregando você como uma donzela para a enfermaria. Não sabia que conhecia o Uchiha mais velho. — O outro falava com o mesmo sorriso de sempre, olhando o perfil impassível do colega que olhava o teto, o ignorando. A menção do nome o fez franzir a testa, mas logo a expressão sumiu.

— E não sabia que você era um fofoqueiro. — Naruto replicou virando para o outro lado na cama.

— Só fiquei preocupado com meu amigo. — Até falando isso Sai conseguia ser desagradável. — Se você morrer, vou ter que conseguir outro colega de quarto, e o último era muito estranho. Apesar de você também não ser muito normal. Quando não acorda aos berros e gemidos, fica vagando pelo colégio à noite, caindo pelos cantos...

— Não vou morrer, para sua infelicidade. — Retrucou seco.

— Não foi isso que pareceu. Afinal, três Uchihas visitando alguém na enfermaria causou certo alvoroço.

Naruto congelou. Se o outro pudesse ver seu rosto veria que estava pálido como giz, mas a voz saiu controlada.

— Três?

— Sim. O vencedor, o metidão e o chefão Obito.

O coração de Naruto disparou.

Aquele filho da puta.

— A enfermeira contou que rolou um clima pesado entre os irmãos Corsos¹. Eles nunca se deram muito bem, é o que dizem. — O outro deu de ombros e então sorriu com malicia. — Mas o metidão parecia bem desesperado e possessivo. Diga aí Naruto, quem está comendo quem?

Naruto esqueceu Obito e virou depressa na cama, os olhos azuis arregalados e vermelho até a raiz dos cabelos loiros.

Sua arma. Queria sua arma agora!

Sai era esperto, podia pressentir o perigo e terminou de colocar o tênis, já com todo o uniforme de educação física e saiu no mesmo instante que um travesseiro batia na porta com raiva, quase o alcançando.

Melhor que um tiro.


Notas Finais


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Deartháireacha : irmãos

¹ Irmãos Corsos, livro de Alexandre Dumas.


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