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História Sedentos - XXI - Espinha - História escrita por Wrestlery - Spirit Fanfics e Histórias
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História Sedentos - XXI - Espinha


Escrita por: Wrestlery

Notas do Autor


Bem... Este capitulo e os próximos serão um pouco diferentes. Esta será uma nova etapa na vida de Itachi, Sasori e Sakura, eles ficarão aqueles sete dias fazendo coisas boas, portanto, viverão praticamente como humanos. Mas é só isso mesmo, não desistam de mim djskadjalda!

Boa leitura! <3

Capítulo 21 - XXI - Espinha


Fanfic / Fanfiction Sedentos - XXI - Espinha

 

Olimpia, Grécia — 06h00min 

Sakura Haruno 

Abri os olhos lentamente, vendo o peito desnudo e musculoso de Sasori abaixo de mim; corei. Ele dormia serenamente, as bochechas levemente coradas por causa do sol que recebera quando foi me buscar de Washington. Dedilhei seu rosto e depositei-lhe um beijo cálido nos lábios entreabertos. Preferi não acordá-lo, foram poucas as vezes que vi Sasori dormindo. Então, me levantei sem fazer muito barulho, sentindo a corrente fria do piso atravessar meu corpo; o vento gelado da manhã entrando pela janela. Encarei a tela brilhante de meu celular e me surpreendi ao ver os horas: 6-0-0. Exatamente, 6-0-0. Sempre fui uma mulher de levantares quebrados: 06h18min, 07h24min... Decidi fechar a janela e enxerguei, subindo atrás das plantações cobertas de orvalho, o deus-todo-raivoso de verão deixando bem claro: você foi vista; você será vista. 
Com esses pensamentos matinais, entrei no banheiro relativamente grande e comecei a me despir para tomar um banho. E, só depois de ter emergido meu corpo nas águas da banheira que fui lembrar-me de que acabei esquecendo de fechar a porta. Entretanto, levando em conta que fomos dormir tão tarde, Sasori provavelmente não acordaria às sete. Fechei os olhos e pus-me a pensar sobre a vida. 
Hoje seria um dia bom, ao que tudo indicara. Sem brigas, sem discussões, sem mentiras; apenas eu, Sasori, Itachi e a bondade que, provavelmente, devia estar escondida em algum lugar do coração deles. Um dia especialmente para conhecê-los verdadeiramente, para tentar, à todo o custo, estreitar os laços dos dois e tirar aquela ideia absurda da cabeça de Itachi. Aliás, começando à partir de hoje, um domingo pacato, teríamos sete dias para viver novamente como humanos. Porém, humanos bem mais eficientes — pelo menos em comparação à adolescente rebelde que eu era. Não que eu precisasse fazer algum trabalho comunitário como os dois, mas eu daria o meu melhor para auxiliá-los, principalmente Sasori, que nunca foi um humano. 
Hoje seria um mudança para nós, hoje seria um possível recomeço que eu não deixaria passar. 
Hoje voltariamos para os Estados Unidos, mais especificamente, Washington. 
Todavia, antes de sairmos daqui, eu ainda precisava fazer as malas e... E a porta do banheiro foi aberta. 
— Sai daqui! — berrei, atirando um chinelo que acertou bem no ombro de Sasori. — N-não olhe para mim!
Ele começou a rir e eu atirei o outro par, que ele desviou facilmente. Pegou os dois calçados e me olhou de sobrancelhas erguidas, balançando-os. 
— E agora? O que a senhorita mal-humor irá fazer? 
Arregalei os olhos e me afundeio máximo possível na banheira.
— Seu... — mostrei a língua — pervertido! 
Voltei novamente a esconder metade do meu rosto debaixo das águas e ele riu ainda mais. Sasori aproximou-se da pia e pegou a escova de dentes, ainda risonho. 
— Por mais que eu quisesse tirar você daí e ver o que você está me escondendo — falou, concentrando em colocar a pasta na escova —, eu sei que ainda terei a oportunidade de fazer isso. Então vou apenas escovar os dentes e admirar a minha beleza no espelho, pode continuar o banho. 
Estreitei os olhos e deixei um minimo sorriso escapar nos lábios, vendo que ele realmente parecia sincero. Então, com toda a sutileza em meus movimentos, peguei o sabonete e continuei, sem deixar de olhá-lo para conferir se ele não me encarava. 
— Certo, agora suma daqui — falei, vendo-o arquear uma sobrancelha enquanto tentava espremer uma espinha. — Você nem tem espinhas! 
Ele continuou revezando entre me olhar de soslaio e espremer a espinha. 
— Venha conferir, então. 
Um sorriso malicioso repuxou o canto de seus lábios e eu revirei os olhos. 
— Eu vou me trocar, preciso que você saia
— Eu posso camiseta?
Fiquei encarando-o com uma cara de retardada confusa e então eu entendi. 
— Meu Deus do céu, Akasuna no Sasori, você é um retardado! — berrei, prendendo o riso ao vê-lo fazer uma careta enquanto passava as mãos pelo rosto. — Hum... está mais vaidoso do que eu... 
Ele parou na hora o que estava fazendo e jogou os cabelos para trás, colocando uma mão na cintura. 
— E, por acaso, você tem algum preconceito contra gays? — indagou com voz afeminada, mordendo o lábio inferior e estreitando os olhos. 
— Eu não mereço acordar com isso... — bufei, entregando-me às risadas e sendo acompanhada pelo ruivo idiota. — Ao menos, vire de costas. 
Ergueu os braços em rendição e fez o que eu pedi. Na velocidade da luz, levantei-me e me enrolei na toalha. 
— Já posso voltar a tentar tirar esse monstro da minha cara? — perguntou. 
— Pode virar, mas não mexa na espinha; se você enfeiar essa sua cara, eu nunca mais fico com você — articulei, brincalhona.
Ele me olhou indignado. 
— Bom saber que você só gosta da minha beleza, Haruno — se aproximou, tocando meu queixo. — Seu nome está anotado na minha lista negra. 
Não deu tempo para rir, meus lábios foram tomados; Sasori me beijava apaixonadamente. Então, em um movimento estupido, fui segurar seu rosto, esquecendo-me completamente da toalha. 
Merda. 
Tinha que cair agora?
A única opção mais plausível foi empurrá-lo para fora do banheiro, contudo, ele era mais forte.
— O que... Ah, desculpe! — suas bochechas coraram e eu fiquei ainda mais surpresa. — Estou vazando. 
Com a respiração totalmente acelerada, eu bati a porta em um solavanco e deixei minhas pernas bambas flexionarem-se enquanto minhas costas se arrastavam pela madeira polida. "Ele não deve ter visto nada", enfiei este pensamento na cabeça. 

§

O ruivo se deitou nos travesseiros devidamente organizados e eu ajoelhei ao seu lado na cama, revirando os olhos ao vê-lo sorrir imensamente. 
— Certo, criada, faça o que eu mandei — falou com soberania, olhando em meus olhos. 
— Idiota, só não te dou uns tapas porque não quero que as pessoas pensem que eu andei abusando de você — eu disse, sorrindo de canto e acendendo a lanterna do celular. — Segure isso e ilumine a área da espinha. 
Com as mãos quase tremulas, ele segurou. 
— Você nunca teve uma espinha?! — indaguei ao vê-lo fechar os olhos receosamente. 
— Na verdade, não.
— Credo, Sasori, devia ser o perfeitinho da humanidade — fiz uma careta e ele riu. 
— Sei lá, deve ser genética.
— Amo essa genética — sussurrei para mim mesma. 
— O que disse?
Pulei de susto e sorri nervosa. 
— Em ordem alfabética — menti, lançando-lhe uma piscadela. — Você sabe o alfabeto?
— Sei. 
— Então vá dizendo enquanto eu faço a minha parte aqui. 
Sem hesitação, Sasori começou a cantar uma musiquinha com as letras do alfabeto, o que deu o tempo necessário para que eu terminasse de cuidar de seu rosto. 
— Pele renovada, querido! Eu sou uma lendária esteticista. 
Ele juntou as sobrancelhas. 
— Esteticista não é a aquela que... Ah, não, isso é inseticida. 
Revirei os olhos e desci da cama, entretanto, ele me puxou para cima de seu corpo. Estávamos à uma passo de nossos lábios se encontrarem outra vez, mas a porta foi aberta. 
— Será que dá para o casalzinho se apressar? — era Itachi, de braços cruzados. — Temos meia hora para estar no aeroporto. 
— Aeroporto?! Eu pensei que... 
— Sakura, eu não vou voar com malas até Washington — ele riu da minha inocência. — E alguém teria que carregar a sua, você não conseguiria. 
Levantei uma sobrancelha, debochada. 
— Ah, é? Quem quase ficou de cama por causa do meu empurrãozinho foi você. 
Sasori riu e Itachi bufou.
— Eu irei ter de arrastá-los para fora dessa merda de quarto? 
Balancei a cabeça e me levantei, puxando Sasori. As malas estavam feitas; tanto a minha quanto à dele. Portanto, o nosso único esforço foi levá-las para o carro. 
— Não sabia que vocês tinham um carro — cocei a ponta do nariz e me espreguicei. — É bem grande. 
Sasori deu de ombros e entrou no banco do passageiro enquanto Itachi foi para o do motorista e eu no de trás. A viagem foi tranquila, estávamos quase chegando no aeroporto. 
— Durante esses sete dias... não podem matar ninguém? — perguntei, hesitante. 
A voz de Itachi ecoou pelo veículo. 
— Não, temos que ser completamente do bem — revirou os olhos. — É ridículo. Uma vez eu tive que aguentar a fúria incontrolável de um morador de rua porque eu tinha, sem querer, chutado o cobertor dele. 
Começamos à rir. Então, ouvi uma risada baixa de Itachi, quase inaudível; olhei o retrovisor e vi que ele sorria minimamente. 
E, com isso, pude perceber, Itachi não era do mal como eu pensava... Ele era igual à Sasori: precisava de um pouco de atenção e amor. Afinal, sempre conviveu com a dor de ter mentido descaradamente para o irmão que tanto amava e os pais. Sempre teve de agir como se realmente estivesse vivo. Portanto, durante esta viagem, eu daria o meu melhor para fazê-lo mudar de ideia em questão de matar Sasori. Nem que eu tivesse que cometer uma loucura, eu faria isso. 

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Tattoos on my inside of you.

— Calmani & Grey (Tattoo)


Notas Finais


Bom, é isso. Acho que posto o próximo ainda hoje!!

Bejinhos e até o próximo!
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Tattoos on my inside of you = Tatuagens suas dentro de mim (inglês).
Música "Tattoo - Calmani & Grey". (Recomendo demaaais).


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