Pov's Naruto
Foi questão de minutos até a governanta chegar no quarto para me chamar e eu a segui agradecendo mentalmente por não ter demorado tanto para me trocar e por não ter ido mais longe com o Uchiha, Deus sabe que eu não conseguiria ouvir uma só palavra com uma ereção dolorida.
Confesso que fiquei surpreso com o fato de que ele se afastou quase de imediato quando eu praticamente implorei para que ele o fizesse. Às vezes chego a me odiar por isso, me odiar pelo meu modo de agir tão peculiar e irritante, quando Sasuke me toca sinto cada pedaço do meu corpo parece entrar em chamas, gosto da sensação de cada afago e carícia sua e me acho egoísta por querer me afundar cada vez mais em seus braços.
Por outro lado eu me sinto sujo. Sasuke é o futuro rei e eu um simples plebeu. Ele me ajudou no cio e deveria ser só isso, mas eu não esperava encontrá-lo, muito menos viver tudo que estou vivendo agora. Nossa marca foi um erro... e por mais que eu odeie pensar por esse lado, não passa da verdade patética sobre nós dois. Eu não queria ser tão entregue a ele assim, não queria me deixar levar a cada palavra sua... mas é impossível, e eu não digo isso pela nossa ligação. Digo isso porque Sasuke Uchiha consegue me confundir e comprometer todo o meu juízo e nunca foi diferente, mesmo antes da ligação.
– Está muito pensativo meu jovem... – A voz da governanta me fez acordar e piscar os olhos rapidamente. – Sua sorte é que não comecei a lhe mostrar nada.
Chiyo, esse era o nome da senhora. Não esperava que a governanta do Reino Uchiha fosse uma mulher de idade, e sendo sincero eu me surpreendi com o pouco que ela dizia conforme andávamos para fora do quarto. Era baixa, os cabelos não passavam do ombro, suas expressões eram suaves, de uma mulher sábia.
– Me desculpe. – abaixei a cabeça vergonhosamente – Tenho pensado em muitas coisas mesmo... – Murmurei para ninguém em especial.
– Sei que tem muita coisa se passando nessa cabecinha – Ela parou de andar e eu maneirei meus passos também até ficar ao seu lado, encarando-a confuso com aquela frase – Não deve ser fácil todo esse turbilhão de coisas para você. Ser o criado oficial às vezes exige muito... e Sasuke é uma pessoa difícil de se lidar.
Senti meu peito aliviar por um instante, Chiyo usava palavras que pareciam ser medidas bem antes de pronunciadas... e por um breve momento eu pensei que ela soubesse de tudo só de olhar em meus olhos.
– Sim, você está certa – Sorri levemente. Querendo ou não ela estava certa em uma pequena parte. Apesar de essa função ser nada mais que uma fachada, eu ainda teria que exercer meus serviços de acordo e estava um pouco assustado com isso, afinal é tudo muito novo para mim. – Tudo aconteceu muito rápido, não sei bem como agir.
Chiyo abriu um sorriso como se me entendesse perfeitamente.
– Sei que deve estar tudo confuso, mas não se preocupe, vamos conhecer as coisas primeiro e você pensa no resto depois, tudo bem? – Ela falou de um modo tão gentil que pareceu realmente me acalmar por dentro.
– Sim, muito obrigada. – Me curvei rapidamente em agradecimento.
Chiyo então finalmente começou a me mostrar o tão imenso castelo Uchiha. Eu não tinha prestado atenção em nada à minha volta até ali, mas a partir do momento que parei para realmente me focar em conhecer o lugar não pude deixar de me surpreender com cada cantinho daquela imensidão.
Tudo era completamente diferente do reino Hyuuga, enquanto lá eles preferiam tons claros que alegrassem e passassem a imagem de um lugar próspero e calmo, o reino Uchiha é totalmente o oposto, embora não deixasse de ter sua elegância própria. As paredes eram em tons escuros e tinham seu contraste com os tecidos vermelhos e objetos de ouro que ficavam espalhados pelo corredor em cima dos móveis ou pendurados nas paredes.
Quando Chiyo me disse que mostraria tudo ela estava falando sério. Começamos pelos corredores principais que levavam até salas importantes do castelo. O escritório do rei, a sala do trono e a sala de reuniões — a qual eu dei mais atenção ao trajeto com certo receio do último acontecimento — além de outros cômodos que ela denominou como essenciais.
Depois seguimos para outra ala do castelo, onde fica a biblioteca e bom... eu não tive palavras o suficiente para descrever a beleza do lugar. Se um dia eu pensei que a biblioteca do reino Hyuuga era enorme, eu estava completamente errado.
– Esse lugar é enorme e... lindo. – Sussurrei olhando em volta, reparando nos detalhes de ouro que davam um toque incrível a tudo ali. Todos aqueles livros pareciam um paraíso do conhecimento para quem entrasse e se aventurasse.
– Sim, é mesmo. – Chiyo sorriu – Essa biblioteca carrega muita história e conhecimento – eu estava certo afinal – Tem livros aqui foram escritos até mesmo antes da grande guerra. – Vi ela andar em meio às prateleiras, olhando cada livro com atenção e nostalgia.
– Pode ser muito útil para o reino... – Comentei ousando tocar em alguns livros em cima da mesa de madeira – Saber de tanta coisa assim... é uma informação privilegiada.
– Você é um ômega esperto mesmo. – Soltei uma risada com o comentário – Tem razão, esse lugar é um poço de utilidade – ela deu uma olhada em volta antes de se dirigir a mim. – Por isso precisa ser bem cuidada.
Assenti sem pensar duas vezes. Acho que nem eu nem ninguém seria capaz de fazer algo contra esse lugar, só algum inimigo... e caso conseguissem entrar aqui. Uma coisa que eu não deixei de perceber foi nos guardas repletos de armadura e uma feição impenetrável que estavam dispersos pelos corredores do castelo todo.
O reino Uchiha é um reino muito forte sem dúvidas.
– Agora vamos, preciso lhe mostrar o resto e depois vou deixar você nos seus aposentos como o futuro rei pediu. – Chiyo me guiou para o lado de fora e eu novamente a segui, prestando atenção em cada palavra e pequena dica que ela dava de vez enquanto.
Chiyo me levou até a cozinha, que também era bem mais ampla e cheia de empregados a qual eu estava acostumado. Porém ela não disse nada conforme andávamos pelo piso branco até uma mulher bem afastada dos demais.
Era uma mulher loira como eu, mas seus cabelos eram um pouco mais escuros e seus olhos em um verde água lindos. Aparentava ter quase a mesma idade do que eu. Ela que até então estava concentrada na massa em cima da bancada, tirou seus olhos do trabalho por segundos antes de se virar completamente para nós dois e abrir um sorriso.
– Dona Chiyo, que novidade ver a senhora aqui! – Cumprimentou a governanta com um abraço, o qual foi retribuído no mesmo instante.
– As coisas tem sido corridas ultimamente, Ino. – Chiyo explicou calmamente enquanto se afastava do abraço aos poucos – Bom, esse aqui é o Naruto, o criado oficial do príncipe a partir de agora. – Endireitei minha postura quando ela apontou para mim.
- Itachi-sama? - Ela perguntou e a mais velha balançou a cabeça em negativa sorrindo. - Gaara-san? - Tentou mais uma vez recebendo a mesma resposta. – O senhor Sasuke aceitou um criado oficial?! – Ino me olhou surpresa, ela estava completamente incrédula. – Ah! Me desculpe. - Percebeu que tinha me deixado em segundo plano. - Muito prazer me chamo Ino Yamanaka. – Estendeu a mão apressadamente o que me fez rir. - É que é bem inesperado que o jovem príncipe do gelo tenha conseguido um criado oficial.
– Naruto Senju, é um prazer conhecê-la, Ino-san. – retribuí o aperto de mão com um sorriso – Vocês chamam o Sen... Sasuke. – Me corrigi rapidamente quando sua ordem ecoou na minha cabeça. - De "príncipe do gelo"? - Eu ri com o apelido.
- Sasuke? - Ino me olhou curiosa com a atenção tomada pelo jeito informal que eu o chamava.
- É bem... - Coçei a nuca desviando o olhar. - Ele me proibiu de o chamar de Senhor ou de qualquer outro modo formal.
- Ahh entendo... Ele deve confiar mesmo em você, isso é muito raro. De qualquer forma você deve saber do humor peculiar dele, príncipe do gelo é o apelido carinhoso de todos os criados para ele que é capaz de congelar alguém só com o olhar frio que distribui. - Ela fez um gesto como se raios saíssem dos seus olhos.
Eu já tinha notado que a rede de confiança do futuro rei não era muito grande, mas eu não imaginei que o caso era tão sério ao ponto de levantar tanta surpresa com meu cargo e meu modo de o chamar, além de que ele tinha aquela reputação nada amistosa.
- Entendi. - Sorri mantendo a postura.
Sasuke demonstrava que confiava em mim e eu não podia agir de forma displicente fazendo os outros duvidarem de seu julgamento.
– Sasuke-sama já teve muitos criados particulares, todos a ordem da rainha, mas nenhum deles durou mais que alguns dias. – Ino explicou com um sorriso nervoso desviando os olhos dos meus, fiquei imaginando se ela era uma das empregadas colocadas a serviço dele em algum momento, eu lembraria de perguntar isso a Sasuke quando tivesse uma oportunidade. – Digamos que ele é muito perfeccionista, impaciente e... intenso com as coisas.
Perfeccionista? Bom, isso combina com ele mesmo.
Impaciente? Eu não o descreveria melhor.
Intenso? Não havia dúvidas disso.
É, acho que essas palavras realmente abrangiam toda a personalidade daquele príncipe mal-humorado.
– Estou mostrando para Naruto o castelo já que ele irá ficar por aqui agora. – Chiyo novamente explicou. – Ino é a cozinheira chefe, comanda tudo por aqui, mesmo nova ela é tão boa como sua mãe era. – enquanto a governanta falava, Ino sorria com orgulho apesar de uma tristeza oculta estar ali presente.
Era como a Obaa-chan.
– E quando não estou aqui dando ordens estou lá fora limpando no tempo vago. – Ino completou, não parecendo incomodada com esse fato. – Mas espera... você não é daqui?
Neguei rapidamente.
– Vim do Reino Hyuuga, servi Sasuke lá durante sua estadia e acabei ganhando esse cargo como criado particular, cheguei hoje mesmo. – Resumi a grande história.
– Isso explica o porquê eu nunca ter visto você por aqui, conheço quase todos no castelo já que fui criada por esses corredores. – Ino me olhou dos pés à cabeça e novamente sorriu – Enfim, bem vindo ao reino Uchiha. Espero que dê tudo certo no seu novo cargo, qualquer problema pode me procurar.
– Muito obrigado. – Me curvei assim como fiz com Chiyo mais cedo.
– Ah, deixe disso – Ela abanou as mãos e voltou a mexer na massa – Você tem mais moral do que eu aqui agora.
Pisquei os olhos, ficando confuso com tal afirmação, Chiyo pareceu me entender e explicou:
– Ser um criado oficial é muito importante, em alguns casos você está acima de nós.
– Ah... mesmo assim não preciso de nenhuma formalidade – Me apressei em avisar, mexendo os braços nervosamente – Espero ser amigo de todos aqui.
A loira sorriu concordando.
– Agora irei mostrar a você seus aposentos. – Chiyo avisou e se virou para Ino – Foi muito bom revê-la querida, irei passar aqui mais vezes quando tiver tempo.
– Espero que faça mesmo. – Ino sorriu e olhou para mim – Foi muito conhecê-lo também Naruto.
– Digo o mesmo, Ino-san. – sorri.
[...]
Enquanto Chiyo me guiava até meu quarto, não deixei de perceber que fazíamos caminhos quase iguais aos que tínhamos passado mais cedo. No reino Hyuuga os aposentos dos criados ficavam um pouco afastados de todas as áreas principais do castelo, era um corredor estreito na verdade, cheio de portas e quartos. Mas não vi isso enquanto caminhava com Chiyo. O corredor era largo, seguia as mesmas decorações belas de todo o castelo, então me vi na obrigação de perguntar:
– Os criados todos ficam aqui? – Eu não tinha achado muitas portas no caminho para falar a verdade.
– Na verdade não. – Chiyo negou calmamente – Você não ficará em um quarto como os outros criados ou perto deles. – Franzi o cenho – Senhor Sasuke me pediu para que seu quarto fosse separado e mais perto das salas principais para que assim não houvesse problemas em relação a demora. - Ela chacoalhou a cabeça e murmurou um "menino impaciente" quase inaudível e continuou. - A ala onde os criados ficam é bem mais distante, não seria bom para você.
Suspirei impressionado. Sasuke tinha mesmo tudo planejado, que horas será que ele tinha providenciado algo assim?
Paramos de andar quando chegamos em frente a uma porta preta alta. Não contive o arfar impressionado quando a porta se abriu. Não era nada muito extravagante como os outros quartos, tinha pouca mobília, mas era muito maior que o meu antigo no reino Hyuuga.
Como tudo ali no reino Uchiha, as paredes eram escuras, mas não ao ponto de dar a aparência de uma masmorra, era mais como se conferisse um aspecto elegante e nobre. Havia uma janela grande na parede ao fundo e a cama de casal ficava encostada na parede do lado direito, enquanto o armário para roupas no lado esquerdo ao lado de uma pequena mesinha de duas gavetas em cada lado.
Eu queria matar o Sasuke por ser tão exagerado, mas ao mesmo tempo queria beijá-lo por poder dormir naquele lugar que na minha mente era incrível.
– Acho que ficará bem aqui. – Chiyo observou e eu virei para ela que olhava tudo da porta ainda.
– Com certeza. – Respondi baixinho, ainda impressionado com o tamanho do quarto. Isso não seria muito chamativo?!
– Não se preocupe. – Ela observou – Sei que deve pensar que isso é muita coisa mas... na verdade não. – riu baixinho. – Então não se preocupe em esconder sua surpresa.
Comecei a rir.
– Me desculpe... é que... o reino Hyuuga era diferente, a minha casa era diferente... – Suspirei – Isso é bem novo para mim, tudo está sendo na verdade.
– Pois bem, acho melhor se instalar e descansar logo para se acostumar. – Chiyo aconselhou e eu não pensei duas vezes em concordar. – Boa sorte com tudo. – Sorriu.
– Muito obrigado por me mostrar o castelo. – Agradeci sincero, ela tinha tido uma paciência incrível comigo e com minhas perguntas.
– Não tem de que, até mais. – Ela se curvou e fechou a porta.
Pov's Sasuke
Tirei minha atenção do livro quando batidas na porta soaram, segundos depois Naruto estava ali dentro do quarto.
– Vim ver o que você vai querer para o jantar. – Ela se aproximou mais, ficando apenas a dois passos da cama.
Olhei para a janela imediatamente, o sol já ia embora e eu me surpreendi por ficar tanto tempo lendo. Desde que o Naruto foi embora com a governanta a fim de conhecer o castelo, eu fiquei no meu quarto e voltei a ler o livro que o Kakashi me deu sendo interrompido somente quando Shikamaru veio até mim discutir uma ideia de missão, de qualquer forma ficamos de acertar os detalhes com Itachi e Gaara amanhã, então voltei a ler em paz querendo descobrir mais e mais... confesso que a marca se tornou uma coisa interessante pra mim, menos como uma grande ferida aberta, agora que eu tentava lidar com ela e que Naruto estava perto de mim eu me sentia estranhamente bem e interessado em entender tudo o que eu pudesse sobre ela.
– Nem sabia que já estava tão tarde assim. – Fechei o livro, mas antes guardei o número da página para voltar a leitura depois. – Você vai jantar comigo? – perguntei erguendo meu olhar para ele novamente, tentando não soar como um menino desesperado por isso.
Naruto suspirou e sorriu minimamente, acho que já tinha se tornado óbvio que eu apreciava sua companhia durante as refeições, era um dos poucos momentos em que tínhamos intimidade e normalidade ao mesmo tempo, se conversávamos ou se comíamos em silêncio eu não me importava, só a sua companhia me fazia apreciar mais a refeição. Na verdade eu nunca tinha sido acostumado a comer com muita gente em volta, era sempre com meus irmão enquanto crescíamos, mas depois que assumimos certas obrigações nossos horários não eram mais os mesmos e esse hábito acabou se tornando raro.
– Tudo bem. – Ele respondeu conformado com o meu pedido e eu sorri.
– E então, o que achou do castelo? – Eu estava curioso para saber, afinal aquela era minha casa.
– Eu nunca vi um lugar tão grande como esse. – Confessou e eu me perguntei se ele estava prestando atenção nos seus atos já que se sentou na beirada da cama de forma relaxada e continuou a falar. – A biblioteca daqui é enorme! Eu pensei que a do reino Hyuuga já era grande mas eu me enganei...
– Os livros são bem antigos. – Comentei ganhando sua afirmação.
– É tudo muito diferente... mas lindo também. – Sorriu animado – Ah! – ele parece se lembrar de alguma coisa e me olhou – Porque você pediu para que eu ficasse em um quarto totalmente diferente dos outros? Eu só precisei andar um pouco para chegar até aqui! E é imenso e lindo e eu nunca pensei em me instalar em um espaço tão amplo e confortável.
Comecei a rir, achei que ele poderia ficar um pouco bravo por isso, mas pelo tamanho do sorriso que pintava seus lábios eu me enganei. Quando eu dei as ordens a governanta pedi para que ela separasse um quarto perto do meu, para que assim não houvesse problemas para ele achar o lugar e não demorar para fazer as minhas coisas.
Claro que isso não passou de uma desculpa, a verdade é que eu queria mesmo que ele dormisse comigo todas as noites, bem onde estava sentado, ao meu lado, queria adormecer sentindo seu cheiro de baunilha, sentindo seu calor a noite toda... Esse desejo me assustava já que eu nunca tinha me sentido nem levemente dessa maneira, sempre fui muito reservado, sempre prezando pelo meu espaço pessoal e privacidade, mas com Naruto era diferente, eu queria, ansiava, por estar ao seu lado... De qualquer forma, como não podia falar isso para a governanta, tratei de arranjar o melhor e mais próximo que consegui pra ele.
– Se não gostou eu posso providenciar um igual ao do seu antigo reino... – Encarei seus olhos com diversão.
– É claro que eu gostei! – Ele retrucou alto e suas bochechas coraram, então ele abaixou o tom de voz timidamente – Só não pensei que fosse exagerar tanto...
– Naruto, você já olhou para o meu quarto? – Olhei em volta e ele fez o mesmo, era quase o triplo do tamanho do que eu havia destinado a ele. – Eu me certifiquei que não houvesse nada demais no seu quarto para ninguém desconfiar, de qualquer forma duvido que você vá chegar aqui na hora mesmo estando quase ao meu lado, imagina se eu o deixasse na ala dos criados... - Provoquei com aquela desculpa e o vi amarrando a cara sem conseguir extinguir o brilho de animação no olhar.
– Sim eu sei, você tem razão, mas mesmo assim... não estou acostumado com nada disso.
– Então se acostume, porque aquele será seu quarto a partir de agora. – Sorri de lado e ele revirou os olhos.
– Irei trazer o seu jantar. – Avisou se levantando da cama.
– Não esqueça de trazer para dois. – Alfinetei, mesmo sabendo que ele o faria.
Naruto fez uma reverência forçada que me fez rir, e logo saiu do quarto.
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