História Semideuses e Guardiãs - Interativa - Capítulo 11 - Tate

Capítulo 11

Era minha calça favorita ...

De um tarado bonitinho a um tarado desconhecido ..

Está ficando quente ..

Tate

                A noite de Tate já tinha sido agitada demais para um aspirante a semideus .

- Hã ....aquilo é o guardião ? - perguntou Tate -  Cruzes , que bicho feio ..

- Ah , não ...agora estamos ferrados . - exclamou Alayne , apavorada . - Tem alguma ideia , Hashing ?

- Não .. infelizmente , não . - respondeu Aria - Como ele apareceu aqui ? De onde surgiu ? Ele nunca habitou esse lugar ...é sagrado para os deuses ...por que .... ?

       Em meio a floresta fantasmagórica , uma criatura branca surgiu , observando o grupo . Brilhante ao luar , a criatura era praticamente transparente , se vista de frente . Tate olhou pelo canto do olho e viu que havia mais dois do lado direito . Três . Quatro . Em questão de segundos , toda a extremidade da floresta estava repleta daquelas criaturas fantasmagóricas esqueléticas . Eles estavam cercados .

                   Todos pareciam ter a mesma fisionomia : rosto esquelético , cabelos ralos invisíveis a luz das estrelas , e um vestido longo transparente ao luar . Pareciam ter acabado de sair da tumba para dar as boas vindas a Tate e companhia . Então , todos ergueram as espadas , mas sem fazer um som sequer . Pareciam invisíveis ao luar , como se feita de materiais tão antigos e forjada com feitiços . Tate teve certeza de que aquelas espadas eram mais afiadas do que qualquer uma que já tivesse visto . E o pior é que as suas heroínas pareciam inquietas e desesperadas . Pelos deuses , agora fudeu tudo mesmo .

      Juntos , os três desembainharam as armas . Tate ,  com uma espada aparentemente em condições de uso ( que havia pegado emprestado de um cara desmaiado num beco após a luta com a Esfinge Amiga ) , Alayne com sua espada de ouro imperial e Aria com sua lança arcana , a Arkanis .

 - Não podemos lutar contra essas coisas - disse Aria , irritada  - nem o meu poder arcano é suficiente para destruir essas criaturas . - Sem contar que seria inútil usá-lo - disse Alayne -  assim como minha espada . Ouro imperial não tem efeito sobre espítiros desse tipo .Não temos poder sobre eles . - E ficaram de costas para Tate , observando a hoste de caminhantes brancos avançarem ainda mais na direção do grupo .

- Alguma declaração antes de morrermos ? - perguntou Tate , agora num extremo estado de medo que fez com que sua voz aumentasse um oitavo acima do habitual . - Se não podemos lutar contra eles , o que faremos ?

- Eu o protegerei , Mestre . Morrerei lutando , mas não deixarei que o machuquem - disse Alayne , mas sua voz transmitia dúvida . - Aria , acho melhor acharmos logo um meio de sair daqui . Sabe o que acontece quando um Outro toca um ser vivo ....

- Sim , eu sei - respondeu Aria - Eu sei .

- Hã ... só por curiosidade ..o que é exatamente um Outro ? - perguntou Tate , e Aria inclinou-se para explicar ( deixando o decote de sua armadura exposta . Seus seios estavam molhados de suor e pareciam maiores agora que Tate observara . ) - Os Outros ,  são demônios feitos de neve, gelo e frio. O antigo inimigo. O único inimigo que importa . Odeiam a vida e trazem a morte . Existiam ao Norte da Grande Muralha no mundo dos Sete Reinos , que fica além do Portal do País das Maravilhas . Mas vê-los aqui no mundo mortal , tantos milênios depois ..como é possível ? Eles não poderiam romper a magia protetora ... Eu não entendo ...

     Os Outros avançavam ainda mais , deixando o grupo sem alternativa . Estavam cercados por milhares deles ; todos de espadas no que pareciam mãos . Aria invocou o feitiço de luz purificadora para afastar as criaturas . - Angelus ! - Tate cobrira os olhos , a explosão de luz havia sido tão intensa que cegara o garoto por alguns segundos . Esperava que Alayne tivesse coberto os olhos também . Quando retomou a visão , os caminhantes brancos haviam desaparecido . Apenas restava o rastro de cinzas ao redor da floresta que formava um círculo em volta do grupo ; mas este já se desvanecia junto ao vento .

- Ah meus deuses ! Você conseguiu , Aria ! Pelos cogumelos do Mario , você conseguiu ! - gritou Tate , aliviado - Senhor , eu quase morri do coração ! Estamos a salvo ! Uhuu !! Tomem essa , otários ! HAHA !! - e correu em ao redor do das marcas deixadas pelos Outros .

- Hum ...bom ...trabalho ..Hashing .- disse Alayne , numa voz de eterna desaprovação  . - Mas será isso o suficiente ? estou com um pressentimento ..- sua voz ainda estava desconfiada .

   O vento começara a uivar aos ouvidos de Aria . Pareciam vozes . Antigas e furiosas . - Layne , melhor irmos . Precisamos nos apressar . Chame o Mestre . Ande .

- Mestre , precisamos ir ! - gritou Alayne , ignorando a ordem de Aria . - Temos que nos apressar antes que ....- e teve sua fala interrompida por algo que agarrara Tate nos pés .

- AHHHHHHHHH - gritou Tate - O que é isso  ?? - Começara a afundar rapidamente na terra , lutando para correr em direção das guardiãs , mas estava sendo puxado para baixo . - Socorro ! Aly...Ari...- e teve sua cabeça submersa por um mão que surgira por detrás de suas costas . - Mestre !! - gritou Aria - Nãoo !! - Aria correu para ajudar seu mestre .

               Alayne teve sua tentativa frsutada ao ter o seu pé direito afundado na terra . E eram mãos tranparentes que cravavam suas uhas em seu calcanhar  , e logo sangue jorrava entre os dedos da coisa debaixo da terra .

E então tiveram sua última visão do céu estrelado .