The Quiett POV
O filme estava bem interessante, Dok2 estava comigo e prestava bastante atenção nas cenas que rolavam.
Estávamos 'namorando’ há alguns meses, eu nem sabia se namoro era o termo correto para descrever a nossa relação, ele era bem frio e às vezes pensava que o que tínhamos era só e puro sexo casual e que ele sequer gostava de mim.
Coloquei meu braço ao redor de seus ombros o abraçando, ele rapidamente se deitou em meu corpo, não disse nada apenas meu olhou, não resisti. Eu o beijei, suguei seus lábios de forma tão gostosa que esqueci de minhas dúvidas, esqueci de minhas paranóias, de tudo.
Minha mão apertou sua cintura enquanto eu o trazia para meu colo, era sempre assim que acontecia, não havia muita delicadeza, beijos apressados e fodas selvagens e deliciosas eram parte da nossa rotina.
Mas eu não aguentava mais, queria não ter que esconder que o amava, andar na rua e o abraçar sem que ele se esquivar dos meus carinhos.
Éramos completamente diferentes e ao mesmo tempo nos encaixamos perfeitamente.
Separei o beijo, o ar havia faltado e ele estava tão ofegante quanto eu.
— Joon-Kyung, eu… — segurei sua mão entrelaçando nossos dedos. — você sabe o quanto eu te amo, custa dizer que também me ama? Eu quero poder mostrar pra todos que o amor da minha vida é o detetive mais sexy da cidade. — suspirei, já havíamos tido esse tipo de conversa e ele como sempre seguiu impassível.
— Dong-gab por favor…
— Por favor digo eu! Você gosta de mim? Realmente gosta de mim?
— Não duvide dos meus sentimentos porra! Toda vez que você fala assim me faz ter vontade de te encher de soco. — ele se levantou do meu colo e seguiu para a cozinha, estava magoado e eu percebia.
— Que merda, Dok! Vai te cortar a língua dizer que me ama? Porra, eu tenho tanta inveja do Simon. Você tem vergonha de mim ou do fato de ser gay? — disparei recebendo um olhar revoltado.
— Que merda Dong-gab! Mas que merda! — Ele olhou pra baixo — Eu realmente te amo, pare de dizer essas coisas. — um sorriso brotou em meus lábios e eu o abracei por trás.
— O que você disse? Eu não ouvi!
— Que eu te amo…
— Pode repetir? Eu realmente não ouvi!
— QUE EU TE AMO SEU FILHO DE PUTA, QUE MERDA EU SÓ QUERO FAZER VOCÊ FELIZ SEU IDIOTA!
Sorri acariciando seus cabelos, ele ficava tão frágil em certas horas que nem parecia o destemido Dok2, mas eu amava cada parte que o formava.
— Aceita namorar comigo? Já fazemos o que namorados fazem, só quero oficializar.— Eu disse beijando seus lábios com calma.
— Vamos chegar de mãos dadas na delegacia e deixar o pessoal louco! Eu aceito!
~∆~
Ainda estava feliz pela declaração da noite anterior e agora estávamos deitados no sofá da delegacia esperando Simon e Jay chegarem.
— O Jay ainda está muito abalado, acho que descobrir que nossa assassina era a S/N o deixou fora de si. — Dok2 falou enquanto olhava as redes sociais.
— Eu compreendo os motivos dela, agora que sabemos de tudo, me sinto mal por tudo o que falei.
— A culpa não é sua, afinal, este é o nosso trabalho. Somos policiais e é o nosso dever, mesmo que isso nos machuque.
Suspirei e antes que eu pudesse responder algo, Jay e Simon entraram na sala com copos de café em mãos e o primeiro com aquela cara de poucos amigos.
— Bom dia pessoal. — Ele falou pra nós dois. — Estão animados para mais um dia?
— Eu estou em um ótimo dia, não é amor? — Dok2 falou deixando um selar em meus lábios
Recebemos um olhar estupefato de ambos e meu sorriso foi instantâneo. Jay abandonou o café na mesa e começou a falar.
— Primeiro: Eu nunca vi o Quiett de bom humor. Segundo: Vocês são o casal mais improvável dessa delegacia!
— A gente super combina, você não acha Jay? — Dok2 falou se levantando a cabeça do meu colo e indo para sua mesa.
— Eu não sei de nada. — Jay falou — Estou vendo algo que nunca pensei que veria
— Eu desisto… — Simon levantou as mãos para cima e começou a gargalhar. — Vocês estão em um ótimo humor, não transaram no sofá né?
— Não, mas é uma boa ideia, sabe. A GENTE TAMBÉM TRANSA SABIA?!?! - Joon-Kyung disse rindo da cara dos dois.
×
S/N POV's
Eu e Kris estávamos deitados na cama depois de uma brincadeira bem divertida. Meus dedos acariciavam o braço dele, que estava rodeando meus ombros.
— Wu?
— Sim. — Respondeu sonolento, mas olhando pra mim.
— Como vão os negócios, hun?
— Ah! Estão muito bem. Nós abrimos outra filial em Incheon. Vamos abrir em Busan também. — Ele riu. — Fico mais rico a cada dia.
Eu ri de suas palavras.
— Por acaso você teria uma filial em Ulsan?
— Sim… Por quê? — Ele perguntou e logo eu fiquei frente a frente com ele.
— Porque… Se eu conseguir permissão, gostaria de mudar com você pra lá.
Os olhos de Kris esbugalharam-se e seu sorriso tomou conta dos lábios.
— Sério? — Eu concordei, mas logo a felicidade desapareceu do seu rosto. — Por que isso de repente? Por acaso tem a ver com aquele detetive?
— Kris…
— Vamos falar sério agora, S/N. — Ele adotou um tom sério e sentou ereto na cama. — Eu fui compreensível até agora. Porque te amo. Mas eu te pedi em casamento e gostaria de cumplicidade com isso. Não estou dizendo pra você esquecer esse cara assim, do nada, porque sei como é difícil esquecer alguém que amamos. Mas eu estou aqui agora. Só gostaria que não me escondesse nada, que… Tentasse me amar de novo. Como no primeiro dia.
— Eu sei, Kris. — Respondi sentando em seu colo. Meu corpo estava coberto pelo lençol dourado. — Aceitei me casar com você porque também gosto de você. Só não posso dizer que eu te amo como amava o Jay. Sim, eu sei que isso dói. — Falei o interrompendo. — Mas você disse sinceridade. Estou sendo. Mas também digo que o meu sentimento aumentou enquanto estive aqui nesse tempo.
— Então…Por que ir para Ulsan?
— Por tudo. Sabe… Você tem razão, viver na mesma cidade que o Park dói. Saber que posso vê-lo a qualquer hora… É horrível, na verdade. Eu não quero isso pra você e nem pra mim. — O encarei. — Eu queria recomeçar uma vida ao teu lado. Sei que a prisão vai me perseguir, mas… acho que esse problema é o suficiente pra nós dois carregarmos. Não quero que outro homem seja um fardo a mais para a nossa carruagem.
— Você sabe que… Ele está aqui, não é? — Ele apontou para o meu coração. — Que não importa onde você morar… Ele vai te perseguir se você não tentar esquecê-lo.
Abaixei a cabeça enquanto ouvia as explicações de Kris. Ele acariciava meu cabelo em compreensão.
— Mas nós podemos ir. — Ele sorriu. — Eu gostaria de ir. Podemos criar nossos filhos lá.
Eu o encarei.
— Filhos?
— Você não acha que esse gene maravilhoso aqui. — Ele apontou para si mesmo. — Vai parar por aqui, né? Nosso filho vai ser o mais lindo do mundo.
Depois de dizer tais coisas, Kris me puxou para um beijo longo e intenso, com direito a mordiscadas nos lábios e apertos no corpo.
— Eu te amo. E vou continuar te amando, seja onde for. — Ele declarou. — Vamos nos mudar para Ulsan.
×
Kris POV
Eu estava sentado na cama olhando alguns e-mails da empresa. S/N estava tomando banho, então me encontrava distraído demais para reparar em qualquer coisa.
Foi quando, de repente, o Notebook foi tirado de meu colo e substituído pelo corpo de S/N, que estava em prantos. Me assustei assim que a vi derramar tantas lágrimas.
— Meu amor, o que aconteceu? — Perguntei limpando suas lágrimas. — Se machucou?
Ela apenas acenou que não. Seus braços seguravam fortemente meus ombros e seu rosto estava escondido na curvatura do meu pescoço.
— O que posso fazer por você, hun? Me diz. Estou ficando assustado. — Pedi enquanto acariciava seus cabelos molhados.
— E-Eu que-quero minha mãe, K-kris! — Ela falou entre soluços.
— Oh… — Fiquei realmente surpreso com o que ela disse. A abracei mais forte e beijei seu rosto. — Meu amor… Isso eu não posso fazer. Tudo desmoronou, não é? — Perguntei sobre os assassinatos, sobre seus sentimentos camuflados por todos esses anos enquanto, erroneamente, ela pensava que estava fazendo justiça por aquelas meninas. — Você quer dar uma volta? Podemos ir àquela praça que você tanto gosta, hun? O que acha?
Ela ergueu o rosto e pude ver que seus olhos já estavam inchados de tanto chorar.
— T-Tudo bem. — S/N tentou se acalmar, tremendo e segurando meu braço. — Só… Só me abraça, Wu. Por favor.
Então eu o fiz. A abracei com todo o amor que eu nutria por ela. Com toda vontade do mundo. Abracei e acariciei suas costas, encaixando ainda mais suas pernas em volta da minha cintura.
— I've been looking for a reason.. To have you in my arms, where you wanna be… Never had a woman so pure… Glad to have you right where you wanna be. — Cantei um trecho da música que fiz pra ela quando começamos a namorar. S/N sorriu fraco em meu ouvido e me apertou mais um pouco. — Se acalme, por favor. Não sei como agir em momentos como este e fico… Negoçado.
— Desculpa. É que eu estou com medo e… Desesperada.
— Não precisa ter medo. Estou aqui com você, meu amor. Vou te proteger de tudo, sempre. O Tiger com certeza vai conseguir sua transferência e… Vamos morar em Ulsan. Você vai ver.
Minha noiva apenas concordou e limpou todo seu rosto, que se encontrava ainda mais avermelhado. Seus olhos me encaravam absortos enquanto eu sorria em conforto.
— Eu te amo muito. — Declarei deixando um selar em seus lábios. — Não quero vê-la chorando. Não quero vê-la triste. Tudo que faço por você é pra tê-la feliz. Promete que não vai mais chorar? Que irá conversar comigo antes de entrar em prantos? Hum, promete? Promete? — Perguntei fazendo cosquinhas em sua barriga enquanto ela sorria.
— Prometo, Wu. E eu também te amo.
Confesso que fiquei surpreso ao ouvir aquilo naquele momento. Sorri beijando novamente os lábios avermelhados de S/N, que aprofundou o ósculo enquanto se encaixava no meio das minhas pernas.
— Já me esqueci o porquê de estar chorando. — Ela falou no intervalo do beijo.
— É? — Perguntei enquanto ainda a beijava. — Vou fazer você esquecer de tudo, meu amor.
Então eu a deitei na cama e fiquei por cima de seu corpo, distribuindo beijos por seu pescoço. Já tínhamos transado poucas horas atrás, mas eu não ligava. Com S/N, eu tinha tesão de sobra.
Como eu esperava, segundos depois estávamos fazendo amor pela segunda vez naquela noite. Porém, quando acabamos e eu pensei que poderia cochilar, meu celular tocou freneticamente, assustando a mim e S/N.
Atendi e percebi ser o Tiger.
— Ah, oi Tiger. — Falei me sentando na cama, S/N se acomodando em meu corpo. — Sim, ela está comigo. — Olhei para minha noiva. — Claro, claro, estamos esperando.
Então eu desliguei o telefone e me levantei.
— O que foi, Wu?
— O Tiger. Ele disse que tem algo pra falar e está vindo pra cá.
— Há essa hora?
— É. — Terminei de vestir minha roupa. — Deve ser muito importante o que ele tem a dizer.
S/N concordou e fez o mesmo que eu. Vestiu sua roupa e logo descemos para a sala.
— Você está bem? — Perguntei enquanto estávamos em pé na cozinha bebendo água.
— Estou melhor. — Ela sorriu. — Você me faz melhor, Kris. Quando olho pra você e vejo seu sorriso, o seu olhar… Consigo sentir o amor que tem por mim… Acabo me esquecendo de qualquer problema que me atordoa no momento. — S/N me abraçou fortemente. — Obrigada. Não sei se conseguiria isso tudo sem você.
— Ah, com certeza não, minha querida. — Falei sorrindo e, quando finalmente comecei a beijá-la, a campainha tocou. — Deve ser o advogado.
Depositei meu copo na pia e segui para atender a porta. Não deu outra, Tiger estava em pé na minha frente, com uma pasta de plástico nas mãos e uma chave de carro.
— E aí, Kris? — Ele me cumprimentou e logo entrou na minha casa. Éramos amigos antes mesmo de ele ser um advogado. — Onde está a S/N?
— Estou aqui. — Ela falou saindo da cozinha enquanto eu fechava e trancava a porta da sala. — Aconteceu alguma coisa?
— Aconteceu. — Nem precisou eu mandar, o cara se acomodou na mesa da cozinha. — Me dá uma água aí, Kris. — Ele pediu e S/N se sentou à sua frente. — Eu pedi pro juiz responsável pelo seu caso a transferência para outra cidade. Isso tem o quê… — Eu o servi com água gelada. — Uma semana, aproximadamente. Primeiramente, ele negou.
Ficamos triste quando ele disse aquilo, mas continuou.
— Mas, como eu sou o Tiger, chato e que não aceita não como resposta, mandei para ele de novo, só que dessa vez com os podres dele anexados no e-mail. O juiz estava analisando o seu perdido ontem e… — Tiger abriu a pasta de plástico e retirou um papel. — Ele me mandou isso.
S/N pegou o papel e lemos juntos.
Transferência aprovada.
Minha noiva começou a chorar de felicidade ao pensar que poderíamos nos mudar para Ulsan.
— Você pode se mudar para Ulsan, S/N, mas vai ter que comparecer no gabinete do juiz duas vezes por mês, apresentar um papel que diga que você está trabalhando. Até sua pena acabar. — Tiger terminou de beber a água e me devolveu o copo. — Qualquer coisa que precisar, você pode me ligar e eu vou ao seu encontro. Espero que sejam muito felizes lá. Cuide bem dela, Kris. E S/N, principalmente, cuide bem dele. — Tiger sorriu e se levantou, seguindo para a porta da sala.
— Obrigada, Tiger. — S/N falou da porta da cozinha, segurando fortemente o papel.
— Por nada.
Então o advogado saiu e eu fui trancar a porta. S/N veio correndo me abraçar e pulou em meu colo, entrelaçando suas pernas em meu corpo.
— Pronto, meu amor. Nós já podemos nos mudar para Ulsan.
— Temos que escolher a casa. — Ela me deu um selar.
— Vamos amanhã?
— Vamos.
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