S/n on:
- S/n?- minha Mãe olha para mim surpresa, parece em choque. Corre em minha direção e me abraça. Sinto Jack tirar a mão da minha cintura.- Filha...- diz baixo, ainda abraçada comigo.- Que saudades, meu amor!- escuto seus soluços baixos.
- Eu também tava, Mãe.- a aperto mais. Ela cepara o abraço e olha para mim. Coloca as mão em minhas bochechas e olha para mim dos pés à cabeça.
- Como tá bonita.- sorrio.
- Está sozinha?- pergunto após perceber que mais ninguém apareceu na porta.
- Sim.- enchuga as lágrimas.- Jack foi comprar comida, mas vai demorar um pouco. Aidan- a interrompo.
- Eu não quero saber dele, Mãe!- ela para imediatamente de falar. Sinto meu corpo estremecer novamente, após mais um vento gelado. Ela desvia o olhar de mim para Jack, que estava do meu lado, à um passo para trás.- Ah, Mãe!- olho para trás e sorrio para ele. Levanto minha mão e puxo a dele, fazendo ele dar mais um passo até nós.- Esse é Jack, meu namorado!- ela olha para ele com os olhos levemente arregalados, eu já sei o porque, e tenho certeza que Jack também.
- O-Oi, Jack!- abaixo a cabeça, rindo um pouco. Extremeço mais uma vez, após mais um vento frio. Apesar de estar com roupa de frio, não é o suficiente. Realmente está MUITO frio. Abraço Jack de lado, sentindo ele passar o braço por minha costas e segurar em minha cintura.
- Não precisa ter medo dele.- acente.
- Venham, entrem, tá muito frio!- ela abre um pouco mais a porta. Começo à andar em direção à mesma.- Fiquem à vontade.- minha Mãe me puxa até o sofá, sinto Jack soltar minha cintura. Olho para ele e sussurro um "vem". Ele se aproxima de nós e se senta em uma poltrona.
- Mãe, o que está fazendo em Londres?- desvio o olhar de Jack para ela.
- Viemos resolver uns problemas.- força um sorriso e olha para frente.- E você? Você sumiu...- diz triste, olhando para frente.- Não deu notícia... Saiu e não me disse nada.- olha para mim.- Tem noção de como eu fiquei preocupada? Não sabia se estava bem, onde estava, com quem...
- Desculpa, Mãe!- pego em suas mãos.- Eu precisava sair de lá, estava de cabeça quente, queria ficar sozinha!- abaixo um pouco a cabeça.- Sinto muito. Sei que foi muita coisa pra você, em muito pouco tempo...
- Tudo bem.- sorri.- Estou feliz que você está aqui.- me abraça apertado. Olho para Jack por cima do ombro dela, ele sorri para mim, me fazendo sorrir também. Ele está sentado de um jeito desajeitado, sua mão está para trás da poltrona e ele está com a cabeça levemente jogada para o lado, me olhando intensamente. Nos ceparamos do abraço.- Podemos conversar na cozinha?- olha de relance para jack.- À sós?- olho para ele, que sorri e acente. Me levanto e acinto para a mesma. Ela levanta e começa à andar na minha frente. Quando passo pelo Jack, me inclino até seu rosto e dou um selinho no mesmo.
- Já volto!- acente.- Te amo!- ele sorri e sussurra:
- Eu também te amo, baby!- passo o polegar por seu corte, vendo ele fechar os olhos, achando bom. Suspiro novamente. Porque ele fica se machucando? Dou um selinho demorado no mesmo e vou até minha Mãe, que estava parada, me olhando. Sigo ela até a cozinha.
- Eu sei o que está pensando!- digo e pego uma maçã que tinha encima do balcão, me encosto no mesmo e começo à comer a maçã.- Eu amo ele!
- Ele é um dos homens mais procurados do mundo!- sussurra meio alto.
- Idaí?
- Idaí?- se aproxima de mim.- S/n, você tem noção de quantas pessoas ele já matou?
- Ele nunca me machucou!- levanto os braços e dou uma volta.- Tô com ele já faz mais de um ano, e estou viva e inteira!- reviro os olhos e me encosto no balcão novamente.- Diferente do Aidan!- arregala os olhos.- Ele te contou que me bateu?
- Que história é essa?- se aproxima de mim com os olhos arregalados.
- Isso mesmo! Aidan me bateu! Bem aqui.- aponto para minha bochecha.
- Eu não acredito! Aidan te ama, nunca faria isso!- arregalo os olhos, indignada.- Você perdeu o juízo!- vai até a geladeira e pega uma garrafa de água e um copo.- Esse garoto não é o homem certo pra você!- diz após beber a água.
- Ah não? E quem é? O Aidan?- vejo ela acentir. Fazendo meu sangue ferver ainda mais.- Você só pode tá de brincadeira! Você viu tudo o que ele fez comigo e fala isso?- dou um murro no balcão, sentindo minha mão arder, mas não ligo. Sinto meus olhos marejarem, mas tento prender as lágrimas, falhando miseravelmente.- E outra, Aidan também já matou muitas pessoas, porquê você não tem esse ásco todo dele?- digo chorando. Porquê porra eu estou chorando?
- Não tente comparar o Aidan com ele! As vezes que Aidan matou foi porquê precisou, já ele, foi por puro prazer! Você deveria dar uma chance para o Aidan se explicar! Ele- a interrompo.
- Nem termine!- grito e me aproximo dela. Enchugo minhas lágrimas com força, fazendo meus olhos e nariz doerem.- Você deveria ficar do meu lado! Aidan me fez sofrer como ninguém nunca tinha feito! Se aproveitou de mim, ficou rindo da minha cara. Eu me entreguei de corpo e alma pra aquele cretino de merda, e ele me jogou no lixo!- digo quase gritando. Respiro fundo, tentando me acalmar.- Você não tem nenhum direito de jugar o Jack! Você nem sequer conhece ele, não sabe quais foram os motivos pra ele fazer tudo que já fez!- digo entre dentes.- Diferente do Aidan, Jack me ama e por mais que você não goste, eu amo ele! E você não tem nenhum direito de me dizer que ele não é o homem certo pra mim! Eu já sou grandinha o suficiente pra escolher com quem eu quero ficar!
- Filha!- respira fundo.- Não me leve à mal! Eu sei que você sofreu muito nessa história, eu sofri junto com você! Te ver daquele jeito acabava comigo! Todo esse tempo longe...
- Não parece!- solto uma risada sarcástica.- Continua morando com ele!- me sento em uma das cadeiras do balcão.- Se você soubesse, tudo que eu passei depois que ele fez tudo aquilo...- digo meio ofegante. Minha visão ficou turva de repente, tudo começou à girar. Estou me sentindo fraca. Meu corpo parece perder as forças. Coloco as mãos encima do balcão e abaixo minha cabeça, deitando a mesma encima das minhas mãos e fecho os olhos com força.
- Eu imagino, Filha.- escuto seus passos se aproximarem.- Aidan te ama! Ele sofreu muito depois que você foi embora! Todos nós sofremos muito!
- Eu..- me levato com um pouco de dificuldade, está tudo girando, estou tonta.- Eu não deveria ter vindo!- digo me levantando. Assim que dou um passo, sinto meu corpo ainda mais fraco, logo sinto meu corpo chocar contra uma superfície dura, que logo notei ser o chão. Minha visão escurece e eu não consigo ver nem ouvir mais nada.
Wesley on:
Estava sentado na poltrona, ouvindo toda essa gritaria. Mas, por três segundos, ficou o silêncio no ar, mas ele logo vai embora.
- S/N!- escuto um grito da Mãe de S/n. Dei um pequeno pulo do sofá, pelo susto do grito repentino.- FILHA!- me levanto da poltrona, sentindo um aperto no peito. Ando até o meio da sala e estico um pouco os pés, conseguindo ver a cozinha. Vejo S/m ao lado de S/n, que estava caída no chão de barriga para baixo. S/m chorava desesperada. Corro até lá e me abaixo do lado delas.
- Amor!- pego em seus ombros, à virando e deitando sua cabeça em minhas pernas.- Ei..- levo minhas mãos até seu rosto e faço carinho em sua bochecha, em uma tentativa falha de despertá-la.- Vida...- balanço de leve seu corpo, mas ela não acorda.- Não faz isso comigo!- digo já com a voz embassada. Meu coração dói só de imaginar perder a minha pequena. Ela abre os olhinhos devagar, mas logo os fecha com força, por causa da claridade forte da luz.- Pequena...- a puxo para um abraço. Meu coração está disparado e minha respiração acelerada. Solto um suspiro de alívio ao abraçar a minha garota. Ceparo o abraço e olho para ela.- O que foi? Consegue sentar?- balança a cabeça levemente, negando.- Tá bom, vem.- a pego no colo.
- Filha, você está bem?- pergunta preocupada. S/n deita a cabeça no meu peito e fecha os olhos.- Vocês já vão?- olha para mim.
- Já.- digo sério e começo à andar em direção à saída da cozinha.
- Mas, mas...- escutava os passos dela atrás de nós. Sinto o vento frio chocar contra meu corpo, me fazendo arrepiar. Abraço minha pequena com mais força, tentando à acolherem em meus braços por causa do frio.- Espera!- bufo e paro de andar, me viroo para ela, já impaciente.- Filha..- se aproxima.- Você vai voltar?- pergunta meio triste e preocupada. Ela ainda estava com os olhos fechados. Abre os mesmos e olha para ela.
- Senhora..- olha para mim.- Ela está cansada, teve um dia agitado e precisa descansar. Está frio e nós precisamos ir embora.- ela acente e olha para S/n novamente. S/n me olha, enquanto eu falava com sua Mãe.- Quando ela estiver melhor, ela entra em contato com a senhora, mas agora, precisamos ir!- suspiro. Está muito frio!
- Está bem.- dá um beijo na testa da filha.- Jack!- me chama novamente, após eu me virar de costas. Me viro para ela novamente e a encaro. Percebi a fumaça branca sair de sua boca e seu nariz, por causa do frio. Acho que vai nevar...- Cuida dela... Por favor!- pede baixo, mas deu para ouvir.
- Eu vou!- digo e viro a costas para ela.
- Tchau, Filha!- escuto ela gritar. Me abaixo um pouco, com uma mão eu abro a porta do carro. Entro e me sento com S/n ainda em meu colo. Ligo o carro e logo acelero.
Estava com uma mão em seu rosto, acariciando sua bochecha, e a outra mão estava no volante. Olho para ela, encontrando seus olhos grudados em mim.
Levanta devagar a mão, levando ela até meu rosto, acariciando meu corte na bochecha.
- Como você tá?- pergunto de olho na estrada.
- Acho que bem...- se encolhe mais em meus braços.- Só tô um pouco tonta...- suspiro pesado.- Amor.
- hum?- olho rapidamente para ela, mas logo volto a atenção para a estrada.
- Você ouviu o que a gente tava conversando na cozinha, não foi?!
- Não se preocupe com isso. O importante agora, é a sua saúde!- acente e começa à fazer desenhos imaginários em meu peito.
(....)
Chegamos! Apesar de ela ter dito que já está se sentindo melhor, pego ela no colo e ando até a mansão. Prefiro não arriscar! Vai que ela desmaia denovo e se machuca...
- Dona Haley!- começo à gritar quando entramos.
- Jack! Ela deve estar dormindo! Já tá tarde.- acinto. Tento me lembrar o nome do médico que Dona Haley falou, mas não lembro!
- Vou ligar para o médico.- digo indo em direção ao sofá.
- Não precisa, amor!- agarra meu pescoço.
- Precisa sim!- olho para ela.- Você desmaiou! Precisa ser examinada e saber porquê desmaiou!
- Eu tô bem! Só tô com fome, não comi nada.
- Mas..- me interrompe.
- Mas nada! Tá tarde, não quero ver médico agora! Só quero comer e ficar agarradinha com você.- me abraça.
- Aish! Tá bom, vamos!- me olha confusa. Entro na cozinha e a coloco encima do balcão.- Vou preparar algo para a minha princesa!- faço reverência, fazendo ela gargalhar. Fico parado em sua frente e sorrio bobo, olhando em seus olhos.- É assim que eu gosto de te ver!- fico no meio de suas pernas e agarro sua cintura.- Feliz!- sorrio.
- Você me deixa assim!- dou um beijo na ponta do seu nariz, fazendo ela rir.
- Te amo, pequena!- sussurro olhando em seus olhos.
- Te amo, grandão!- sussurra de volta. Selo nossos lábios, em um ósculo calmo e carinhoso.
- Vou..- dou um selinho na mesma.- preparar um lanche pra você!- me ceparo dela e vou até a geladeira, pego alguns ingredientes.
Após alguns minutos preparando, fico entre suas pernas novamente, enquanto entrego um prato com quatro Patty Melt.
- Humm.. sanduíches!!- sorri olhando para os sanduíches lotados de carne.- Os quatro são meus?- olha para mim. Arregalo os olhos.
- Não, gulosa!- solta uma gargalhada.- Você consegue comer quatro sanduíches desse tamanho?- coloco as mãos na cintura, indignado.
- Consigo! Já experimentei coisa maior!- coloca as pernas ao redor do meu quadril e me puxa.
- Eu sei.- sorrio cínico.- Mas dois são meus!- digo pegando um e dando uma mordida. Puxa minha mão e dá uma mordida em meu sanduíche.- Isso..- engulo.- é roubo!- bato em sua bunda.
- Pela minha maçã!- pega outro sanduíche e começa à comer.- O quê?- pergunta após eu ficar olhando para ela.
- Não posso admirar minha mulher?- dou outra mordida no sanduíche.
- Hum...- semicerra os olhos. Se aproxima de meu rosto e passa a língua no canto da minha boca. Olho para sua língua, vendo um pedaço de cebola frita.- Pode.
- Você adora me provocar, não é?!- pego o outro sanduíche. Balança a cabeça, afirmando. Escuto meu celular tocando. Levo a mão até o bolso da minha calça e pego o mesmo, olho quem é e atendo.
Ligação on:
- Iai, cara!- sorrio. Olha confusa para mim.
- Fala, Jack!- diz animado.- Onde está S/n?
- Tá na minha frente.- Aponta confusa para si mesma. Reviro os olhos, já que nós dois éramos os únicos na cozinha.
- Quero chamar vocês pra uma festa que eu vou fazer quando chegar em Los Angeles.
- Mas você chega que horas?- pergunto olhando nos olhos da mesma.
- Acho que umas 5:00 da manhã, na Terça-Feira.
- Terça? Hum... Tá bom! Estaremos lá!- abro um sorriso, mas sem mostrar os dentes.
- Fechado, então! Tchau!
- Tchau.- desligo o celular e coloco no bolso.
Ligação off:
- Quem era?- continua comendo seu sanduíche. Eu já acabei o meu, então puxo seu braço e dou uma mordida grande no seu. Abraço sua cintura e pego a mesma em meu colo, arrodeia minha cintura com suas pernas. Coloco uma de minhas mãos em sua costas, a segurando, já que ela ainda está comendo, enquanto saio da cozinha.
- Elliott!- leva o sanduíche até minha boca, dou uma mordida, enquanto subimos as escadas.
- O que ele queria?- come o último pedaço.
- Nos chamar pra uma festa que ele vai fazer quando chegar.- sorri animada.
- Nós vamos, não é?!- acinto. Sorri mais ainda e me dá um selinho.
- Ele vem Terça-Feira.- arregala os olhos.
- Já?- abro a porta do quarto e fecho com o pé.
- Já, amor.- deito na cama, ainda com ela em meu colo. Se deita encima de mim e deita sua cabeça em meu peito. Levo minha mão até seu rosto, acariciando sua bochecha.- O que você vai fazer em relação à sua Mãe?- suspira pesado e olha para mim, com a cabeça ainda deitada em meu peito.
S/n on:
- Não sei.- fecho os olhos, aproveitando as carícias do mesmo.- Queria que ela ficasse do meu lado, que a gente matasse a saudade e fazer tudo o que a gente não fez durante esses anos... Mas ela prefere ficar e defender o Aidan.- abro os olhos e olho para ele. Meus olhos começam à arder, logo sinto uma lágrima descer pelo canto do mesmo.
- Não chora.- me abraça. Subo um pouco mais e deito minha cabeça em seu ombro, encostando a ponta do meu nariz em seu pescoço, sentindo seu cheiro bom.- Odeio te ver chorando!- sorrio contra seu pescoço.- Olha pra mim!- levanto a cabeça e olho para ele. Limpa meu rosto e me abraça, ainda olhando para mim.
- Desculpa! Acho que a minha menstruação vai descer, ando muito emotiva.- passo a mão no nariz, fungando.
- Não precisa se desculpar, amor.- sorri e me dá um selinho.- Vem, vamos trocar de roupa.- me pega no colo e se levanta da cama.
- Eu posso andar...- digo sorrindo.
- Mas eu quero te carregar.- beija minha bochecha. Ele entra no closet e me senta em um pequeno armário que tem ali.
Apesar do close estar escuro, consigo ver ele indo até as blusas dele, que estavam todas penduradas em cabides, pega uma e vem até mim novamente. Puxa minha blusa, levanto os braços e ele tira a mesma, levanto um pouco o meu quadril e ele puxa minha calça.
Me abraça, sinto suas mãos passando por minha costas e parar no fecho do meu sutiã, ele abre a peça e puxa delicadamente as alças, fazendo elas caírem devagar pelos meus ombros e braços. Dá um beijo no meu ombro e se afasta.
Pega a camisa, que estava do meu lado, enrrola o cumprimento da mesma até o buraco de colocar a cabeça e coloca minha cabeça dentro do mesmo, puxa meu cabelo, tirando de dentro da blusa. Paço meus braços pelos outros buracos e Jack desçe o resto da blusa.
Ele se afasta um pouco e começa à tirar a roupa dele. Puxo ele pela camisa, fazendo ele ficar entre minhas pernas novamente. Ele olha para mim e sorri. Pisco um olho e começo à desabotoar sua camisa, ele me ajuda à tirá-la. Logo começo à dasabotoar sua calça, ele se abaixa, pega a mesma do chão e coloca do meu lado, junto com as outras roupas.
Se abaixa um pouco e abraça meu quadril, me pegando no colo, me deixando bem mais alta do que ele. Abaixo o meu tronco e seguro suas bochechas, levantando sua cabeça. Pude sentir seu cabelo todo ficar caído para trás. Junto nossos lábios, enquanto sinto ele andar para fora do closet. Abraço sua cabeça, ainda o beijando.
Ele me senta no meio da cama e se afasta de mim. Vai até a penteadeira e pega uma escova, vem até mim, sobe na cama e se ajoelha atrás de mim. Sinto ele desamarrar meu cabelo com cuidado, depois começa à pentear, deixando ele solto.
Sinto minha costas afundar no colchão fofo. Jack me dá alguns selinhos e se deita do meu lado, me puxa pela cintura, nos cobre e me abraça. Deito minha cabeça em seu peito e começo à fazer desenhos imaginários.
- Tenta dormir um pouco, baby.- faz cafuné em mim. Olho para ele sorrindo e dou um selinho no mesmo.
- Te amo!- sussurro. Dou mais um selinho no mesmo e deito minha cabeça na curvatura de seu pescoço.
- Eu te amo muito, baby!- escuto ele sussurrar enquanto abraça minha cintura. Sorrio e dou um beijo em seu pescoço, sentindo ele se arrepiar.
Suspiro, após lembrar da história que Jenny contou, junto com isso, me lembro daquele dia. Fecho os olhos, segurando as lágrimas. Mas que porra! Tô chorando denovo!
S/m on:
Estou sentada no sofá, tentando processar tudo. As lágrimas já escorriam sem minha permissão.
Minha filha... Finalmente vi minha filha novamente. Ela está tão linda e diferente. Eu não deveria ter dito tudo aquilo daquele jeito! Por um momento eu esqueci que ela ainda não sabe de tudo. Acho que peguei muito pesado com ela.
Aidan realmente bateu nela? Ele vai me explicar isso amanhã!
Do nada ela desmaiou... Será que ela chegou bem? Será que ela ESTÁ bem? Está doente? Ou somente se alimentou mal?
Oh meu deus! E Jack? Confesso que fiquei um pouco surpresa quando vi Jack, mas já era de se esperar que quando ela aparecesse, estaria com ele. Mas.. quando eu vi ele, me lembrei de tudo que eu li sobre ele na internet. Não sei se tudo é verdade, até porquê, é a internet! Mas, aquilo me deixou assustada. Desde que nós pesquisamos sobre ele, fiquei preocupada com minha filha. Tinha muito medo de ele estar tratando ela mal, mas depois do que eu vi hoje, não estou tão preocupada em relação à isso.
O jeito que ele olhava para ela, como ele ficou quando viu ela desmaiada, o jeito que ele fala com ela, a delicadeza nos toques...
O que ela quis dizer quando disse que eu não sabia os motivos para ele ter feito tudo que já fez? Na internet diz que muitas pessoas, ele matou por puro prazer... Talvez não seja verdade...
Eu realmente não deveria ter falado tudo aquilo! Queria tanto que ela ainda estivesse aqui, que eu estivesse cuidando dela, abraçando, beijando, matando a saudade! Mas eu estraguei tudo!
Durante dois anos, todo o foco de encontrar ela foi sempre para ela voltar com o Aidan. Ele ficou tão mal, que nós fazíamos de tudo para acalmá-lo. Mas acho que nós não paramos para pensar que se passaram dois anos, DOIS ANOS! As coisas mudaram! Enquanto nós estávamos presos na dor do sumiço dela, ela estava tentando superar e curar as feridas. Conheceu pessoas novas, teve novas experiências. Segundo ela: se apaixonou...
Eu gostaria muito que ela voltasse com o Aidan, óbvio! Depois de tanto tempo convivendo com ele, começei a amá-lo igual à um filho, e não quero mais ver ele sofrer. Mas temos que dar tempo ao tempo.
O que me preocupa, agora, é minha filha! A cena dela caindo, não sai da minha cabeça. O que será que ela tem?
Escuto a porta ser aberta, acompanhada da voz de Jack. Rapidamente me ajeito no sofá e começo à enchugar minhas lágrimas.
- S/m? O que foi?- vem rapidamente até mim, preocupado.
- S/n esteve aqui.- arregala os olhos.- Eu acabei estragando tudo!- volto à chorar. Jack coloca as coisas encima da mesa de centro e me abraça.
- Calma! Me fala o que aconteceu.
- Ela veio junto com o Jack, quer dizer, Wesley!- cepara o abraço e me olha, segurando minhas mãos e prestando atenção no que eu digo.- A gente conversou um pouco aqui na sala. Ela perguntou o que eu estou fazendo em Londres, e eu disse que viemos resolver uns problemas. Disse que sentia muito por ter saído daquele jeito, sem me dizer nada. Depois, eu chamei ela pra conversar na cozinha e ele ficou aqui na sala. Eu acabei falando que ela deveria dar uma chance pro Aidan se explicar, e que o Jack/Wesley- me corrijo.- não era o cara certo pra ela, e sim o Aidan, mas, ela ficou furiosa. Começou à dizer que eu deveria tá do lado dela, apoiando ela, e disse que eu não conheço o Jack, então não deveria julgá-lo.- enchugo as lágrimas.- Ela começou à chorar, eu perguntei pra ela se ela tinha noção de quantas pessoas ele já matou, e ela disse que Aidan também já matou, e eu não tenho ásco dele.- abaixo um pouco a cabeça, tentando recuperar o fôlego por ter falado tudo rápido.- Mas eu tô muito preocupada.
- Por causa da discussão?- fica confuso.
- Não. Ela disse que não deveria ter vindo, e se levantou, mas, quando ela se levantou, desmaiou.- olho preocupada para ele.
- Desmaiou?
- Sim! Eu corri até ela e tentei acordar ela. Jack entrou na cozinha, virou ela e tentou acordá-la.- me viro para ele.- Jack, se você visse como ele olhava pra ela, como ele ficou abalado quando viu ela daquele jeito... Eu acho até que ele ia chorar, mas aí ela acordou.- suspiro.- Ela não disse mais nada. Ele pegou ela no colo e foi embora.- abaixo a cabeça, chorando.
- Calma, meu amor!- me abraça.- Ela deve estar bem! Vocês ainda vão conversar, foi só a primeira vez depois de tanto tempo.- passa as mãos nos meus cabelos, tentando me acalmar.
- É né?!- ceparo o abraço e enchugo minhas lágrimas.- Espero que ela esteja bem...- respiro fundo.- Vamos comer!- pego uma das sacolas.
(....)
Após acabar de comer, jogamos as embalagens e fomos para o quarto. Fizemos nossas higienes pessoais e nos deitamos.
Jack logo adormeceu. Eu não consigo dormir. Minha Filha não sai da minha cabeça!
Fiquei tão feliz quando vi ela em frente à porta! Fiquei surpresa também...
Talvez eu tenha julgado o Jack errado, como ela disse. Mas isso não muda os fatos!
Só... Espero que ela esteja bem e volte logo!
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.