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História Shadow • Kim Mingyu || Seventeen. - Capítulo I - História escrita por SisterBu - Spirit Fanfics e Histórias
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História Shadow • Kim Mingyu || Seventeen. - Capítulo I


Escrita por: SisterBu

Notas do Autor


Hi. Hello ☾✨

Faz um certo tempo que tenho o roteiro de Shadow guardado no drive e pensei, porque não?
Espero que gostem da história.

Comentários são sempre bem-vindos.
Tenham uma boa leitura >.<

Capítulo 1 - Capítulo I


Fanfic / Fanfiction Shadow • Kim Mingyu || Seventeen. - Capítulo I

 

 

Moon

 

O céu da Coreia do Sul estava carregado quando o piloto avisou que em breve iríamos pousar. Estar de volta a um dos lugares do qual evitei por alguns anos não foi uma das melhores sensações que gostaria de sentir, mas estava sendo muito bem paga pelo meu novo emprego em uma grande empresa de tecnologia e informação conhecida de forma global.

E bem, eu não poderia reclamar sobre todo o processo de mudança já que Boo —  meu melhor amigo desde a infância —  estava me ajudando em cada detalhe assim que lhe contei a notícia. A animação de Boo era contagiante apesar de eu viver constantemente pensando no passado.

Ao mesmo tempo que dizia a mim mesma que estava em uma nova fase, o medo de esbarrar em alguém do meu passado me assustava facilmente. Fechei os olhos ao sentir o frio na barriga crescer junto com a sensação de pouso que estava cada vez mais próxima.

Caramba, eu realmente estou trocando o tropical calor latino pela sombria Seul?

 

❍❍❍❖❍❍❍

 

O aeroporto de Incheon estava um alvoroço assim que consegui sair da área de desembarque com minhas bagagens. Era estranho não ouvir o português ou o espanhol, mas em troca ser abraçada pela brisa fria da região.

Deixei meus olhos vagar pelo amplo local no qual pessoas esperavam parentes, amigos, chefes de negócios e turistas saírem do portão de desembarque.

E acho que naquele dia eu era uma das pessoas pela qual alguém me esperava. Sorri um pouco sem jeito com seu cartaz improvisado com meu nome e como ele gesticulava animadamente ao me reconhecer.

Já havia bons anos que não o via pessoalmente, mas graças a internet mantivemos nossa amizade intacta.

Boo era o único que sabia da minha chegada, mas o fiz prometer que não contaria nada nem para seu peixe de estimação. Contaria a notícia aos meu pai quando estivesse pronta para os questionamentos que ele iria me bombardear mais tarde. Caminhei com mais pressa me divertindo ao ver a energia que Seungkwan transmitia facilmente. Ignorando os costumes tradicionais, me lancei em seu corpo o abraçando apertado.

Caramba, como tinha sentido saudades dele.

— Oh meu deus! Oh, meu deus! — Boo repetia enquanto me balançava em seus braços. — Isso realmente está acontecendo, Moon?!

— Ei, não precisava ter vindo me buscar, eu poderia ter pegado um táxi. — apertei suas bochechas observando suas mudanças que tinha dele adolescente agora para adulto. — Você continua fofo e agora tem bigode.

Boo riu segurando minhas bochechas encarando minhas drásticas mudanças físicas.

— Uau, você está bem bronzeada e eu gostei do seu corte de cabelo. — ele sorriu brincando com meus cachos bagunçados. — Você só esqueceu de crescer mais um pouco, Moon.

Arqueei as sobrancelhas pois Boo sabia muito bem que nossas alturas eram próximas. Lhe dei mais um abraço antes que ele pegasse uma de minhas malas.

— Você só tem isso de malas? — Boo contou rapidamente o que eu havia trazido.

— Hum, sim. — comentei distraída com o cartaz e o desenho livre que ele fez tentando me representar. — Não precisarei de muito nas primeiras semanas.

Boo me guiou pelo aeroporto enquanto me atualizava de tudo desde a minha partida. Ele estava trabalhando com o que mais amava e tinha se tornado bem popular. O ouvi falar dos amigos que ele possuía estarem ansiosos para me conhecer já que ele passou as últimas semanas me ligando constantemente. E claro, sobre nossos apartamentos serem próximos e que não havia desculpas para que eu não fosse visitá-lo com frequência.

Estava um pouco confusa em como havia perdido o costume com a língua local, mas continuei ouvindo ele falar sobre os melhores mercados para se fazer compras, do quanto eu gastaria se eu quisesse comprar um carro e que a mãe dele já havia preparado uma grande leva de kimchi para mim como presente.

— Porque você não está falando nada? — Boo me cutucou com seu braço enquanto subíamos uma longa escada rolante. — Estou falando demais? Não me diga que você…esqueceu como se fala em coreano?

Era impossível não sorrir.

— Gosto de ouvir você falar, senti saudades de como você é tagarela. — falei ignorando o deboche em seu olhar. — Bem, talvez…eu precise de algumas aulas extras de coreano por via das dúvidas.

Boo riu alto sem se importar com as pessoas ao redor. Dando tapinhas em minhas costas, seguimos pelo caminho no qual uma placa informava ser o estacionamento. Esperava que Boo estivesse de carro, mas fiquei um pouco mais retraída ao ver ele acenar para um rapaz mais ao longe encostado em um carro.

— Não se preocupe, DK é a pessoa mais confiável que você irá conhecer. — Boo falou notando meus passos se tornarem mais lentos. — É sério, Moon.

Concordei com a cabeça apesar de querer dar meia volta e pedir um táxi ao invés de socializar tão cedo. DK era mais alto do que Boo, mas entendi o que ele queria dizer em relação à confiança. Nos cumprimentamos com um aceno de cabeça e notei como DK tinha um sorriso bonito.

Segundo Boo, ele poderia gritar como um golfinho.

Com as poucas bagagens no porta-malas, seguimos para o local que seria meu novo lar.

 

❍❍❍❖❍❍❍

 

O apartamento tinha uma boa localização e Boo tinha acertado em cheio em escolher meus primeiros móveis. Avaliei os eletrodomésticos sabendo que iria precisar de um manual para entender todas as funções.

— Moon, trouxe um presente para você. — DK comentou me entregando uma sacola decorada. — Espero que não se importe.

Durante o trajeto de carro até o bairro em que viveria, meus receios com DK haviam diminuído. Boo tinha razão, ele era confiável.

— Ah, obrigada. — sorri fracamente aceitando a sacola. — Vocês já comeram?

Boo me encarou como se eu estivesse falando uma língua alienígena.

— Já passou da hora do almoço. — ele comentou notando que ainda estava perdida no fuso-horário. — Mas podemos pedir algo para comer, se quiser. Sei que algumas linhas aéreas não servem uma boa refeição e…

Observei o apartamento ainda um pouco vazio, afagando minha barriga antes de bocejar.  A verdade era que estava exausta e mal tinha conseguido dormir durante as conexões de voo.

— Acho que Moon precisa de umas boas horas de sono. — DK comentou apontando para um dos quartos. — Já montamos sua cama, então não se preocupe com essa parte.

— Certo, vamos deixar você descansar. — Boo deu tapinhas em minhas costas. — Te ligo mais tarde para irmos comer algo, hm?

— Hum, obrigada por me ajudarem hoje. — os agradeci vendo que eles já seguiam para a porta.

Depois da despedida deles, suspirei sozinha no ambiente. Pressionei meus pés na madeira aquecida enquanto bocejava com a ideia de me lavar. Puxei minha mala mais pesada até o quarto, notando como Boo havia sido cuidadoso em deixar o ambiente mais agradável para mim.

Separei algumas roupas antes de colocar meu celular para carregar. Organizei as poucas roupas de frio que tinha no pequenino closet do quarto antes de a cama me chamar de forma tentadora para deitar. Estiquei meu corpo depois de tantas horas de viagem sentindo a maciez do colchão.

Deixei que finalmente meus olhos se fechassem em busca de descanso.

 

❍❍❍❖❍❍❍

 

Não sei por quantas horas havia dormido, mas ao acordar ainda me sentia cansada. Tateando em busca do meu celular, suspirei baixo ao checar a hora. Boo havia me ligado algumas vezes, mas sua última mensagem me dizia para descansar.

Gemi baixo notando que precisava de um banho urgentemente e que minha barriga estava começando a doer de fome.

Deixei um bocejo sair pela minha boca finalmente me levantando da macia cama para o banheiro. O chuveiro era diferente do qual eu estava acostumada a usar no Brasil, mas dei de ombros sabendo que apenas precisava me adaptar novamente às mudanças.

Depois de um banho quente para me acordar e relaxar os restante dos meus músculos ainda rígidos, avaliei os restantes dos quartos do apartamento. Poderia utilizar o quarto de visitas como escritório e a mini varanda para secar roupas. Havia um banheiro extra além da minha pequena suíte e um pequeno quarto que eu poderia usar para guardar minhas malas e possíveis entulhos graças ao capitalismo. A sala de estar era aberta, dando uma visão de quase toda a cozinha planejada.

Não era um apartamento luxuoso, mas fiquei surpresa em como Boo conseguiu para mim o apartamento por um bom preço.

Ajeitei o vaso de flor que DK havia me dado sob o balcão da cozinha antes de sair em busca de comida.

Havia lojas de conveniência e farmácias de fácil acesso na região. Caminhei pelas ruas até encontrar um pequeno mercado ignorando as comidas fast foods que tinham uma cara ótima. Depois de fazer uma compra de produtos que qualquer casa precisaria, forcei meus braços a equilibrar as diversas sacolas de volta para meu apartamento.

— Senhorita, use o carrinho. — o síndico falou ao me ver entrar com as sacolas de forma cansada. — Você pode deixar próximo ao elevador de serviços.

— Oh, obrigada. — o agradeci assim que ele ajudou com as compras. — Tenha uma boa noite.

O agradeci novamente antes que o elevador chegasse ao térreo. Ainda precisava organizar meus materiais de trabalho quando chegasse. Empurrando o caminho até meu apartamento, deixei as compras de lado e deixei o objeto ao lado do elevador de serviços. Após arrumar todas as compras distribuídas pelos armários, fiz um lámen enquanto organizava um local improvisado para meu setup e trabalho.

Amanhã precisaria comparecer presencialmente na empresa para me apresentar e aprender um pouco mais de tudo no qual estava sendo inserida. Mandei uma mensagem para Boo antes de voltar a prestar atenção em todos os programas que precisaria baixar em meu notebook de apoio.

Uma batida na porta me fez desviar o olhar.

Alguns minutos depois, novamente uma leve batida ecoou.

Caminhei nas pontas dos pés e encarei o interfone escuro, mexi em alguns botões sem sucesso em como utilizar aquela bugiganga.

Abri a porta na terceira batida dando de cara com um peito muito bem malhado por trás do suéter. Meus olhos caíram na xícara em suas mãos antes de olhar para seu rosto.

Olhos castanhos escuros. Cabelos pretos e longos. Uma altura de dar inveja além dos bíceps bem malhados. Ele tinha o típico sorriso que encantava qualquer um, mas que poderia ser um grande perigo.

— Ah…oi. — ele arriscou no inglês dando um sorriso de desculpas.

— Acho que você errou de apartamento. — respondi em coreano notando a surpresa em seu rosto.

Ficamos em silêncio por alguns longos segundos até ele pigarrear.

— Moro no apartamento mais ao lado. — ele indicou antes de voltar a olhar para mim. — Você por acaso teria um pouco de açúcar para me emprestar?

Ainda segurando a porta encarei novamente seu perfil. Eu poderia simplesmente dizer que não tinha açúcar e me livrar dele, mas os bons costumes de família me fizeram contornar a situação.

— Posso. — respondi estendendo a mão para a xícara. — Ah…pode esperar aqui?

Ele concordou com a cabeça e logo segui para a cozinha procurando pelo saco de açúcar que havia comprado. Preenchi a xícara com uma generosa quantia e lhe entreguei.

— Obrigado. — ele agradeceu.

— Por nada. — falei notando onde sua conversa poderia chegar. — Preciso voltar a…

— Ah, tudo bem. — ele concordou e agradeceu novamente. — Obrigado pelo  açúcar.

Meneei a cabeça até que ele moveu seus pés e logo se afastou.

Aquilo tinha sido estranho.

Com o lámen em mãos, voltei minha atenção em deixar meu setup o mais confortável possível.

Na noite seguinte, o vizinho surgiu novamente em minha porta.

— Ah, oi…você teria um pouco de kimchi? — ele me perguntou.

— Hm…claro. — respondi e como da outra vez, ele me esperou em frente a porta.

Achei que o kimchi seria a última vez em que ele aparecia em minha porta, mas dias seguintes lá estava ele novamente.

Lhe emprestei leite, farinha, lámen e até mesmo pasta de dente.

Ainda estava em processo de adaptação em meu cargo no trabalho, mas a história deixou Boo curioso para saber quem era o tal vizinho.

— Hm, seguindo as características que você falou acho que seja o Mingyu. — ele comentou assim que chegou ao meu apartamento. — Você não usa o interfone?

— Ainda não aprendi a usar ele. — confessei fazendo-o rir. — Então você o conhece?

Boo concordou enquanto mexia em alguns botões até a câmera do interfone ligar.

— 1x0 do interfone contra a programadora de softwares. — Boo tirou com minha cara. — Mingyu é meu amigo. Alias, porque ele pediria isso para você?

Dei de ombros já que nem eu mesma sabia.

Boo me encarou por um momento até que a batida na porta me fez olhar para o interfone.

Mingyu e sua xícara.

— Deixe isso comigo. — Boo me empurrou para meu escritório inacabado. — Você não tinha trabalho para fazer?

Encarei Seungkwan e ele fez sinal para que eu fosse trabalhar. Ligando meu notebook e arrumando a pequena mesa improvisada, ouvi os murmúrios de Boo com Mingyu por um momento. Minutos depois, ouvi a porta se fechar.

— Mingyu não vai mais encher seu saco, às vezes ele desconhece a palavra limite. — Boo caminhou até meu escritório vestindo seu sobretudo. — Vou buscar frango frito.

— Deveria ir comer com seus amigos, você tem me feito muita companhia esses dias. — comentei notando seu olhar de canto.

— Podemos comer todos juntos. — ele deu a ideia.

— Hm, quem sabe outra hora, Boo. — lhe dei um sorriso fraco apontando para minha tela de trabalho. — Preciso estudar um pouco esses dados, mas se divirta.

— Moon… — Boo balançou meus braços.

— Vá, eu vou ficar bem. — falei me esticando na cadeira. — Preciso dormir cedo hoje também.

Depois de ficarmos um tempo debatendo, Boo se despediu após combinarmos de almoçarmos juntos no dia seguinte.

Trabalhei por algumas horas seguidas antes de finalmente cair na cama com as poucas horas restantes que tinha antes de voltar a trabalhar. Ainda estava cansada quando me arrumei pronta para ir ao escritório. Esperei o elevador enquanto atacava o kimbap que fiz com sobras de minha geladeira.

A porta do elevador abriu me fazendo parar de comer de forma esfomeada já que quatros homens me encaravam.

Eles pareciam ter saído de uma capa de revista de celebridades.

Me movi para o lado deixando a passagem livre. Assim que o elevador ficou livre, ouvi a voz de DK me cumprimentar no corredor.

— Hey, DK. — o cumprimentei tentando não parecer retraída.

— Está indo trabalhar? — ele sorriu me fazendo um sinal positivo com o polegar. — Fighting!

Imitei seu gesto antes que a porta do elevador se fechasse. Encarei meu celular e o guardei. Boo estava ocupado pela manhã, não queria atrapalhá-lo com minhas mensagens que na maioria das vezes eram vagas demais.

Um novo bip ecoou com a notificação de uma nova mensagem.

Encarei a mensagem enviada por um número desconhecido. Engoli a bile que se formava em minha garganta lendo o conteúdo e em seguida apaguei a mensagem. Talvez não seria tão fácil deixar enterrado o passado como imaginei.

 

❍❍❍❖❍❍❍

 



Notas Finais


E então, o que acharam até o momento? Só gostaria de dizer que a amizade do Boo e da Moon é muito fofa aaa

Espero que tenham gostado, vejo vocês no próximo capítulo! ☾✨


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