— Ah, eu odeio ficar de castigo. — Adrian bufou enquanto caminhava ao lado da loira de baixa estatura e roupa justa. Ajeitou a mochila no ombro e continuou a reclamar — Não sou mais uma criança.
— Para eles nós vamos ser sempre crianças, estão agindo assim para nos proteger. — disse num suspiro, e era verdade. Seus pais sabiam o quão cruel podia ser a vida de um caçador, os perigos que corria. Por isso são superprotetores.
Pouco tempo depois chegaram a escola, logo avistaram aos irmãos Bane-Lightwood e caminharam até eles. Estavam no último ano, o ano da formatura. Em breve todos seriam adultos e seus pais não teriam mais a escola ou a idade como desculpa para não deixarem ir à missões.
— Bom dia. — Crystal cumprimentou os primos, dando um leve beijo nos lábios do asiático que sorriu radiante sussurrando um "bom dia, princesa".
— Estão atrasados. — Madzie se pronunciou antes que continuassem com a melação. Se levantou e começou a caminhar sendo seguida pelos três. Praticamente faziam todas as aulas juntos, era o quarteto inseparável.
— Não posso acreditar que estamos aqui enquanto nossas crianças estão lá correndo perigo. — Clary disse depois de tomar um gole de chá. Estava sentada ao lado de Jace na mesa do café da manhã, a sua frente estava Isabelle e Alec que protestou.
— Não estam correndo tanto perigo assim. Além de terem o Magnus, o Simon e o resto do instituto... Aparentemente só está acontecendo de submundanos para submundanos.
— E demos ordens para eles não se envolverem em missões perigosas. — a morena completou a fala do irmão.
— Ouviram isso? — Jace interrompeu a conversa olhando em volta na tentativa de saber de onde vinha um barulho que o fez lembrar instantaneamente de Nova York: motor de carro. — Isso é...
— Não pode ser... — Alec se levantou e foi até a janela da sala de jantar da casa que estavam hospedados por alguns dias — Carros não funcionam em... — parou de falar ao ver uma caminhonete preta estacionar do outro lado da rua, sua expressão de surpresa assustou os outros caçadores que também correram para a janela. Um homem de aparentemente cinquenta anos saiu do carro, usava calça jeans surrada e uma camisa verde musgo, olhava em volta, parecia admirado e não tinha runas pelo corpo. Jace foi o primeiro a correr para a porta sendo seguido pela esposa e pelos irmãos adotivos. Ao pararem na varanda da casa foram notados pelo homem.
— Bom dia. — ele se aproximou — Eu peguei um atalho, achei que ia chegar mais rápido na Suíça, mas... — olhou em volta checando mais uma vez a cidade — Acho que estou perdido. Vocês podem me ajudar?
Antes que pudessem responder, ouviram novamente o barulho de motor, não podia ser a caminhonete pois ela estava bem ali na frente deles, desligada. Foi possível ver outro carro se aproximar e logo caiu a ficha: as barreiras de proteção foram quebradas.
— Pessoal, eu tenho natação agora, então... Vejo vocês mais tarde. — Madzie acenou e caminhou até o vestiário feminino, sempre foi fã de esportes e se encontrou na natação, era algo que a acalmava. Vestiu o maiô e a touca apropriados para a aula, acorreu tudo bem, os mesmos exercícios, mas sentiu que precisava relaxar um pouco mais e resolveu ficar depois da aula para nadar mais um pouco.
Se livrou da touca apertada e continuou ali por algum tempo, adorava a sensação de leveza enquanto a água a guiava lentamente pelo meio da piscina. Sua paz foi interrompida por um grito agudo, assustada, saiu da piscina e correu até o vestiário seguindo o som do barulho.
— Saia de cima dela! — gritou ao ver um lobo atacar uma garota a jogando no chão e a enchendo de mordidas, a garota gritava e tentava lutar contra o animal — Ei! — gritou novamente acertando um tubo de shampoo no lobo. Agora ala tinha sua atenção. Moveu as mãos, faíscas saiam de seus dedos e suas guelrras que eram escondidas por magia estavam visíveis. Num só golpe, o lobo caiu, provavelmente morto, foi possível ver uma fumaça preta sair do corpo do animal e evaporar pelo ar.
Correu até a garota que se contorcia no chão, os machucados foram tão profundos que a magia que escondia as orelhas pontudas de fadas foi cessada.
— Aparentemente as barreiras foram quebradas, mas pra isso ser feito, teria que ser alguém daqui de dentro.
— O que quer dizer, Jia? Que um caçador desligou as torres? — Jace perguntou cruzando os braços, encarando a consulesa.
— É a explicação mais viável... Todos são suspeitos. — fez uma longa pausa encarando o loiro — Inclusive você e sua... Família.
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