Imediatamente corri para o seu lado e abrir um enorme sorriso e ao mesmo tempo lágrimas rolaram de tanta felicidade de está vendo a minha menina acorda depois de tanto tempo com aquele olhinhos fechados.
Michael: Diana - sussurrei e segurei sua mão, a mesma me olhava assustada.
Diana: Aonde estou ? o que aconteceu comigo ? - perguntou.
Michael: Você está no hospital - falei.
Diana: A quanto tempo estou aqui ? - perguntou.
Eu estranhei ela não ter feito a pergunta mais clássica de todas " como vim parar aqui ? " será que ela se lembra do que aconteceu ? acho melhor não perguntar nada disso agora.
Michael: Três semanas - contei.
Diana: Nossa - arregalou os olhos e tentou se sentar - Ai minha cabeça - colocou uma de suas mãos nela.
Michael: Não se esforce querida, eu vou te ajudar.
Diana: E meus pais, cadê eles ?
Michael: Eles não sabem que você está aqui, Paris tentou entrar em contado nessas ultimas semanas mais eles viajaram.
Diana: Ah....
Michael: Estava sabendo ?
Diana: Sim, minha mãe havia comentado.
Vivian: Que maravilha ! - sorriu - Graças a deus acordou.
Diana: Quem é ? - me olhou.
Michael: Médica responsável por você.
Vivian: Eu sou a Vivian - sorriu - Como está se sentindo ?
Diana: Confusa, meia tonta.
Vivian: Isso é normal, você acabou de acordar e está uns dias sem se alimentar direito, creio eu que quando voltar se alimentar, tudo vai voltar ao normal - explicou - Está conseguindo respirar direito ?
Diana: Estou me sentindo um pouco cansada.
Vivian: Vou providenciar uma nebulização, já volto. - se retirou.
1 mês depois....
Depois que ela acordou permaneceu mais uns 3 a 4 dias no hospital em observação e logo teve alta, tomei a providência de levá-la para minha casa até ela estiver totalmente boa e poder se manter sozinha de novo. Ela não pareceu gostar muito da ideia até porque é minha casa, mas a Paris insistiu tanto que ela acabou aceitando.
Nesses últimos tempos ela está muito diferente, quase não me dirigi a palavra nem se quer olha pra mim, ela jamais imagina que eu sei de tudo que ela fez naquele dia e muito menos sabe que a tal carta está comigo.
POV Diana
Diana: 2 semana ? sério isso ? - perguntei enquanto Paris arrumava as malas
Paris: Ah relaxa, vai passar rápido logo logo estou de volta.
Diana: E eu vou ficar aqui sozinha - bufei.
Paris: Sozinha nada, meu pai ta aqui, esqueceu doida ? - riu.
Diana: Ah, é verdade - sorrir torto - Mas a minha amiga é você, tem como ficar não ?
Paris: Bem que eu queria, mas a faculdade não deixa.
Diana: Que droga ! - revirei os olhos
Paris: Você vai ficar bem, não vai ?
Diana: Vou é claro.
Paris: Porque da outra vez que você disse ia ficar, acabou ficando 3 semanas no hospital, até hoje não entendo porque você quis se suicidar.
Diana: Quantas vezes vou ter que dizer que não foi nenhuma tentativa de nada.
Paris: Ah não ? se você sabe que tem asma da braba, vai lá e fuma quase um maço inteiro de cigarro.
Diana: Eu estava bêbada e acabei ficando com vontade de fumar e não me lembrava que tinha isso, acontece.
Paris: Mas até hoje também não entendo o que te fez beber que nem louca.
Diana: Não quero mais falar sobre isso, por favor.
Paris: Tudo bem, é melhor deixamos isso no passado.
--- x ---
Já faz 4 dias que a Paris foi pra essa tal viagem da faculdade, eu estava vivendo um verdadeiro tédio, só saia do quarto quando Michael ia para algum lugar e como sempre ele voltava muito tarde, eu não conseguia mais olhar para ele, era algo muito estranho. Mesmo que ele não saiba de nada, ele me olha como se soubesse e eu sei que ele quer perguntar o porque disso tudo, e eu no momento não quero responder nenhum tipo de pergunta.
Já fazia umas 2 horas que ele havia saido para algum lugar tratar da sua nova tour, como de costume sai do quarto. Me sentei em um " sofá " de jardim e fiquei refletindo sobre tudo o que aconteceu, eu me sentia tão estranha de estar naquela casa sem a Paris, e mesmo quando ela está nada é como antes.
Eu fico me perguntando " o que aconteceu com aquela carta ? "eu voltei ao meu apartamento e não encontrei, será que alguém pegou ? quem deve ter sido ?
Senti uma mão sobre meu ombro e devagar virei minha cabeça e sim, era quem eu pensava. Engoli a seco e o encarei logo abaixando meu olhar.
Michael: Finalmente você saiu daquele quarto - disse e se sentou ao meu lado.
Diana: Chegou tão cedo, não deveria estar cuidando da sua nova tour ? - mudei o assunto.
Michael: Sim, mas a tour é minha e eu tenho quem cuide dela por mim, não preciso ficar o dia todo fora.
Diana: Que bom ! - me levantei.
Michael: Não pense que vai embora, não agora - disse segurando meu braço.
Diana: O que você quer ? - encarei.
Michael: Conversar, é tudo que eu quero desde que você saiu daquele hospital, mas parece que você me evita.
Diana: Micha...- fui interrompida.
Michael: Você não vai dizer nada, só vai ouvir.
Diana: O que você....
Rapidamente ele me colocou em seus braços e foi me levando para dentro de casa.
Diana: ME COLOCA NO CHÃO - gritei.
Michael: Se acalma ai.
Ele subiu as escadas e quando vi estávamos no quarto dele.
Michael: Aqui podemos conversar - me colocou no chão e trancou a porta.
Diana: Qual é a necessidade de trancar a porta ?
Michael: Caso você queira fugir de mim de novo - cruzou os braços - Bom, você está bem ?
Diana: Estou ótima, porque ? - disse ajeitando minha roupa.
Michael: Fico feliz em saber que está ótima
Diana: Pois é, agora me deixa sair - caminhei até a porta.
Michael: Porque fez aquilo ? - perguntou e eu me virei.
Diana: Aquilo o que ? - perguntei rezando para não se o que eu estou pensando.
Michael: Não se finja desentendida , você sabe do que estou dizendo, porque tentou suicidio ?
Diana: Eu ?
Michael: Não, eu. - foi irônico.
Diana: Eu não seria capaz de fazer alguma coisa assim.
Michael: Você acha que eu sou algum idiota ?
Diana: Porque está me perguntando isso ? te devo alguma satisfação ? eu acho que não.
Michael: Então porque disso - tirou a carta do bolso.
Meu deus, a carta estava com ele o tempo todo, estou perdida. Eu olhava aquela carta nas mãos dele e a vontade que eu tinha era de rasgar, mas para que ? ele já leu e releu, não ia adiantar mais nada, eu simplesmente só queria sumir da frente dele naquele momento.
Michael: Não vai dizer nada ?
Diana: Eu não sei o que é isso.
Michael: Ah, não se lembra ? - ele abriu.
Diana: Mich....- fui interrompida.
Michael: Mamãe , Papai e Amigos. Bem, eu não queria que tivesse sido assim, me perdoe por isso, eu queria que tivesse tido outro final, um feliz talvez, mas não foi possível, vai ver que finais felizes só existem em contos de fadas. Eu também peço que me perdoem por tudo que eu lhes causei, por tudo que eu deveria ter feito e não fiz, me perdoem por ter sido tão fraca, para ter chegado a esse ponto.
Eu nem me lembrava direito o que tinha escrito naquela carta, e enquanto ele lia, uma angustia crescia em meu peito e eu não estava mais aguentando ouvir uma só palavra.
Michael: Meu coração estava sendo machucado há quase cinco....
Diana: CHEGA ! - gritei e ele parou de ler, me olhando surpreso. - Sim, eu queria me matar e lamento muito por não ter conseguido, muito.
Michael: Você.... - interrompi.
Diana: Agora quem fala sou eu !
Ele suspirou e se sentou na cama.
Diana: Eu estava muito magoada, eu queria tanto você comigo, eu não tenho culpa de ter me apaixonado por você - as lágrimas começaram a cair - Nunca quis, mas foi algo inevitável, algo que até hoje eu me pergunto o porque de ter acontecido, eu cansei de perguntar para Deus o porque de eu ter me apaixonado por um cara que não estava nem ai pra mim. Passava horas em frente o espelho tentando escolher a melhor roupa, fazer o penteado mais bonito para você presta atenção em mim e nunca aconteceu nada, você sempre me via como " amiga da Paris " - fiz aspas - Até longe de você eu quis ficar e acabei voltando para cá, achando que eu não sentia mais nada e quando chego aqui, me dou conta que estava enganada e que essa distância só me fez te querer mais, eu era apaixonada por você.
Michael: Era ? - se levantou - Não é mais ?
Diana: Eu não sei, um dia eu vou te esquecer, mas eu preciso que fique longe de mim, por favor. vai ser melhor para nos dois. - sequei o rosto.
Michael: Naquele dia no hospital eu disse que queria te falar uma coisa, e você nunca deixou eu dizer.
Diana: Eu acho melhor....
Michael: Agora quem fala sou eu ! - colocou o dedo indicador nos meus lábios - Eu só quero deixar claro que eu sempre notei você, mas eu achava que aquela produção toda era para outra pessoa e de uns tempos para cá eu.... - suspirei - Eu tenho sentindo um grande afeto por você eu nem sei mais se é só isso, pra mim já é amor , eu não sei. Mas enquanto você estava naquele hospital eu não via a hora de você acordar e correr para os meus braços como se nada daquilo tivesse acontecido, eu te desejo muito garota, e sobre aquele dia no seu apartamento, me perdoe a má impressão que eu passei pra você, eu já estava gostando de você mais era como você disse, eu te via como a " amiga da Paris " - fiz aspas - E não sei se ia ficar legal eu me envolver contigo e no fim acabei te magoando .
Diana: Verdade que você ia no hospital todos os dias me ver ?
Michael: A Paris falou né ? - sorriu de canto - Eu ia sim, e passava horas ali na esperança de você acordar, eu não sabia o que faria se você morresse, gosto nem de pensar.
Ele se aproximou e eu dei dois passos para atrás que logo acabei encostando na porta, ele me cercou com os braços e pude começar a sentir sua respiração mais de perto, mas eu logo desviei.
Michael: Não faça isso - me segurou no braço.
Diana: Acho melhor não.
Michael: Você quer, eu sei que quer.
Diana: Não, eu não quero.
Michael: Olha no meus olhos e diz com toda a sinceridade que não sente mais nada por mim e que não me quer, diz e eu vou embora da sua vida.
Continua....
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