POV Michael
Peguei o carro na intensão de ir para casa, mas o meu coração não queria. Ele queria que eu queimasse gasolina e eu acabei fazendo o que ele tanto quis.
Andava pelas ruas de Los Angeles sem direção andando só por andar, não tinha destino nem nada. Mas durante essas voltas minha cabeça reproduzia um filme, um filme que ganharia todos os oscar.
Eu pensava em todos os momentos bons que nos tivemos juntos e isso me fazia dar sorrisos bobos e ao mesmo tempo um aperto no coração.
Michael: Pode falar, Frank - atendi o telefone - Tô indo, em cinco minutos estou ai.
[...]
Desci no estacionamento e segui ao elevador, passei por todos e fui direto para minha sala. Frank me aguardava com as pernas cruzadas e uma xícara em mãos.
Michael: Oi, Frank - cumprimentei.
Frank: Nossa, você está péssimo.
Michael: Está tão na cara assim ?
Frank: Estampado, o que houve ?
Michael: Eu procurei a Diana.
Frank: Quem é Diana ? - me olhou confuso - Ah, entendi - sorriu de canto - Não sabia que a se chamava assim, e ai como foi ?
Michael: Ela me tirou da vida dela, me tirou de vez.
Frank: Será mesmo ?
Michael: Eu nunca vi ela tão séria e decidida como hoje.
Frank: Hoje ? você foi lá ?
Michael: Fui - respondi - Eu não sei o que faço agora, não sei.
Frank: A única coisa que posso mandar você fazer é focar na tour, 96% dos lugares das apresentações estão esgotados e os outros 4% está quase... - o interrompi.
Michael: Turnê ? eu não tô com cabeça pra pensar nisso agora, se dependesse de mim eu cancelaria.
Frank: Você não pode se deixar a bater, você tem um império de fãs que estão em cada canto do mundo esperando você subir naquele palco e ser o Michael Jackson que eles admiram e idolatra, você nunca decepcionou eles, não pode ser agora que vai.
Michael: E quem disse que eu vou decepcioná-los ? mas a situação está dificil pra mim no momento.
Frank: Michael, se você não tirar essa mulher da sua cabeça, ela vai acabar com você aos poucos e por mais que você dê o seu melhor nessa tour, não vai ser como as outras, o público vai sentir a diferença em você.
Michael: Não é fácil esquecer quem a gente ama.
Frank: Meu deus - ficou boquiaberto - Você ama ela ?
Michael: Muito, eu sou capaz de largar tudo e viver só com ela.
Frank: Isso é um problema, e dos grande - comentou com a mão no queixo pensativo.
Michael: Já estou envolvido demais nessa situação, eu quero ela, mas a vida não colabora.
Frank: Se apaixonar é muito ruim as vezes, eu sei que dói, mas temos que tentar tirar ela de você.
Michael: Como Frank? como se esquece quem já esqueceu de você?
1 Mês depois....
POV Diana
Já se faz um mês que não tenho noticias dele, a não ser pela televisão onde não se para de anunciar a history tour, mas eu ando exausta. De querer reviver tudo sozinha, de querer tudo sozinha. Eu não aguento mais essa angústia de sentir falta sozinha, sem ele não dar a minima, eu achava que ele fosse tentar de novo, mas eu sabia que aquilo tudo de " eu não dormir pensando em você " era teatro e ele achando que eu ia cair nessa.
Mas existe um problema muito maior do que isso tudo
o que faço pra tirar ele da minha vida ? beber não ajuda, fumar não ajuda, sair não ajuda. O jeito é jogar tudo que sinto em uma mala. Mas se isso não der certo eu vou desistir e deixar tudo como está, só não vou desistir de ser feliz novamente. E pode doer o que for, mas atrás de dele eu não vou.
Hilary: Está pensativa, hein.
Diana: Pois é - sorrir forçado.
Hilary: Tudo pronto para hoje a noite ?
Diana: O que tem hoje a noite ?
Hilary: A festa da vogue - me lembrou - Di, eu não acredito que você esqueceu.
Diana: Só tinha me dado um branco, é obrigado ir ?
Hilary: A vogue não está te obrigando a ir, mas eu estou.
Diana: Como é ? - rir.
Hilary: Eu estou tão feliz que a nossa loja está dando certo, a loja saiu esse mês na edição da revista e isso aumentou mais ainda as vendas - falou empolgada - Eu nunca imaginei que fosse nessa tal festa, é uma festa só de gente importante e é por isso que você vai comigo.
Diana: Ah, Hilary.
Hilary: Ah nada, Diana.
Algumas horas depois...
A loja está bastante popular e Hilary já está pensando abrir outra em Nova York, estávamos no carro indo para a festa mais chique do ano. Chegamos e fomos abordadas por flash das câmeras, Hilary estava se sentindo uma estrela e eu estava com medo de ficar cega com tanta luz na minha cara, todo mundo estava passando pelo tapete vermelho e não seria diferente com a gente. Confesso que na hora do tapete eu me senti uma celebridade e foi legal os cinco minutos de fama.
O salão era muito grande e tinha muita gente famosa, muitos garçom e muita música. Até que era uma festa bem animada.
Hilary: Di, aquela é a Mariah Carey, eu preciso falar com ela. - comentou super empolgada.
Diana: Fica quieta Hilary, não se empolga.
Hilary: Impossível, a maioria das pessoas que eu admiro está aqui.
Diana: Finge que não conhece.
Hilary: Porque ?
Diana: Não me faz passar vergonha, se não eu volto pra casa.
Hilary: Ta bom - bufou.
Diana: Meu deus - abri a boca e apontei - Aquela é a Madonna ?
Hilary: A própria, olha só aqueles sapatos.
Diana: Preciso ir lá - ela me puxou.
Hilary: Não se empolga, finge que não conhece - sorriu irônica.
Diana: Vou pegar uma bebida, já volto.
POV Michael
Aproveitava o silêncio da casa e conversava comigo mesmo, coisa que sempre fiz na vida. Mas confesso que agora eu virei o meu melhor amigo, na verdade sempre fui só não tinha percebido.
Vou seguir o conselho de Frank, vou esquecer tudo que aconteceu até aqui, vai ser dificil ? vai ! e muito.
Mas eu pelo menos tenho que tentar algo, é como ele disse, em breve estarei de frente a milhares de pessoas que não vão querer me ver se lamentando da minha vida, mas vão está lá para assistir um show de verdade.
Neste exato momento está acontecendo a tão famosa festa da revista Vogue, eu poderia está lá. Ainda dá tempo de ir, mas e a vontade ? e a animação ? a força de vontade de sair de casa e encarar a vida como se nada tivesse acontecido. É dificil pra caramba, as pessoas acham que só porque você está no topo da billboard você não tem problemas, elas acham que você é de ferro e que nada te atingi. Pois estão enganadas, e muito. Não é todo dia que eu quero sair de casa e ultimamente estou assim, mas eu tenho que levantar colocar um sorriso no rosto e fingir que nada acontece. É complicado sorrir quando seu coração ta machucado, quando tudo parece não ter mais jeito, mas as pessoas não querem saber, o seu trabalho não quer saber, a mídia não quer saber, não se importa de verdade, todo mundo quer você ali por bem ou por mal, sorrindo ou chorando, mas de preferência sorrindo pra não pegar mal depois.
Nesses últimos meses eu tenho vivido do céu ao inferno, meu céu era a Diana, e eu posso descrever inúmeros momentos de amor e prazer que tive com ela. momentos que eu achei que jamais viveria mesmo sendo quem sou, momentos que são únicos que não é qualquer pessoa que pode proporcionar pra você.
Mas ela proporcionou e da melhor maneira possível, não estou falando de sexo, sexo com ela era algo surreal, mas outros momentos de caricias e afeto. Nesta vida eu fui mais machucado do que amado, quase não tive amor e talvez achasse que isso seria impossível para mim, mas ela me mostrou o outro lado da vida, que eu chamo de " parte bonita " com ela tudo era diferente, cada dia era uma surpresa nova, foram tantas surpresas que eu jamais imaginaria dela me deixar, e essa foi a que eu mais me surpreendi.
Daqui pra frente vai ser assim, viver um dia após o outro como se nada tivesse acontecido, e Diana ? ótimas lembranças na minha memória e uma cicatriz no meu coração.
3 dias depois....
POV Debbie
Todos que me conhece sabe que adoro essas coisas que envolve " previsões " desde sempre eu ia em cartomante e tal, mas depois que me casei com Michael eu parei de ir, ele acha que isso é superstição e não gosta muito, então decidi parar de ir.
Mas hoje esse jejum de cartomante acabou, depois de muitos anos novamente terei uma consulta, as pessoas devem pensar porque você acredita tanto nisso ? muita gente acha que é tudo mentira, que é um dinheiro gasto e que nada vai acontecer. Pois bem, tudo que falaram que ia acontecer na minha vida aconteceu, principalmente o Michael.
Não estou dizendo que cheguei lá e falaram que eu ia casar com Michael Jackson e tudo mais, mas descreveram o jeito dele, e não falaram que ele era artista até porque ninguém sabia quem era, só sabia o jeito dele de ser, o lado que quase ninguém conhece.O motorista parou em frente uma casa antiga, porém muito bem cuidada, o bairro era calmo e simples. Pedi a ele que esperasse, ele não fazia ideia de nada que eu ia fazer ali. Desci do carro e abri o portão do jardim e segui em direção a porta por um caminho de pedras que evitava que você pisasse na grama. Uma senhora um pouco baixa de cabelos negros e olhos claros abriu a porta e me encarou, não tô acreditando que ela se esqueceu de mim.
Debbie: Oi Norma, sou eu Debbie - falei simpática.
Norma: Debbie ? - me olhou confusa tentando se lembrar.
Debbie: Debbie Rowe - disse e ela abriu um sorriso se lembrando.
Norma: Quanto tempo, entra - deu passagem e eu entrei na antiga casa - Por onde esteve esse tempo todo ? nunca mais veio nas consultas.
Debbie: Eu casei do jeitinho que você previu.
Norma: Ah, que bom - sorriu - Eu me lembro dessa previsão, você ficou tão empolgada e olho que deu certo, deve ter um casamento de ouro.
Debbie: Então... - fui interrompida.
Norma: Já tem filhos ou esse é o primeiro ? - observou minha barriga.
Debbie: Eu já sou casada a quase 21 anos e tenho uma filha de 20.
Norma: Ah, sim.
Debbie: Mas discordo com o " casamento de ouro " que você disse.
Norma: Porque ? ele é perfeito.
Debbie: Era perfeito.
Norma: O que aconteceu, filha ?
Debbie: Nos últimos anos o nosso casamento foi sendo empurrado com a barriga, estava cheio de brigas e tudo mais, a gente suportou tudo pela nossa filha, no caso ele suportou. Porque eu suportava por ele também, eu o amo muito e não queria perdê-lo.
Norma: E o que aconteceu depois ?
Debbie: A gente se separou, demos entrada no divórcio, mas ai eu descobri que estava grávida, eu estava montando minha vida em Nova York já estava de malas prontas para ir, foi ai que ele me chamou para voltar a morar com ele pelo bebê. Ou seja, suportar tudo que suportamos pela Paris, agora pelo bebê. -falei com os olhos marejando - Eu não quero perder ele, ele me trata como se eu só fosse a mãe do filho dele, eu sinto que ele só está comigo por causa da criança e não porque me ama, acho que nem isso mais.
Norma: Minha filha, vamos fazer logo essa consulta para acabar com essa dúvida, mas tem uma coisa.
Debbie: O que ?
Norma: E se o resultado não for bom ? e se não for aquilo que espera ?
Debbie: Eu quero saber de tudo, quero poder me preparar para o pior.
Norma: Então vamos lá.
Entramos no quarto onde fica o seu cantinho de atendimento, me sentei em uma cadeira de frente para uma mesa cheia de cartas e cristais, ela se sentou de frente a mim e começou o jogo. Ela jogou os cristais e começou a olhar as pedras e sua reação já me dizia que não era algo bom.
Debbie: O que você está vendo ?
Norma: Você está perdendo ele - encarava a pedra - Ele ta saindo da sua vida, praticamente já saiu 90% dela.
Debbie: Porque ? porque ?
Norma: Você afastou ele, foi você que fez ele sair, ele ainda não saiu totalmente porque você está grávida, mas sentimento por você ele já não tem mais - pegou outra pedra - O coração dele agora é de outra.
Debbie: O que ?
Norma: Ele está apaixonado por outra mulher, está cego de amor por ela. Vejo que ele anda meio perturbado por causa desse amor.
Debbie: Quem é ela ? quem é essa vagabunda ?
Norma: Não sei quem é, mas é jovem e muito bonita, e o mais engraçado é que ela já esteve perto de você, você já teve e as vezes tem uma ligação com ela, sem saber que ela é a outra.
Debbie: Tenho ligação com ela ? meu deus, quem é ?
Norma: Você ainda tem chance de conquistar ele por causa da criança, mas tome cuidado porque algo de ruim vai acontecer e que pode definir seu casamento pro resto da vida.
Debbie: O que vai acontecer ?
Norma: Eu não sei, mas o alvo é você.
[...]
Fiz o trajeto todo até minha casa pensando em tudo que ela previu pra mim, tentava adivinhar quem é essa mulher e o que vai acontecer comigo, confesso que estou com muito medo, mas nada me assusta do que perde o Michael, nada.
POV Diana
Uma angustia tomava conta de mim, passei a noite acordada pensando em tudo que acontece comigo, levei uma surra da saudade hoje e o pouco que cochilei acordei pensando nele. Sem pensar duas vezes peguei o telefone e liguei para ele.
Diana: Preciso te ver - disse ao telefone.
Peguei o táxi que me levou até o alto do mirante, onde eu podia ver minha Los Angeles completa. Me sentei em um banco e observava tudo.
Logo escutei um barulho de carro, não olhei para atrás pois já sabia quem era, ouvi o carro indo embora e passos vindo atrás de mim.
Michael: Oi - se sentou ao meu lado.
Diana: Oi - sorrir.
Michael: Você disse que queria me ver e bom...estou aqui.
Diana: Desculpa se eu te atrapalhei, eu sei que você logo embarca pra sua turnê, mas acontece que eu estou angustiada, não consegui dormir pensando em você.
Michael: Você disse que não sentia mais nada por mim.
Diana: Sobre seu filho, tudo bem aconteceu.
Michael: Que bom que pensa assim agora.
Diana: Me dei conta que fui injusta com você, você me ama e não faria isso comigo de propósito. Bom, se é que ainda me ama.
Michael: Ah Diana, é claro que eu te amo, penso cada segundo em você.
Diana: Eu também, penso no dia, momento, dúvida, pedido, em tudo.
Michael: Um dia ? - me olhou confuso.
Diana: Hoje. - respondi.
Michael: Um momento ?
Diana: Agora.
Michael: Uma dúvida ?
Diana: Ter você.
Michael: Um pedido ?
Diana: Fica comigo ?
Michael: Contigo ? você disse que... - o interrompi
Diana: Eu sei o que eu disse, mas fica comigo, mesmo te ignorando, mesmo dizendo que não te quero e que não te suporto. Isso tudo é mentira, não me escute, teime, seja persistente, não me abandone. apenas fique comigo.
Continua....
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