História She Will Be Loved - First time

Sakura

Suigetsu estava sentado na cama com as pernas abertas e inclinou o corpo como se fosse deitar, apoiando-se nos braços e dando um sorriso bobo de início, que mudou quando Sakura sentou-se em seu colo. Estou tremendo, droga…

As pernas de Sakura tremiam, ela tinha escutado muitas meninas da sala falando sobre a primeira experiência, e sabia que só tinha uma coisa a temer: a dor. Suigetsu não era virgem, diferente de Sakura, então ela se sentia mais segura, pois pelo menos alguém ali saberia o que e como deveria fazer.

Beijaram-se por vários minutos, foi suficiente para que Sakura se acalmasse e a tremedeira sumisse, então ficou tudo mais fácil, não estavam forçando nada, combinaram que apenas fariam de conta que aquilo era algo completamente natural, o que não deixava de ser verdade. Sakura não sentiu vergonha quando Suigetsu a despiu, deixando-a somente de calcinha e sutiã, já não tinha mais insegurança com seu corpo, aprendera a gostar dele de forma forçada e não via isso como um problema. Ele a deitou com cuidado na cama e deitou-se por cima em seguida, beijando-a com mais carinho do que antes e descendo para o pescoço e seios, Suigetsu se preocupava com o que ela sentiria, já que a primeira vez muito raramente é prazerosa para mulheres. Sempre dizem isso, mas… Ele é tão… Bom.

Ele abriu o fecho frontal do sutiã e sorriu o fazê-lo, Sakura se encolheu por impulso, sentiu um arrepio diferente no corpo todo, então acabou corando um pouco por isso, mesmo que não sentisse nada além de vontade de continuar.

– Você é linda…

Suigetsu disse antes de beija-la na barriga, subindo até os seios, onde beijou toda a extensão até chegar em um dos mamilos e usar a língua, aproveitando-se para dar leves mordidas enquanto sua mão brincava com o outro. Não era a primeira vez que Suigetsu a tocava assim, mas Sakura sentia como se fosse, seu corpo fervia por dentro enquanto ela tentava não fazer muito barulho para não ser ouvida pela madrasta que provavelmente brigaria de novo por isso depois.

Sakura sentia o corpo cada vez mais tenso enquanto Suigetsu continuava com aquilo e variando, mas nada comparado ao tremor que sentiu quando uma das mãos dele desceu até a calcinha, por que estou assim? Ele já fez isso antes… Mas agora era diferente, ela sabia disso. Sentia ele usando um dos dedos para massageá-la ali onde era mais sensível ainda por cima da calcinha, fazendo-a fechar as pernas por impulso, mas ele continuava movimentando, até parar e tirar a própria camiseta. Ele a beijou nos lábios de novo, se encaixando entre suas pernas e descendo novamente os beijos, até chegar no elástico da calcinha, onde ameaçava puxar com os dentes.

Ela não precisava dizer nada, ele já tinha dito que se fizesse aquilo antes, ela sentiria menos dor no ato e ainda mais prazer antes, então como sinal de que ele podia prosseguir com aquilo, Sakura fechou os olhos e relaxou o corpo o máximo que conseguiu, o que não adiantou de nada quando sentiu Suigetsu beija-la por cima da calcinha. Ok, agora estou com vergonha. Sentia-se úmida e quente, sabia o motivo daquilo acontecer e também sabia que era bom, mas não a impediu de ficar sem graça quando Suigetsu tirou sua calcinha, mas não por completo, e a tocou ali, comentando e rindo sobre o quanto ela estava molhada. Eu acharia graça se não fosse um pouco constrangedor…

– Pare de rir, é culpa sua…

Ao menos o clima era favorecedor, a tensão já não existia mais, Sakura estava relaxada com o que Suigetsu dizia ou fazia, sentia-se bem de verdade, e ainda melhor quando ele começou a fazer o que estava ameaçando por uns minutos: tirar sua calcinha de uma vez e finalmente começar com as carícias. Após isso, ele beijou a parte interna das coxas de Sakura, fazendo-a arrepiar mais uma vez, aquilo fazia um pouco de cócegas, mas ela não queria que ele parasse, começava a ansiar pelo toque dele.

Sakura estava deitada e inquieta, estava quase pedindo para que ele fosse logo com aquilo quando sentiu Suigetsu segurando firmemente suas pernas e separando-as enquanto ia levando os beijos cada vez mais para cima. É agora! Então sentiu o toque da língua quente em sua intimidade, estremeceu como nunca e aquilo se repetia a cada movimento circular que ele fazia, sugando as vezes. E as malditas me dizendo que isso dói. Aposto que não foram tão… Ah, bem tratadas. Não aguentava o prazer imenso que sentia, então tentou inclinar um pouco o corpo para que pudesse olhar para Suigetsu, apoiando-se nos braços para ficar praticamente sentada, assim com certeza a visão seria melhor.

Após alguns minutos assim, Sakura tinha a cabeça inclinada para trás, e com os olhos fechados, sua respiração estava completamente ofegante e ela estava sentindo que iria gozar. Apesar de nunca ter feito nada com alguém, já tinha conhecido o próprio corpo sozinha, e Suigetsu também já o conhecia e muito bem, ele já tinha conseguido leva-la ao orgasmo usando apenas dois dedos, e agora usava apenas um, já que a língua estava sendo usada no lugar do dedo que a massageava ali na primeira vez. Ela não conseguiu conter um grito e nem as puxadas que deu no cabelo de Suigetsu quando sentiu o orgasmo vindo, foi diferente e muito mais intenso do que tudo que já havia sentido, fechou as pernas com força quando ele persistiu em toca-la dando beijos onde estava milhares de vezes mais sensível agora.

– Você se sente pronta, agora? Eu estou ficando louco aqui…

Suigetsu tinha ficado em pé e tirado o restante de suas roupas. Sakura ainda estava sentindo choques, mal conseguia prestar atenção no que ele dizia, mas sabia que sim, estava pronta para ele. Não achava que fosse sentir muita dor nesse ponto, estava tão anestesiada e sentindo-se em outro mundo que ele parecia se mover em câmera lenta. Sakura o observava colocar a camisinha, aproveitando para reparar no corpo dele agora que estava completamente nu. Ele é maravilhoso. E nossa… Eu não tinha reparado que era tudo isso. Ela ainda estava perdida em pensamentos sem sentido quando ele se deitou por cima dela e a beijou nos lábios enquanto uma de suas mãos estava lá em baixo, deixando tudo na posição exata para que finalmente acontecesse. Sakura sentiu algo sendo empurrado para dentro de si, ainda não sentia muita dor, mas não podia negar que dava certa aflição, quase podia sentir o pedaço de pele que era visto como barreira se rompendo, até finalmente perceber que ele estava dentro dela, por inteiro. Isso dói… Isso dói muito…

– Está doendo?

– Sim…

– Quer parar?

– Não, está tudo bem…

Mas não estava, Sakura não sabia que a dor seria tanta, era quase como se tivesse sendo cortada por dentro, mas precisava aguentar. É só uma dorzinha, não tenho tempo pra ficar sentindo isso. Agarrou-se a Suigetsu e o beijou, acariciando-o nas costas, para que ele entendesse que poderia continuar. Sentiu fortes pontadas quando ele começou a se mover, mas foram só nas primeiras estocadas, depois o desconforto diminuiu, assim como a dor. Ele estava indo devagar, enchendo-a de beijos e também sussurrando coisas em seu ouvido que eram impossíveis de se entender. Sakura percebeu que ele estava movendo-se de forma pouco descontrolada, e pelo aumento tanto na velocidade quanto na força dos movimentos, ela sentia um pouco mais de dor, mas não reclamou… Sabia por que ele estava assim, era gratificante o sentimento de que estava dando prazer a ele, e continuou com o mesmo pensamento até que ele parasse de se mover, completamente ofegante.

Não falaram nada por alguns minutos, apenas se vestiram por impulso e sem nem ver se as roupas estavam mesmo do lado certo, os dois estavam cansados e Suigetsu tinha um sorriso bobo estampado no rosto. Ficaram apenas mais algumas horas juntos, pois acabaram caindo no sono, até que o celular de Suigetsu tocasse, ele teria que ir embora logo.

– Ei, você me leva até a porta? Estou com medo daquela sua madrasta…

– Claro. Medo? Ela é uma coitada…

– Você não presta mesmo… – Suigetsu ria sempre que ela fazia algum comentário do tipo – Vamos, Sasuke ainda quer falar comigo.

Desceram as escadas e Sakura abriu a porta para o namorado e despediu-se dele com um longo beijo, observando-o enquanto tomava o caminho para a casa de Sasuke que ficava apenas um pouco mais para frente na mesma rua. Me sinto tão cansada, mas… Preciso falar com a Hinata!

– Sakura.

Era a madrasta, sentada no sofá da sala com a cara ainda mais fechada do que antes, Sakura sentiu um pouco de medo por pensar que ela tinha mesmo chegado a ligar para seu pai, mas não parecia ser o caso, já que Konan não estava chorando.

– Se for me encher o saco, nem começa.

– Ia apenas dizer que a mãe de Sasuke ligou aqui nos convidando para o aniversário do irmão dele. Sua mal educada.

Itachi está por aqui desde quando? Foi a primeira coisa que pensou, nem sabia quantos anos o irmão de Sasuke tinha, mas era aproximadamente seis ou sete anos mais velho do que ela. Era desagradável pensar que encontraria com Sasuke na festa, mas já dava menos importância, precisava ao menos saber se Hinata iria, assim teria companhia para ficar lá. Subiu para o quarto e arrumou-se rápido, saindo de casa sem avisar para onde iria, sabia que Konan a encheria mais tarde, mas como sempre, não se importava. Espero que Hinata esteja em casa…

Hinata

Tinha passado o dia todo na biblioteca, nunca se cansava de estudar, achava mais do que gratificante quando via suas notas, o resultado de tantas horas aprendendo mais e mais. Sequer tinha ido para casa ainda, pediu para que Naruto avisasse Kushina que passaria o dia todo estudando, apenas para se livrar de confusões que encontraria caso ficasse em casa. Estava revoltada com Naruto, ele parecia ainda mais idiota quando estava com Ino. Sorte que só preciso ver isso na escola! E também tinha Sakura, ela parecia até outra pessoa por causa de Suigetsu. Ele fez o milagre dos milagres… Mas Hinata ainda estava presa com seus sentimentos por Naruto, não sentia vontade de ficar com outros meninos, eram todos tão irritantes e nada compatíveis com ela, Hinata preferia os inteligentes, e esse tipo era bem raro.

Estava quase saindo da biblioteca quando esbarrou com Neji, ele tinha dois livros em mãos e sorriu sem graça pedindo desculpas pela indelicadeza de esbarrar. Ele por aqui? Eu pensei que ele tivesse ido com Naruto aquela hora…

– Está indo embora, Hinata?

– Sim…

– Pode me esperar? Vou só ali registrar que estou pegando esses livros.

– Claro!

Ele é tão educado que fica até estranho, fora que está sempre lendo e… Tem os olhos iguais aos meus. Confesso que comecei a acha-lo mais bonito quando vi que ele é parecido comigo em alguns aspectos…

– Vamos, então?

– Vamos, sim… Você está indo pra casa?

– Vou passar na casa de um amigo primeiro...

– Entendi.

Hinata e Neji caminhavam pela rua, estava começando a anoitecer e a esfriar. O vento estava gelado suficiente para que Hinata sentisse a ponta do nariz congelando, e aquilo lhe trouxe algumas lembranças de sua infância, quando ainda estava naquele quartinho com sua mãe, sempre que se lembrava dela, sentia o cheiro forte do cigarro que ela costumava fumar, mas achou melhor afastar esses pensamentos antes que as lágrimas decidissem surgir em seus olhos.

– Ei, Hinata! Eu sou novo por aqui, e gostei muito de você, então… Você gostaria de ir ao cinema comigo? No sábado agora, vai ter um filme novo que parece bem legal.

Tinham parado para tomar um chocolate quente que Neji insistiu muito para pagar e Hinata acabou aceitando principalmente pelo fato de estar com o estômago vazio durante o dia todo. Mas aquela pergunta a surpreendeu bastante, ele tinha falado com muita naturalidade, não parecia ter segundas intenções por trás daquele inocente pedido, mas Hinata o achava bonito e também uma pessoa interessante, sempre que conversava com ele sobre qualquer assunto, a conversa fluía facilmente. Não sei se devo aceitar…

– Posso te responder depois? Estou ocupada estudando ultimamente e nem sei se marquei algo no sábado… Te mando uma mensagem assim que confirmar, tudo bem?

– Claro!

E então se despediram ali na padaria mesmo, porque Neji iria para o outro lado na casa de algum amigo, e Hinata estava atrasada para chegar em casa, tinha certeza de que estariam preocupados com ela, e odiava quando acontecia, Kushina era meio descontrolada quando se tratava de proteger os filhos. Tinha apressado os passos para chegar logo até sua casa e assim que abriu a porta sentiu o estômago revirar. Ino estava se pegando com Naruto logo ali no sofá da sala. Eu vivia bem ser ver isso.

– Ah! Oi, Hinata! A mãe deixou sua janta no microondas, ela saiu com o pai e voltam só mais tarde…

Então eles estavam sozinhos ali, Hinata sentia o sangue ferver por sentir tanta raiva. Não gostava de se sentir dessa forma, mas não conseguia evitar. Via o sorriso de Ino, ela estava toda descabelada… Kushina teria que saber sobre aquilo, sobre Naruto trazer qualquer uma pra… Fazer essas coisas aqui em casa. Não posso pensar nisso… Preciso falar com a Sakura! E quer saber?

Hinata pegou seu celular e mandou uma mensagem para Neji, dizendo que está completamente livre no sábado e que adoraria ir ao cinema com ele. Não sabia se estava fazendo isso por alguma vingança, mas sentia-se idiota por gostar de Naruto, enquanto ele ficava ali com Ino e sequer olhava para os lados para ver o que se passa com as pessoas. Esse idiota.

Estava saindo para ir até a casa de Sakura e deu quase de cara com ela. As duas assustaram, mas acabaram rindo em seguida, pelo visto, as duas tinham muitas coisas pra falar.

– Então, diz você primeiro o que houve pra estar revoltada assim.

– Cheguei em casa e Naruto estava se pegando com a Ino… No sofá!!! Eu durmo ali!!! Como vou dormir agora? Aposto que Kushina nem sabe disso… Mas ela vai saber.

– Eu odeio a Ino, sinceramente… Não sei por que o Naruto tá com ela.

– Eu também não sei, ela é chata… E burra!

– E mimada, sem sal, enjoativa e convenhamos, uma vadia. Ficou meses em cima do Sasuke pra depois partir pro Naruto…

– Só ele não vê!

– Idiota…

– Idiota! E também tenho algo pra contar, sabe o Neji?

– O morto?

– É, Sakura… O morto.

– Ah, sim… O que tem?

– Me chamou pra ir ao cinema e aceitei… O que acha?

– Acho que vai ser um tédio, mas ele pelo menos é bonito… Vão só ver o filme ou…?

– E como vou saber? Preciso esperar pra ver no que isso vai dar… Mas e você, o que aconteceu que parece estar mais feliz?

Houve alguns raros momentos de silêncio entre as duas enquanto Sakura fazia suspense para dizer de uma vez o que tinha acontecido, ela apenas sorria e ficava pensativa, ameaçava falar e não saía disso, Hinata estava começando a ficar impaciente.

– Então, Suigetsu e eu tivemos a primeira vez!

– Sério? Nossa… E como foi?

– Dolorido, mas passa… Nada de sangramentos. Acho que gosto mesmo dele, sabe? Ele é diferente em tudo…

Enquanto Sakura detalhava a experiência sexual, Hinata ficava pensativa e a respondia por reflexo. Eu devo ser a única virgem entre eles…Não que isso a incomodasse, mas era um assunto que não tinha conforto em falar, pois também não tinha nenhum conhecimento além do que as amigas contavam. Sakura falava cada vez mais sobre como tinha sido e apenas por alguns momentos, imaginou-se tendo a primeira experiência com Naruto, então lembrou-se dele com Ino e sentiu vontade de pega-lo pelos cabelos, mas mostrava neutralidade por fora, não podia deixar que aquilo parecesse ciúmes de jeito nenhum.

– Também tem outra coisa… Parece que hoje é aniversário do Itachi e a mãe dele chamou todo mundo, eu queria ver se você vai…

– Itachi, o bonito? Claro que vou!

– Bonito? Como você é modesta, Hinata…

Elas riram e ficaram comentando sobre que roupa colocariam para a tal festa. Sakura reclamava sobre a madrasta estar querendo ir, mas não tinha nada que pudesse fazer, sentia vergonha por ela ser muito nova, mas ainda mais vergonha por ela querer se enfiar em uma festa onde só teriam pessoas ainda mais novas do que ela. Sakura deveria ser menos intolerante com a Konan… Ela nem parece ser tão ruim assim.

Decidiram que iriam se arrumar juntas, então a guerra teria início, ela provavelmente vai querer me chamar de gorda de novo. Mas Sakura demonstrava o contrário, estava com um ótimo humor que era muito difícil de se ver. Espero que continue assim, porque hoje quem não está muito bem sou eu.

Sasuke

Sasuke se recusava a estudar outra coisa, só via a bateria em sua frente muitas músicas para serem aprendidas tocadas por ele. Já tinha mandado mensagem para Yahiko perguntando se ele tinha algum interesse em montar uma banda, já que tinham até um baixista para completar. Podemos arrumar uma segunda guitarra, mas acho que dá pra deixar por último… Pensou em não falar com o pai enquanto não tivesse certeza de que a banda seria mesmo formada, além de tudo, era aniversário de Itachi e tanto o pai quanto a mãe estavam bajulando o filho universitário. Como se não fosse muito, ainda vou ter que aguentar todo mundo aqui hoje, odeio essa merda.

Suigetsu ficara de ir até sua casa naquela tarde, mas estava demorando mais do que deveria, Sasuke tentou não imaginar que ele e Sakura estavam fazendo o que com certeza estavam. Até ouvia música alta para evitar tais pensamentos até ver que alguém estava abrindo a porta de seu quarto, e era ele: Suigetsu. Mas que porra é essa? Ele parece ainda mais idiota com essa cara.

– E aí!

– Cara…

– O que você tem, Suigetsu?

– Ela era virgem…

E então ele ficou sorrindo, parecendo bobo. Você só pode estar brincando. Sasuke não acreditava em duas coisas no momento: na virgindade de Sakura, já que imaginou que aquilo não existia há muito tempo, e no fato de que ela tinha perdido com ele. Não sabia muito o que dizer, não queria que ele comentasse mais sobre o assunto, mas se o cortasse poderia ficar ainda mais estranho.

– Ah, legal.

– Sasuke… Ela era virgem, cara!

– Já entendi.

– Virgem… Uma raridade… Sou muito sortudo, diz ai!

– Ah, sim… Com certeza.

– E a madrasta tava lá! Ela nem ligou, apenas acabamos indo pro quarto e…

– Tá, mas cadê a música que você trouxe pra eu te ensinar?

– Para de ser cuzão, Sasuke!

– Veio aqui pra falar sobre sexo ou pra tocar bateria?

– Os dois, cara… Ta precisando fazer também, pelo visto.

– Relaxa, não preciso. Mas cadê a música?

Duas cortadas e Suigetsu finalmente tinha entendido que Sasuke não queria saber daquilo, já era estranho demais pensar que a menina que cresceu com ele tinha perdido a virgindade com um de seus melhores amigos. Isso está realmente indo longe demais.

Suigetsu não ficaria para a festa de Itachi, Sasuke viu o lado bom de que não seria obrigado a ver ele e Sakura se pegando pelos cantos de sua casa porque é só isso que falta pra completar meu dia. Decidiu ir logo tomar banho porque os convidados chegariam dentro de alguns minutos, e se estivesse longe, não seria obrigado a socializar com todos. Itachi estaria fazendo vinte e três anos, já estava quase se formando e morava sozinho fazia um tempo, Sasuke o invejava por isso. Deve ser ótimo, morar sozinho… Sem ninguém pra encher o saco… Não vejo a hora.

A hora da festa tinha chegado e a casa de Sasuke estava cheia, muita gente, muita conversa, muito barulho desnecessário. Estava mais irritado do que o normal, e não queria relacionar nenhum acontecimento que envolvesse a Sakura com seu mau humor. Estava olhando as pessoas da festa, Hinata, Sakura e Naruto estavam conversando isolados do lado de fora, mas Konan estava do lado de dentro, falando com a mãe de Sasuke toda sorridente. Ela parece mais bonita hoje, parece mais nova… E então viu a madrasta de Sakura indo dar um abraço em Itachi, e o abraço durou alguns segundos, podia ver de longe os lábios dela se mexendo e deduziu que ela dizia algo como “feliz aniversário”. Entendiado, decidiu pegar uma cerveja e ouvir um pequeno sermão do pai sobre os riscos do álcool, mas o ignorou por completo e decidiu ir até Naruto, mesmo que ele estivesse com Sakura. Não queria olhar para ela, sentia alguma repulsa só por chegar perto. Por quê?

Ao chegar mais perto, ouviu Naruto brigando com Hinata, falando algo sobre Neji estar perto demais ultimamente e ele não estar gostando disso. Esse idiota acredita mesmo em tudo que eu falo, como se Hinata fosse se interessar por aquele filho da puta, nunca a vi com ninguém.

Ao se juntar com os “amigos”, ficou calado, tentando ao máximo não ouvir a voz de Sakura, ela parecia mais feliz, e aquilo estava deixando Sasuke um pouco mais irritado do que ele deveria ficar por coisas tão irrelevantes em sua vida. Por que com ele?

Já tinha bebido algumas cervejas e conseguia se distrair com mais facilidade assim, então parou antes que a mãe viesse lhe dar alguma bronca. Itachi bebe litros de vodka e não falam nada, eu não posso nem tomar água que fazem um inferno.

As horas se passaram e as pessoas começaram a ir embora, o bolo já tinha sido cortado, todos já tinham comido e bebido até demais, menos Hinata e Sakura, as duas não tocaram em nada alcoólico e mal comeram, ficaram conversando algo que ninguém conseguia ouvir durante a festa toda. Decidiu entrar e pegar mais uma cerveja, não faria diferença agora. E ainda me pergunto: por quê? Ao entrar, olhou para a sala e viu uma cena no mínimo inusitada: Konan estava sentada no braço do sofá de pernas cruzadas conversando com Itachi, Mikoto, Kushina e Fugaku, e todos estavam rindo bastante enquanto apontavam para Itachi. Devo estar ficando bêbado, então que se fodam.