Eu a olhei sem acreditar. Ela realmente estava ali dizendo que queria ficar comigo? Que iria me dar uma chance? Agora, ela estava mexendo numa mecha do cabelo enquanto me olhava timidamente. Lembrei de todas as noites em que a imaginei comigo novamente, e agora que ela estava ali era algo quase impossível de acreditar. Eu a queria, com certeza.
- Hinata – puxei a mão dela e comecei a acariciar. – Eu...
- Ai está você! – uma voz disse e imediatamente soube quem era. – Tá me achando com cara de palhaça? Eu fiquei te esperando ali Naruto!
Hinata me encarou confusa.
- Vocês dois estão juntos? – ela me sussurrou. – Ai meu Deus...
- Naruto, a gente tá atrasado, por favor, né!
Olhei para trás e reparei que ela não via que quem estava comigo era a Hinata. Esta por sua vez havia entendido tudo errado, achando que eu estava com Sakura.
- Naruto, eu vou embora...
- Não Hina, eu não tô com a Sakura! – digo rapidamente. – Sakura!
Ela viu que era a Hinata e sorriu;
- Oi amiga, desculpa, mas preciso roubar o Naruto – ela diz pra Hinata. – Estamos a-tra-sa-dos!
- Já entendi Sakura, que saco! – digo irritado. – Olha Hina, eu prometo que eu e a Sakura não temos nada, eu te ligo assim que puder ok?
Ela concordou com a cabeça ainda confusa e eu sai da panificadora com Sakura grudando em meu braço e seguindo até a imobiliária, onde pegamos o carro e seguimos para a faculdade.
- E ai gostosão, o que ela queria? – Sakura me pergunta.
- Disse que iria me dar uma chance...
- O quê? – ela diz um pouco alto demais. – Mas e o Kiba? Ela não pode terminar com ele! Ela não pode ficar com você...
Olhei pra ela irritado.
- Como assim ela não pode ficar comigo? – pergunto parando o carro no estacionamento. – É tudo o que eu mais quero! Me dá uma boa razão pra eu não ficar com ela.
- Esquece Naruto – ela diz descendo do carro. – Eu só fiquei espantada, só isso. Quis dizer que ela não poderia ficar com vocês dois ao mesmo tempo.
- Ela e ele terminaram Sakura – digo.
- Eu sei, já entendi – ela diz. – Vou comer alguma coisa, depois a gente se fala.
- Tá – digo confuso.
Por que diabos ela ficou dessa maneira? Fico intrigado, não é normal reagir assim, é? Amigos deveriam ficar felizes quando ficamos então porque ela ficou desta maneira?
Sakura havia pegado carona pra casa comigo de volta, mas ficara quieta o caminho inteiro. Tentei descobrir o que ela tinha, mas ela dizia que não era nada e se virava para a janela. Passamos num restaurante para jantar, mas ela disse estar sem fome, então levei a comida para comer em casa.
- Obrigada pela carona – ela disse descendo do carro. – Até amanhã.
- Você não quer ir lá em casa assistir um filme ou coisa assim? – pergunto.
- Não, tenho que estudar pra prova de segunda – ela diz. – Obrigada mesmo assim.
Suspiro. Não gostaria de perder a amizade de Sakura, ela havia se tornado especial para mim e eu não a queria fora de minha vida.
Entrei no apartamento e coloquei a comida em cima da mesa. Em seguida tomei um banho e somente de cueca me joguei no sofá enquanto ligava a TV, para em seguida pegar a comida e comer ali mesmo.
Lembrei que deveria ligar para Hinata, pra assim conversarmos ou marcarmos algo para amanhã. Olhei no relógio e vi que era quinze para uma e resolvi deixar para o dia seguinte, não iria acordá-la por bobagem.
Acordei quando o sol já estava forte e julguei ser umas dez e meia. Lembrei que hoje deveria ir à academia e levantei já vestindo uma bermuda e uma camiseta. Alcancei uma maçã enquanto saía do apartamento e seguia em direção à academia que era a duas quadras do meu apê.
Fiquei lá por umas quatro horas, fazendo várias séries repetidas vezes. No final estava morrendo de fome. Voltei correndo para o apartamento e tomei uma ducha de água fria. Em seguida vesti uma roupa casual e esquentei uma pizza de microondas para comer logo que ficasse pronta.
Não havia ficado perto do celular por nenhum momento, então fui procurá-lo enquanto a pizza não ficava pronta. Não havia mensagens, resolvi discar para Hinata.
- Alô – ela dizia apressada, e pela sua respiração pesada deduzi que ela estava andando.
- Oi Hina, sou eu, Naruto.
- Ah – ela disse. – Oi...
- Então, lembrei que a gente tinha que terminar a nossa conversa e pensei se você gostaria de sair pra jantar hoje.
- Hoje? – ela pergunta. - Que horas?
- A hora que você puder.
- Pode ser – ela respondeu. – Ainda lembra onde é a minha casa?
Sorrio mesmo sabendo que ela não veria.
- Lembro sim. – digo. – Te pego que horas?
- Oito e meia, pode ser? – ela pergunta.
Concordei e ela disse que tinha que resolver algumas coisas e depois me ligava. Sorridente, fui comer minha pizza e aguardar as próximas cinco horas passassem voando.
Havia cochilado por umas três horas quando a campainha tocou e assim que atendi me deparei com uma figura rósea de óculos entrando em meu apartamento. Sakura não pedira nem licença. Sorri sozinho, feliz por ela ainda vir aqui.
- E ai, qual a programação pra hoje? – ela me pergunta. – Vamos assistir a seus filmes idiotas ou vamos comer fora?
Mordo o lábio pensando numa maneira em lhe falar que iria jantar com Hinata.
- O que foi? – ela pergunta.
- Nada, é só que eu... – digo e paro por alguns segundos. – Vou jantar com a Hinata hoje.
- Ah! – ela exclama e eu sinto a decepção em seu olhar. – Tudo bem então, vou pro meu apê procurar algo pra fazer.
- Sakura – seguro seu braço quando ela passa por mim. – Desculpa, mas eu já tinha combinado.
- Tá bom Naruto, vai.
Ela se solta de mim e segue pro apartamento dela, me deixando parado no batente a observá-la. Respirei fundo e entrei.
A hora de buscar Hinata havia dado e eu já estava pronto e a caminho de seu loft. Uma tonalidade escura havia preenchido o céu, mas ele estava cheio de estrelas. Sei disso, pois fiquei esperando do lado de fora do loft por vinte minutos e eu tive que observar alguma coisa.
Era oito e trinta e cinco quando ela desceu as escadas do loft. Vestia um vestido vermelho casual com uma jaqueta jeans, nos pés reparei no sapato de salto que tinha uma cor semelhante à pequena bolsa que ela carregava. Desci do carro e abri a porta para ela.
- Obrigada – ela diz sorrindo. – Você está muito... Muito bonito.
- Você está deslumbrante – digo sorrindo para ela.
Seguimos para o restaurante, havia escolhido um que seguia o estilo de barzinho, mas ainda assim era chique. Pedimos vinho enquanto escolhíamos o que iríamos comer.
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