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História Sina - (03) - Como no jardim da infância - História escrita por eudazs - Spirit Fanfics e Histórias
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História Sina - (03) - Como no jardim da infância


Escrita por: eudazs

Notas do Autor


GENTE!!!!! Tô super amando vocês comentando, favoritando e gostando cada vez mais de Sina <3
Eu ia postar ontem, mas a minha internet ficou caindo o tempo inteiro e não deu... mas chegou mais um capitulo!!!
Espero que gostem desse que tem mais Max e um pouco de uma cena entre a Mel e o David super fofa!
Enfim... beijos e até as notas finais :)

Capítulo 4 - (03) - Como no jardim da infância


Fanfic / Fanfiction Sina - (03) - Como no jardim da infância

Vinha conversando com o David há três semanas. Sabe aquela sensação de liberdade? Não, liberdade não, ou até seria, mas não é a palavra certa. Eu não acho uma palavra para definir nossas conversas. É como se já nos conhecêssemos há anos e estivéssemos nos reencontrando agora.
- Vai sair mais cedo? - Fin ressurge no meio do corredor.
- Controlando minha vida, senhor Walker?
- Só para confirmar o que me falaram.
- Mariana ou dona Rose? Mariana né? Dona Rose não sabe disso.
- Você está enrolando. - entramos na lanchonete do hospital. - Diz logo.
- Como você tá chato! - peguei meu café e croissant. - Eu vou sair hoje sim. Quer ir também?
Desde daquele dia em Cardiff para qualquer lugar que eu vá o Finley quer saber. Diz ele que é "cuidado porque agora sou uma mulher solteira". Mas cadê a novidade? Cheguei em Londres solteira e fiquei bastante tempo e agora voltei a esse status. Tenho que aproveitar a vida enquanto posso, como diria dona Amélia.
- Vou sair com a Mariana. - Fin responde digitando no celular.
- Quando o assunto é Mariana você não diz mais nada. Se perde aí. Não vai nem perguntar com quem eu vou?
- Não precisa. Mariana me disse que é com a Isa e Manu.
Não disse mais nada e levantei assim que anunciaram meu nome no megafone. Comparecer a sala de urgência e emergência é complicado porque a médica responsável pelos os internos daqui não tem paciência e não sabe lidar com aprendiz.
***
Estava prestando muita atenção na aula. Tanta atenção que o meu livro estava aberto e eu olhava a janela mostrando aquele jardim vivo por conta do clima do verão.
"Vamos sair hoje? Eu, você, Dudu e Gustavo? David" (16:10)
Até me espantei com a mensagem. Poderia dizer que não foi ele que mandou porque primeiro ia puxar assunto para depois fazer o pedido, mas como o nível de amizade já estava assim, eu nem liguei.
"Claro! Pra onde? Manu" (16:10)
"Não estou atrapalhando sua aula?" (16:11)
"Imagina! Está chata mesmo!" (16:12)
"Hahahaha então tá! Então... Dudu quer ir em um restaurante que abriu um tempinho" (16:15)
"Sem problemas! Eu saio daqui daqui uma hora, uma hora e meia." (16:16)
"20h então? Dá tempo de se arrumar?" (16:16)
"Eu não demoro muito viu moço? Hahaha tá ótimo esse horário. Só quero saber se é chique esse restaurante" (16:17)
"'Chique só se for você.' Eduardo acabou de responder." (16:18)
"Tudo bem. Agora deixa eu voltar a prestar atenção na aula." (16:19)
As horas passam rápido conversando com ele. Isso é ou não estranho? Logo o sinal tocou e a aula mudou. Eu convidaria as meninas se a Manu não estivesse atolada de trabalhos e provas, dona Isabelle não tivesse doente e Mariana não fosse sair de novo com o Finley. Alguém, por favor, dá um peteleco neles para ver se eles acordam e assumem logo isso aí?
As aulas passaram mais rápidas e eu já estava a caminho do meu apartamento. Sou do tipo de pessoa que quando vou sair já penso em uma roupa, brinco, sapato, bolsa, tudo! E olha que eu não sou cocota. Pra mim tênis é vida. Uso sapato alto porque fica mais social, mas se pudesse tênis ou havaiana iria ser só o que ia ter no armário.
"Estou aqui embaixo." (20:00)
"Ok! Já já eu estou aí" (20:00)
Que pontual! Sorte que eu já estava apagando as luzes. Bebi um copo de água e desci. Falei com a senhora do 1105 que deve pensar que eu só fico saindo e nem estudo e desci. Já disse que eu odeio pegar elevador com muita gente? Tá, só eram quatro pessoas e o elevador é grande, mas elas ficam te encarando como se fosse tivesse cometido um crime mortal.
- Hey! Boa noite. - disse o abraçando assim que eu o vi encostado no carro.
- Boa noite, senhorita. Você está linda. - sussurrou e me deu um beijo na bochecha. Abriu a porta pra mim e atravessou para entrar. Aqui o volante é para o lado direito. - Já falou com os meninos?
- Acabei de sentar. Calma. - olhei para trás e os dois estavam mexendo no celular, mas logo olharam rindo. - Oi gente. Obrigada pelo convite, Dudu.
- Não foi nada. Na verdade quem quis te levar foi o David já que o Galego furou.
- Galego é igual o Finley... Vive uma vida bandida.
Todos riram e nós fomos seguindo ao som de Icona Pop (?). Não se assustem porque a gente estava ouvindo Capital FM e esse horário é famoso com músicas adolescentes.
- Muda isso aí cara! - Gustavo se deu o direito de pedir o que todos queriam.
- Posso? - apontei pra rádio. Ele assentiu e eu mudei. - Melhorou, Gus?
- Coloca esse pendrive, é melhor. - me entregou o objeto e assim que carregou começou a tocar Skank. - Melhorou.
David estava tão concentrado na estrada que nem se tocou da conversa e muito menos da troca de música.
Agora que eu fui observá-lo melhor. A penumbra (nunca liguei tanto para física como agora) da luz da rua que batia no seu rosto através do reflexo do carro indicava o perfeito desenhado dele. Os cachos não muito grande e nem pequenos deixavam um cabelinho de anjo e uma sensação de sempre poder toca-los. Nunca tinha reparado na beleza dele. Mas o que que eu estou pensando?
- Você gosta de comida espanhola? - David perguntou e acho que ele observou eu o olhando. Será?
- O que teria no cardápio de uma comida espanhola?
- Paella e jamón. - ele respondeu. - Tem sopa e peixe também. Mas se você for vegetariana não tem problema que eles têm também.
- Nunca provei Paella. Jamón já, mas faz tempo. Não sou vegetaria, David, relaxa.
Acho que o sorriso dele indicou um alívio porque imagina se ele tivesse me levado a um local e eu não fosse gostar. Chato né? Logo ele estacionou o carro e os meninos desceram - acho que para pegar a mesa reservada -, enquanto David foi abrir a porta novamente. Posso dizer que estou achando isso muito fofo?
- A moça disse que era a mesa 84 lá em cima. Tem problema, Mel? - Gustavo perguntou enquanto nós o seguíamos. - Dudu já está lá.
- Gente eu não sou fresca não! - rimos. - Podem ficar tranquilos.
Eu e David pedimos um Grilled Halloumi Cheese enquanto Eduardo e Gustavo pediram Prawn Cocktail e um peixe à moda da casa.
Tudo estava muito bom, aconchegante e a conversa fluía bem entre nós. Como eu disse: parecia que nós nos conhecíamos a anos. Mas então eu fui olhar para a escada que ficava quase a minha frente. Tentei agir normalmente para disfarçar e por sorte Dudu contou uma piada e eu ri. Ri para não chorar. Logo à frente entrava o mais novo casal da cidade: Isla Bennett e Max Wright.
- Você está se sentido mal? - David colocou sua mão encima da minha. - Quer ir embora?
- Imagina. É que eu ainda não estou acostumada com as piadas frequentes do Dudu.
- Ah sim. É que você ficou calada de repente. Então vai se acostumando porque sempre é assim.
Sorri, mas tudo o que eu conseguia ver era os dois no maior amor na mesa a minha frente. Ir ao banheiro iria ser muito estranho? Acabei de falar que estava tudo bem. Respira, Mel, finge que não viu e que está tudo bem.
- Finley não ficou chateado de não ter vindo? - Dudu perguntou. - Porque eu ficaria se minha namorada... - o interrompi.
- Eu e Finley não somos namorados. - senti David encarar-me. - Somos só amigos. Ele, na verdade, vive uma amizade sem compromisso com a Mariana, minha amiga. Daqui a pouco eles assumem isso.
- Então você está solteira? - Gustavo perguntou. Poderia ser cantada, mas foi tão natural que ninguém percebeu.
- Gustavo cara! - David o repreendeu. - Às vezes eles perguntam umas coisas... desnecessárias.
- Está tudo bem, David. Sim, Gustavo, totalmente solteira.
David me olhou torto e pediu as sobremesa antes que Dudu reclamasse que ainda estava com fome. Como disse antes, o jantar estava tranquilo, se não fosse, claro, um casal que insistia em me atrapalhar. Mas eu sabia me recompor e fingir que eles eram mais algum casal que eu não conhecesse e mesmo com os olhares azuis de Max para cima de mim eu estou interpretando bem. Globo, se quiser estou aqui!
Mas tudo veio por água abaixo quando vi Isla levantar indo em direção ao banheiro e Max se dirigindo a nossa mesa. Deus, me ajuda porque não sei se saio viva daqui!
- Boa noite. - disse com aquele sotaque britânico maravilhoso. David, Dudu e Gustavo olharam logo pensando em saber se conheciam. - Oi, docinho. - sorriu cínico.
Docinho? Ah, fala sério, ele não vai superar não? Não tinha apelidinho pior! Max me encara daquele jeito debochado que só ele consegue ter quando deseja, e eu não consigo me defender, me mexer, falar, respirar, nada. O que diabos ele pensa que tá fazendo?
- Eu até pensei em te perguntar como estão as coisas, Mel, - ele continua, dando uma breve olhada para David. - mas pelo visto estão muito bem, não é mesmo?
Ofeguei e não tive reação. David estava com uma cara um pouco preocupante. Ao mesmo tempo em que estava confuso, também parecia estar na presença do maior inimigo de sua vida. Detalhe que ele não conhecia Max e vice-versa, pela graça de Deus! Naquele momento eu não consegui focar em nada, só queria que meu ex desaparecesse. É pedir demais, Senhor?
- Max, o que você está fazendo aqui? - finalmente reajo. - Que eu saiba a sua mesa é ali do outro lado!
- E você devia estar ali comigo. - ele diz tão naturalmente que eu fico boquiaberta pela cara de pau. - Mas você é bem rápida estando aqui com o jogador, não é? Nossa, eu realmente não esperava que você fosse desse tipo de mulher.
PARA TUDO. Ele está insinuando que eu sou maria-chuteira? O quê?
- Espera, o quê? - preciso controlar o som da minha voz, porque a minha vontade é de gritar. - Você tá insinuando que eu sou o quê?
- Ah, vamos, Mel. Não se faça de sonsa. - Max sorriu irônico. - Você sabe muito bem do que estou falando. Aliás, não é a primeira vez, já que você quis, enlouquecidamente, casar comigo pelos mesmos motivos.
- Ah, pelo amor de Deus, qual o seu problema? - se eu não estivesse em um restaurante, eu juro pelo sangue que corre em minhas veias de que eu teria voado no pescoço desse infeliz.
A superfície da minha pele está gelada, e eu quero vomitar. Estou ao ponto de entrar em desespero por conta dele. O que diabos eu fiz pra merecer isso?
- Beleza, acabou o show? - David se pronunciou, e eu me assustei com o tom rude dele. - Acho que acabou, né? Então, você poderia, com toda a sua gentileza de britânico com coração partido, sair da nossa mesa?
- Ora, David Luiz! Ficou cansado de ouvir verdades?
- Estou cansado de olhar pra essa tua cara, palhaço. Se você não sair daqui e parar de incomodar a Melissa, vou ser obrigado a te tirar eu mesmo. - David estava totalmente relaxado na cadeira, mas seu tom era cortante, como uma navalha. Max se calou. - E, sinceramente, não iria me incomodar nem um pouco, porque não tenho uma imagem de lorde inglês a zelar mesmo.
Na verdade ele tem. De zagueiro do melhor time da Inglaterra e da Seleção Brasileira. Mas abstraiam isso, ele está me defendendo mesmo!
Ficou um silêncio pesado na mesa e eu não sabia o que fazer. Olhei pra Dudu e ele segurava a risada. Okay, ele estava rindo!! Nossa, o que é isso?
- Olha só, parece que você desceu o nível e achou um cavaleiro armado pra te defender, Melissa? - Max ignorou o alerta de David. - Eu devia mesmo ter ouvido minha mãe quando ela me disse pra não te pedir em casamento.
- Max Wright! Some daqui agora!
- Não Melissa, obrigado. O Reino Unido é uma terra livre e tá bem divertido pra mim ver o quanto você ainda consegue se rebaixar.
- Chega! - David se exalta, ficando em pé em um pulo. - Você acha que é quem pra falar com a Mel desse jeito?
- O ex noivo, quem sabe. - Max responde rindo.
- Exato seu trouxa! EX! Perdeu o lugar! Então se arranca daqui agora parceiro ou você vai ter problema! Deixa ela em paz!
Antes que Max consiga revidar as palavras de David, Isla aparece de volta à mesa dos dois. Pela primeira vez na vida eu tenho que agradecer a presença dela, porque só assim Max da meia volta e sai de perto, voltando à sua mesa, momentos antes de Isla se sentar e ele afastar a cadeira pra ela, assim como fazia pra mim antes de terminaremos. Parecia que foi cronometrado, porque a iludida sorriu como se não tivesse visto Max causando na minha mesa segundos atrás.
David me encara preocupado, e Dudu continua rindo. Meu Deus, eu quero me esconder!
- Você pode me explicar o que foi essa merda, Melissa? - Luiz me pergunta sério. - Juro, fiquei curioso pra saber como você, tão adorável, conseguiu noivar com um escroto desse.                                         
- Ele não era assim quando nos conhecessemos . - respondi a David que desviou o olhar para Eduardo. - Suas bombas foram soltas agora.
- Sorte sua não é? - disse ainda sério e seco.
O jantar só começou a fluir melhor quando o Eduardo fez suas piadas que por mais sem graça o clima permitia risadas. Quando o David me deixou em casa, percebeu que eu estava apreensiva e se explicou que estava apenas preocupado porque o Max podia ser um maluco (?), mas me deu um beijo na testa e disse: "Está tudo bem!".
***
O mês de agosto estava acabando e com ele iam surgindo os famosos chás beneficentes. Sabe aquelas confraternizações de Natal que deixa as pessoas loucas e todos os bares, restaurantes, locais de eventos ficam ocupados? É assim que fica Londres quando tem os chás beneficentes, e, o Saint Thomas não estava diferente.
Eram vasos de diferentes rosas chegando, chefes de vários restaurantes contratados, cardápios de diferentes sabores e um promoter de festa de 14h às 18h aqui todos os dias. Tudo isso para quê? Porque neste sábado iria ter o chá beneficente organizado pela Royal Academy Summer e nele estariam presente, além do Primeiro Ministro, a Rainha e seus guardas.
Mas, contudo, no entanto, eu não poderia participar. Por quê? Porque eu sou interna do hospital. Como se fosse estagiária e esses chás são para as mais bem high sociality da área médica deste hospital - e de outros também -, porque não aposto em concorrência. Não nesse sentido.
A conclusão disto é que eu, infelizmente, não vou poder visitar minhas crianças já que elas participarão de um concurso de leitura ofertando livros escritos por alunos da Academia. Então para não vim ao hospital e ficar me remoendo por não está participando, eu vou estudar para as provas que, por Deus, marcaram cinco uma véspera da outra. Cadê o meu descanso?
(...)
Para minha surpresa a senhora Chloe pediu, implorou, suplicou a minha presença naquele hospital. Mas não era para menos né? o Fin precisou fazer uma viagem a Gales e ela não achou ninguém para substituir a ala 12 no dia do chá. Quis muito ri na cara dela, mas eu ia perder o internato e para achar outros com as referências dela iria ficar complicado, então, eu só concordei com a cabeça e ela me abraçou. Alguém poderia ter tirado foto desse momento fofo não é?
"Aluna interna Melissa Cooper, por favor, comparecer à ala infantil".
Jesus Coroado, me ajuda! O que foi que essas crianças já fizeram para pedirem a minha presença na ala infantil? Pedi a paciente em observação e chamei uma outra interna para ficar no meu lugar. Sai correndo - civilizadamente - por aquele hospital e mandei uma mensagem para o Centro de Mensagem dizendo que estava indo porque a voz daquele mulher chamando meu nome já estava me irritando.
Quando abri a porta eu me deparo com uma cena linda. David estava sentado de costas para mim com Mike e Austin -irmãos gêmeos bivitelinos-, no colo lendo um dos livros que eles devem ter ganho.
- Mas, tio David, como a gente sabe que gosta de alguém? Nossa mãe sempre falava isso e nos largou aqui. - Austin era mais esperto que Mike. E além disso, sempre muito mais curioso.
- Às vezes o gostar de alguém tem vários significados. - ele mexia nos cabelos loiros do menino. - Eu posso gostar de uma pessoa para poder beijá-la ou posso gostar de uma pessoa para querer sempre o bem, o melhor, cuidar, como é o caso da mamãe de vocês.
- Mas ela nos deixou aqui, tio. Nunca mais voltou. - enfatizou, desta vez, Mike.
- Ela não foi viajar? - eles concordaram com a cabeça. - Viajou para bem longe que vocês disseram não foi? Mesmo assim ela nunca esqueceu de vocês. Mãe nunca esquece de nós. Mãe é que nos gera, que cria, que está sempre lá quando você mais precisar. Vocês confiam no tio David? - eles concordaram de novo. - Então acreditem que ela vai voltar. Tudo bem?
Os meninos só faziam concordar com tudo que o David falava. A verdade é que a mãe deles os deixou aqui com uma carta e sumiu. Há relatos que agora ela mora na Itália com alguém da máfia ou algo do tipo, mas é só boatos. Eles levantaram para dar um abraço no David, e assim, que ele virou para falar com outra criança me olhou.
- Você? - pegou Charlie no colo que esticava os bracinhos em sua direção e veio até a porta. - Está participando do chá também?
- Eu trabalho aqui, David. - ele arregalou os olhos. - Oi, princesa. - ele me passou Charlie enquanto carregava o Cody. - Não era para você está treinando?
- Já treinei e agora me mandaram até aqui. Alguns jogadores estão aqui também, mas eu fiquei curioso e vim conhecer a ala infantil. Amo crianças.
- Percebi que você fez logo amizade com o Austin e Mike. Eles são os mais introvertidos daqui. Parabéns.
- Poder dos cachos. - rimos. - Por que não participa do chá?
- Sou interna. Ou melhor, aluna interna. Não posso participar de eventos da high sociality.
Ele riu e balançou a cabeça em negação. Charlie começou a chorar e eu sabia que era fome. Sua mãe morreu no parto e ela até agora não conseguiu ninguém que a adotasse. Pedi ajuda para David e sentei em uma cadeira de balanço e comecei a amamentá-la. Mas ela está super agitada.
- Shhhh, ei, princesa - balança a cadeira enquanto segurava a mamadeira. - Tia Mel está aqui. Hoje ela está impossível.
- Acho que deve ser a agitação do hospital.
- Sempre quis mudar essa ala para um local mais afastado. Concordo que seja bom para eles ficarem no jardim com os brinquedos em sua volta, mas colocar o evento justamente aqui já é sacanagem. Temos crianças de todas as idades.
- Não podemos levá-los para outro ambiente? Pelo menos os bebês.
- Difícil. Teriam que ver isso logo que planejaram a festa, mas o promoter não quis me ouvir.
Charlie resmungou como que diz que não quer mais e David se ofereceu para faze-la gorfar. Não deu dez minutos e ela dormiu em seu colo. Simples assim. Eu demorava quase quinze minutos e ela bem antes fechou os olhos e agarrou as mãozinhas na blusa dele.
Depois de uma hora ele conseguiu deixá-la no berço e foi brincar com as outras crianças. Passaram quase a manhã inteira e antes de eu ir embora ele ainda se ofereceu para dá banho e fazer os bebês dormirem.
- Olha, se um dia você estiver livre, não se assuste se eu lhe ligar pedindo ajuda. - disse entrando no consultório e pegando minha bolsa. - Seria muito chato se eu lhe pedisse uma carona? Ou você tem que continuar aqui? Esse chá vai até às 21h, ou seja, quando o sol se pôr.
- Se eu fugir não vai ter problema, eu acho. - rimos. - Tem tanta gente nesse chá que eles nem vão perceber.
- Então vamos? - disse abrindo a porta e já fora da sala.
Seguimos para o estacionamento e eu agradeci a Deus e a ele por essa carona porque eu não uso carro aos fins de semana e Finley não estava aqui para me levar pra casa. Então ou eu ia de metrô ou de táxi ou se não tivesse muito cansada à pé. Mas como sou uma lesa ao cubo eu esqueci o ticket do metrô e não ia pagar mais cinco libras para pegar uma estação.
- Quer almoçar? A gente pode passar lá no Acqua Shard.
- Por mim sem problemas.
Entramos no carro, ele ligou a rádio e finalmente estava tocando músicas bacanas (nada contra a Icona Pop, mas aquele não era o momento) e seguimos conversando sobre as crianças do hospital. Estava descobrindo um outro lado de David Luiz e eu estava adorando isso.


Notas Finais


Queria agradecer a Manu e a Mariana sempre por estarem me ajudando nos capítulos quando posso e a todas vocês que estão cada vez mais gostando da fic!
É isso, então, até o próximo!!


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