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História Sina - (25) - Perdas ou ganhos? - História escrita por eudazs - Spirit Fanfics e Histórias
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História Sina - (25) - Perdas ou ganhos?


Escrita por: eudazs

Notas do Autor


Não tenho nada a declarar sobre esse capítulo.

BOA LEITURA!!!

Capítulo 27 - (25) - Perdas ou ganhos?


Fanfic / Fanfiction Sina - (25) - Perdas ou ganhos?

Olhava incansavelmente para o celular com aquela resposta torta do David por mensagem. Liguei pra casa e o Dudu disse que tinha feito as crianças dormirem e ido dormir também. Finley entrou na minha sala afobado e saiu sem nem dizer nada. As coisas estão estranhas né? Mandei uma mensagem pro Gustavo porque por dentro eu sabia que o David estava me escondendo algo, mas nem foi preciso tanto esforço até eu ver a figura da minha sogra na porta pedindo para entrar.

- Oi, Regina, entra. – levantei para sentar no sofá com ela e aproveitei para pedir um café pra dona Rosa que eu estava morrendo de sono. – Desculpa pela cara péssima de plantão.

- Não se preocupe com isso, filha. Eu quero falar sobre o David.

- A senhora também concorda que ele tá estranho?

- Ele já chegou a comentar alguma coisa sobre essa proposta de ir para Paris?

- Já. Poucas vezes, mas já. Ele disse que não vai, tem certeza disso. Será que é isso?

- Eu conheço meu filho e sei que ele está mentindo. Sei que ele não quer machucar você, mas hoje discutimos mais cedo e eu tenho quase que certeza que ele vai mudar de ideia.

- Bom, eu disse a ele que vou dar todo o apoio. Eu só preciso saber se ele vai ou não sair para eu me programar.

- Acho bem difícil ele lhe avisar.

David quer montar uma família ou continuar morando sozinho? Regina começou a contar sobre a discussão deles e depois com os meninos. Ele realmente não iria me contar nada e eu pensando que íamos construir uma vida juntos. É, Melissa, uma vez trouxa, sempre trouxa.

- Eu não quis dizer isso para que você ficasse triste, meu amor. David faz as coisas por impulso, você sabe.

- Eu acho que chegou a hora dele pensar se realmente quer ter uma vida comigo ou se quer continuar tomando as decisões sozinho. Nós temos dois filhos pra criar e ele acha que minha vida gira em torno da dele? Claro que vou apoiá-lo na decisão de ir para Paris se ele quiser, mas que ao menos, ele fale para eu conseguir pedir transferência e essas coisas.

- Acho que ele ainda não se acostumou com a ideia de "casado".

- Nunca vai se acostumar.

Regina saiu depois que terminamos de tomar café e conversar mais um pouco sobre a festa de aniversário de Phil. Iria ser um dia antes do seu aniversário e vovó Rê estava radiante de poder realizar outro sonho de comemorar aniversário em dezembro. Liguei para o Dudu, e por fim, ele confirmou o que minha sogra tinha dito sobre até aquele horário — às quase meia noite — o David não ter chego em casa.

 

— David —

Cheguei em casa com o sol entrando por entre as janelas. Não, eu não bebi. Só demorei algumas horas no bar com os amigos.

- Onde você estava, David Luiz?

Melissa estava com seu hobby de seda, sua tradicional havaiana — principalmente se for aquelas dadas em casamento — e uma xícara de chá que pelo cheiro parecia ser camomila.

- Quer que eu repita?

- Eu só saí com uns amigos, Melissa. E você? Não ia ficar de plantão?

- Eu fiquei de plantão até às seis da manhã! São quase oito e você saiu daqui seis da tarde!

- Ah bem. – passei por ela e fui mexendo no celular. – Vou dormir então que daqui a pouco eu tenho treino.

- David, a gente precisa conversar.

- Pode ser depois? – bocejei. – Não sei como tô me aguentando em pé de sono.

- David Luiz!

- Depois, Melissa...

Subi as escadas a vendo se jogar no sofá emburrada. Ela acha que vai ser tudo do jeito dela? Entrei no quarto, guardei as chaves na estante, joguei as roupas na cama e dormi de cueca mesmo sem nem tomar banho.

[...]

O celular tocou, desliguei e virei para o lado piscando os olhos enquanto tomava coragem de levantar. Tomei um banho, desci e vi a Melissa preparando o almoço e os meninos esperando. Cheguei por trás, beijei seu pescoço e percebi que ela estava chorando. Desde quando doutora Cooper chora ao cortar cebolas?

- Sai! – tentou tirar meus braços. – David, eu já pedi pra sair.

- Que foi, Melissa? Eu não posso mais sair para conversar com os amigos?

- A questão não é conversar com os amigos até tarde! Eu não sou sua mãe e nem nada, aliás, quando você ia contar que ia pra Paris? – ela virou e cruzou os braços. – Você quer construir uma família e, no entanto, quer tomar as decisões sozinho?

- A decisão é minha, Melissa. Misericórdia! Você acha o que? Que é um tipo de traição?

- David, você tem noção do que você se tornou em tão pouco tempo? Você realmente quer se juntar? Namorar? Casar? Formar uma família?

- Você só sabe falar em família. Tá doida para se juntar comigo por quê? – agora foi a minha vez de cruzar os braços. – Sou seu ganha pão?

- CALA A BOCA! – os meninos começaram a chorar e antes que eu pensasse em ir vê-los, elas os pegou no colo e foi em direção a sala. – Não encosta em mim, David Luiz! Vai pro seu treino!

- Como você quiser. – enalteci o pronome pessoal.

Sinceramente a Melissa passou dos limites em colocar família numa decisão pessoal como essa. É como se fosse chantagem falar do nome dos meus filhos — que vale lembrar que ela nem queria tê-los. Não demorei de casa para o centro de treinamento e assim que cheguei vi o Oscar saindo do carro dele.

- Fala, Osquinha! – bati no ombro dele e coloquei minha mochila no meu.

- Oi, cara! Melissa ligou lá pra casa e ela ia sair com a Ludy mais tarde.

- Melissa é tão dramática.

- O que aconteceu?

- Ela cismou que se eu não contar pra ela sobre a proposta do Paris Saint Germain é uma traição.

- Ela é tua mulher né?

- Você também, Oscar? Pelo amor de Deus!

- Cara, sei que muita gente já deve ter dito isso pra você e eu não quero me prolongar, mas sendo tua mulher ela tá no direito dela de saber o que vai acontecer na tua vida. Vocês têm dois filhos pra criar e não dá pra Melissa ficar pulando de galho em galho. Ela vai te apoiar, ok, mas avisar é sempre bom. Ela tem o trabalho dela e a vida dela, mudança de casa já é complicado, você imagina mudar de país! Você tá entendendo a dimensão de tudo isso?

- Parem de me tratar como se eu fosse um menino.

- Para você, David. – respirou fundo. – Bom, a gente tem um treino agora então nem vou mais discutir com você.

Permanecer no erro parece burrice, mas se eu realmente fosse para Paris qual seria a diferença? Melissa pode fazer ponte aérea, ou melhor, tem Eurostar todos os dias e três horas e meia não é tão ruim.

Eu quis dizer

Você não quis escutar

Agora não peça

Não me faça promessas

Eu não quero te ver

Nem quero acreditar

Que vai ser diferente

Que tudo mudou

Não teve nada diferente do que eu já estava acostumado. Mourinho continuou me olhando torto e eu sabia que isso só ia piorar.

"Você não precisa se sujeitar as palavras ridículas em que o português lhe direcionou", parecia até mesmo que as palavras do Galego variam sentido naquele momento.

Você diz não saber

O que houve de errado

E o meu erro foi crer que estar ao seu lado, bastaria

Ah meu Deus era tudo o que eu queria Eu dizia o seu nome

Não, me abandone

Demorei um pouco para chegar em casa porque ainda tive que dar carona para o William e pegar o Eduardo no mercado. Engraçado, antes da Manuela aparecer o Dudu não arrastava o pé nem para me ajudar nas compras e agora ele já faz até a lista e as compras. O que uma mulher não faz na vida de um homem né? Deixei o Pluto na casa da ruiva e segui para a minha. Ao entrar me espantei com as malas da Melissa na sala e a mamãe e dona Sandra carregando os meus filhos no colo.

- O que tá acontecendo aqui?

- Eu tô indo embora.

- Você vai levar meus filhos com você? Não vai não!

- Nossos filhos e que no entanto você esqueceu de pensar num minuto neles quando tá ajeitando sua vida lá em Paris. Sabe o que tá faltando pra você? Aprender que agora você não mora sozinho e que tem duas vidas que precisam de você.

- E você vai levá-los pra onde? Vão morar debaixo da ponte? A vida é minha, caramba!

- Justamente pela a vida ser sua que a gente não faz parte dela né? Não interessa pra onde a gente vai! Tchau, David.

- Melissa, espera... – ela virou e eu sei que ela estava segurando as lágrimas. – deixa, deixa, se for pra me deixar que seja agora.

- Ridículo! – jogou as chaves do apartamento e eu peguei.

Não sei o que doeu mais: os meus filhos passando pela aquela porta ou a Melissa com eles. Sentei no sofá suspirando e várias frases rodavam pela minha cabeça até minha mãe subir com a cara amarrada e ir pra cozinha. Até ela vai virar as costas?

- Ô mãe!

- Você tinha como mudar toda essa situação se tivesse como ser menos anta!

- Ela quis me largar!

- Você quis! A partir do momento em que deixou que ela e seus filhos saírem pela aquela porta. Luiz, eu sei que nunca gostei de nenhuma namorada sua, talvez ciúmes de mãe, mas a Mel é a mulher ideal pra você. Claro, não é perfeita, afinal, as pessoas erram, mas nesse caso, meu filho, você errou e tem que aprender que errou.

- Ah, mãe, por favor!

- Por favor digo eu, David Luiz! Será que você não enxerga o que tá acontecendo? Você tá perdendo a mulher da sua vida e os seus filhos por uma idiotice sua! Por esse seu orgulho besta! Agora vai ficar sozinho, vai pra Paris sozinho e quando você estiver se lamentando, eu vou estar lá lhe dizendo que você tem como reverter esse caso.

- Eu não quero reverter. Se ela decidiu sair, ela que pague pela sua decisão.

- Meu filho, pense um pouco.

- Eu já pensei, mãe.

- Se essa é a sua decisão.

Ela saiu e me deixou pensativo enquanto olhava a mesa feita. Poderia ser diferente, realmente, como tudo estava sendo antes dessa notícia do Paris.

(...)

Uma semana depois

Destravei o carro, deixei a mochila no banco de trás e quando virei para entrar, vejo o Finley com as mãos no bolso e uma cara nada boa.

- Oi, Fin! – tentei cumprimentá-lo, mas ele nem sorriu. – Tá tudo bem?

- A Melissa tá no Hospital.

- Ela trabalha lá. – disse como se fosse o óbvio.

- Ela tá internada no Hospital.

- Ela o quê?

- Doutor Parker acredita que seja apêndice.

- Mas não é só tirar?

- Não é tão fácil quanto parece. Ela teve uma hemorragia interna, não conseguiram nem chegar a leva-la para o centro cirúrgico. Ela estava respirando com a ajuda de aparelhos, mas agora, acho que já consegue respirar novamente.

Sabe aquele aperto no coração? As lágrimas quiseram sair e todo o sentimento de culpa veio sobre mim. Eu não sei o que seria de mim sem a Melissa, sem meus filhos, sem a minha família. Finley disse que veio de metrô, então, acabei dando uma carona para o inglês. A todo o instante eu pensava que não poderia perder a morena e orava para que Deus não a tirasse de mim agora. Chegamos rápido ao Saint Thomas, encontrei Manuela e Dudu brincando com os meninos, dona Sandra com sua cara preocupada e minha mãe sempre atenta a me alertar só com o olhar sobre os meus erros. Peguei um adesivo de visitante e segui Finley até o quarto.

- Vai lá. – bateu no meu ombro. – Ela disse que queria falar com você.

- Ela...

- Foi o único nome que ela pronunciou desde que chegou aqui.

Abri a porta do quarto e aquele barulho insuportável da máquina cardíaca tocava. Ela abriu os olhos lentamente e me chamou com o dedo.

- Amor, – passei a mão no seu rosto. – me desculpa.

- David, eu tenho que te pedir desculpa.

- Por que? Não! Não! Quem tem que pedir desculpa sou eu... – ela colocou o dedo na minha boca.

- Eu perdi nosso filho. Eu não consegui segurar nosso filho na barriga. Desculpa.

- Você...

- Eu estava grávida. A dor não é de apêndice e sim da perda do nosso filho.

- Mas o Finley disse que você estava com uma hemorragia.

- Então, senta aqui que eu vou explicar melhor. – peguei uma cadeira e coloquei do seu lado sem não largar nenhum momento sua mão. – Eu estava no consultório com o senhor Parker quando comecei a sentir as dores na região ao redor do umbigo, como se fosse algo com o meu intestino. Pedi licença ao médico e saí para beber uma água até que sentir um líquido e logo supôs que eu estava menstruada.

- Você não sabia que estava grávida?

- Estava com recém quatro semanas.

- Não me ligo muito nesse negócio de semana – ela riu. – Quantos meses?

- Dois. Eu não me toquei de sintomas e quando o Finley passou pelo o corredor, eu já estava gemendo de dor. Achei que fosse cólica, mas descartei a ideia e aí o senhor Parker disse que poderia ser apêndice já que a dor se localizava na região ao redor do umbigo. Quando eu fui fazer a ultrassom, viram que eu estava grávida – ela começou a chorar e me deu aperto no coração fazendo eu chorar junto com ela. – David, eu matei nosso filho.

- Não, não, você não o matou! Isso foi um designo de Deus, não devemos confronta-lo!

- Não tente fazer com que eu tire a culpa de ter perdido o nosso filho. Lembra o quanto você o desejava? Eu estava com ele! Ele iria crescer dentro de mim, nós íamos descobrir seu sexo, montar seu quarto, sonhar com seu rosto e agora tudo o que temos é dor. – eu negava tudo o que ela falava. Não podia deixar a Melissa para baixo. – Eu tomei uma decisão.

- Qual? Eu prometo que vamos tentar! Vamos continuar tentando!

- Não, David! Eu acho injusto fazer isso com você! Seu sonho é ser pai e se eu consegui matar nosso filho que nem nasceu é porque Deus sabe que eu não seria uma boa mãe, por isso, meu amor, peço que você siga em frente! Cuide da sua vida e deixe que eu cuide da minha.

- Não, Melissa! Eu prometi pra mim que não deixaria você sair da minha vida e se eu quase te perdi de novo, dessa vez, vou fazer tudo certo. Nós já temos Phil e George, vamos continuar tentando. Você já me deu a graça de ser pai, meu amor.

- David, me escuta, por favor! – sua voz estava falha. – Eu não quero mais ser esse empecilho na sua vida. Se você tiver que ir pra Paris que vá, seja feliz, construa a sua felicidade lá.

- A minha felicidade é com você e com os nossos filhos, nada mais que isso importa.

- Me deixa ir...

O médico entrou no quarto avisando que era melhor eu sair porque a doutora teria algumas baterias de exames pra fazer e nossas últimas palavras foram "cuida dos meninos". Fechei a porta e o mundo desabou nas minhas costas! Ela tinha perdido nosso filho, um filho que ela não sabia da existência e o pior, que se eu ao menos tivesse sido menos orgulhoso, poderia saber disso de uma maneira muito melhor. Será que Deus realmente quer que nós tenhamos mais filhos?

•••

Oscar dividia um quarto comigo no hotel em Liverpool. Tínhamos chego depois de uma viagem longa e paradas em algumas cidades. Sempre que possível eu entrava em contato com a Melissa para saber como os meninos estavam e me sentia culpado por não estar tão por perto.

- Nossa, cara, larga um pouco o celular.

- Quero saber se tá tudo bem com os meninos. Me sinto um pouco descuidado de não tá participando ativamente e ajudando a Melissa com eles.

- Acho que a Mel entende que você tem jogos, viagens, treinos... ela também não tem uma vida fácil no Hospital né? O que eu não posso negar como telespectador é que vocês são ótimos pais e os meninos vão ter uma boa educação.

- Eu quero tanto que a Mel que esteja grávida de um filho inteiramente nosso.

- Tudo no tempo de Deus!

•••

Estávamos tão perto de conseguir o que sonhávamos e de repente tudo vai por água abaixo.

- Filho, vamos pra casa, vem. Não há mais nada para fazemos aqui.

- Eu quero ficar. Quero cuidar da minha mulher.

- David, – Finley vem afoito com o jaleco batendo entre seu corpo e um papel nas mãos. – a Melissa pediu para te entregar isso.

Eu mal tinha condições de ler uma coisa daquelas. Nem raciocinava direito e aí a Mel me aparece com um recado dizendo para que eu a deixe seguir sua vida e que se nós amamos alguém e ele precisar não estar conosco, é para deixá-lo seguir em frente.

- Eu sei que deve tá sendo duro para vocês agora, mas deixa ela ter esse tempo pra ela. Olha, a Lou, uma das psicólogas do Hospital, disse que é importante que a mulher tenha esse tempo pra ela logo depois que perde o bebê.

- Mas e meus filhos?

- Eles estão morando comigo. – por um minuto me senti aliviado. – Você sabe onde eu moro e que é bem-vindo sempre na minha casa, então, qualquer coisa eu estou lá com eles.

- Ela vai ficar bem?

- Farei de tudo para que sim.

Depois disso eu só podia sair daquele hospital e orar cada vez mais para Deus a carregasse com Ele e que estivesse bem. Eu ainda teria Melissa como minha mulher e mãe dos meus filhos.

(...)

Quase um mês depois do que aconteceu, eu continuava visitando a casa do Finley e vendo meus filhos crescerem cada vez mais rápido. Ontem eu vi a Melissa saindo quando eu estava chegando e foi tão rápido que não percebi se fiquei babando na beleza dela ou nos meninos chamando pelo meu nome. A partir da imagem rápida dela saindo do apartamento com o saco antibacteriano — o qual ela coloca o jaleco — eu percebi o quanto eu amo essa mulher. Amo como meu pai ama minha mãe desde o dia em que eles conheceram. Amo por querer ela todos os dias comigo, do meu lado, em qualquer momento. Amo como um homem pode amar uma mulher para ser sua cônjuge. É por isso que eu tô aqui na casa da Manu, mais precisamente no último andar, onde fica o terraço, todo arrumado com várias lâmpadas penduras ao redor (Gustavo e Dudu tiveram que catar essas lâmpadas e eu tô com pena deles até agora) para tomar rumo a nossa vida. Nossa vida. Nossa.

— David —

Manuela me manda uma mensagem desesperada dizendo que tinha brigado ou terminado com o Dudu e que precisava de mim. As pessoas tem que entender que eu me formei em medicina e não em psicologia, não dá para ficar dando uma de conselheira amorosa o tempo todo não!

“Vem rápido antes que chova”

“Calma, to chegando!”

O transito estava cooperando e a sorte que a minha amiga mora longe um pouco do centro o que facilita minha vida – em dias uteis.

Quando pisei os meus lindinhos pés no hall de entrada do prédio da Manu o diluvio caiu.

“MELISSA, PELO AMOR DE DEUS!”

“MANUELA, JESUS, EU JÁ CHEGUEI”

O que pode ter acontecido de tão grave para ela brigar com o Pluto e ficar desesperada desse jeito? Gravidez?

“A porta tá aberta”

Travei meu celular e coloquei na bolsa, abrindo a porta em seguida.

- MANUELA, CHEGUEI!

A casa estava um silencio só. Andei até o quarto e nada da minha amiga. Varri os olhos pela cozinha e ela não se encontrava nem na dispensa.

- Manuela, parou a graça!

“Pega a escada e sobe até o último andar”.

Que? Essa menina ficou doida?!

Dei meia volta e fui para a escada subindo até a área da cobertura e quando cheguei tomei um susto.

- David?!

Ele se virou carregando um buquê de tulipas azuis e eu senti vontade de rir porque não acredito que ele foi comprar lá na Chelsea Wild — só por ser as minhas rosas favoritas. O cabeludo se aproximou, pegou nas minhas mãos e eu fiquei alternando o olhar entre ele e a decoração.

- Sem se ligar para tempo, espaço, hora marcada. Sem se ligar para mensagens ou ligações. Sem ligar por foras, noites mal dormidas ou bom dias carregado de amor. Sem se ligar que a distância pode ser pior. Sem se ligar que de repente, em uma pub de Cardiff, eu poderia encontrar quem iria me fazer mais feliz desde então. Sem se ligar para nada disso, sem se ligar que eu tenha jogo amanhã e daqui uma hora eu preciso ir embora, sem ligar em Brasil daqui alguns meses. Sem ligar pra nada, eu venho aqui – respirou e mexeu com a mão solta no cabelo. – te pedir para não se afastar. Para não me rejeitar quando eu tiver cansado e brigar com você mesmo que sem querer. Para não levar a sério a distância Londres-Paris. Quero te pedir para que não me esqueça. Para desconsiderar qualquer pecado que eu venha cometer e que não seja somente uma mulher, mais a mulher. – ele se aproximou mais e ajoelhou. – Com todo o amor e carinho que eu sinto por você... – respirou fundo mais uma vez. – Venho te pedir, Melissa Cooper Grutzmann, se você aceita ser minha namorada?

 


Notas Finais


@deus me segura que eu não tô bem!!! Aiiiii Jesus! Soltei logo as bombas todas em um capítulo só e parei nessa parte para vocês refletirem: será que agora vai? Espero que vocês tenham gostado e até o próximo!

Pra quem quiser minha nova fic com o David: https://spiritfanfics.com/historia/apenas-katherine-7379097. Espero que gostem também!!


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