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História Singular e não recíproco. - Extra: Next to you, in Busan. - História escrita por jimineutron - Spirit Fanfics e Histórias
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História Singular e não recíproco. - Extra: Next to you, in Busan.


Escrita por: jimineutron

Notas do Autor


Vocês deveriam ouvir ao som de Malibu- Miley Cyrus, que tal se colocarem um especial de 1 hora da música, para tocar até terminar o capítulo? Vai valer bastante a pena.
Espero que gostem <3333

Capítulo 8 - Extra: Next to you, in Busan.


Fanfic / Fanfiction Singular e não recíproco. - Extra: Next to you, in Busan.

O sol é bonito no verão, não é? A areia está sempre quente, mas não é um quente insuportável ao qual você não pode dançar e chutar a água gelada que bate no pé, faz cócegas e é confortável até. Eu sempre gostei das praias de Busan, mas no verão tudo parece mais bonito, todos sempre disseram que o verão combinava comigo, meus cabelos sempre foram loiros, nunca entendi muito bem se minha mãe pintava ou eu nasci com os mesmos nessa coloração, até hoje não compreendi, mas nunca deixou de ser dessa cor, pois eu gostava, combinava mesmo comigo, eu era o garoto baixinho diferente de todos, os olhos se perdiam em minha cabeleira voando quando eu pulava no meio da areia, no meio da praia cheia de pessoas, coreanos e turistas apreciavam o sol de Busan e se encantavam com as belezas do lugar que eu com certeza amava de coração.

 

“Jimin, cuidado com a água”

Ele falava para mim, enquanto eu inventava passos para Dance of the Swans, a dança contemporânea sempre esteve em meu sangue, talvez porque meus pais, por serem ricos, faziam com que todo aquele clima corresse por minhas veias quase como se fizesse parte de mim, eu respirava tudo o que eles queriam, aprendi a aproveitar, aprendi a ser grato enquanto me presenteavam com as coisas que tanto amava.

Eu dançava no meio da praia, o sol batia em minha cabeça e a água molhava meus pequenos pés, minha mente se dividia entre construir castelos de areia, continuar dançando ali e afogar Jungkook na água. Me lembro que naquela época eu não queria e nem conseguia ficar longe, minhas mãos tinham de estar próximas dele, eu tinha de tocá-lo, tocar o mais novo era quase como tocar uma parte minha fora do corpo, mesmo que fôssemos o completo inverso. Ele passava o dia jogando videogame, enquanto eu dançava e costurava pelúcias, sempre fui muito artístico e não conseguia expressar minha arte de outra forma senão com o corpo, com as mãos, tinha de pôr em prática tudo que quase me entalava, que me transbordava e me preenchia até em cima, constantemente era baseado em ele cantar enquanto eu dançava, eu e Jungkook sempre fomos como o sol e o mar, nos completávamos perfeitamente.

Naquele dia ele não aguentou gritar várias vezes para eu tomar cuidado com a água, pois estava de olhos fechados dançando e correu em minha direção, me assustando verdadeiramente pela forma como segurou minha mão e correu em direção a água. Me lembro de como a risada dele era gostosa, era como ouvir o som da água quebrando nas pedras, ou quando se senta num pôr-do-sol e apenas ouve o mar, sem precisar de uma concha, você apenas aprecia o som doce e simples, era assim que eu me sentia quando o ouvia rir, por causa de mim. Olhava para seus dentes da frente levemente um sobre o outro e um pouco grandes demais e tinha certeza de que era como quando você tenta olhar para o sol por algum tempo, ele brilha muito e você precisa desviar em algum momento, muito mais rápido do que esperava ter de desviar. Jeon Jungkook era como o sol.

 

Nós corremos pela água um ao lado do outro, eu tentando chutar água nele, mesmo sendo mais velho eu sempre caía em suas armadilhas, eu sempre parecia prestes a cair nos braços do Kookie, como carinhosamente o chamava. Ele corria e me chamava “hyung”, mesmo que fôssemos pequenos demais até para que isso significasse alguma coisa de verdade, eu gostava de como soava, eu gostava de como ele me chamava, eu gostava de ser algo na vida dele, se tinha algo que realmente gostava era de ocupar um lugar realmente importante em sua vida.

Jeon era aquele tipo de pessoa que você faria de tudo para ser amigo, e o engraçado é que ele não tinha nada, não tinha dinheiro e não me dava presentes caros, não me chamava para casa dele para jogar videogame e nem me prometia o mundo, como tantos outros, mesmo eu sendo novo demais para saber o que tudo aquilo realmente significava, tinha os que me ofereciam isso, eu negava o de todos por um tempo com ele, pois apesar de nunca ter tido nada material para me oferecer, estar ao lado do mais novo era tudo o que eu precisava para me sentir bem, ele fazia de tudo para pôr um sorriso em meu rosto, se sentava na areia e construía castelos de areia comigo, caçava pequenos caranguejos e nós os nomeávamos, depois jogávamos na água de novo e ele dizia que deveríamos permitir que todos fossem felizes, eu concordava, pois me sentia tão feliz ao seu lado que queria que todos no mundo sentissem aquilo também.

Jungkook nunca me ofereceu nada material, mas ele me dava a felicidade, a felicidade de estar ao seu lado.

“Hyung, sabe para que deveria servir esse castelo?”

Me perguntou quando saímos correndo da água para a areia, eu disse que não sabia e ele começou a rir. Havia um boneco pequeno, não era uma pessoa e sim um bolinho, meus pais haviam trazido do Japão para mim, Jungkook colocou uma alga amarela no cabelo do mochi e colocou no topo do castelo.

“Esse castelo deveria ser usado para você morar, porque você é um príncipe”

Se jogou por cima do castelo, com todo o cuidado para não destruí-lo, segurou meu rosto com as duas mãos e beijou calmamente a minha testa, me fazendo fechar os olhos e sorrir. Eu fechei os olhos, pois sempre que estava com ele sentia como se estivesse sonhando. Era normal sonhar acordado, não era?

Eu disse que ia pegá-lo por ter melado meu rosto de areia e ele saiu correndo para longe, rindo e eu fui também, rindo.

Todo Verão era a mesma coisa, passávamos o Domingo na praia e eu me sentia feliz, quase tocando o céu, os pais dele me incluíam em todo os passeios pois Kookie perguntava se eu iria, ele me ligava afoito e pedia para eu arrumar minhas coisas pois íamos num piquenique, na praia, num jardim, no zoológico, nós íamos conhecer o mundo, explorar o universo, sempre juntos. Eu sempre me sentia um explorador, prestes a descobrir outra maravilha da humanidade, pelos olhos castanhos dele.

Os cabelos negros pulando e eu me jogando por cima do garoto na areia, rindo dele e depois parávamos os dois, olhando um para o outro e naquela época eu não sabia por que ficava tão hipnotizado com aquela sua mania de arregalar os olhos do nada, ele parecia assustado quando fazia aquilo, parecia desesperado e eu tinha medo, tinha medo de que algo o tivesse preocupando, sinceramente queria cuidar de si, não era coisa de hyung, era coisa de... Jeon era o meu raio de sol no começo da manhã e o do fim também. Eu nunca entendi e provavelmente nunca irei entender, o porquê de parecer sempre tão hipnotizado ao passar mais de um segundo olhando para ele.

Ah, o pôr-do-sol, era certamente a minha parte favorita do dia, eu adorava ver como o céu mudava de cor, adorava ver como o sol quase mudava de cor também, a natureza faz coisas incríveis, tinha certeza de que Jungkook era uma dessas coisas incríveis, nunca tive tanta certeza sobre algo na vida.

Nós voltávamos correndo para perto da barraca quando o sol começava a se pôr e nos sentávamos juntos, num ângulo perfeito esperando o sol se pôr, os pés enterrados na areia, ele com a sunga do homem de ferro e eu, com a do rilakkuma.

“Vai começar.”

Eu dizia baixinho e ele segurava minha mão, eu sempre tinha a mesma reação, olhava para nossos dedos, mas ele estava olhando para o céu, esperando o sol cair de uma vez, ansioso. Ansioso demais, os olhos brilhavam com o sol e ele sorria, de perfil não dava para ver os dentes da frente, mas eu sabia que estavam lá, eu sempre sabia que ele estava lá, pois podia sentir o calor de seu corpo a aquecer o meu. Eu entrelaçava nossos dedos e observava o sol avançando em direção ao mar, um belo show, muito mais belo do que tanto outros de desenho animado.

Quando o sol estava próximo de tocar o mar, eu ouvia as sacolas sendo arrumadas e os pais dele nos chamando para ir, eu me lembrava de uma história sobre o Reino das águas claras que a mãe dele nos contou certa vez, falando que o príncipe tritão contou para o garoto humano que há uma história de amor, que estar apaixonado era como quando o sol se punha para tocar o mar, e assim como Jeon era o meu sol, eu era o seu mar, aquelas ondas que batiam na pedra, ele se punha para me tocar e lá estávamos nós, as mãos entrelaçadas, minha cabeça em seu ombro observando o amor acontecer.

 

Minha estação favorita sempre foi o verão, pois eu podia estar ao lado de Jeon, sorrindo ao seu lado, sendo feliz ao seu lado e observando nossa paixão se materializar no formato do pôr do sol. O que é paixão? Eu nem entendia muito bem na época, mas quando eu estava sentado na areia segurando a mão do meu dongsaeng, essa era a última coisa que eu queria me preocupar. Era só Park e Jeon. Ele e eu.


Notas Finais


Next to you, in Malibu :(


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