Justin Bieber P.O.V
Fiquei surpreso ao ver Claire se aproximar e tomar a atitude de me beijar, mas pelo que percebi Lúcifer já não se interessa em mim para ser o herdeiro e muito menos em Luke, por algum motivo, Claire era o alvo dele.
Ela era atraente e o seu lado irritante de almejar Deus como o ser mais perfeito me fez falta nos dias em que fiquei vagando por um inferno sem fim. Não posso negar que senti falta, mas aquilo fez um grande ódio me dominar e a querer longe. Claire estava me distraindo e sei que se algumas coisas ocorrerem... não quero pensar no que pode ocorrer.
Sai de perto dela depois daquele beijo, eu fiquei surpreso por ter sido ela a tomar essa atitude, além de não ter se importado com o sangue em volta do meu rosto.
Percorri caminhos que eu nem sabia quais eram, até me encontrar em frente à uma casa enorme, parecia ser antiga. Eu conhecia bem aquele lugar, muito bem.
A porta foi aberta e a garota com cabelos loiros curtos e olhos negros refletindo luxúria ao me ver apareceu. Ela esbanjou um sorriso malicioso e se escorou no batente da porta.
- Bieber.
- Serena. - Sorri e ela se aproximou, passando a mão sobre meu ombro.
- Ficou um bom tempo sem aparecer, além dos comentários sobre a anjinha.
- Não são comentários, eu estava próximo a um anjo, mas ela já vai ir embora.
- Não creio que Bieber andava apaixonadinho por um ser de luz divina. - Serena zombou e virou as costas entrando na casa e a segui, fechando a porta com força.
Serena é uma demônia, quase como Lilith. Alguém que vem dos céus e se converte por conta de um desejo, luxúria de sentir corpos demoníacos próximo a ao seu.
Deixe-me explicar um pouco sobre a História de Lilith.
Deus criou no início o homem e a mulher a partir do barro, e a sua imagem e semelhança, depois criou Eva a partir da costela de Adão. A primeira mulher era diferente das outras duas criações, pois possuía fases boas e ruins, como a própria Lua. Ela desconfiava de Deus e não demonstrava sua devoção como os outros. Ela não estava feliz vivendo no paraíso e sentia desejos carnais incompreendidos. Até que um dia provara do fruto proibido. Deus não teve outra saída, sendo necessário expulsa-la de lá.
Na terra, ela foi atraída pelos demônios que usaram e aproveitaram de seu corpo. E então Lúcifer, que se encantara com a luxuria e poder que seu corpo emanava. Fizera sua esposa, e tornou-a poderosa, mais poderosa do que qualquer outro demônio. Tornou-a sua rainha do mundo inferior, Lilith.
Lilith ainda possuía remorso para com Deus. Possuía ciúmes por Eva sempre ter sido mais adorada por Adão e por Deus. Transformou-se em serpente e adentrou o paraíso. Se escondera bem, e quando Eva estava sozinha se aproximara atentando-a a comer do fruto proibido.
Apesar de atentada, Eva tentara recusar o pedido. Mas o desejo por sensações novas a irradiou. Tomou o fruto e então tudo veio à sua mente. Sentiu-se envergonhada por andar nua, e outras coisas. Perdera sua devoção. Passou o fruto a Adão, que no final também cedera.
Lilith fizera Deus se revoltar com as criações mais queridas.
Conheci Serena enquanto tentava caçar alguma vítima por Londres. Ela era uma demônia atraente e não pude deixar ela passar despercebida. Ela consegue ser irresistível, corpo escultural, como se tivesse feito na medida certa para qualquer homem se apaixonar e querer fode-la.
Mas eu fui diferente de todo e qualquer demônio que já se aproximou dela. Serena é como uma viúva-negra, diz estar apaixonada e mais mil juras, seduz qualquer um a saciar suas vontades e depois o devora. Humanos são mais propensos a cair nos truques dela, mas demônios caem em suas armadilhas, eu ao contrário de alguns consegui fazer ela cair sobre os meus encantos, tanto que, quando sai de Londres, ela me seguiu até a pequena cidade e com ajuda de um ritual consegui aprisionar a pobre alma demoníaca dentro da casa.
Posso dizer que ela não gostou muito da ideia de ficar ali, mas me obedecia demais por conta das promessas de uma falsa libertação.
Serena passou as mãos pelo pescoço indo até as alças do vestido branco e puxou o tecido que escorregou pelos seus braços e depois caiu no chão. Ela olhou de canto para mim e seguiu o caminho em direção a um dos quartos no segundo andar.
A segui pelos corredores examinando seu corpo, sua pele clara sem se quer uma mancha, lábios vermelhos por conta do batom forte, cabelos curtos que se moviam conforme seu andar.
Respirei fundo enquanto entrava no quarto de paredes brancas, com uma cama forrada por panos brancos no qual a loira se deitou e virou para mim sorrindo.
Tirei minha jaqueta e a joguei no canto, tirando minha camisa e antes de me livrar dela em algum canto do quarto, Serena veio parar em minha frente em um piscar de olhos, pegando minha camisa e envolvendo sobre meu pescoço, juntou seu corpo ao meu.
- Senti sua falta, fiquei trancada aqui sem ver ninguém. - Senti seus lábios contra meu pescoço e a virei, prensando-a contra a parede.
- Mentira, você não teria descoberto sobre a anjo se alguém não estivesse aqui.
- Luke me fez uma visita, me contou sobre você e a alma inocente e depois você sabe, fez o mesmo que você vem fazer aqui.
- Luke, Luke, Luke... preciso me livrar desse encosto.
- Mas antes. - Ela passou as unhas sobre meu peitoral deixando marcas vermelhas por conta das unhas, descendo até a ponta da minha calça. - Talvez você queira aproveitar o motivo por ter vindo aqui, ou veio fazer nada.
Deixei minhas garras aparecerem de forma lenta, pousando minhas mãos sobre o rosto dela e passando com força pela bochecha dela, fazendo um rasgo. Uma gotas de sangue correu pelo machucado e eu fechei os olhos sentindo o cheiro do sangue demoníaco, me aproximei dela lambendo o sangue correndo pelo ferimento.
O rosto de Serena começou a mudar aos poucos, o cabelo escureceu até um tom castanho dourado. Seus lábios se tornaram rosados, os olhos de um castanho escuro se tornaram verdes e o sorriso malicioso se tornou um sutil sorriso.
Sorri, mesmo que soubesse que era apenas uma alucinação, colei meus lábios em seu pescoço, passei meus braços em volta de sua cintura e a puxei mais contra mim. Passei a ponta do meu nariz contra o dela e mordi o seu lábio inferior.
Eu não sei porque estava alucinando a presença de Claire no lugar de Serena, mas era bom ver o rosto do anjo ao invés do de um demônio. Cravei minhas garras contra sua pele ao sentir uma onda de raiva percorrer quando me lembrei dos ocorridos.
Me afastei passando as mãos pelo cabelo e tive enorme vontade de bater contra a parede, mas pude sentir suas mãos passarem pelas minhas costas e virem até a frente me abraçando.
Virei, voltando a ficar de frente a ela e a joguei contra a cama, ouvindo uma risada baixa dela, subi na cama ficando sobre ela. Assim que vi seus lábios se moverem para falar algo, a beijei pedindo passagem para a minha língua e ter acesso à sua boca.
Minhas mãos deslizaram pela sua barriga indo até sua parte íntima, coloquei dois dos meus dedos dentro dela, fazendo movimentos de vai e vem o que a fez encerrar o beijo e tombar a cabeça para trás fechando os olhos e abriu a boca gemendo baixo. Virei o rosto mordendo seu pescoço e sugando um pouco do seu sangue. Claire apertou as garras dela contra minhas costas e eu introduzi meu dedo ainda mais fundo, apertando-a.
Deslizei meus dedos para fora até seu clitóris e a estimulei, sentindo suas garras ainda mais fortes contra minha pele, rasgando-me e eu podia sentir as gotas de sangue deslizarem pelas minhas costas. Minha vontade era de deixar minhas garras aparecerem e rasga-la lá em baixo, mas eu precisava fode-la antes de fazer esse estrago.
Claire me empurrou para o lado e passou uma das pernas do outro lado do meu corpo. Sentando-se sobre a minha barriga, ela se inclinou pra frente beijando meu pescoço. Senti suas presas pressionarem contra minha pele e antes dela ter acesso ao meu sangue, puxei seu cabelo com força afastando seu rosto do meu pescoço.
Ela desceu os beijos pelo meu peitoral e foi descendo pela minha barriga, quando percebi ela já estava jogando minha cueca no canto da cama.
Antes que ela tentasse bancar a esperta, a empurrei com o pé com tamanha força que ela foi parar deitada no centro do quarto. Me levantei e andei até ela, deitando sobre o corpo e beijei com voracidade seus lábios.
Senti sua boca se movimentar durante o beijo e notei um pequeno sorriso em seu rosto. Mordi seu maxilar com força, fazendo ela gemer de dor.
Ajeitei as pernas dela em volta da minha cintura e introduzi meu membro dentro da vagina dela, movi minha cintura com brutalidade, fazendo-a morder meu ombro e pude sentir seus dentes perfurarem minha pele.
Uma das minhas mãos foi até seu seio e conforme eu me movimentava podia sentir meu corpo vibrar, com a sensação de ódio crescendo e ao mesmo tempo o desejo insano pelo corpo do anjo sangrando em meus braços enquanto me deseja insanamente. Eu já havia caído em minha própria alucinação, já não era mais Serena, para minha mente era Claire ali, mas algo dentro de mim demonstrava não ser ela.
Dei entocadas profundas enquanto sentia ela mover o quadril e gemia baixo mordendo meu ombro e sugando meu sangue. Segurei seu cabelo e o puxei com força para trás, fazendo com que sua cabeça se inclinasse deixando o pescoço a mostra. Beijei o local e em seguida minhas presas estavam dentro do seu corpo, sugando-a para mim, movi o rosto fazendo um rasgo maior e consegui introduzir minha língua, sentindo as veias e artérias pulsando, enquanto o sangue escorria.
As asas delas foram expostas agora em tons negros e com plumagens que saíram voando pelo céu do quarto. As pontas de suas asas eram pontudas como lanças e elas se moveram em minha direção, fincadas sobre minhas costas e me jogaram de volta à cama do quarto.
Ela bateu as asas com força, apoiando os braços contra duas das paredes no canto do quarto e sorriu maliciosa com o olhar negro surgindo no lugar dos olhos verdes. Me levantei da cama e corri, pulando e prendendo minhas garras contra a parede subindo até a frente dela.
Passei a língua em meus lábios e sorri antes de junta-los com o dela. Uma de suas mãos foi de encontro com meu peitoral e senti as garras dela entrarem em mim mais uma vez, parecia mais uma tentativa de arrancar o coração fútil qual nem uso.
Sorri segurando seu pescoço e empurrei sua cabeça contra a parede, vendo-a sufocar no meio dos meus dedos. Mordi seus lábios e voltei a me apoiar na parede, sentindo as pernas dela passarem em volta da minha cintura e antes que ela tentasse jogar nós dois lá de cima, me soltei da parede e caminhei até a porta, entrando no banheiro branco. Havia uns quatro degraus e depois uma banheira grande, o chuveiro estava ali e posso dizer que não era nenhum chuveiro normal.
Abri o registro do chuveiro e o líquido avermelhado correu pelo local branco deixando suas manchas por cada parte que passava. A imagem da garota entrando no banheiro me desanimou, a lembrança da alucinação era melhor que a garota ali.
Serena entrou em baixo do chuveiro deixando com que o sangue escorrer por cada centímetro do seu corpo. De repente a imagem da loira se banhando com sangue embaçou, fechei os olhos com força e ao abrir novamente, a imagem nítida era de uma cachoeira onde Claire estava, virada de costas pra mim, eu podia ver suas costas nuas e um cabelo em uma trança que caia sobre seu ombro para frente.
Fechei os olhos novamente e a imagem voltou até Serena, que agora estava de frente para mim, com um sorriso. Retribui me aproximando dela e colei ainda mais nossos corpos, ela passou sua perna pela minha cintura e a fiz apoiar as costas contra a parede, deixando que o sangue caísse sobre nós dois.
Voltei a penetrar Serena com brutalidade movendo o corpo da demônia, fazendo-a ir ainda mais rápido. Minhas mãos em sua cintura a apertavam com força forçando as garras cada vez mais fundo dentro do corpo dela, machucando-a ou não, eu não me importava, só queria sentir o que Claire não me proporcionaria em momento algum.
Era tolice pensar nela enquanto fodo Serena, além de um risco por ela ser traiçoeira.
Eu não sabia o porquê mas o sangue que escorria sobre meu corpo me deixava ainda mais insano. Eu queria deixar minhas garras atravessarem o corpo da garota. Queria devora-la como um animal carnívoro, sugar seu sangue e sua alma, e depois fazer o mesmo com mais pessoas.
Fiz a garota sair do meu colo e virar de costas, colando o rosto e mãos na parede e à cada entocada ela ia deixando marcas das suas unhas contra a parede.
Sentia as veias pelo meu corpo saltarem por conta dos sentimentos que eu sentia, eu estava perdendo algum detalhe daquilo tudo.
Segurei o cabelo da garota e apertei seu rosto ainda mais contra a parede, expus minhas asas e a notei se abrir toda, ainda maior e mais negras. Me afastei da demônia e como se eu me tornasse feito apenas de ódio, eu voltei a minha forma original.
A risada fina e conhecida por mim me fez urrar de raiva, eu fui mais enganado do que imaginava.
Os cabelos em tons loiros iam crescendo e mudando de tons até chegar em um ruivo acobreado, quase um tom laranja. Os fios caiam sobre o chão. Os olhos demoníacos dela estavam fixos em mim, ela caminhou se aproximando e urrei ainda mais alto batendo com meus punhos contra uma das paredes, a casa era resistente a qualquer demônio, era feita para poder aprisionar qualquer demônio aqui sem poder dar liberdade.
- O que está fazendo aqui, Lilith? - A minha voz grossa e demoníaca fez com que o cabelo dela se movesse mostrando o seu corpo nu com as marcas que eu causei.
- Zombar de ti, demônio. - Ela riu, se aproximou e passou as pontas dos dedos sobre a minha pele. - Benevolente em pensar em sua amada alma de fé de um Deus oposto enquanto fode com uma demônia. És tão patético.
- Eu não fiz isso.
- Tentando enganar a ti mesmo ou a mim? Sou mulher de Lúcifer, Justin, sei sobre tudo o que nunca saberás nem que se torne um dos herdeiros. - Ela se virou andou até a parede e moveu as mãos de forma circular, fazendo com que a passagem dela de volta ao inferno voltasse a se formar. - Se bem que Lúcifer anda de olho em você apenas pela garota.
- O que quer aqui, Lilith?
- Mate a garota antes da Lua de Sangue, se não fizer isso... O inferno se tornará sua vida enquanto demônio, e eu farei questão de deixar tua alma imunda sem um rumo certo naquele inferno.
Respirei fundo deixando meu corpo relaxar e fui retornando a forma humana, Lilith sorriu e percebi um vestido preto longo surgir cobrindo-a.
- Por quê?
- Acredite em mim como você acreditou na fé dela! - O sorriso de Lilith parecia um misto de coisas, mas o de mistério e deboche sempre ficavam mais destacados. - Nem você e nem Luke são os preferidos de Lúcifer, a apenas uma alma que irá reinar e com certeza não será a de vocês.
Lilith entrou no portal e desapareceu em seguida, passei a mão pelo cabelo e encarei a banheira onde eu estava, vendo o corpo nu de Serena mergulhando sobre o mesmo. Fui até lá e girei o registro na direção oposta, fazendo com que o sangue virasse água.
Apoiei minhas mãos sobre a parede onde haviam marcas da mão de Lilith e respirei fundo, encostando minha testa na parede em seguida.
Terminei de tirar o sangue em meu corpo e retornei ao quarto me vestindo, ao colocar minha jaqueta notei Serena sair do banheiro confusa e me encarar.
- Justin?! - Ela perguntou confusa e eu me virei saindo do quarto. Descendo as escadas e indo em direção a saída.
O pedido de Lilith não fez sentido a mim, e eu não queria acreditar no que ela podia estar supondo.
Fechei a porta da casa, deixei minhas asas livres e voei o mais alto e mais rápido que pude, por mais que não tivesse nada me prendendo, eu não conseguia me sentir livre. Não estava sendo observado, não havia ninguém me controlando, mas a sensação de estar aprisionado em algo sem fim, sem sentido, como se voasse em um céu desconhecido.
Pousei no alto de um prédio e pude notar pequenas aves voarem alto com medo de mim. Parei acima de uma das muretas e ao longe na rua pude perceber Luke girando Claire enquanto dançavam. Fechei os punhos sentindo raiva, se minha insanidade estivesse dando efeitos, Claire agora poderia estar no quinto dos infernos.
Pude notar seu olhar em minha direção e o sorriso em seu rosto desaparecer, deixei minhas asas se abrirem e voei alto para longe.
Eu poderia muito bem atender o desejo de Lilith, mas não sou servo daquela alma que me colocaria em apuros. Se fosse para matar Claire, o desejo precisaria vir de Lúcifer.
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