- ... Eu só te pedi respeito. E nem isso você conseguiu ter. - Parei, esperando ele se defender, porem ele não falou nada, só ficou com o maxilar travado e encarando o chão. - Quer saber, nem sei porque ainda estamos juntos. - Balancei a cabeça negativamente. - Nunca pensei que fosse dizer isso. - Ele levantou a cabeça e arregalou os olhos, já sabendo o que estava por vim. - Justin, eu quero o divorcio.
- O que? - Justin perguntou em um sussurro.
- Eu.Quero.O.Divorcio. - Falei pausadamente.
- Você só pode ta brincando. - Negou rindo nervoso.
- Ha, brincadeira? - Ri ironica. - Não Justin. Eu não estou brincando. Eu quero o divorcio. E quero o mais rapido possivel.
- Kathe...
- Katherine é o caramba. - Gritei. - Eu já cansei, já cansei Justin. Eu não nasci pra ser corna. Eu só to aguentando isso tudo nesses cinco anos e meio, por causa de Jason. E por quê eu não queria descepcionar meus pais. Mas eu estou me destruindo com isso. Eu não vou continuar sofrendo por sua causa Justin. Não mesmo. - Suspirei me acalmando. - Ou você para de me trair, ou me da a porra do divorcio. - Falei por fim.
- Como você quer que eu não te traia? Katherine, você nunca transa comigo. No começo do casamento, depois que Jason nasceu, eu até tentei não te trair. Mas sempre que eu chegava perto de você, você me afastava, sempre me rejeitou. Porra Shawty, eu sou homem, eu tenho minhas necessidades. - Ele falou se levantando. - Se não quer eu que te traia, comece a fazer sua obrigação de mulher na cama. Por que fora dela eu realmente não posso reclamar. E eu sei que as vezes sou errado, mas não vou pedir desculpas. Você sabe que eu nunca peço. E nunca vou pedir. O que passou passou, só podemos mudar o futuro. Não posso te garantir que eu vou parar de te trair...
- Amanhã mesmo vou no Dr.Payne pra arrumar os papeis da nossa separação. Passar bem. - Falei pronta pra sair dali.
- Se você der mais um passou eu juro que arrebento sua cara. - Justin gritou nervoso, me fazendo parar. Eu sabia que ele nunca faria aquilo, ele tinha odio de homens que encostavam um dedo para ferir uma mulher ou alguma pessoa inocente, porem a agrecividade que aquelas palavras carregavam me fez paralisar. - Caralho. - Ele mordeu o labio inferior em sinal de nervosismo e se virou, dando um murro na parede me fazendo recuar. - É o seguinte. A partir de hoje eu vou te comer até você não aguentar mais. Já que não posso comer outras mulheres, se prepara. E é bom preparar uma cadeira de rodas, porque eu vou te foder tão forte que você não vai consegui andar por um bom tempo. - Ele falou entredentes, seus olhos queimando em luxuria e desejo.
Puta merda. Tava fodida, bom, ou quase isso.
Em um segundo estávamos parados encarando um ao outro na copa, e em outro estavamos no sofá da sala, os labios grudados e as linguás travando uma guerra. A blusa dele já tinha sumido e a minha estava preste a fazer o mesmo quando eu o empurrei com todas as minhas forças, puxando a maior quantidade de ar que consegui.
Peitos subiam e desciam rapidamente, mostrando o que a falta de ar fizera. Os labios vermelhos e inchados. Os cabelos bagunçado pelos dedos que se prendiam no mesmo. A pele febril pela excitação. E os olhos brilhando.
Esse era o estado de nós dois, quando eu finalmente sai de baixo dele e me levantei tentando me recompor.
Cacete.
Eu estava prestes a transar com Justin ali na sala. Eu nem queria imaginar o meu estado depois daquela transa, caso ela acontessece. Já que pelas promessas de Justin eu precisaria de uma cadeira de rodas.
- Eu p-preci-so ir p-pro s-spa. Vo-cê me pega lá a-a-s s-sete. -Gaguejei pegando a chave do carro e minha bolça. Sai rapidamente antes mesmo que ele dissesse algo.
Evitei ao maximo pensar no que tiverá acontecido em casa, enquanto recebia um otimo tratamento, com direito a tudo. Depilação, massagens relaxantes, esfoliações, cremes hidratantes, sauna, banheira aromatizada, maquiagem, manicure e pedecure e como não podia faltar, cabeleleiro.
Como não estava muito afim de mudar a cor do cabelo, apenas fiz uma hidratação e um pentiado simples, a maquiagem também não foi muito chamativa. Eu queria deixar tudo para o vestido.
Quando fiquei pronta já era sete e cinco. Já tinha recebido a noticia de que Justin estava me esperando. Então apenas peguei minha bolça de mão e dei uma ultima olhada no espelho. Eu estava...
- Maravilhosa. Diva. Linda. Gostosa. Poderosa. Sexy. Deslumbrante. Elegante. Rica. Você realmente esta uma Deusa. - Phelipe, meu estilista, falou me analisando. - Minha Afrodite. - Ele sussurrou me abraçando. - Minha Deusa do amor.
- Obrigada Phe. - Sorri me separando dele. - Mas eu não estou tudo isso.
- Não? - Ele se ofendeu. - Você esta tão perfeita que eu até fiquei com vontade de te pegar. - Ele riu.
- Ow, eu estou perfeita. - Falei rindo.
- Eu te falei. - Ele ergueu o dedo indicador e passou na sombrancelha lentamente. - Eu sei que esse vestido que euzinho desenhei pra você, deu o toque final. Mas o resto esta um espetaculo. - Ele passou a mão na minha cintura e foi descendo até as coxas. - Olha esse corpo. Olha essas curvas. - Ele falou animado. - Você emagreceu tanto, esta divanie. - Falou animado.
- Phelipe, você já ultrapassou o seu limite de bofe por hoje. - Falei erguendo uma sombrancelha.
- Ai, okaay minha Afrodite. Mas é que com uma mulher dessas na minha frente fica impossivel não ficar... bofiado. - Ele riu da propria piada. - Mas mudando de assunto, vamos logo. O Bieber já esta te esperando a vinte minutos e não para de reclamar. - Revirou os olhos. - Ai, se você não fosse casada com aquele gato, juro que fazia ele virar gay, só pra me pegar. - Falou da forma afeminada dele, me fazendo rir.
- Ok Phelipe, mas vamos logo. Não gosto de me atrasar. - Falei.
- Vamos minha Afrodite. - Ele estendeu o braço pra mim e eu entrelacei o braço no dele.
Enquanto saimos do ''meu'' quarto e descemos pelo elevador, eu só conseguia me lembrar do que tinha acontecerá de manhã. Eu não estava com a minima vontade de encontrar com Justin.
Quando o vi sentado na recepção, com uma taça de chapagne na mão, pernas cruzadas masculinamente e seu grande corpo em um terno feito sob medida, meio azulado, perfeitamente ajustado aquele paraiso, quase cai pra trás.
Meu marido é tão tesudo.
Quando ele me viu uma mistura de surpresa, malicia, desejo e apreciamento passou por seu lindo rosto. Ele se levantou rapidamente e ajustou seu terno.
Me estendeu a mão e acenou pra Phelipe, que piscou o fazendo revirar os olhos. Não trocamos uma palavra enquanto nós dirigiamos até a limosine perfeitamente preta que nós esperava. Ele me ajudou a entrar e depois entrou.
- Aceita? - Perguntou colocando vinho em uma taça.
- Não, obrigada. - Respondi suspirando.
- Você sabe, esse vestido é lindo. - Falou depois de algum tempo.
- Hmm, obrigada. - Murmurei sem ter coragem de olhar pra ele.
Por alguns segundos permetirme ficar feliz, mas logo abaixei a cabeça repassando o que ele disse, ''esse vestido é lindo'' e não ''você esta linda'' ou seja, não tinha motivos pra ficar feliz, ele elogiou o vestido e não a mim.
- E você também não esta nada mal. - Completou se mecheindo desajeitado, colocando a taça em cima da bancada que tinha ali. - Não vejo a hora desse jantar. - Confessou malicioso.
- Er, me empresta seu celular? Preciso ligar pra Pattie, quero falar com Jason. - Mudei de assunto.
- Aqui. - Me entregou seu celular.
- Senha? - Perguntei.
- 20.04.12
- Essa é a data do nascimento de Jason. - Sorri digitando.
- Não diga. - Falou ironico e revirei os olhos.
A foto da tela inicial do celular dele era Jason e ele em um evento que eu não me lembro qual. Porem eu amava aquela foto, sorri com a visão e logo liguei pra Pattie.
Fiquei conversando com ela e Jason o tempo inteiro, só pra evitar falar com Justin.
- Despeça-se, já estamos chegando. - Justin ordenou.
- Pattie, tenho que desligar, já estamos chegando. Amanhã nós falamos, ok? - Falei suspirando.
- Tudo bem querida, tenha uma otima noite. - Sua voz doce soou alegre - Mande um beijo pra Justin.
- Ele mandou outro - Menti. - Fique com Deus. - Desliguei.
Entreguei o celular pra Justin.
- Por favor, sorria muito no evento, como se fosse a pessoa mais feliz do mundo. - Ele pediu guardando o celular.
- Pode deixar, eu sei fingir bem. - Sorri amarga.
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