Na última tentativa, ligo o meu celular. Ele dá poucos sinais de vida até desligar por completo. Já sem esperança, guardo o aparelho na mochila, seguidamente fico de joelhos no chão de frente para a pequena mesa, comecei juntar por fim os papéis rabiscados. Depois de ter guardado na mochila boa parte dos meus antigos materiais deixados na cabana para a longa viagem de volta para casa, aproveito o pouco tempo que me resta para pegar os desenhos do Peter e da Mel. Apenas com o olhar, analiso cuidadosamente cada traço pintado, sendo uma simples flor ou contendo pessoinhas pontilhadas, cada um deles representava a imaginação fértil e inocente de uma criança. Suportando, meu coração chora em silêncio ao pegar o último papel da lista. De mãos dadas, estava Peter, Mel, eu e ele. No desenho parecíamos ser família feliz. Quem dera se tudo tivesse terminado assim mas o destino quis coisas diferentes. Suspiro melancólica, a dolorosa lembrança daquele dia afeta-me profundamente, contudo mal tive tempo de saboreá-la, quando ouço a madeira do piso estalar me levanto rapidamente deixando o desenho sobre a mesa, olho para trás e minha respiração cai ao ver Slender encostado na parede me observando de braços cruzados. Contento-me em esconder meus sentimentos enquanto pegava a minha mochila - com peso de duas - pronta para partir e deixei isso bem claro ao mandar um olhar frio para ele que por sua vez o desvia. Insisto em continuar olhando para a criatura. Eu sabia muito bem que ele não queira me deixar partir. Suspeito que seus sentimentos sejam mais complexos do que simplesmente protetores. Felizmente, não demorou muito para que a sua teimosia passasse e logo estávamos saindo da cabana. Do lado de fora dou uma boa olhada para trás. Mesmo negando, no fundo do meu coração eu sabia que essa não seria a última vez em que estaria aqui.
Horas andando pela floresta, ponho meus pensamentos na parte mais isolada da mente. Sabendo que eles não seriam mais só meus, preferir concentrar minha atenção no caminho que não demonstrava ser o mesmo de antes. Seria para mim impossível decorar as trilhas entre as árvores, me perderia facilmente neste lugar. Dizendo o contrário, Slenderman parece saber exatamente o que está fazendo, aparenta conhecer cada faceta desta floresta. Me guiando, ele está mais a frente carregando o Jacob nas costas. Sem termos trocado uma palavra desde a nossa saída da cabana, permanecemos em silêncio ouvindo apenas a doce melodia dos grilos. Com pouca luz da lua, noite está mortalmente bela. Pela primeira vez sinto paz estando aqui. A floresta, mesmo consumida pela vasta escuridão, carrega consigo uma pureza magnífica quando de repente incontáveis vaga-lumes surgem pela sua imensidão. Como estrelas esverdeadas dançando no ar, os pequenos insetos iluminam pouco o meu caminho. Uma deliciosa brisa fria passa por mim, sou acolhida por ela até que meu corpo ficasse leve. Sinto como se estivesse boiando em águas calmas, cada centímetro de mim é beijado por uma sensação prazerosa. Tudo parece perder o seu sentido.
Estando tão encantada, mal percebi que havia desviado-me do objetivo. Sentindo a sua aproximação, guio meus olhos até o Slender que logo estava perto de mim. Entendendo meu grave erro, esperava ouvir algum sermão mas estava enganada. Slenderman deixa o corpo de Jacob encostado em uma árvore para depois ficar diante de mim. Ajoelhado seu rosto está na altura do meu. Como se algo me impedisse de mexer, nada faço além de olhar, estou atraída, hipnotizada pela criatura. Uma de suas mãos frias vão até meu rosto, recebo leves carícias na bochecha, por algum motivo sinto carinho em seu toque. Na minha visão, Slenderman, parado na minha frente me observa atentamente, alguns vaga-lumes pousam em seu terno negro que se revela pela fraca luz. Está diabolicamente lindo. Tudo está quieto e pacífico. Tem algo de errado comigo. O sentimentos envolventes são complexos demais mais para serem compreendidos, uma mistura de medo, conforto, atração e raiva, não entender sua atitude só me causa mais fúria. Jamais vou esquecer das coisas ruins e as dores que foram causadas a mim, ele fez-me derramar lágrimas ao permiti que eu visse a inocência morrer nas minhas próprias mãos. Slender é um ser maligno que me quer, mesmo assim está deixando que eu vá. Mas a que preço estaria colocando pela minha liberdade? Abaixo a cabeça desviando do seu possível olhar. Não confiaria nele mesmo que me provasse o contrário.
O estalar de galhos fez com que saíssemos da hipnose. Olho para ele que assim como eu começou a procurar pela origem do som em seguida, quando olhamos para trás encontramos Jacob de pé com uma pistola em suas mãos. Em segundos Slenderman some diante de mim para aparecer por trás dele e começar a agarra-lo. Assustado, o homem gritou quando um dos tentáculos da criatura cravou em seu pescoço, desesperado ele deixa escapar um tiro que ainda bem foi dado para cima. Os vaga-lumes são espantados pelo som trovejante que se repetiu por toda a floresta até sermos deixados no escuro. Mesmo não vendo pude ouvir ganidos do Jacob, ele se contorceu de dor até desmaiar. Mal tive tempo de assimilar o que tinha acabado de acontecer quando ouço alguns apitos serem soados para em seguida vozes de homens. A metros de distância avistei luzes vindo em nossa direção.
- Vamos, agora! - Ordenou Slenderman no mesmo instante em que havia pegado em minha mão.
Com a outra mão livre, por instinto, peguei rapidamente a arma do Jacob no chão pós ser puxada. Algo me diz que precisarei dela.
Ouvindo cães latindo, meus batimentos aceleram junto com a respiração. Ofegante agarro o pulso do Slender que faz o mesmo para que não nos soltássemos, corro pela floresta o mais depressa que posso. Mesmo exausta e com a garganta doendo de tão seca, não desistir. Quando as vozes ficam mais altas, Slenderman olha para trás e de repente para de correr. Estava prestes a perguntar o que estaria fazendo quando o vejo jogar furiosamente Jacob no chão, ele solta minha mão e desaparece em seguida me deixando sozinha. Sem saber o que ele faria, arrastei o corpo do homem inconsciente para perto da árvore mais próxima. De cobertura no tronco, olho de canto para trás com a pistola em punhos, vigiando para ver ser alguém aparecia, contudo não estava pronta para atirar em qualquer ameaça. Minhas mãos tremem ao segurarem novamente um arma. Rezei para que não precisasse usa-la. Num susto, ouço disparos, gritos e latidos. Aterrorizada pelos horrores que estava ouvindo, fechei os olhos imaginando o que estaria acontecendo: Slender, rápido e ligeiro como uma serpente matando qualquer um que estivesse na sua frente, com a escuridão ao seu favor ninguém conseguiria vê-lo. O medo infecta minha corrente sanguínea quando tudo acaba.
Ouvindo apenas meus batimentos, me mantive concentrada por eternos segundos. Estou á muito tempo aqui, não tenho noção de quanto se passou desde que ele se foi. Ponho na minha cabeça que está tudo bem e que preciso ficar despreocupada. Ou era o que pensava. Meus sentidos avisam-me, segurei firmemente a arma ao sentir a presença de alguém, coloquei meu cabelo para trás para que pudesse ampliar minha visão e controlo meu nervosismo. Espero que os passos se aproximassem o máximo para sair do meu esconderijo e apontar a arma para quem estava ali. Minha mira alcança um largo peitoral, a levanto até o rosto do homem e assim que nossos olhos se encontram sinto a paralisia que o maldito do Sebastian tomar conta de mim. De mãos para cima, ele me analisa surpreso, seu sorriso macabro anuncia sua perversidade.
- Não é tão boazinha como eu pensava, Senhorita Margot. - Aponta para o homem inconsciente.
- Ele não está morto.
- E como posso confiar na palavra de uma assassina?
- Não sou assassina! - Digo rosnando.
- Não, Margot, você é! Você gostou do gostinho que a morte proporciona ao tirar a vida de dois garotos e agora está viciada. Foi bom matar o pequeno Peter e a doce Melissa ?
- Cala a boca.
- E o Jacob? Ele implorou pela filho e a esposa?
- Eu disse para calar a boca! - Repito furiosa.
- Você está louca! - Rir maldoso. - Como é ser a responsável pela morte de seus pais?
- JÁ CHEGA! - Grito ao explodir de raiva apertando o dedo no gatilho.
Fecho meus olhos ao sentir a pressão do tiro.
Tudo fica quieto após o som do disparo sumir. Sinto tremores na pele ao pensa que havia acabado de matar alguém. Depois de um bom tempo recusando, finalmente abro minhas pálpebras pronta para encarar o estrago que tinha acabado de fazer. Quando olho, minhas pernas bambeiam ao ver Sebastian desacordado com o Slenderman agarrado a ele. Não via sangue. O alívio desestabiliza minhas forças e sinto-me prestes a cair mas algo impede a queda e logo sinto meu corpo ser abraçado. Atordoada, levei tempo para perceber que estava em braços. Soluços vem a tona acompanhado de várias lágrimas que agora percorriam meu rosto sem parar. A magoa, a dor e o ódio destroem o resto do meu coração, minha consciência, honestidade, e felicidade se foram com junto a bala. Choro ainda mais ao pensar no que estava fazendo. Ele ao me ver naquele estado me acolheu ainda mais no seu abraço caloroso. Sou pressionada levemente contra seu tórax, minhas mãos estando livres seguram firmemente a borda da macia lapela do seu terno com as últimas forças que ainda restam.
Sentindo-me esgotada, descanso minha cabeça no peito da criatura, estando tão perto pude ouvir as pulsações do seu coração. Respirando fundo, meu corpo relaxa no ritmo calmo dos batimentos. Nada mais parecia importar, por um momento senti como se eu e ele fossemos os últimos seres da terra. Nunca antes havia passado por uma coisa assim. Estou cansada, preciso dormir. Não existe mais forças em mim. Tudo o que eu quero é descansar.
***
- Margot, querida... Acorde! - Ouço alguém me chamar. - Você vai se atrasar para aula.
Abro meus olho e dou de cara com a Tia Eliza enfrente a minha cama. Desentendida, dou um pulo de susto ao me ver no meu quarto. Que diabos aconteceu ontem? Eliza vendo minha cara de interrogação, caminha até o meu guarda-roupa sorrindo.
- Você estava cansada mesmo pelo visto. Até havia esquecido de trocar de roupa. - Diz em risadas enquanto colocava o meu uniforme encima da cama. - Mas tudo bem. Pelo peso que parecia ter na sua mochila ontem eu entendo que você teve muito trabalho a ser feito.
- Bem... Eu... Ontem...
- Não se preocupe. - Dá um beijo em minha testa para em seguida ir até a saída do quarto. - Vou te dar uma carona até o colégio, portanto não tenha tanta pressa para se arrumar. Estarei te esperando lá em baixo.
Afirmo nervosa para ela que logo fecha a porta do meu quarto divertida.
Espero um certo tempo na cama para raciocinar o momento. (Como pude ter amanhecido aqui? Céus), penso. Descrendo da noite passada corro até o banheiro e me olho no espelho, tiro a blusa do pijama para ver a única prova de que tudo foi real. Não foi um simples e longo pesadelo. Encontrando a marca no meu pescoço, uma adrenalina confusa penetra todos os meus membros. Ainda perplexa, roboticamente tiro o restante da minha roupa e vou até o boxe, ligo a ducha. Procuro deixar com que o nervosismo se vá junto com a água fria, tento aproveitar o máximo daquele momento mas fico muito pensativa. A agitação e a angustia me deixam muito preocupada, com ele.
Depois do banho vesti o uniforme e me arrumei o mais rápido possível. Após organizar meu material, saio do quarto correndo e desço as escadas quase pulando três degraus, chegando na sala encontro Eliza me esperando enfrente a saída, Jörg não estava. Não faço hora, apenas pego qualquer coisa comestível na cozinha antes de ir. Do lado de fora, entro no Mini Cooper seguidamente da minha tia, ela liga o carro com tranquilidade e começa a dirigir sem pressa nenhuma, ao contrário de mim que estava ao nervos para sair. Chegando no portão sinto meu coração pular nas alturas ao avistar o Jacob, ele parecia muito bem. Eliza faz uma parada e abaixa o vidro da janela para cumprimenta-lo, ele ao me ver solta um sorriso simpático, sorrio nervosa de volta respondendo ao seu bom dia. Na minha cabeça me perguntava se ele lembrava de alguma coisa. O assunto não demorou muito e fomos embora, chegamos rapidamente nos arredores do colégio, mal havia pisado na calçada ao sair do carro quando ouço a sirene soar, despedi-me da Eliza antes de correr para edifício. Ao entrar na sala de aula vejo que o Professor Baden tinha chegado primeiro que os alunos, ele cumprimentava cada um amigavelmente, em especial, quando chegou a minha vez ele sorriu. Certamente estou feliz em ver coisas entre nós voltaram a ficar pacíficas.
Os horários de aula passaram-se voando. Estava quase no fim da terceira aula do dia quando a batem na porta, o professor de Matemática ao abrir convida a diretora a entrar, sendo breve ela se recusa a entrar, no entanto mandou que eu e a Thais saíssemos da sala. Nos duas trocamos olhares furiosos ao aproximar da outra mas ao ficar perto da diretora fingimos de inocente. Após a porta da sala ser fechada, a diretora, rígida, olhou para nós duas seriamente.
- Meninas, estou muito decepcionada com vocês. Serei breve com as suas punições.
- Punições? - Pergunta Thais fingindo ser um anjo. - Por que estou sendo punida?
Andrea a olha friamente.
- Você sabe muito bem... - ela aponta para mim - Três semanas na detenção.
- O quê? Você não pode me obrigar a ficar aqui depois da aula! Meus pais te processaram por isso e ao verem que este maldito o colégio está cheio de dívidas vão tirar você do cargo de diretora.
- Mais uma semana na detenção para você aprender a não me ameaçar. Agora volte a para sala de aula agora antes que eu adicione um mês. Vá!- Andrea ordena severamente.
Thais espumando de raiva volta para sala pisando fortemente no chão. Segurei-me para não rir, sinto o prazeroso gostinho da vitória, porém mal pude saboreá-lo quando a diretora se vira para mim, engulo seco a minha felicidade. Andrea sorri de lado e eu em resposta a olho sem reação.
- Então, qual será a minha punição?
- Punição? Você não terá.
- Não? Mas então por que me chamou?
- Além de achar que gostaria de ver, te chamei para pedi desculpas pena detenção. Quando soube da verdade, fiquei envergonhada de ter sido tão cruel e injusta. Não tenho mais nada a oferecer além da minha ajuda.
- Err...Está tudo bem. Como soube? - Pergunto tímida mas não recebo resposta.
Nos duas olhamos uma para outra até o intervalo ser anunciado. Os alunos aos poucos foram saindo das salas e começaram a habitar o corredor. Andrea solta um suspiro cansado.
- Bem... Terei de ir. Até em breve, Margot. Continue sendo a boa aluna que você é. - Diz se afastando.- Há! Margot? - Ela me chama. - Fico feliz que a Mayla tenha uma amiga como você.
Sorrio de lado.
Voltando para a sala, esbarro em Thais que estava saindo, ela me olha ainda mais raivosa do que antes e eu fiz questão de a encarar sorrindo diabolicamente. Caminho até o refeitório radiante seguidamente de ter guardado o material da minha carteira. De longe, avisto May sentado naquela mesa, olhando para todos os cantos ela parecia estar esperando por alguém, especificando, por mim. Assim que aproximo da mesa, ela se levanta ao me ver, surpresa fica sem jeito. Sorrio para ela com intenção de acalma-la. Ao ser convidada a me sentar fico de frente para ela, nos olhamos timidamente. Ficamos em silêncio. Eu estava escolhendo atentamente as palavras que usaria quando ela suspira.
- Você está bem? - Pergunta enquanto apoiava a mão na nuca.
- Sim... E você? - Ela diz sim com a cabeça. - Hum...Obrigada, por ter feito aquilo.
- Era o mínimo. Não queria que a Thais saísse ilesa depois de tudo o que aprontou.
- Mas você tinha dito que ela ameaçou para que você mentisse e agora falando a verdade, sua mãe irá perder o emprego.
- Não mais. - Diz cruzando as mãos.
Olho para ela deixando claro a minha pergunta. Ela bagunça topete como se tivesse incomodada em falar do assunto, mas mesmo assim isso não a impediu.
- Minha mãe mexeu em alguns pauzinhos para conseguir o dinheiro. Mesmo a dívida não sendo nossa ela achou que seria bom pagar com o próprio dinheiro.
- Mas como vocês conseguiram?
- Pegamos o dinheiro emprestado no banco.
As palavras de May me comovem. Não acredito que ela e a mãe fizeram uma dívida por minha causa. Não sei o que dizer. Nunca imaginei que alguém faria algo assim por mim.
- Desculpa pelo o que eu fiz. - Ela interrompe meus pensamento.
- Tudo bem, May, eu te desculpo. Lamento por terem feito uma dívida.
- Não é nada demais. Só não vou poder comprar presentes para a Ingrid por um bom tempo e não vou poder ir nos shows. Mas é por uma boa causa. - Rir sem graça. - Amigas de novo?
Sorrio feliz.
- Sim, somos amigas de novo.
May e eu conversamos durante o restante do intervalo colocando os papos em dia. Nós nos encontramos de novo no fim da aula, ela ficou surpresa em conhecer o meu segurança que estava me esperando na saída. Fiquei sem jeito no momento mas nos despedimos logo em seguida. Jacob e eu voltamos para casa tranquilamente como num dia normal. Ele não diz nada como de costume. Quando estávamos na estrada, fiquei olhando para as árvores o tempo todo, a verdade é que eu estava procurando por ele, mas não o encontrei. Chegando no chalé, Jacob me ultrapassou para abrir o portão, ao passar por ele dou uma encarada, ele percebe a minha preocupação:
- Está tudo bem, Senhoria Margot?
- Bem... Sim mas eu queria saber você está bem? Se precisa de alguma coisa. Você me parece cansado.
- Assim, eu não dormir muito bem na noite passada, agradeço a ajuda mas não preciso de nada. Estarei aqui se precisar. - Balanço a cabeça concordando.
Ao entrar no chalé, vou para o meu quarto pensativa. Andando de um lado para o outro tentando encontrar uma lógica para isso tudo. Foi então que avistei algo incomum pela janela, uma coisa pendurada em uma das árvores, o vento que passava o balançava. Imediatamente sair do quarto para ir até o gramado. Estando lá, avisto um papel e de longe percebi que tinha algo escrito nele. Ao me aproximar da árvore, sou pega por um sentimento ruim e solitário ao encontrar aquele desenho pregado no tronco por algo metálico que o prendia junto a casca na madeira. Com as mãos tremendo, pego papel e o pequeno objeto reluzente, foi então que reconheci o seu prendedor de gravata. A vontade de chorar faz com que eu me ceda a fraqueza ao ver que o desenho de Peter já não era mais o mesmo, a imagem dele e da Mel estavam rabiscados por algo negro como carvão. O desenho do Slenderman por sua vez estava cortado em X e para mim aquilo tinha um significado.
Sento no grama chorando de tanto sofrimento. Ele deixou isso aqui para mim, deixou para que eu soubesse que nunca mais nos veríamos novamente...
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