P.O.V Mackenzie White
Abri meus olhos, depois de minutos tentando dormir novamente, porém aquele enjoo persistia em me incomodar. Levantei e corri até o banheiro para fazer algo que tenho feito muito ultimamente, xixi.
Assim que terminei, lavei minhas mãos e peguei minha escova de dentes, espremi a pasta de dente ali e comecei a escovar meus dentes.
— Olha só...— Justin entrou no meu quarto e pelo susto, me engasguei com a pasta de dente, o que me fez tossir descontroladamente. Ele acariciou minhas costas, então eu cuspi e enxaguei minha boca.
— Eu estou só de calcinha, sai daqui.— empurrei ele para fora e fechei a porta, ainda sentindo meu coração acelerado.
— Kenzie, se faz você se sentir melhor, eu já vi você sem calcinha.
— Cala a boca! — abri a porta do armarinho da pia e peguei uma toalha, enrolei em minha cintura e sai do banheiro. — Que hora é agora?
— Dez e vinte.— falou, depois de olhar em seu relógio.
— O que você faz essa hora da manhã na minha casa?
— Poxa. — ele fingiu uma desanimação, mas logo sua expressão voltou a ser a mesma. — Talvez porque meu filho mora na sua barriga.— Justin se aproximou de mim e tocou minha barriga, aproveitando o fato da minha blusa ser curta. Ele estava tão perto, e sua mão tocando minha barriga, estava me deixando quente e arrepiada.
Droga! Por que esse cara tem que ser tão bonito?!
— Posso dar um beijo na sua barriga? — perguntou, me tirando daquele pequeno transe.
— Se você prometer que não vai arrancar minha toalha, pode.
Ele riu fraco e ajoelhou-se, enchendo minha pequena barriga de beijos.
— Ok, chega. Agora me conte o real motivo pra lhe trazer a minha casa em uma pleno domingo de manhã? — questionei.
— Pensei em chama-la pra dar uma volta na praia, caminhar na areia e tal, o que acha?
— Tudo bem, só me deixe trocar de roupas rapidinho. — falei e ele apenas assentiu com a cabeça.
Andei até meu guarda roupa e peguei a primeira legging preta que achei e uma blusa branca. Enquanto isso, Justin estava deitado em minha cama, mexendo em seu celular. Segui até o banheiro e tranquei a porta por garantia, e deixei pra tomar banho na volta, já que eu provavelmente iria soar na caminhada. Após me vestir, sai do banheiro e encontrei Bieber no mesmo estado de minutos antes.
— Vamos? — chamei.
— Claro. — disse ao se levantar.
•••
Justin disse que seria melhor irmos de carro, já que eu poderia me cansar ou passar mal e pra voltar, seria mais prático. Quando chegamos à praia, ele procurou uma vaga na rua e ao achar, estacionou.
Andávamos calmamente pela areia, já que segundo ele, eu não deveria correr e nem fazer muito esforço, se com menos de quatro meses, ele está assim, imagine quando eu estiver prestes a completar nove.
— Você costuma vir sempre aqui? — perguntei enquanto observávamos a vista, sentados na areia.
— Sim, acho que é um lugar relaxante, e também gosto de correr por aqui.
— Só aos finais de semana?
— Normalmente sim, durante a semana eu vou a academia e quando dá, aproveito pra dar uma corrida.
— Entendi. A vista é linda!
— Concordo. Mudando de assuntos, queria te contar que semana que vem começo a fazer um estádio em uma empresa de advocacia.
— Sério? Que legal!
— É um passo pro meu futuro e assim, poderei lhe ajudar com as despesas.
— Realmente, um filho não sai barato.
— Meus pais já cortaram minha mesada. — bufou.
— Eles irão continuar pagando a faculdade? — indaguei.
— Acho que sim, até porque se não pagarem, eu terei que trancar.
— Não acho que eles sejam tão ruins assim.
— Eu só quero que eles aceitem nosso filho, não sei se irei conseguir sem o apoio deles, entende? É muito importante pra mim, e eles não percebem isso, minha mãe liga mais para o que irão dizer, do que pro que eu penso.
— Imagino o quanto deve ser horrível e eu sinto muito por isso, mas estarei lhe apoiando independente da decisão final deles.
— Obrigado, Zie. — sorriu
— Zie?
— Todos te chamam de Kenzie e seus pais de Mack, quero ser diferente. Me diga, quem mais a chama de Zie? — arqueou as sobrancelhas.
— Acho que ninguém. — respondi pensativa
— Então, irei lhe chamar assim. — sorrimos.
— Tudo bem, irei pensar em um apelido pra você também, algo que não seja comum entre todos.
— Acho difícil, me chamam de Jus, ou melhor, Andy chama. Alguns amigos me chama de Drew e outros de Bieber.
— Realmente será difícil, mas irei começar a trabalhar nisso. — brinquei.
— Ok, Zie. Amanhã você sai que horas do trabalho? — perguntou mudando de assunto mais uma vez.
— Acho que as seis.
— Posso te buscar pra irmos ao cinema?
— Claro, será divertido.
P.O.V Justin Bieber
Por mais que eu soubesse que deveria alertar Mackenzie de Andy, não tive coragem, ela pediu que eu não contasse sobre sua gravidez e no calor do momento, acabei revelando. Se alguém ousasse lhe criticar, eu ficaria ao seu lado e a defenderia de todos.
— Acho melhor voltarmos, eu estou com fome e já são quase duas horas. — Kenzie proferiu ao se levantar.
— Tudo bem, acho melhor, você já comeu muitas besteiras por aqui e não deveria.
— Eu sei, papai, mas foi só hoje. — brincou.
— Então vamos. — levantei e comecei a caminhar ao seu lado.
•••
Quando parei o carro em frente à sua casa, ela me convidou pra entrar e eu fiquei pro almoço, mas logo depois precisei voltar pra fraternidade, já que haveria uma reunião com todos os membros da mesma.
Eu estava animado pela segunda, já que teria um encontro, por mais que ela não soubesse, com Kenzie. Não posso afirmar que eu esteja gostando dela, mas sua companhia me agrada e todas as vezes que me lembro de nossa noite, tenho vontade de voltar ao tempo e reviver tudo aquilo novamente, poder estar dentro dela e aproveitar todas aquelas sensações mais uma vez. Sua ingenuidade, fica de lado quando ela se entrega na cama.
P.O.V Mackenzie White
Sai do banheiro com a toalha enrolada em meu corpo e outra secando meus cabelos, sentei no sofá e prestei atenção na programação que passava na televisão, por alguns minutos fiquei ali, até estar devidamente seca, então levantei e me dirigi até meu quarto, joguei a toalha para um canto qualquer e vesti minha peças íntimas, já eram quatro e meia e eu não sairia mais, então vesti minha camisola, voltando a sala em seguida, me deitei no sofá, em um ato extremamente espontâneo, e me vi acariciando minha barriga, sorri com aquilo.
Olhei para a TV e o chefe de cozinha temperava o bife de fígado, senti um vazio em meu estômago e por mais que não fizesse nem três horas que eu havia almoçado, uma fome consumidora me tomou, fome daquele bife de fígado.
Levantei as pressas e andei até a cozinha, abri o freezer e me decepcionei ao encontrar até língua de cabra, mas nenhum bife de fígado. Praguejando Deus e o mundo, fui até meu quarto e vesti um conjunto de moletom, calcei meus chinelos e peguei vinte dólares na minha carteiras, sai do apartamento e desci pelo elevador até o térreo, andei alguns metros, até a simples venda que tinha ali perto, pedi duas fatias de bife de fígado e sorri satisfeita quando o açougueiro me deu, paguei minha compra e voltei para casa, assim que girei a chave pela segunda vez na fechadura, entrei e logo seguindo caminho até a cozinha, coloquei o bife sobre a pia e rasguei o plástico, lavei bem e coloquei em um prato, acidentalmente meus olhos fitaram a pasta de amendoim no através da porta de vidro do armário e juro que senti minha boca salivar imaginando o quão gostoso ficaria. Corri até o armário pegando a pasta, coloquei tudo sobre a mesa então abri aquele pote de vidro, com uma colher cheia de pasta de amendoim, deslizei sobre o bife, eu não via a hora se comer, então fazia aquilo com certa pressa.
Sentei-me e cortei um pedaço, untado de pasta de amendoim, enfiei em minha boca e senti um extremo prazer em degustar aquilo, o comi cru com a pasta em menos de três minutos, era muito vontade.
Vi Ryan atravessar a porta e vir até a cozinha, ele olhou para o meu prato e virou de costas tendo um refluxo, franzi o cenho, mas dei de ombros partindo para o meu segundo bife.
— Mackenzie, que nojeira é essa? — perguntou indo até a geladeira e pegando o suco que provavelmente ele havia feito, já que eu não lembro de o ter preparado.
— Bife de fígado com pasta de amendoim. — respondi de boca cheia, mas logo engoli.
— Oh! Oh meu Deus! Você está bem? Você... Caramba! — ele me olhou incrédulo, enquanto eu devorava aquilo que para mim, estava dos Deuses.
— Para de ser fresco, Ryan. Eu estava com vontade e pronto. Quer um pedaço? Tá muito gostoso. — sorri limpando os cantos da minha boca.
— Não! Pode comer tudo sozinha.— ele terminou de beber seu suco.— Eu não acreditava em desejo de grávida, até ver isso. — falou puxando a cadeira ao meu lado e sentando-se.
— Onde você estava? — indaguei, terminando minha refeição. Levantei e coloque tudo que sujei dentro da pia, lavei a pouca louça e bebi um copo de água.
— Com uma amiga.
— Que amiga? — perguntei, apenas por curiosidade, enquanto guardava as demais coisas em cima da mesa.
— Você não conhece.
— Hum. Amanhã, segunda-feira, começa tudo de novo.— lembrei em voz alta e deitei no sofá mais uma vez.
— Nem me diga, eu vou tomar um banho, vamos fazer o jantar ou pedir comida? — perguntou enquanto tirava sua camisa e entrava no banheiro.
— Quero pedir comida. — levantei e fui até meu quarto, busquei um cobertor e voltei para sala, me deitei e me cobri. Peguei o controle e coloquei no Disney Chanel. Eu posso ter dezenove, ou trinta e nove, mas sempre irei amar os desenhos da Disney.
O tempo foi passando e meus olhos ficando pesados, o que estranhei, já que pareceu algo tão rápido, e em um piscar de olhos acabei adormecendo.
×××
Acordei assustada com o barulho gritante do despertador, apertei no botão o desligando e me espreguicei. Sorri fraco ao perceber que estava em minha cama e conclui que Ryan havia me trago para cá.
Levantei e fiz minhas necessidades, tomei um remédio para enjoo matinal também, o que era normal. Vesti uma jeans rasgada nos joelhos e com a bainha para o lado de fora, calcei meus tênis brancos com tiras rosas fracas, adidas, vesti uma regata branca e um casaquinho largo, rosa fraco, fechei o mesmo para disfarçar minha barriga, então coloquei meus acessórios, sai do meu quarto conferindo se estava tudo em minha bolsa e estava.
Vi a embalagem se comida japonesa sobre a mesa e revirei os olhos por Ryan nem pensar em deixar para mim, coloquei tudo no lixo e então vi o loiro sair de seu quarto, trazendo com sigo o perfume inesquecível que ele sempre usa.
— Pronta? — perguntou terminando de colocar os livros em sua mochila.
Andei até o espelho da sala e passei um gloss em meus lábios, um blush fraco e a máscara para cílios, eu realmente detesto muita maquiagem, e apenas passo o básico, para que não pensem que eu simplesmente acordo e vou para a faculdade.
— Sim. — assim que respondi, Butler abriu a porta, me permitindo sair primeiro.
Não costumávamos tomar café em casa, pegávamos algo no Starbucks, por isso sempre tenho escova de dentes na minha bolsa.
Depois de longos minutos a caminho da faculdade, chegamos, joguei os papéis do nosso café da manhã no lixo e me despedi do meu primo, entrei na faculdade e fui até o banheiro, escovei meus dentes novamente e percebi a tal Andy me olhar com um certo desprezo, não me importei e sai do mesmo. Me encostei na parede e mandei mensagem para Brooke, perguntando onde ela estava, ela respondeu que havia se atrasado (como se isso não acontecesse todos os dias) e que já já chegaria.
— A santinha do pau oco gosta de chupar o pau dos garotos do time, então. — a garota que me encarava no banheiro, minutos atrás, falou parada em minha frente. Olhei para os lados, para me certificar de que aquilo era comigo, e sim, era.
— O que você disse? — perguntei me desencostando do concreto atrás de mim.
— Eu falei que MACKENZIE WHITE CHUPA O PÊNIS DO TIME DE FUTEBOL. — ela gritou aquela baixaria, e não demorou muito para formar um grupo de pessoas a nossa volta.
— O fofinha! Eu não sou você, entendeu? E se eu chupasse qualquer um dessa merda, você não teria nada com isso! Sua vida é tão ruim, que você tem que cuidar da minha para se sentir satisfeita? — ataquei de volta, porém com toda educação que recebi em casa.
— Olha como a loirinha fala bonito! Meu bem, no momento em que você senta no pau que é meu, me diz respeito sim! Você é tão ridícula, banca a virgem Maria, mas até grávida está. — em uma ação rápida, ela desabotoou meu casaco, o mesmo abriu, mostrando a blusa colada em minha barriga de três meses, todos ficaram completamente chocados com aquilo, e eu me senti muito mal, queria sair correndo e chorar até que não restasse mágoas em mim, mas o resto da linha dignidade morreria se eu fizesse aquilo.
— Sim! Eu estou gravida, grávida de três meses de um bebê muito saudável, graças a Deus! Eu não me envergonho nem um pouco disso, e eu não banco a virgem Maria por apenas guardar minha vida, e não ser feito você que faz questão de deixar claro que dormiu com todos os garotos dessa faculdade! Eu não me envergonho do meu filho, mas você deveria se envergonhar do seu apelidinho "boneca de DST". Sabe o que você deveria fazer, Andy? — pronunciei seu nome, com todo nojo retido em mim. — Cuidar dessa sua vagina, que está pingando gozo de não sei quantos caras diferentes, e deixar minha vida e minha gravidez, para que eu cuide! — dei minhas resposta, e respirei aliviada, estava muito orgulhosa de mim.
A garota não satisfeita com os gritos de nossos colegas, que riam da cara dela, ousou levantar sua mão para me acertar um tapa, mas então o inspetor Richard, segurou seu braço.
— O que significa isso? — perguntou, dividindo sua atenção a nós duas. Logo a aglomeração de pessoas começaram a circular, fingindo que nada estava acontecendo.
— Pergunte a ela, quem iria me agredir seria a bone... Andy. — sorri e joguei um beijinho para ela, dei as costas e sai andando. Sai da universidade e respirei fundo completamente trêmula. Algumas lágrimas escorriam em meu rosto e eu estava nervosa por todos saberem da minha gestação agora.
— Ei, o que foi? — Justin perguntou, visivelmente ofegante. Ele estava com o uniforme do time e bastante suado, o que me leva a crer que ele estava treinando.
— Eu discuti com a sua amiga. — falei com nojo e mágoa.
— Eu sei, me avisaram, mas por que você tá chorando?
— Eu estou com raiva! — respondi cerrando meus dentes.
— Ela humilhou você? Fala Mackenzie!
— Ela contou e mostrou minha gravidez, agora todos sabem, e devem estar pensando que eu durmo com qualquer um. — falei, me entregando ao choro. Justin me abraçou, e ficou com minha cabeça em seu ombro até eu me acalmar, então ele segurou meu rosto com as duas mãos e olhou em meus olhos.
— O que importa o que os outros vão pensar? Zie, o que importa é somente o nosso bebezinho, e ele está bem e temos que nos orgulhar por ele estar crescendo forte e saudável dentro de você. Ele será um lindo bebê e quando olharmos para ele, isso não vai ter passado de algo inútil, os julgamentos contra você não vão ter passado de coisas banais, pois nada que eles falarem, servirá para comprar fraldas para o nosso filho! Por favor, não absorva tudo que falarem a você, você tem que saber apenas que é muito especial, linda por dentro e por fora e será uma mãe maravilhosa! Você sabe disso, não sabe?— falou, com toda aquela calma e serenidade, em um ato impensado, tomei seus lábios nos meus. Eu queria mostrar para ele o quão grata estava por suas palavras, e acabei por confundir as coisas, Justin segurou minha nuca e pediu passagem com sua língua, sorri com aquilo e dei a tal passagem, deslizando minha língua ao encontro da dele, começando um delicioso beijo.
— Eu... me desculpa, não... — Justin não me deixou continuar minha fala, colou sua boca na minha mais uma vez. Levei minhas mãos a sua nuca e aproveitei aquele momento.
•••
Durante o almoço, Brooke pediu que eu a encontrasse, então antes de fazer meu caminho para o trabalho, passei em sua casa e avisei que provavelmente chegaria um pouco atrasada na empresa. Eu estava prestes a apertar a campainha, quando a porta foi aberta, me assustando.
— Quer me matar do coração? — falei com a mão em meu peito.
— Desculpa, eu a vi chegando da janela, entre. — respondeu me dando passagem.
— Vá direto ao ponto, não posso demorar muito. — proferi ao me sentar no sofá, e ela me acompanhou em seguida.
— Preciso muito conversar com você.
— O que aconteceu? — questionei.
— Você sabe que eu me aproximei muito do Ryan, ele realmente está se tornando um grande amigo. — contou.
— Não vai me dizer que está apaixonada pelo meu primo.
— Não estou apaixonada! Mas estou apegada a ele e sua companhia me faz bem, ele me entende e até mesmo me dá ótimos conselhos.
— Ok, vocês estão se tornando amigos e eu já percebi isso, só não entendi o porquê, de me chamar aqui.
— Ele disse que sou o tipo de garota por quem ele se apaixonaria.
— Ah não! Não vá me dizer que realmente está pensando na possibilidade de se envolver com ele. Por mais que seja meu primo, sabemos que ele não presta.
— Sei muito bem disso, mas aconteceu.
— O que aconteceu, Brooke?
— Nós dormimos juntos. — confessou.
— O que? — indaguei abismada.
— Eu transei com o Ryan.
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