Terça-feira, após a aula, eu estava lá no pátio gramado com a Júlia, nós duas psicologicamente e fisicamente prontas para o teste do time de futsal, que seria dali à uma hora. Yasmin e Babi tinham ido embora, pois nenhuma das duas faria o teste e nós ficaríamos na escola até que terminasse, o que poderia demorar até o fim da tarde. Elas foram ao shopping juntas. Fiquei ali sentada jogando conversa fora com Ju depois que almoçamos.
- Papel, dá esse boné aí pra eu tirar uma foto. – tirei meu boné branco da aba rosa, um dos meus favoritos, da cabeça e dei a ela.
- Toma aí. – ela pegou o celular e tirou várias fotos.
Laura passou. Ela anda passando muito. Estranho é que eu ando comentando só sobre ela, um monte de gente também passou. Júlia largou o celular no colo.
- Mari, só aqui entre a gente, o que a Laura anda fazendo?
- Em que sentido? – sabia exatamente do que ela estava falando, só quis confirmar mesmo.
- No sentido total, ela ficou muito mais gostosa e linda em um mês, como pode isso? E logo o mês em que estamos comprometidas.
- Exatamente, e não sei o que ela anda fazendo, mas aquela menina de lá do intervalo ontem tá com sorte na vida, com certeza. Eu amo a minha namorada, mas cega não né?
- Assim mesmo, e aquela mina, até hoje eu quero saber quem é.
- Lá vem ela de novo, vou chamar.
- Pra que?
- Sei lá, somos amigas, tem tempo que não conversamos. – ela passou e eu dei um “psiu”. Ela fingiu que não ouviu. – Laura! – ela se virou.
- Ah, são vocês. Oi Júlia, oi Garota do Boné. – eu rio desse apelido, na boa. É um dos poucos, ou o único, que eu realmente gosto. - Achei que fosse um desses idiotas que ficam me cantando e não se tocam, desculpem. Posso sentar?
- Mas é claro. – Júlia disse antes de mim. Laura sentou na nossa frente e ajeitou seu gorro preto, diferente do que ela usava ontem.
- E aí, vão fazer o teste do time de futsal não é?
- Vamos sim.
- Eu também! – ela sorriu toda empolgada, suas duas covinhas profundas apareceram. Sorri de volta – E aí, como estão?
- Bem, e você? Vimos àquela cena ontem.
- Ah, aquilo, pois é, fiquei morrendo de vergonha. – ela baixou a cabeça rapidamente, Júlia atropelou.
- Quem é aquela garota? – Laura arqueou a sobrancelha.
- Júlia, até onde eu sei, você tem namorada. – só acho que isso aí é ciúme da gatinha.
- Tenho, claro. E respeito, só queria saber quem é ela, porque é linda e eu nunca tinha visto.
- Pois é, nem eu.
- Mari, você praticamente nem olha pro lado quando tá com a Yasmin, ou seja, o tempo todo. Não daria mesmo pra perceber qualquer coisa. – jogou na minha cara toda a minha grudência com a minha namorada. Okay, mas ela tá fugindo da pergunta que eu sei.
- Não fuja da pergunta, Laurinha. – ela riu.
- Ela é a Ashley do 2º B. – a menina tem mesmo cara de Ashley. Pelos meus cálculos ela é mais nova que a Laura um ano, tem 16.
- Bonito nome, mas ela é gringa? – Júlia perguntou confusa, Laura riu da pergunta.
- Não, mas o pai dela é dos Estados Unidos, por isso o nome, ela já morou lá.
- Ah tá.
- Aham. Parabéns Laura.
- O-o que? Parabéns pelo que? – ela gaguejou, corando.
- Você não tá namorando ela?
- C-como? NÃO!
- Laurinha, né por nada não, mas tá escrito na sua testa que você gosta dela.
- Mari, eu não...
- Nem adianta negar, ela nem tá aqui e já fez você ficar vermelha e gaguejar duas vezes, eu te conheço não muito bem, mas conheço e você não é de gaguejar.
- Tá apaixonada sim, bem vinda ao clube. – Júlia falou e estendeu a mão pra Laura, que hesitou, mas apertou a mão dela.
- Quem eu estou querendo enganar? Eu estou mesmo apaixonada pela Ashley. Nossa, nunca achei que admitiria em voz alta.
- Tenho certeza que ela te corresponde.
- Vocês acham mesmo?
- Pelamor, ela te beijou na frente de metade do colégio Laura, me poupe. – tive que dar um tapa na Ju, pela grosseria.
- É, mas a gente nem tinha ficado, eram só umas brincadeiras.
- Brincadeiras do tipo que envolviam indiretas? Sei bem como é isso.
- Desse tipo mesmo, depois a gente ria e agia como se nada tivesse acontecido. Aí ontem, estávamos abraçadas ali naquela árvore. – apontou. Hm, abraçadas... Só uma pessoa apaixonada mesmo pra ser tão insegura e não notar que é correspondida, na boa – Eu falei uma merda pra ela, que retrucou e jogou na minha cara um segredo besta que eu tinha contado e eu disse que a perseguiria até o fim dos meus dias, ela falou: “começando agora?” e saiu correndo, eu fui atrás dela, como vocês viram, e o resto já sabem.
- Aí vocês sussurraram segredinhos, ela se virou, te deu um selinho demorado na frente da galera e você ficou da cor de uma lata de coca cola. – rimos.
- É, basicamente isso. Eu gosto demais da nossa amizade.
- O que vocês conversaram sobre o beijo?
- Ela falou que não foi nada demais e que foi só um selinho, continua a mesma coisa, mas se eu quisesse ela talvez faria de novo, só que sem plateia e um beijo de verdade. – já gostei dessa Ashley, ela é esperta, bem esperta. Júlia arregalou os olhos.
- Pera, é sério? E porque você não agarrou, beijou e pediu em namoro logo?
- Não é assim Ju.
- Como não é assim Marina? Elas se gostam, e outra, eu conversei com um pessoal daqui do colégio hoje, e eles já tão querendo vocês juntas.
- Esse povo é rápido hein? Eu não fiz nada disso porque quero ter certeza do que eu sinto, da minha fama ela já está ciente, e eu estava na porta da sala dela.
- Agora você tem certeza, cadê essa menina? – Laura riu, mas eu estava falando sério. A última comedora do colégio estava se perdendo, e eu estava ajudando. Mas era só porque a Laurinha parecia uma garotinha apaixonada, acho que ela também nunca se apaixonou.
- Ela tá por aí pelo colégio, falou que ficaria pra assistir ao teste.
- Eu vou ao banheiro rápido. – Júlia disse e foi. Tenho certeza de que ela foi procurar a menina pra conversar e saber a versão dela. Certeza de que ela não voltaria tão cedo.
- Devolve meu boné! – gritei.
- Depois! – Júlia falou enquanto andava. Bufei e voltei meu olhar para Laura.
- Ela foi atrás da Ashley não é?
- Não tenho certeza. - shiu, vocês.
- Sei...
- Lau, sinceridade, você quer namorar ela?
- Eu não sei, eu...
- Você quer. - ela suspirou.
- Quero.
- Nunca pensei que você fosse se apaixonar.
- Como não? Eu me apaixonei por você, eu tive uma crush fortíssima em você durante anos a fio. – mas o que? Não consegui disfarçar a surpresa.
- Não, peraí... Hã?
- É verdade, lembra das nossas encaradas que o pessoal falava tanto? Era só uma desculpa minha pra te olhar por um tempo mais demorado. E pra variar, eu ainda morria de inveja e, admito, um pouco de ciúme das meninas que ficavam com você. – ainda diziam, e eu pensava, que ela tinha inveja de mim. Tão nova, tão ingênua...
- Meu Deus... E por que você nunca veio falar disso comigo?
- Achei que você fosse hétero. Quando você virou a maior comedora, eu achei que, sei lá, você me odiasse. – então ela gostava de mim antes de eu gostar dela, que destino é esse? – Tomei coragem só no seu aniversário, e a gente quase transou. Eu fiquei muito puta aquele dia depois que saí da sua casa, mas hoje eu dou risada daquilo. – sem comentários, eu neguei o principal pra ela aquele dia e não me arrependo nada.
- Por isso você disse aquelas coisas e me deu um selinho antes de sair. Eu achei que você me odiasse, você virou minha crush no momento em que eu percebi que era bissexual, na única vez em que você flertou comigo.
- Acho que eu me lembro, a Júlia no maior amasso com uma ruiva, aí você estava de vela e olhando pro nada, eu passei tentando seduzir, piscando, você olhou pra mim. – eu olhei os peitos mesmo, mas isso é detalhe, esquece. – Naquele dia eu tinha decidido que tentaria algo com você, mas desisti quando vi você ficando com um menino numa festa, e num piscar de olhos depois daquilo, você virou a Lésbica das Lésbicas.
- Passou tentando seduzir? Você me seduziu. Naquele dia e em todos até o dia em que eu me vi amando a Yasmin.
- Você fez o mesmo comigo até uns dias atrás. – então mesmo depois de eu ter me comprometido, ela continuou gostando de mim? Eu devo ter feito Laura sofrer, agora me sinto mal.
- Nossa... A gente tem uma história. – apertei os lábios.
- Uma curiosa história. Talvez a gente tivesse uma linda história juntas se essa conversa acontecesse antes. – eu ainda estava um pouco atônita. O que se faz numa hora dessas?
- Nesse momento eu tenho a sensação de que a Marina de um ano atrás está querendo estapear a minha cara. – falei, ela riu.
- Acho que sei o que é isso. – suspirei.
- Por que a gente não aproveita o momento?
- Aproveitar como? – abri meu braço esquerdo e a chamei para sentarmos abraçadas, com um sorriso levemente sapeca e pidão no rosto. Eu me sinto confortável com a Laura, mas olhar naquela imensidão azul que são seus olhos não me dá o calor no coração (e no corpo também, né) dos castanhos de Yasmin. Ela passou os braços na minha cintura e deitou a cabeça no meu ombro, passei a mão de leve nos seus cabelos. Tenho fé no Altíssimo que esse momento não vai abalar meu relacionamento. Amém.
- Se a Sam souber disso, ela enlouquece.
- Hã? Sam, aquela sua amiga que saiu do colégio ano passado? Por que ela enlouqueceria?
- Ela mesma, porque ela é a minha melhor amiga, e sabia que eu gostava de você, e tipo, era a maior shipper da gente. Ela até fez um nome, pra nos chamar quando ficássemos juntas. Eu não gostava, e sempre dizia a ela pra não sonhar tanto, você nem imagina a decepção quando descobriu que você começou a namorar.
- Tadinha da Sam, shipper sofre mesmo. Que mal lhe pergunte, qual é o nome do nosso ship?
- Laurina. Eu não gostei.
- Hahahahah, eu gostei. – ela riu também, ainda não havíamos nos soltado. – Laurinha, que tal a gente esquentar um pouco o coraçãozinho da Sam? –ela finalmente me olhou nos olhos. O verde no azul. O que eu senti? Nada, ué. Nada além de um instinto de avançar em seus lábios. Engoli a saliva, apenas pela proximidade dos nossos rostos.
- Como assim?
- Vamos postar um selfie nosso, e colocar Laurina como legenda. – isso talvez dê problema, porque foto é memória. Mas eu tenho fé, e uma namorada compreensiva. Eu tenho né?
- Opa, bora! – ela descolou a bunda do chão pra pegar o celular no bolso de trás da calça coladíssima. Desviei o olhar. – Mari, me deixa... Sentar entre suas pernas para a foto? – agora sim, claro que eu teria muitíssimo a explicar para a Yasmin daquela foto, mas eu permiti. Júlia passou com a Ashley, de braços dados. Isso foi estranho. Laura baixou o celular e gritou:
- O que vocês duas estão fazendo?
- Nada, eu apenas troquei uma ideia com a minha nova amiga Ashley, não é Ash?
- Aham, não fica com ciúme Laurinha, eu sou toda sua. – piscou e saiu puxando a Ju, que ainda virou a cabeça pra nos olhar.
- E eu sou toda da Babi ok? Ah, toma seu boné Mari. – ela parou para nos analisar – E depois não queira problema com a Yasmin, eu vou confiar em você hein? Em vocês duas. – e tacou o boné de onde estava, ele caiu próximo ao meu pé esquerdo.
- Pega pra mim Laura? – Laura pegou, tirou seu gorro e colocou o meu boné em sua cabeça, virado pra trás, como eu uso. O que eu fiz? Dei de ombros, peguei seu gorro e pus na cabeça. – Vem, vamos tirar logo essa foto.
- Você fica linda de gorro. Você é linda, sabia? – colabora Laura, colabora pelamor.
- Sabia sim, obrigada. E você linda de boné. Você também é linda, muito, aliás. – sorri sem mostrar os dentes. Ela se arrumou entre as minhas pernas, eu a abracei, ela colocou a mão sobre a minha, sorrimos, uma foto. Caretas não muito exageradas, sem mudar a posição, duas fotos. Olhei em seus olhos na mesma hora que ela olhou nos meus me dando língua, três fotos. Piscamos um olho, mordendo os lábios ao mesmo tempo, seduzindo muito, quatro fotos. Essas fotos viraram umas dez. Ou talvez vinte. Decidimos qual seria postada, a quarta, pura sedução, mas mandaríamos todas as que não ficaram ridículas via WhatsApp pra Sam. – Laura, a terceira ficou muito casal, apaga.
- Não sem antes mandar pra Sam, depois eu apago, até porque é suspeito demais ter uma foto dessas no celular. Olha, se editar a foto e deixar preto e branco parece foto fofa de casal fake de tumblr.
- Concordo, pensa só no surto da Yasmin se vê uma foto dessas da gente.
- Nem me fale. Postei. – ela me mostrou no instagram dela, tinha me marcado, com a legenda "Laurina!". Sorri pra ela. Laura finalmente saiu da posição antiga e voltou a se sentar ao meu lado.
Cinco minutos depois, meu celular toca. Yasmin.
- Oi Minha Pequena.
- Como assim “Oi Minha Pequena”? Que pouca vergonha é aquela foto? Eu não posso ficar fora um dia? Por que a Laura não procura o que fazer e te deixa em paz?
- Calma, é só uma foto minha com a Laura, a Ashley e a Júlia viram também, não tem nada demais, estamos todas juntas aqui. – não vou contar da conversa pra ela, pelo menos não agora, ela já tem um ciúme exagerado da Laura por nada, imagina se houver motivo.
- Quem diabos é Ashley?
- É a menina que beijou a Laura no intervalo ontem. Elas pelo jeito, ainda casam.
- Nós vamos, e você é a madrinha Mari! – Laura falou bem perto do telefone.
- É a Laura?
- É sim.
- Passa o telefone, eu quero falar com ela.
- Ela quer falar com você Lau.
- Me dá. Oi Yasmin. – silêncio, por longos segundos. – Aham. Não, pode ficar tranquila, ela falou que te ama aqui faz pouco tempo, ela tá com saudades suas. Eu não sou perigo, foi só uma foto. Prometo que na próxima eu fico um pouco mais longe dela na hora de tirar a foto, tá bom? Não se estresse, calma. Eu também vou fazer o teste do time, daqui a pouco começa. Sim, estou quase engatando um namoro e nunca fui, não sou e jamais serei do tipo que se mete no relacionamento alheio. Além de tudo, eu gosto de você, você é legal, só não somos amigas. Ainda não. Obrigada, de nada. Toma Mari.
- Fala amor.
- Ainda estou chateada, se ela der em cima de você, eu nem sei o que faço. – meu Pai, me ajude, eu vou apanhar.
- Nem esquente amorzinho. Tenho que desligar, o teste é daqui a dez minutos. Beijo na bunda Pequena.
- Ai que mico, não acredito que você disse isso alto, Marina.
- O que tem? Pra descontrair. – ela respirou fundo. Encarei como um bom sinal, porque se ela estivesse muito muito puta comigo, ela me xingaria da cabeça aos pés, com certeza. A Laura acalmou-a, ainda que pouco.
- Tá, agora já foi. Beijo, tchau. – senti falta de um “amor” ou “te amo” aí. Pois é, foi bom conhecer vocês.
- Tchau. – desliguei.
- Eu tentei ajudar.
- Eu sei Laurinha, mas mesmo assim, acho que eu apanho.
- Faz aquele beicinho que ela não resiste.
- Que beicinho? Como você sabe disso? – o meu beicinho é exclusivo, como assim?
- Hahaha, ela largou o celular na educação física e me pediram pra devolver. Fui checar se era mesmo dela e sua foto fazendo beicinho está, ou estava, não sei mais, na tela de bloqueio. Confidencial é tudo que seu beicinho não é.
- Eu vou reclamar com ela, além de dar bobeira com o celular, ainda expõe minhas caras exclusivas dela assim, estou chateada.
- Não fica, não, fofa. – apertou minha bochecha.
- Para, eu não gosto. – tirei a mão dela e escondi meu rosto em minhas mãos.
- Aw, ela é ativa macho alfa, ela não pode ser fofinha a não ser com a namorada, mordível, coisa gostosa. – ela continuou tentando me apertar, até que eu acabei deitada na grama com a Laura sentada na minha barriga e levemente curvada, segurando os meus dois braços acima da minha cabeça. O quão estranho isso é? O quão suspeito isso é? Vocês sabem que nessa posição tudo o que eu posso fazer é chamar por ajuda, não sabem? E rezar pra que ela não me beije. Rezar de olhos abertos, porque fechá-los naquela hora seria como dizer "me beije". Continuei sustentando o olhar dela, mesmo desesperada por dentro. Resolvi falar.
- Laura, isso não está... Estranho pra você? – ela pareceu acordar. Daí foi menos de um segundo pra ela sair de cima de mim. Soltei todo o ar de uma vez, aliviada.
- Nossa, Mari, desculpa, nem sei como chegamos a isso, eu... – sei não Laura, mas acho que você sabe sim.
- Não, fica calma. Só vamos tomar cuidado, até porque nem a Yasmin nem a Ashley merecem isso, não acha? – tomar cuidado não era o que eu queria falar, pelo menos pra mim, soou como traição, eu queria dizer de outro modo, mas simplesmente não sabia como.
- Você tem toda a razão e dá pra ver daqui que ela está fuzilando a gente.
- Acho melhor vocês se resolverem, eu vou falar ali com o professor, acho que o teste vai atrasar. – dei um beijinho no rosto dela, levantei e saí andando. Minha mão tremia muito, pela adrenalina e do medo de ser pega naquela posição e acusada injustamente de vários modos. Enfiei a mão no bolso da calça pra disfarçar.
- Peraí Mari! – já meio longe, olhei pra trás. – Toma seu boné, ele é lindo.
- Quer pra você? Mas só se eu ficar com esse gorro. – fiz beicinho, já que agora ele já está nos jornais mesmo.
- Ah, que fofa, mas é claro. Agora você tem um gorro, e um lindo por sinal.
- Até depois, Garota do Boné. – sorri e voltei a andar.
- Eu que falo isso!
- Haha, não mais. – olhei-a por cima do ombro e dei uma piscadinha.
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