Jimin estava a espera de seu alfa ansiosamente.
Jeongguk não pudera comparecer ao jantar devido a uma reunião imprevista, portanto aquilo lhe dera mais algumas horinhas para pensar sobre como convenceria seu marido. Pelas suas contas, seu período fértil estaria a todo vapor dali há duas semanas, mas o que mais deixou Jimin surpreso e desconfiado fora que seus filhotes não resmungaram ou reclamaram sobre seu cheiro forte em nenhuma daquelas semanas.
Na verdade, sequer Jeongguk. O cio do alfa fora há dois meses e o de Jimin já estava impressionantemente perto, mas ele não dava sequer um indício de que estaria a entrar no cio. Seu corpo não estava sensível, ele não estava manhoso ou impaciente e seu cheiro não estava forte, e para ser sincero, aquilo lhe assustava.
— Acordado há essa hora, meu amor? — A voz grave de Jeongguk o pegou desprevenido. O ômega sorriu bobo, observando o alfa com aquela camisa horrível de sensual. Por que tivera o alfa mais gostoso de Seul, Deus? — O que foi, hum? Parece estar tramando algo. — E a voz e expressão divertidas de Jeongguk deixaram Jimin imediatamente corado.
— Eu só estava esperando você. — Resmungou, com um biquinho. Jeongguk imediatamente o trouxe para perto, e puxou seu rostinho em direção a si, beijando os lábios fartos com gula. Ficar um dia inteiro sem Jimin era a morte para Jeongguk e o ômega não podia dizer o contrário. — Gukkie... As crianças...
— É engraçado como você trata nossos filhos como bebês. — E riu, bobo. Jimin sorriu e agarrou sua roupa com os dedinhos miúdos, o olhando de olhinhos brilhantes. — Acho que os únicos bebês aqui são os mais novos, não é? E logo, logo eles já estarão crescendo.
Logo, uma expressão triste e abatida deu lugar no rosto rechonchudo. Jimin suspirou, melancólico, e Jeongguk se preocuparia em demasia se já não soubesse o motivo de tal tristeza, então riu baixinho. Era um ômega de família, afinal.
— E é por isso que temos que tratar de dar um irmãozinho mais novo ao Jihyun.
Jimin já se preparava para seu discurso mais que convincente de como ele era o omma mais dedicado e carinhoso do mundo quando finalmente entendeu a frase dita pelo mais alto. Jeongguk o fitava de olhos brilhantes e um sorriso de coelho, e diante de tanta surpresa e felicidade, a única coisa que o mais baixo pôde fazer foi soltar um gritinho fino e pular em cima do colo do alfa, agarrando-lhe pelo pescoço e beijando a pele branquinha. Jeongguk riu alto, segurando o corpinho em seus braços fortes com carinho.
— Sério, Kookie?! Sério que você aceitou?! — Exclamou, fitando seu rosto de olhinhos arregalados. Ali, Jimin parecia um belo filhotinho inocente, e não um viciado em ter filhotes. Jeongguk dispensou tal pensamento quando pensou que talvez Jimin o bateria ao saber que ele o achava um viciado em dar a luz. Afinal, não era verdade. — A-Aigoo, G-Gukkie-ah... N-Não b-brinca assim c-comigo...
Os olhos grandinhos do maior se arregalaram quando visualizou a fina camada de lágrimas nos olhinhos que tanto amava, e logo em seguida no biquinho choroso. Ele já devia saber que seu esposo choraria. Jimin era o ser humano mais sentimental que ele já tivera o prazer de conhecer, e ainda era seu companheiro.
Fazia sentido seus filhotes serem tão manhosinhos quanto ele.
— Não chora, bebê. — O ômega fungou, deitando a cabeça em seu peitoral. Jeongguk acariciou os fios loiros com delicadeza e o sentiu ficar mais molinho em cima de si. — O que, pensou que eu iria negar?
— S-Sim. D-Digo, eu pensei hoje com o Jin-hyung... D-Doze filhos são demais, n-não acha?
— Amor, nós já temos onze filhos. Acha mesmo que só mais um iria ser o fim do mundo? Se meu ômega quer ter mais um filhote, eu estou mais do que satisfeito em acatar a vontade dele. — As bochechas do menor se tingiram maravilhosamente de rosa e então ele o fitou maravilhado. Jeongguk amava ser o alvo daqueles olhares de admiração e devoção por parte de seu pequeno companheiro, de verdade. — Só... Não tenho certeza se vai suprir suas necessidades, meu anjo.
— Hum? Como assim, Kookie? Que necessidades? — E Jimin se agarrou mais ao outro, fitando-o de cenho adoravelmente franzido. Jeongguk riu e beijou o narizinho perfeitinho.
— Está mais do que óbvio que você deseja uma menina, Chim. Agora me diz: você realmente acha que eu faço meninas? — O menor riu do tom chateado da voz do mais alto. Onze filhos homens comprovava claramente que não. — Eu não quero te deixar triste caso saía mais algum alfa.
— Nya, Kookie, não pensa dessa forma. Sejamos positivos. — Falou, num tom convicto. Jeongguk sorriu. — Se sair mais algum alfinha, que seja, vai ser mais um filhotinho nosso, e nós iremos amá-lo muito, muito, não é? — Jeongguk, realmente, não pôde evitar não sorrir bobo com aquele tom de voz manhoso e cheio de doçura.
Ele se considerava com toda a certeza o alfa mais sortudo de todo aquele mundo por ter Jimin em sua vida, merda, como podia amar alguém tanto quanto ele amava aquele ômega?
E o melhor era que possuía toda a certeza que seu esposo sentia a mesma coisa por si. Fitava seu olhos, sentia seus sentimentos, olhava para sua marca e sua aliança e... sabia que era completamente amado de volta. E que prova mais verdadeira que os onze filhotes que descansavam naquela casa?
Mais um simbolizava somente o amor infinito que possuíam um pelo outro, então que seja.
— Eu te amo muito. — Sussurrou, olhando os olhinhos pequenos. Jimin sorriu e acariciou seus fios negros com as mãozinhas gorduchas, num carinho sedutor e amoroso. — Quando é o seu cio? — E a pergunta fez o corpo de Jimin paralisar completamente em seu colo.
Ele sabia que havia algo de errado com ele. Ele tinha Jeongguk ali, indagando quando era seu cio, depois de aceitar ter mais um filho com ele, e seu lobo não se sentia insaciável para um sexo selvagem ali mesmo naquele sofá, o que era muito incomum. Em todos aqueles momentos — que não foram poucos, aliás — seu ômega se sentia numa verdadeira festa e aproveitava aos montes com seu alfa. Então por que ele já se sentia como um grávido, com um ômega satisfeito e em completa paz?
Jimin acreditava estar em uma completa encruzilhada, se não fosse pelo olhar atento de Jeongguk sobre o seu rosto. Era um misto de surpresa, incredulidade e afeto. E então a ficha caiu quando foi posto delicadamente em cima do sofá, ao lado do corpo do alfa, e as mãos grandes lhe puxaram o suéter fofo que vestia para cima, deixando sua barriguinha lisa e com algumas cicatrizes — pelas duas cesarianas que infelizmente tivera de passar no parto de seus meninos — bem a seus olhos. Ele estava bobo. E seu corpo se sentiu mole quando o nariz do maior se encontrou com sua pele e cheirou de leve, sorrindo logo em seguida, de um modo surpreso. Jimin sentiu a garganta fechar.
— Que bela surpresa — O alfa murmurou, risonho. Jimin sentiu os olhos lacrimejarem e já fez o bico choroso, entre emocionado e incrédulo. — Oh, bebê, não chora. Ah! Já entendi porque anda choroso desse modo. — E riu bobo, enchendo o rostinho de beijos molhados. Jimin abraçou o pescoço do outro, sentindo o quente do corpo que lhe protegia. Naquele abraço onde se sentia seguro, principalmente quando gerava um filho dos dois. — Tanto medo e um filhote já na barriguinha, não é, Chim? — E riu gostoso quando o ômega assentiu encolhidinho, bobo. Era mágico como ele se sentia quando descobria que estava grávido, era sempre tão único. — Você é tão especial, meu amor... Me surpreende tanto. — Elogiou, beijando a bochecha farta. Jimin sorriu e beijou seus lábios afetuosamente, pois ele sempre ficava naquele estado de torpor e manhosidade quando estavam naqueles momentos, e sempre gostava de ser mimado por seu marido.
— Aigoo, Kookie, um bebê... — Sussurrou, sem crer realmente. Jeongguk sorriu e assentiu, os olhos brilhantes. Pai pela décima segunda vez. — Eu nem acredito...
— Acho que já estamos velhos, amor, eu nem desconfiaria! — Jimin riu alto, balançando a cabeça. Tantos filhos e o olfato já havia perdido. — Mas obrigado, bebê, de verdade... Mais um filhote. Existe ômega mais perfeito que o meu? — Jimin corou e riu timidamente.
— Saber eu não sei, mas eu tenho certeza que não existe alfa mais perfeito que o meu. — Jeongguk suspirou, capturando os lábios carnudos em um beijo nada inocente quando o esposo sorriu, daquele modo que enlouquecia a ele porque... Seu Jimin era todo desejável. Ele estava lá, acordando, com um rostinho inchado e sonolento e Jeongguk ainda enlouqueceria com a imagem. — Eu te amo.
O alfa sorriu, rente a seus lábios.
— Eu também amo você.
A mansão Jeon já estava uma bagunça, e ainda eram somente oito horas da manhã.
Jimin dormira muito mais que o previsto, sentindo o corpo grande e quente de Jeongguk colado ao seu, considerando que dormira tarde na noite anterior. Percebera que estivera mais cansado nas últimas semanas que nos últimos três anos, desde sua gravidez anterior. Os sintomas eram tão óbvios que o ômega se indagou do porquê não ter percebido logo que já gerava um filhote. Mas isso não o impediu de descansar a noite toda, serenamente, ao lado de seu alfa quentinho.
E, claro, se a casa estava recheada aos quatro cantos de alfas lúpus, coisa boa que não viria.
Jiyong se encontrava sentado desleixadamente no sofá, mexendo em seu celular e com Jihyun em seu colo. O bebê assistia seu desenho favorito, devidamente limpinho e cheiroso, pois Jimin sempre o deixava limpo e de banho tomado quando acordava e Jihyun era quase que tão mais obsessivo que Jeongguk com sujeira: e chorava horrores se estivesse sujinho.
Jisung e Jisang haviam dado banho em Jinwoo e Jiwon e agora ambos se encontravam sentadinhos no tapete da sala, assistindo ao desenho com os irmãos, enquanto os gêmeos mais velhos se encontravam jogados no chão da sala, como se estivessem mortos. A verdade era que Junho havia achado brilhante a ideia de se transformar e correr pelo gramado da mansão na hora de tomar banho, resultando em três alfas enormes correndo atrás de uma bolinha de pelo em plenas sete e meia da manhã.
Jihoon se encontrava no meio dos trigêmeos, estes que no momento estudavam sobre algo. Era um pequeno alfa que já estava perto da pré-adolescência e já não se interessava tanto assim por desenhos, como por ventura seus irmãozinhos se interessavam. Jihyun, então, era facilmente manipulado quando tinha uma televisão com desenhos bem a sua frente.
Claro, quando seu omma não estava em seu campo de visão. Entre desenhos e omma, Jihyun escolhia mil vezes seu ommazinho.
— Okay, okay, todos olhando pra cá. — Jiyong começou, e automaticamente todos os irmãos olharam para o outro. Vantagens de ser o mais velho. — Taekwon e Soojun virão pra cá mais tarde e omma e appa estão cansados, merecem descanso, então a partir de agora eu quero disciplina, me entendido? Nada de correr pela casa, sujar os estofados ou rasgar as almofadas, isso está definitivamente proibido.
— Ah, não! — Junho fez bico, emburrado. Ele adorava correr pela casa em sua forma lupina. — Mas hyung...
— Sem mas. E você também, me entendeu, Jeon Jihyun? — O bebezinho, que até o momento se encontrava fascinado pelo desenho, rapidamente fitou o irmão de olhinhos arregalados, como se estivesse sendo repreendido. Jiyong não aguentou muito mais segurar a gargalhada e rapidamente beijou o rostinho branquinho do pequeno alfa que ronronou, deleitoso. Existia alfa mais fofo, Deus? — Você não, bebê, Jihyun é um neném bonzinho e que não faz mal a ninguém, só os irmãos mais velhos dele, esses trasgos.
— Parando pra lembrar que você é o mais velho deles. — Jeonghyun riu alto, ao que Jiyong fez uma carranca e Jihyun rapidamente encheu o rosto do mais velho de beijinhos babados e murmurou um “cura, hyung” só para vê-lo sorrir novamente. — Vou ter uma overdose de fofura.
— E eu de tédio, puta merda.
— Jisung! Na frente das crianças não, sua anta! — Jeongmin ralhou, ao que Jinwoo franziu o cenho e murmurou um “puta merda?” que deixou os mais velhos desesperados. — Não, não, não repete isso!
— Mas por que não, hyung? — E fez bico, emburrado.
— Se ele falar isso perto do omma ou do appa você perde o seu saco, Jisung, e eu ainda acharia pouco. — Jisang bufou, empurrando o gêmeo e indo até o menor. — Não repete isso porque... é feio e o omma fica muitooo tristinho quando a gente fala isso, tudo bem?
— Omma fica tristinho? — Jiwon arregalou os olhos, desesperado. Seu omma não podia ficar tristinho. — Não vamos repetir isso, omma não pode ficar tristinho!
— Omma tistinho? — Ouviram a voz do caçular exclamar, de olhinhos arregalados. Aquela era uma mania que ele havia herdado de Jeongguk, com toda a certeza. — Hyung... — E olhou pra Jiyong, com um biquinho choroso. O primogênito fitou Jisang secamente e rapidamente começou a ninar o bebê em seu colo.
— Nós podemos brincar lá fora? — Jihoon indagou, com um olhar de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança, ao lado de um Junho de biquinho choroso. Jooheon suspirou, fitando os mais velhos e sabendo que os irmãos estavam acalmando os mais novos e ele tinha em mãos lobinhos loucos para correr. Não fazia mal, não é? Eles não iriam fazer barulho algum. — Por favor, hyung, omma deixaria se estivesse acordado... Eu posso ir acordar eles se quis—
— Podem ir, só não destruam as flores no jardim e nem saíam do território, entendido? — Ambos assentiram, animados. — Podem ir, só não deixem os hyungs os pegarem.
Não foi sequer dois segundos; logo, dois lobinhos de pelo negro se encontravam em pé no meio da sala e um Jiyong de rosto estupefato os fitava de olhos arregalados e cheios de ira. Jihyun rapidamente tirou o rostinho do pescoço do mais velho e os fitou, os olhinhos brilhando em animação e entusiasmo pela visão.
Oh, não, haviam despertado a ferinha.
— Você tá louco, Jooheon?! Eles vão acabar com essa casa!
— Deixa eles, hyung, quando você tinha a idade deles fazia a mesma coisa.
— Sim, fazia, MAS EU ERA SÃO!
O berro do mais velho doeu nos ouvidinhos de Jihyun, que rapidamente começou a soluçar e choramingar, com as mãozinhas tentando limpar as lágrimas que caíam por seu rostinho rechonchudo. Ambos se desesperaram, começando a ninar o caçula a todo custo para este realmente não berrar naquele tom sofrido que imediatamente atingia o lobo de Jimin e o fazia saber que seu filhote estava sofrendo, ou seja, com certeza o acordaria e ter o bebê da família chorando com dor nos ouvidos não seria nada legal para seus pais.
Lobo de omma é foda.
— Er... Eu acho que alguém tem que ir pegar eles. — Jeonghyun começou, indeciso, olhando o gêmeo a seu lado. Jeongmin rapidamente levantou as mãos em sinal de rendenção e se afastou de leve. — Vai lá pegar eles, ué.
— Eu? Eu me sujar nessa lama horrível porque o Jooheon deixou eles saírem? Não mesmo!
— Tá com aparência de que vai chover e se esses meninos ficarem doentes... Considerem-se mortos! Deus tenha piedade da minha alma, porque o appa não terá! — Jiyong choramingou, tristemente. Jinwoo começou a acariciar os fios negros do bebê, acalmando-o aos poucos, deixando-o só encolhido e fungando levemente colado ao herdeiro mais velho. — Ótimo, sem chance deles acordarem e nos matarem, agora vão atrás do Junho e do Jihoon antes que eles destruam o jardim!
— Sem chance? — Absolutamente todos os alfas no recinto paralisaram, com exceção de Jihyun, que sorriu feliz em ver seu papai descendo as escadas... Aliás, com uma cara nada boa. — Não é o que me parece, Jeon Jiyong.
— P-Pai, eu posso explicar...
— Castigo. Todos. — Jihyun fez bico e cruzou os bracinhos, como se discordasse, e Jeongguk amenizou mais a carranca e sorriu de leve pro caçula. Não seria injusto, afinal, a culpa era dos mais velhos. — Menos você, bebê, menos você.
[...]
— Não tem explicação eu estar de castigo, a única coisa que eu fiz foi estar entre eles, pai! Eu juro que não tenho culpa! — Jeonghyun exclamou, indignado. Jeongguk o fitou duramente e bastou um olhar para o mesmo calar-se, emburrado.
— Os únicos que não tem culpa são seus irmãozinhos, o Jinwoo, Jiwon e Jihyun, porque de resto, todos tem culpa e estão de castigo. — Junho abaixou a cabeça, arrependido. Estava devidamente limpinho e cheiroso, tudo graças a seu omma, que agora estava ao lado de seu pai e os fitava de sobrancelhas franzidas e olhar preocupado. Agora o sermão pertencia a Jeongguk. — Já estão grandinhos o suficiente para saber que não podem sair para fora de casa quando o tempo está desse jeito, porque mesmo que sejam fortes, ainda não são imbatíveis, e uma simples gripe pode prejudicar muito vocês! — Junho e Jihoon se encolheram diante do tom de voz firme e grave do pai. — Mas ainda tem os mais velhos, que ficam de olho nos mais novos quando nós não podemos, e o que eles fazem? Isso mesmo, deixam eles saírem!
— A culpa — cof — foi do — cof — Jooheon. — Jeongmin murmurou, como se tossisse, e o citado fuzilou o mais velho. — Única e exclusivamente dele. Eu sou exemplar, pai, já viu irmão mais protetor que eu?
— Claro que sim, e é por isso que eu tô aqui. — Jiyong sorriu, numa inocência que não lhe cabia, e Jimin riu do tom cínico do filho. — Eu peço perdão, appa, a culpa foi completamente minha e por isso tudo saiu do controle. E do Jooheon, obviamente.
— Claro que foi, mas eu tenho certeza que houve mais alguém. — Junho fez bico, olhando pro chão com os bracinhos cruzados. Jihoon suspirou. — Não se façam de desentendidos.
— A culpa até pode ter sido um pouco nossa, mas foi mais dos hyungs. — Jiyong, Jisung e Jisang se indignaram e Jihoon deu de ombros. — Eles são uns irresponsáveis, papai.
— São mesmo. — Junho concordou.
— Cobrinhas.
Jeongguk suspirou, olhando para a face do esposo que agora ria de como os filhos colocavam uns aos outros em enrascadas, até mesmo os próprios gêmeos, que o que tinham de unidos, tinham de diferentes.
— Tudo bem, tudo bem, não vamos falar disso por hora. — A frase proferida pelo pai chamou a atenção dos onze alfas, que imediatamente o fitaram atentamente. — Vocês devem saber o que se passa entre eu e seu omma, não é?
— Como assim, papai? Vocês vão se separar? — Jiwon indagou, em pânico. Jeongguk fitou o mais novo de todos os gêmeos de cenho franzido e rapidamente negou, desesperado ao vê-lo quase chorar. Jimin imediatamente trouxe o garotinho para perto de si e acariciou-lhe os cabelos negros, enquanto o gêmeo se prostrava a seu lado e o acariciava com carinho.
— Por que achou isso, amor? — Jimin sussurrou, de cenho franzido. O alfa choramingou.
— Meus amiguinhos disseram que os pais deles falaram a mesma coisa quando se separaram. — Jihyun, que até o momento se encontrava sentadinho e quietinho olhando o pai brigar com os irmãos, se levantou e caminhou desajeitado até Jiwon, olhando-o adoravelmente preocupado. — Vocês nunca vão se separar, não é?
— Isso é meio difícil de acontecer, porque olha, bebê, são nossos pais. — Jisang riu quando Jeongguk sorriu e Jimin gargalhou. — Existem mais apaixonados e melosos? Eu acho que ele se referiu ao fato do omma estar grávido, e não quase divorciado.
Os olhos dos pais se arregalaram e os mesmos se fitaram, incrédulos, mas diante da não reação dos herdeiros, somente os fitaram de volta, de queixos caídos. Jiyong riu alto e Jisung negou com a cabeça, risonho.
— Nós somos alfas jovens e nosso olfato é perfeito, tem mais um bebê aí. — E apontou para a barriga de Jimin, que riu, adoravelmente corado. — Mas eu acho que o não acostumado com essa notícia é o Jihyun, então ele é quem deveria estar eufórico. — O alfa menor inclinou a cabeça ao ouvir seu nome, confuso. — Irmãozinho, Hyun, você vai ser irmão mais velho! — E, diante da frase, o caçula arregalou os olhinhos e sua boquinha se abriu em um perfeito ʽoʼ, ao que as mãozinhas gordinhas se encontraram com a boquinha aberta.
Ninguém conseguiu se aguentar, e logo em seguida, a mansão inteira era recheada de risadas incessantes e um alfinha adoravelmente emocionado e apaixonado pela barriguinha de seu omma, que protegia mais um irmãozinho seu. Agora era sua vez de ser o mais velho.
— Okay, tudo bem, agora é só contar pros outros que teremos mais um alfa pra família. — Jeongmin riu, ao que Jeongguk engoliu em seco só com a hipótese e Jimin suspirou, logo atraindo a atenção dos filhotes. — O quê?
— Nós, hum... Achamos que é uma menina. — Todos os herdeiros deixaram o queixo cair e os olhos se arregalarem. — O Jimin engravidou sem estar em nenhum de nossos cios e... isso nunca nos aconteceu. Não é impossível, mas é raro, e creio que não tenha sido por acaso. Talvez... Venha uma garotinha, não? E o que vocês achariam disso? — Jimin engoliu em seco, nervoso.
— Eu acharia algo super estranho porque... Aigoo, imagina uma menina parecida com o omma, pai? Qualquer garoto que chegasse perto iria morrer! — Jeonhyun fez careta, ao que Jimin sorriu bobo e seus irmãos concordaram consecutivamente. — Se for menina... Tudo bem, ela terá guarda-costas de sobra e alfa algum irá tocá-la.
— Meu Deus, meninos, vocês são impossíveis! — Jimin riu alto, ao que Jeongguk negou com a cabeça e foi para perto do esposo, abraçando sua cintura fininha e cheirando seu pescoço maculado, com um sorriso largo nos lábios e olhando seu filhote caçula com os olhos brilhantes. — Isso quer dizer que vocês gostariam de ter uma irmãzinha?
— Nem tanto, mas temos nove meses pra gostar. — Jiyong riu, ao que Jihyun ainda estava bobo e acariciava a barriguinha de Jimin carinhosamente e derretia ainda mais os pais babões. — Irmão mais velho de uma menina, Hyun, pegou a sorte grande. — E logo todos riram quando o pequeno alfa fez biquinho para o primogênito e o olhou emburrado. — Coisa linda do hyung.
E, diante do tom de voz carinhoso do mais velho, Jihyun se transformou numa bolinha fofa de manha e dengo e ergueu os bracinhos em direção ao mais velho.
Jeongguk e Jimin ficaram a observar os filhotes se entreterem entre si e sorriram, não deixando de pensar que em breve teriam mais um filhote para estar ali no meio daqueles rapazes, brincando com Jihyun e sendo mimado pela família. E, se fosse menina, realmente completamente mimada pela família.
— Até que não foi difícil. — Jeongguk sorriu, beijando a bochecha cheinha do ômega quando este se colou a si. Jimin riu doce e descansou a cabeça em seu ombro, aspirando levemente de seu cheiro amadeirado.
— Sim, mas ainda temos nove meses pela frente. Pode ser difícil até lá. — E riu, mas logo em seguida, Jimin teve seus lábios tomados deliciosamente pelo seu alfa, que parecia mais do que satisfeito em vê-lo ali, a seu lado, com seu cheiro forte e impregnado em sua pele, carregando mais um filho seu. Era o completo orgulho de um alfa e Jimin estava mais que feliz em orgulhá-lo.
E pronto, já estavam mais do que prontos para irem aos noticiários mais uma vez.
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