John não sabia o que fazer, sua irmã tinha ido para escola e Evangeline trabalhar, seu pai nem ao menos tinha ligado para saber como ele estava. O loiro já estava ficando cansado, a cada meio a hora sua mãe ia no seu quarto perguntar se estava bem. O Watson encarava entediado a janela, não fazer nada era tão chato; um monte de balões coloridos com coisas bonitinhas escritas entraram no seu quarto, sentia um cheiro bom de torta de maçã e um aroma floral, uma voz que conhecia disse meio irritada: “Ainda não entendi o motivo de tanta tralha! Você sai no máximo amanhã daqui!”
Um Sherlock todo bagunçado jogou as coisas no chão e sentou no sofá ao lado do ômega bufando, o loiro não pode conter sua risada e o alfa sorriu fraco com isso e disse cruzando as pernas e puxando um celular do bolso de seu sobretudo: “Como está meu belo John?”
“Bem, eu acho! O que faz aqui?” *O menor perguntou deixando sua cabeça cair para o lado, o cacheado disse se desgrudar os olhos do seu aparelho: “Vim ver-te para discutir mais alguns detalhes sobre seu sequestro! Aí uma senhora da rua soube que um conhecido meu estava doente e disse que uma torta de maçã sempre cura tudo! Minha mãe quando descobriu que o irmão da Harry estava num hospital e que eu o iria visitá-lo me mandou comprar vários balões escrotos para animar os ânimos, meu pai disse para trazer flores e o babaca do Mycroft disse que eu deveria ir cedo para ficar mais tempo com meu namorado!”
John corou de leve e disse para tentar disfarçar sua vergonha: “B-bom, o que veio me perguntar?”
“Como era esse tal de ‘Hórus’?” *O alfa deixou o aparelho de lado ao perguntar isso com um brilho estranho no olhar, o loiro respondeu depois de bufar: “Um completa idiota! Primeiro me sequestra porque gosta de drama, diz que não posso saber seu nome mas me deixa ver seu rosto, diz que como tinha gostado de mim me queria como ômega, me beijou a força e me apagou! Aquele canalha! E…”
“Peraí, ele te beijou?” *O Holmes perguntou com seus olhos brilhando em vermelho, o Watson lhe encarou ofendido, com tudo que ele disse o alfa só pescou a parte do beijo? Depois de suspirar respondeu: “Sim, dá pra falarmos de alguma coisa que não seja ele?”
“Claro, não sei se já sabe mais pessoas têm sido mortas ultimamente! Mesma forma: olhos costurados, desenho do olhos de hórus no abdômen e as iniciais ‘J’ e ‘W’ na cena do crime…”
O loiro se deixou escorregar na cama e disse pensativo: “Morte sem fraturas aparentes… encontrou alguma coisa no organismo das vítimas?”
O aspirante de detetive não entendia o rumo daquela conversa mais começou: “As primeira vítimas eram um casal que foram encontrados juntos, a única coisa que achamos de mais no organismo dele foi mel! A última encontramos vestígios de um café da manhã normal! Estamos tentando descobrir a causa das mortes, ou melhor, eu estou tentando! A polícia está parada no mesmo lugar enquanto estou tentando descobrir como injetaram nas vítimas o veneno!”
“Por que acha que foram envenenados?”
“Óbvio que foi veneno! É a única forma de matar sem deixar rastros!”
O ômega se sentou com um brilho no olhar e disse contente: “É isso! Flores!”
“Flores?” *O cacheado repetiu confuso, o hospitalizado disse: “Isso! Existem flores que produzem toxinas, o veneno pode estar no mel se as abelhas usarem o néctar e podem estar na carne ou leite de alguns animais que se alimentam delas!”
Alfa lhe encarou como se tivesse lhe estapeado, como um raio se pôs de pé segurando os ombros do mais baixo disse: “Você além de lindo é um gênio! Preciso ir! Tchau!”
O cacheado deixou um beijo na bochecha de John e saiu do cômodo avoado deixando um loiro corado para trás. De noite sua irmã acompanha por Evangeline foram lhe buscar depois de ter ganhado alta, as duas mulheres discutiam sobre que música ouviriam no carro enquanto John apenas encarava as duas sentado no banco de trás divertido, como amava aquelas duas. Depois de pararem num fast food e comprarem um lanche para comerem no resto da viagem, Evangeline brigava com os irmãos que faziam caretas com a comida na boca, Harry riu ao ponto de fazer a coca-cola que tomava sair pelo nariz, a ruiva e o loiro não puderam evitar de rir até que uma buzina os chamou para o mundo real, Evangeline conseguiu desviar no último instante do caminhão que por pouco não bateu no carro; rir na estrada era perigoso. Depois do susto que levaram voltaram a rir; como ele amava aqueles duas.
Eles tinham chegado em casa bem a tempo de ver o Senhor Watson descer as escadas, seu olhar se tornou estranho ao posar no filho menor, deu um “boa noite” com um sorriso para as mulheres e se foi sem nem ao menos olhar para John, às vezes o ômega se perguntava o porquê do pai não gostar de si...
-[Sober up: Do alfa ao ômega]-
John não sentia seu corpo, ele se via deitado sobre uma maca num quarto de hospital, ele tentou se sentar mas era como se algo o jogasse para cama de volta. Uma voz que sempre se lembrava disse ao seu lado: “Não é tão bom quando você está na preso numa cama não é?”
John acordou vendo seu quarto numa espécie de escuridão iluminada, escutou a porta ser aberta, por ela passou um corpo esguio todo negro só permitindo ver o sorriso largo cheio de dentes e seus olhos escarlates, a criatura disse num tom contente: “Vejo que já acordou!”
Serpenteando se aproximou do menino e disse: “Como pode alguém tão fraco como você maltratar alguém?”
O loiro tentou se movimentar, mas seu corpo estava pesado e não respondia, sua respiração ficou entrecortada, sentia um medo estranho, olhou confuso para o recém-chegado, a quem ele tinha maltratado? O outro sorriu e disse com uma falsa surpresa palpável: "Na nani na não! Não me olhe assim, quem matou a Sandy? Por quem ela foi atropelada? Me diz!”
O Watson não estava entendendo nada, quem era Sandy? A criatura se jogou sobre si e disse: “Pode fingir que não se lembra a vontade! Eu não me importo mesmo! Enfim, que tal brincarmos?”
John tentava gritar por ajuda mas sua voz parecia presa em sua garganta, seu companheiro disse risonho: “Vamos brincar de Deus! Eu serei deus e você o mundo! Hoje quero lhe trazer o dilúvio! Mais antes você tem que se lembrar da Sandy!”
A moça loira de seu sonho estava lá, a mesma lhe sorria quando disse: “Meu pequeno se esqueceu de mim? Que triste!”
Ela riu alto e disse sorrindo estranho: “Quem disse que eu me importo com você? Era para você ter morrido naquela parada cardíaca e não eu!”
John sentiu algo em seu peito doar a mulher disse apontando o dedo em sua cara: “Vamos! Diga como está feliz por ter me matado! Anda, grite para todos ouvirem como foi bom matar a própria mãe meu pequeno!”
O loiro arregalou os olhos sentindo uma pontada em sua cabeça, sua mãe sempre foi a Evangeline, certo? Então quem era Sandy? A mulher que tanto escutava em sua cabeça e via nos sonhos agora dizia que era sua mãe, como isso poderia ser verdade? A loira disse fria a criatura entre ela e seu filho: “Vamos, deus! Me mande começar o espetáculo!”
“Como quiser, Sandy! O filho é seu!”
Sandy se aproximou de John e disse encarando fundo em seus olhos: “Está na hora de dizer adeus, meu pequeno!”
Batidas na porta fizeram o ômega despertar, ele estava só no quarto quando de repente se sentiu normal, irritando-se com as batidas na porta que não acabavam se levantou dizendo bravo: “Já vai caramba!”
Assim que abriu a porta começou: “Olha só Harry…” *Sua frase morreu ao ver o Holmes mais nova na frente de sua porta, o alfa disse simples: “Vejo que acorda todas as manhãs bem… disposto pelo que vejo!”
Os olhos de Sherlock desceram de seu rosto e pararam em suas coxas fartas que estavam a mostra pois só dormia com uma camisa velha, o loiro corou e disse meio gago: “Sher-Sherlock, o-o que faz aqui?”
“Levando em conta que foi você que me fez pensar no veneno das plantas achei que seria perfeito pesquisar o tema em sua casa, sua irmã disse para te acordar… terá que me desculpar John mas não consigo parar de olhar para suas pernas!” Elas são… excitantes de um modo que me irrita!”
O ômega corou puxando a barra da camisa para baixo enquanto disse constrangido: “É só para de olhar!”
“Já tentei mas é que sinto uma vontade enorme de mordê-las e…”
“Tchau Sherlock!” *O Watson praticamente gritou empurrando o outro para fora do quarto e fechando a porta, seu coração parecia que sairia pela boca e seus pernas tremiam… que diabos estava acontecendo consigo?
-[Sober up: Do alfa ao ômega]-
John chegou na sala e olhou todos no cômodo, seu olhar demorou em Sherlock que estava com a cara enfiada num livro, Harriet mexia em algo celular, Mycroft dormia com a cabeça apoiada nas costa do sofá, Molly pesquisava algo no computador e Greg remexia numas fotos espalhadas na mesa de centro. O loiro foi para cozinha onde encontrou sua mãe terminando de lavar a louça, deu um beijo na bochecha da beta e disse : “Bom dia, posso saber por que não me acordou?”
“Bom dia meu anjo! Você sabe que não deveria se esforçar muito! Agora pega uns biscoitos no armário e vai conversar com seus amigos!” *Disse a ruiva sem tirar os olhos de sua tarefa, com uns cookies de coco que ele mesmo tinha feito uns dias antes sentou-se no pé de Harry que disse encarando o irmão com um olhar avaliador: “Como sabia que o veneno via de plantas?”
“O diretor de antigo colégio foi preso depois de envenenar uns professores com as toxinas das plantas que cuidava! Meio que quando o Sherlock disse sobre o que encontraram na vítima me veio isso a mente!” *Respondeu dando de ombros o menor, a castanha disse encarando o irmão preocupada: “Foi por isso que deixou o colégio? Como que eu não sabia disso?”
“Eu te contei mais você não quis me escutar!” *Antes que a conversa deles prosseguisse o único Holmes acordado falou: “Agradeceria se parecem de conversar e focassem na pesquisa!”
“E o que você achou sabe tudo?” * A Watson disse com um bico desgostoso, Sherlock disse fechando o livro todo pomposo: “Quem bom que perguntou, querida Harry! Achei dos tipos de plantas que correspondem com o causador da morte das vítimas! São a Nerium oleander mas conhecida como oleandro e a Ageratina altíssima mais conhecida como white snakeroot! Agora só preciso de uma espécie de cada…”
“Volto num minuto!” *O òmega loiro se levantou, depois de um tempo surgiu com as plantas citadas e as colocou na mesa, sua irmã perguntou curiosa: “Onde você arrumou isso, Johnjohn?”
“Quando prenderam o diretor esqueceram dessas belezinhas aqui então com penas delas murcharem as trouxe para cá!” *Respondeu como se fosse nada, a alfa indignada disse: “Quer dizer que esse tempo todo você estava com duas máquinas de veneno em baixo da sua cama?”
“Na verdade elas passavam a maior parte do tempo no armário pois a cama era muita baixa para elas!” *Antes que a Watson respondesse o menor o outro alfa disse: “Devo concordar que você me surpreende, John!”
Antes do loiro corar o celular do aspirante a detetive tocou ele atendeu e disse depois de um tempo: “Já estou indo!”
Logo após desligar o aparelho disse: “Encontraram mais uma vítima! Gerson acorde meu irmão enquanto eu chamo um táxi!”
Assim que o cacheado saiu da sala o Lestrade disse irritado: “É Greg!”
Harry se pôs de pé num pulo e falou: “Não posso perder isso! Você vem?”
“Passo! Já tive aventura demais por um bom tempo, mas quem sabe na próxima?” *John respondeu, assim sua irmã e Molly deixaram a sala e logo atrás Greg saiu enquanto Mycroft ainda zonzo de sono agradecia pela hospitalidade. Depois que todos saíram o ômega foi pra cozinha e Evangeline disse largando o pano de prato sobre o balcão: “E onde estão os outros?”
“Saíram para ver uns mortos!”
“Nossa! Isso parece meio perigoso!”
“Não acho! A polícia está com eles de qualquer forma… mãe, quem é Sandy?”
A ruiva ficou tensa, ela começou a suar frio, seu filho percebeu isso ficando preocupado; Evangeline suspirou e disse incerta: “Sandy é o nome da… sua mãe!”
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.