Disclaimer: Naruto não me pertence e sim ao Kishimoto-san.
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Sobre Asas e Caminhos
– Capítulo 13 –
Selo
Em mais um dia sem missões programadas e aproveitando o céu claro e pouco ensolarado, o ‘gênio’ e a ‘mestra das armas’ do time Gai haviam decidido que aquela era o uma boa oportunidade para uma luta séria entre ambos com direito a tudo o que tinham.
Enquanto o Hyuuga utilizava o Byakugan, movendo-se com rapidez para tentar acertar os tenketsus da morena, esta, por sua vez, esquivava-se com dificuldade ou se defendia com uma kunai dos dedos do adversário e, quando conseguia uma brecha, saltava para lançar suas armas sobre o rapaz que se desviava facilmente.
Distanciaram-se em um salto e a kunoichi pode sentir seu braço esquerdo formigar. Ele havia acertado outro ponto.
“Kuso...” – praguejou mentalmente.
Ela sabia que se continuasse daquele modo, ele acertaria seus pontos de chakra lentamente e, ao final, quando ela não conseguisse mais se mover direito, a vitória seria de Neji – mais uma vez –.
Bem, ela não estava disposta a se dar por vencida tão fácil.
Com um movimento puxou um pergaminho de sua bolsa, fazendo os olhos claros do gênio a fitarem concentrados.
“Kuchiyose no Jutsu...” – observou, preparando-se.
Aquele ataque seria grande e ele sabia – afinal, fora com ele que ela o aperfeiçoara –.
Com um movimento espiral, Tenten girou o pergaminho fazendo com que ele rodeasse seu corpo enquanto com ações precisas de evocação e lançamento, a inegável ‘mestra das armas’ fez um ataque massivo sobre o Hyuuga que hora se desviava do arsenal que era lançado, hora as evitava com o Jyuuken.
E quando todas as armas evocadas acabaram, Neji viu Tenten saltar e mover seus dedos, percebendo que ela prendera linhas em cada uma delas e as puxava, algumas em direção às suas costas, algumas em um ataque frontal.
Um ataque massivo que funcionaria com muitos, mas não com o gênio que, além de conhecer a maioria das técnicas e tipos de ataques da companheira de time, também tinha uma visão perfeita de tudo o que lhe acontecia por todos os lados.
Porém...
Uma kunai que atinge o alvo e outras que se aproveitam levemente do momento.
Olhos brancos e castanhos que se abrem.
Uma bandana que cai.
Um ataque que é imediatamente interrompido.
“Neji!” – bradou Tenten, aterrissando e correndo para perto do moreno que se encontrava agachado com uma expressão sofrida no rosto claro – “Droga, me desculpe, me desculpe!” – exclamava, exasperada por não saber o que fazer.
Como ele fora acertado? Por quê? Em todos os treinos, não importava quantos ataques ela tentava, o máximo que conseguia era acertá-lo de raspão, então como...
A respiração se tornou forte e, com um movimento, ele retirou a arma presa em suas próprias costas, contendo um grito de dor.
“Não foi fundo, eu... Estou bem.” – disse, com certa dificuldade.
“Bem?!” – exclamou, fugindo de seus pensamentos – “Certo que não foi fundo, mas você está sangrando!” – replicou, irritada com a teimosia do rapaz – “Precisamos estancar o sangue e ir para um...”
“O treino está encerrado por hoje...” – interrompeu, levantando-se sem olhá-la.
Apesar de não aparentar, ele estava tão surpreso quanto ela.
Mesmo tendo total consciência de que o Byakugan possuía um ínfimo ponto cego, era a primeira vez que ele tinha a oportunidade de sentir seus efeitos na pele e, com certeza, aquilo era mais desagradável do que ele imaginava.
Tenten fitava ao rapaz se distanciar, preocupada. Ele precisava ir a um médico para curar aquele ferimento, porém, conhecendo-o, ele provavelmente voltaria para casa, estancaria o sangue e tentaria se virar por si só.
Aquilo não era bom.
“Espera, Neji!” – exclamou, puxando-o pelo braço, fazendo-o virar com uma expressão impaciente no rosto.
E naquele instante, por mais que tentassem, os olhos castanhos não conseguiram deixar de se mover dos orbes brancos para a testa do Hyuuga, onde uma suástica central acompanhada de duas linhas horizontais se destacava na pele clara.
O jovem gênio, ao notar o olhar da companheira, percebeu por fim que devido à confusão por ter sido acertado, ele não se dera conta de que seu hitaiate caíra, revelando o selo que ele tanto odiava e que escondia a todo o custo.
Ficaram em silêncio.
Tenten encarando a testa de Neji e este com os olhos estreitos. Uma expressão mista de desagrado e angústia.
Sem dizer nenhuma palavra, ele caminhou e pegou o hitaiate que jazia em um canto qualquer para, logo em seguida, sumir por dentre as árvores, levemente cambaleante.
A morena, por sua vez, apenas fitava o caminho que o Hyuuga tomara, sem reação, estática.
Um ponto fraco e um estranho símbolo que, pelo olhar que vira no companheiro, era algo que podia significar muitas coisas, mas nada que fosse minimamente bom ou agradável.
No fim das contas, em muito lhe parecia que fazer parte de uma família que possui olhos brancos era, além de tudo, ter de carregar um fardo grande e pesado, porque apesar do branco ser bonito, ser a cor da paz, da pureza, da ordem e da lua, o branco também podia ser a cor do luto e da lamentação.
E ao se dar conta daquilo, naquele instante, Tenten detestou o fato de Neji ter olhos brancos.
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Notas da Autora:
Hi minna!! \o
Um capítulo... estranho. Ele ficou mais mal escrito do que de costume e meio... superficial. u.u’ Me perdoem por isso. XP
Enfim, a grande pergunta é: e agora Tenten? XD
Espero que tenham gostado! X3 Muito obrigada a todos! \o/
Ja ne!
Meriu (Dez/2008)