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História Solangelo - Paraíso de Verão - Me senti fazendo uma prova de física - História escrita por monogatari - Spirit Fanfics e Histórias
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História Solangelo - Paraíso de Verão - Me senti fazendo uma prova de física


Escrita por: monogatari

Notas do Autor


Boa noite meus amores! Olha quem voltou hahaha, não consigo ficar mais um dia sem postar.

Sobre o nome do capítulo: é como eu realmente me sinto na prova de física onde tem muitas perguntas e eu não sei nenhuma resposta (:)

Como sempre confiem na tia aqui, se preparem para avalanches de sentimentos e boa leitura <3

Capítulo 11 - Me senti fazendo uma prova de física


Fanfic / Fanfiction Solangelo - Paraíso de Verão - Me senti fazendo uma prova de física

Nico on

A canção se encerrou e ele virou bruscamente a cabeça em minha direção. Esperava uma reação normal de uma pessoa que foi chamada, mas ele me olhou espantado... Quase se como ele não esperasse que eu um dia pudesse chamá-lo.

- O que... O que você faz aqui? – sua voz saiu abafada.

- Você é Will Solace né? – não ia perdê-lo de vista.

- Sou... Espera, você... Ah claro, então era verdade. – sua voz parecia distante agora.

O que era verdade? Não importa Nico, continue conversando.

- Então você morreu mesmo... – digo com a voz triste.

- Por que você está aqui? Você não deveria... – ele ainda parecia muito assustado com a minha presença.

- Eu sempre venho aqui. – digo.

- Eu nunca te vi aqui. – diz Will. Ele parecia do tipo teimoso, o pior tipo.

- Eu fiquei um ano e pouco fora. – não entendi porque eu ainda estava dando explicações para ele, nem o conhecia direito.

- O que?! Um ano? Já se passou um ano? – sua voz agora estava com um tom de espanto. – Caramba... Muito rápido.

- Isso não vem ao caso agora. Todo mundo no acampamento está preocupado com o seu paradeiro, te declararam como morto... – digo diminuindo o tom da minha voz, não queria ser insensível, mas a situação pedia aquilo.

- E não é o que eu estou? – ele dizia agora olhando firmemente nos meus olhos. Não parecia espantado mais.

- É... Eu acho. – digo olhando com tristeza pra ele. – Como foi que você... Sabe, foi parar aqui?

Estava impressionado como parecia que eu conhecia ele a muito tempo, a conversa fluía perfeitamente.

- Eu não me lembro muito bem, eu só me lembro de ter chegado aqui. – diz Will.

- Ah… - digo percebendo que talvez ele não quisesse conversar comigo.

Eu tinha muitas perguntas que queria fazer a ele. Decidi não pensar muito se era adequado ou não perguntar e apenas falei.

- Espera, deixa eu te perguntar uma coisa: éramos amigos no acampamento? Sabe, eu não me lembro de você, por mais que eu tente eu não me lembro do seu rosto. - mais indelicado impossível.

Ele não respondeu. Continuou olhando para mim.

- Você deveria ir embora Nico... – seu olhar agora se direcionava para o chão.

- Minha presença é tão desagradável assim? – digo.

- Não é isso... É que você não entende. – diz ele com a voz distante.

- Então me explica está tudo muito confuso. – digo insistente.

- Você deveria ir embora, é sério. – ele era insistente em suas palavras.

- Você deveria parar de decidir as coisas pelos outros. – era impressionante como a nossa conversa fluía bem apesar de ser a primeira vez que eu falava com ele.

- Eu sei disso. – pela primeira vez vi o sorriso dele. Era magnífico. – Você não vai embora mesmo né? Vou começar deixando você falar sozinho.

- Pode deixar, não saio daqui sem respostas. – eu tinha a fama de ser teimoso.

- Droga, como você é teimoso. – agora ele ria da situação.

Aquela risada... Eu a reconhecia de algum lugar, mas como sempre não conseguia identificar.

- Esqueci de perguntar, você melhorou? – diz ele se dirigindo a mim.

- Você pode perguntar para mim e eu não posso perguntar nada a você? Injusto. – digo colocando um pouco de suavidade na minha voz.

- Se você me responder essa eu deixo você me fazer uma pergunta então, combinado? – agora ele estica o braço para mim esperando um aperto de mão.

Estiquei o meu para apertar a sua mão. Havia algo diferente em seu toque, não parecia firme... É como se ele estivesse e não estivesse aqui.

- Sim eu estou melhor... Como você sabe que eu estava doente? – digo.

- Tenho meus informantes por aí. Fico feliz que você tenha melhorado... – sua voz demonstrava alívio. Aquele garoto era estranho. – sua vez, pergunte algo.

- A gente se conhecia antes? Digo, um ano atrás. – não iria sossegar enquanto não tivesse essa resposta, ela ficava martelando na minha cabeça.

Ele demorou um pouco para responder, como se estivesse pensando demais.

- Não, a gente não se falava antes. Nunca fomos... Amigos. Só estávamos no mesmo acampamento. – sua voz não parecia firme.

- Isso explica muita coisa... – É claro que não falava com ele antes, os outros que estavam malucos. – Bom, eu preciso ir agora. Preciso passar em um lugar antes.

- Por favor, não conte a ninguém que me viu aqui. – sua voz parecia extremamente triste. Tive vontade de abraçá-lo forte, mas isso iria parecer muito estranho.

Eu entendi as razões dele para não falar a ninguém sobre ele, só iria piorar a situação no acampamento.

- Eu não vou falar nada, fique tranquilo. – digo.

- Mais uma coisa: não volte aqui mais e nem fale comigo de novo, por favor. – aquele garoto era definitivamente estranho.

- Por que eu não posso falar com você ou estar aqui? – digo com um pouco de raiva em minha voz.

- Porque não. Eu não quero mais te ver ou falar com você de novo. – parecia que ele tinha ensaiado aquelas palavras na mente de tão robotizadas que elas saíram.

- Tarde demais para decidir isso. – digo firme.

- Faça como bem entender então... – sua voz voltará a ficar com o tom de tristeza. O que eu tinha feito para ele?

- Você me odeia ou me odiava tanto assim? – digo.

- Não! – sua resposta foi rápida- Eu não te odeio, jamais... Eu só prefiro assim, vai ser melhor para você.

- Já disse para não decidir as coisas pelos outros. Você vai acabar se machucando muito com isso sabia?

- Eu sei disso... Não volte ok? Isso é um adeus. – diz ele olhando de novo para mim e logo se virando andando pelo vasto campo.

Fiquei parado observando ele ir embora. Aquele menino era definitivamente um mistério. Um mistério que queria desvendar. Nunca tive essa curiosidade por ninguém, mas ele... Eu me sentia bem ao seu lado mesmo me tratando daquele jeito. Se controle Di Angelo, coloque um freio nesses sentimentos.

Decidi ir embora dali e me direcionar para onde meu pai se encontrava. Precisava tirar satisfações sobre algumas coisas.

(...)

Mais uma vez vou poupá-los da minha caminhada pelo submundo.

Ao chegar ao Palácio de Hades logo adentrei no grande cômodo onde logo a frente podia-se vislumbrar os dois tronos: um de meu pai e o outro de Perséfone. Não havia ninguém ali.

Continuei caminhando pelo cômodo até que ouço passos atrás de mim.

- Quanto tempo meu filho. – sua voz sempre me causou arrepio nas minhas costas.

- Oi pai. – viro-me para ele agora.

- Vejo que a sua saúde está bem. – ele sempre foi muito formal comigo.

- Estou muito bem, graças a Apolo que me deu um líquido estranho para tomar.

- Ah sim, soube dessa história. Então, o que devo a sua visita aqui depois de tanto tempo? – agora ele se direcionava para se sentar em seu trono.

- No caminho daqui eu passei no Elísios e acabei encontrando com o filho de Apolo, aquele que desapareceu sabe? Por que não contou para ele que seu filho estava aqui? – digo olhando para ele.

- Will? Ele está aqui no submundo? Desculpe filho, eu não sabia disso senão teria contado a Apolo. Eu não sinto a sua presença aqui. – sua voz mostrava sinceridade no que dizia.

Estranho, muito estranho isso. Antes que eu pudesse ter falado qualquer coisa, Hades me olhou com a testa franzida e disse:

- O que você estava fazendo lá? - diz com a voz um pouco rígida.

- Eu sempre vou lá. – aquela pergunta estava ficando repetitiva.

- Nico, você não pode ir mais lá. Entendeu? Deixa essa história pra lá, esqueça, já foi. – nunca tinha visto Hades daquele jeito.

- Por que todo mundo está querendo me manter afastado de lá? Primeiro Jason, depois Will agora até você? – eu realmente odiava que as pessoas mandassem em mim.

- Você falou com ele?! – sua voz mostrava alteração.

- Falei, por que? É crime? – digo irritado.

- Você não sabe a gravidade desses seus atos Nicolas. Você não pode ir mais lá, entendeu? É uma ordem. – aquilo realmente estava me irritando.

- Qual o problema com ele? – não ia sossegar até tirar toda aquela história a limpo.

- Não é ele o problema. É você. Apenas esqueça isso filho, por favor. Você precisa esquecer! – diz ele mostrando firmeza em sua voz.

- Eu não estou entendo mais nada. Entenda pai, eu não vou deixar de ir lá ou falar com ele porque vocês querem. – minha voz mostrava firmeza também.

Ao dizer aquilo vire-me e me direcionei a porta do cômodo. Sabia que se ficasse ali iríamos piorar a situação:

- Você ainda vai entender tudo isso. Eu me preocupo com a sua felicidade Nico. – eu sabia daquilo. Hades sempre se culpou pela morte de Bianca. Ele havia afirmado que faria de tudo para me ver feliz.

- Eu sei disso... Por isso me deixa decidir o que fazer. – disse antes de sair da sala e deixar meu pai para trás.

Era impressão minha ou todo mundo decidiu tomar as decisões para mim? Não entendi o motivo de todos quererem me proibir de ver ou falar com o Will. Eu só queria ajudar a desvendar o que tinha acontecido com ele, era estranho demais tudo aquilo.

Eu sabia que descobrir tudo não faria o voltar à vida, se bem que eu nem sabia que ele havia morrido mesmo. Hades não sentiu a sua presença aqui... E isso só podia ter uma razão.

Ainda não sei o porquê de estar tão interessado naquele garoto. Ele era teimoso e mandão. Típico de pessoa que decide tudo sozinho e acha que está fazendo o certo, quando na verdade, apenas deixa as pessoas tristes com isso. E ainda mais, se ele não queria falar comigo porque eu deveria falar com ele então? Poderia muito bem descobrir o que aconteceu sem a ajuda dele.

Droga, agora não consigo tirar as suas palavras de minha mente: “Eu não quero mais te ver ou falar com você”, sempre que me lembrava daquilo meu peito doía... Tinha algo de errado comigo? Ele tinha medo de mim? Eu fiz algo a ele no passado? Perguntas e mais perguntas, mas nenhuma resposta.

Merda, agora não consigo tirar ele da minha cabeça. Será que eu...? Não, não. Impossível eu estar gostando dele em tão pouco tempo. Apenas estava intrigado com tudo aquilo.

Se lembre dessas palavras filho de Apolo: eu vou desvendar o seu mistério.


Notas Finais


Mistérios atrás de mistérios!!

Eu amo Hades, ele é tão... <3

Queria pedir um favor a vocês: ao longo dos próximos capítulos queria que vocês me dissessem que eu estou enrolando muito na história, se ela ta perdendo a graça entende? Preciso disso pra poder direcionar algumas coisas na fic. Obrigada desde já *-*

E então, o que acharam da reação do Will? Esperavam isso? Tudo me diz que ele sabe quem tirou a memória do Nico.
Outra, por que ninguém quer o Nico no submundo? Apenas mais e mais mistérios.

Relaxem que nos próximos capítulos vai vir as explicações, então não fiquem revoltados e nem me abandonem hahaha.

A tia aqui ama vocês e até o próximo capítulo <3


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