Geralt com um movimento rápido segura no cabo de sua espada indo em direção ao bardo que permanecia parado em seu lugar totalmente hipnotizado ao ver aquela besta o atacar.
-Jaskier! – Gritou o bruxo com toda potência de sua voz atraindo atenção do humano assustado que naquele momento pareceu tomar consciência que seria atacado em cheio se não se movesse.
O bardo deu um impulso e se jogou no chão de pedra com toda força saindo do caminho que aquela fera se lançava. O bruxo cortou o ar com sua espada apenas para que chamasse atenção daquele monstro que pareceu esquecer do humano que estava encolhido no chão.
“Uma quimera...” pensou o lobo branco tentado se lembrar da última vez que enfrentou algo parecido.
A enorme besta apenas rugia com os olhos focados nos seus como se estudasse o que precisava fazer para que assim conseguisse ter seu almoço concluído. A enorme cauda de escorpião se preparava logo atrás de si para que pudesse picar o alvo e o envenenar.
Geralt deduzia que seria uma luta e tanto devido a esse detalhe, mas o que aquele monstro não sabia era que ele também era um bruxo, então tinha habilidades sobre humanas. Enquanto movia a espada em gestos exagerados atraindo atenção daqueles olhos felinos e amarelos que pareciam famintos sua outra mão procurava por um de suas poções dentro de um compartilhamento em seu cinto.
Jaskier que agora havia se arrastado até um canto da caverna observava a cena vendo que o bruxo não teria tanto sucesso no que queria fazer visto que aquela besta era uma mistura maluca de vários animais. Ele estava ali por um motivo... E era para ajudar o outro, então ele teria que ser valente.
“Liberte esse guerreiro que existe aqui dentro!” Pensava balançando a cabeça e franzindo o cenho procurando em sua pequena bolsa que carregava alguma coisa, vendo que tinha apenas um adaga comum e uma maça mordida.
Aquilo devia bastar ele tinha quase certeza disso.
-Ei monstrão! – Chamou falando bem alto e lançando a maça em cheio na cabeça daquele ser.
A quimera soltou um segundo rosnado e se virou em uma velocidade sobrenatural para o bardo abrindo a boca e exibindo uma língua fina e bifurcada de serpente que se mexeu no ar antes de voltar para sua boca.
Jaskier sentia vontade de desmaiar naquele momento, mas tinha a consciência que só estaria facilitando para aquele monstro. Foi então que teve a ideia brilhante de sair correndo pela beirada da caverna como se adiantasse alguma coisa.
Geralt sabia que aquilo era uma tentativa do outro para que ele tivesse uma chance de beber a poção, mas era uma ideia muito estupida.
Até mesmo para os padrões de Jaskier...
A quimera avançou abrindo as asas e pegando impulso correndo em direção da presa fácil. O bardo corria o mais rápido que suas pernas permitiam deixando que seu grito escapasse de seus pulmões durante o ato.
Ele sentia aquela besta já grudada em suas costas durante o percusso.
-GERALT!! GERALT!! GERALT!! – Gritava em plenos pulmões sem se importar se sua voz estava totalmente desafinada deixando de lado qualquer resquício de masculinidade que ainda existia em seu corpo.
O bruxo ao escutar aquilo já havia bebido um dos frascos sentindo a poção descer por sua garganta queimando e entrando no seu sistema nervoso o modificando. Ele sentiu como se uma aura e força nova o renovasse por cada poro.
Sentindo-se mais forte e disposto.
Ao abrir os olhos viu a quimera já quase abocanhando o humano com a enorme boca de leão aberta com os dentes de cobra a mostra pingando do veneno mortal. Com apenas um movimento de mão Geralt fez com que uma jorrada de poder soltasse de suas palmas e fosse com tudo contra aquele ser que foi pego de surpreso o jogando na parede da caverna.
Jaskier no susto acabou por tropeçar e deu uma cambalhota no chão devido a rapidez em que corria, reclamando de dor ao parar de barriga para cima.
-Aee bruxão! A gente vai viver! – Comemorou com um sorriso largo vendo que em seguida a quimera se recuperar como se nada tivesse acontecido – A gente vai morrer! – Voltou a fazer cara de lamento se levantando do chão rapidamente.
Geralt com os olhos totalmente negros avançou sobre a quimera vendo que a mesma também se jogou contra ele com apenas um pulo, fazendo com que se chocasse ainda no ar. Com a outra mão o bruxo erguia sua adaga de prata aproveitando para que tentasse ferir pelo menos o olho daquela criatura.
Jaskier agora havia chegado até aquele ponto escuro onde aquele monstro saiu e acabou percebendo que era como um ninho coberto com ossos e armaduras de inúmeros guerreiros que já haviam entrado ali.
“Misericórdia...” Pensou o bardo notando que havia frascos de poção também naquele ninho, indicando que Geralt não era o primeiro bruxo que havia chegado até ali.
Quando olhou para trás viu que o bruxo estava lutando firme contra aquela coisa, impondo sua adaga diversas vezes e usando de seus poderes para que mantivesse aquela cauda de escorpião longe de seu corpo. Ao voltar para o ninho o bardo notou uma espada dourada em um canto e achou que serviria perfeitamente para que ajudasse Geralt e então decidiu puxar daquele lugar, mas ela estava presa em alguma coisa dentro do ninho o que fez com que ele puxasse mais forte.
Toda aquela movimentação acabou por chamar atenção da quimera que moveu seu rosto em direção ao seu ninho vendo que um estranho estava tentando pegar um de seus tesouros.
“Jaskier não faz a minima ideia de como esses seres ficam raivosos ao terem alguém mexendo em suas coisas...” Geralt pensou sendo deixado de lado pela besta que se virou com uma rapidez jamais vista avançando sobre o local onde o humano estava.
-JASKIER! – Gritou chamado o outro novamente.
Quando o bardo conseguiu retirar a espada ele se virou ao ouvir o bruxo gritar seu nome, vendo que aquela besta estava praticamente em cima dele abrindo a enorme boca com vontade em um bote perfeito.
Geralt pensou rápido correndo atrás daquela quimera e se agarrando em sua cauda de escorpião tomando cuidado para que não fosse atacado pelo ferrão.
A quimera foi impedida de seguir antes que conseguisse fechar a boca sobre aquele humano apetitoso que gritava histericamente. Jaskier em um momento de pânico apenas pegou a espada e enfiou na boca daquela besta fazendo atravessar para o lado de fora.
Desesperada aquele monstro bateu as asas de morcego com força, mas Geralt segurando em sua cauda com bastante firmeza a puxava para baixo e em seguida soltou usando seu poder para que ela pegasse mais impulso para voar. Mas devido a força que a própria quimera usou unida a rajada de força do bruxo aquele monstro acabou por ir com tudo contra o topo da caverna.
Geralt pulou em Jaskier o agarrando pela barriga e derrubando dentro do ninho para o proteger das pedras que se soltaram do teto daquele lugar. A quimera totalmente desnorteada caiu com tudo no chão e foi atingida por vários blocos de rocha que caíram certeiramente em sua cabeça e corpo.
Uma poeira subiu por todo aquele lugar fazendo com que ambos não conseguisse enxergar nada durante alguns segundos.
Geralt se soltou de Jaskier e virou para o lado sentindo os ossos daquele ninho se quebrarem enquanto ambos se mexiam. O bardo arfava ao lado do bruxo e tremia um pouco devido a adrenalina que corria por todo seu corpo.
Ele havia visto cada dente daquele monstro e principalmente as enormes presas de serpente que ele tinha nos cantos da boca.
-Ei você machucou? – A voz do outro soou ao seu lado chamando sua atenção -Tá tudo bem?
Ao se virar percebeu que os olhos do bruxo haviam voltado a coloração dourada normal, pois geralmente ao ingerir qualquer poção o mesmo ficava com eles totalmente negros como ônix.
-Eu acho que me caguei inteiro... – Jaskier respondeu com o cenho franzido.
Geralt ao ouvir aquilo sentiu uma risada subir por sua garganta e deixou que saísse abrindo um sorriso largo em seu rosto, deixando que sua cabeça pendesse para trás soltando uma gargalhada alta ecoar por toda caverna.
Jaskier apenas notou como ele ficava ainda mais lindo com um sorriso no rosto e descontraído daquela forma. O cabelo que havia se soltado de seu penteado comum caía um pouco sobre seu rosto o fazendo ficar mais jovial do que nunca.
“Que sorriso lindo.. Combina muito mais com você do que aquela cara de rabugento .” O bardo não iria dizer em voz alta para que não fizesse o bruxo ficar sem graça, mas no fundo de seu coração ele desejou ver aquele sorriso novamente e principalmente ser o motivo dele aparecer...
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