— Bom dia. — Falei, enquanto o rapaz de cabelo azul lentamente abria seus olhos. — Dormiu bem?
Kuni estava agarrado no meu corpo com o rosto no meu peito, ele levantou a cabeça lentamente me encarando.
— Hmm... — Soltou um grunido, me fazendo rir um pouco.
— Pensei que você não dormia, mas ontem você apagou bonito, seu mentiroso. — Eu ri, apertando a bochecha do rapaz que se encolheu com a bochecha avermelhada.
—... Eu não menti sobre isso, eu realmente não dormia a 400 anos... — Sussurrou, esfregando o rosto nas minhas roupas.
— Que? Então por que está apagando sempre? — Questionei, e o pequeno apertou ainda mais em mim.
— Você me faz ter sonhos bons.
— Haha, quer que eu te traga um café do refeitório? Você parece cansado. — Beijei a testa do rapaz, e vi ele se encolher um pouco.
— Não estou cansado, já mandei você parar de se preocupar comigo. — Reclamou, me fazendo sorrir de maneira debochada.
— Eu não vou parar de me preocupar com quem eu a... — O rapaz me puxou, me dando um beijo e me calando.
Ele agarrou minhas roupas com força, enquanto parecia querer me devorar por completo... E infelizmente não era no sentido sexual dessa vez.
— Calado, Kaedehara. — Reclamou, mordendo meu lábio.
— Por quê? Só estou... — Vi os olhos do rapaz tremerem um pouco com insegurança, e sua voz fraquejar.
— Eu não quero que... Ninguém mais diga que me ama...
Senti meu coração quebrar, mas o baixinho não chorou, ele apenas conteve tudo, o acariciei enquanto suspirava, só queria que ele confiasse em mim para me contar as coisas... Aquele tal de Niwa quebrou o coração dele e ele ainda não superou?
Achar o caderno de Kunikuzushi ontem foi de grande ajuda, eu tenho pelo menos os nomes Nahida, Makoto e Yae Miko, tentarei investir na última por ter o sobrenome junto.
— Então tá, eu te odeio. — Falei, abraçando com força Kunikuzushi. — Eu te odeio tanto, que se você morrer eu não vou ter mais ninguém para odiar.
— Haha, patético. — Ele riu de mim, e comecei encher de beijos o seu rosto, descendo para o seu pescoço e enfim seus ombros. — Aí! Para Kazuha seu idiota!
— Mas eu te odeio, olha quanto ódio!
Apertei Kuni com força, até o rapaz segurar meu rosto me impedindo de continuar.
— Chega! Vai para a sua aula seu imbecil, você vai se trazer e depois não quero ver ninguém botando a culpa em mim. — Falou, mas eu beijei sua mão.
— Eu não vou para a aula hoje. — Joguei Kunikuzushi contra a cama e subi por cima dele, continuando o meu serviço com os beijos pelo seu corpo, descendo para sua barriga.
— Kaedehara Kazuha faltando a aula para ficar aos beijos comigo? Meu deus, eu acabei com você, sou um péssimo exemplo. — Falou de modo dramático, e sorri apoiando meu rosto na sua barriga.
— Você é mesmo. — Acariciei sua barriga com cuidado. — Olha que pele macia...
— Kazuha, você vai fazer o que comigo? — Perguntou de modo doce, e o observei.
— Cuidar de você. — Me levantei da cama, puxando os cobertores e o jogando sobre o rapaz. — Fica aqui quentinho e sem fazer esforço, eu já volto com o seu café da manhã.
— Você vai faltar na aula só para cuidar de mim? — Questionou, levantando o cobertor e se enrolando.
— Sim, você faria o mesmo por mim.
— Eu não.
— Ah, faria sim. — Sorri, retirando minhas roupas para me trocar.
— Uh, eu gosto da vista.
— Haha, você também é idiota, um grande idiota cabeça de tigela. — Coloquei minhas calças e blusa típicas do dia a dia.
— Cabeça de tigela?! Não fala do meu cabelo, seu imbecil! — O rapaz fez algum feitiço puxando meu rabo de cavalo e me jogando no chão.
— Agressão física em casa! Eu vou te processar! — Reclamei e o rapaz riu.
— Se liga, eu que faço direito, eu que processo. — Me mostrou a língua, e me levantei rindo.
— Estou indo, já volto meu amor. — Sai do quarto sem olhar para o rosto de Kunikuzushi, será que ele gostou de como eu o chamei?
* * *
— Então, eu trouxe... — Falei, apoiando a bandeja no colo de Kunikuzushi enquanto o rapaz observava. — Salada de frutas, amêndoas, um suco, fatia de melão, só coisas leves para o seu estômago não ficar ruim.
— Você vai me alimentar igual um vegetariano? A coisa que eu mais gosto é carne, Kazuha. Hmm... Pelo menos parece estar bem feito. — Reclamou, dando de ombros e me entregando o garfo. — Agora me de na boca.
— Haha, certo... Peça por favor.
— Não. — Ele cruzou os braços, fazendo graça.
— Puf, pede por favorzinho, agradece o seu amor. — Sorri, pegando a sua mão e a beijando com carinho. — Eu estou aqui por você, não custa nada.
— Certo... Por favor Kazuha, me alimenta na boquinha. — Falou, abrindo a boca para mim e sorri beijando sua mão, e subindo os beijos por todo seu braço até o ombro.
— Claro, tudo por você meu príncipe. — Beijei sua bochecha, e em seguida peguei o pote de salada de frutas. — Olha o aviãozinho!
— Fala isso de novo e eu vou te matar e comer o seu coração no meio dessa salada. — Falou irritado, mas comeu o bocado.
— Ownt, achei fofo.
— Agora admitir um namoro você não admite, mesmo fazendo tudo isso.
— Shh, quieto meu mentiroso.
* * *
— Kaedehara Kazuha e Raiden Kunikuzushi são um casal?! Hm, choca um total de zero pessoas. — Tighnari falava, enquanto olhava alguma mensagem no seu celular. — Esses dois não enganam minhas orelhas, nem os meus olhos.
— O que é isso? Onde você viu isso? — Perguntei, enquanto apoiava as costas na cadeira lendo meu livro de piadas.
— Postaram no site do jornal da faculdade umas fotos dos dois, eu não sei por que o povo faz tanto drama, são só gays. — O rapaz de cabelos verdes me mostrou o celular, e olhei um vídeo do casal dançando em uma festa de luxo, junto de outras fotos. — Eu... Não entendo a homofobia.
— Oh! Eles dançam bem. — Falei sorrindo. — E são bem bonitinhos também.
— Cyno! — O rapaz reclamou, e senti meu rosto ficar vermelho.
— Sem duplo sentido... E-eu posso elogiar outras pessoas. Mas Hey, se você não gosta de fofoca por que está nesse site? — Questionei, arqueando as sobrancelhas.
— Olha, as vezes eles postam notícias interessante. — Olhei para o rapaz de modo suspeito, e ele ficou vermelhinho e irritado. — Tá, eu acompanho a Miss Hina.
— Sabia! — Me sentei normalmente, fechando o livro de piadas. — Saca só minha nova piada, toc toc.
— Cyno, não.
— Toc Toc!
— Grr... Rosno pra você. — Falou, movendo a mão como se fosse uma pata de animal me arranhando.
— Furry. — Cruzei os braços, e repeti novamente. — Toc Toc.
— Quem é? — Albedo perguntou, assim que entrou na sala e se sentou ao meu lado.
— Albedo! — Me virei para ele animado.
— Oh! Então sou eu? — Disse, se referindo a minha piada.
— Ah bem... É. — Sorri, me virando conversar com o rapaz.
— Do que estão conversando? — Albedo perguntou, e Tighnari me cortou falando.
— Fofocas sobre os gays nessa faculdade. — Ele entregou o celular para Albedo, e o rapaz se surpreendeu.
—... A senhorita Jean foi nessa festa, ela me falou mesmo que dois rapazes tinham chamado a atenção no começo da festa, mas eu nunca imaginaria que fossem alunos daqui. — Ele devolveu o celular, e para a nossa surpresa uma quarta pessoa apareceu na frente da minha mesa.
— Que fofoca?! Eu preciso saber! — A garota de cabelos marrons longos gritou, e Suspirei vendo Tighnari mostrar o celular novamente.
— Aqui Hutao. — O queixo da garota caiu ao chão.
— Haha que legal! Eles são tão fofos, casal feliz me deixa feliz. — Se apoiou na mesa, balançando a cabeça de um lado para o outro.
— O que está fazendo aqui menina? Você nem faz aula aqui. — Tighnari perguntou de forma levemente grosseira.
— Meu pai é professor, eu tenho privilégios. — Cruzou os braços, antes do senhor Zhongli passar pela porta.
— Hutao, por favor saia querida, eu preciso dar aula. — O homem falou, e a menina concordou saindo em direção a porta. — Me mandem o vídeo!
— A propósito, o que vocês dois estão fazendo na aula de história? — Questionei.
— Eu peguei aulas extras de história na secretaria, não faz parte do curso de botânica mas estava curioso sobre as aclamadas aulas do Zhongli. — Tighnari falou de modo amigável, e ficou levemente vermelho. — E... Eu sei que essa aula faz parte do seu curso, achei que seria legal ficar próximo de você.
— E eu recebi algumas aulas de história grátis por pedido da minha mãe para complementar o curso de biologia e química. — Comentou de forma amigável.
— Oh entendi, a aula vai ser interessante então... Ah, só espero que aqueles dois não sejam atacados por orientação sexual ou algo assim.
* * *
— Certeza que não vai perder algo importante ficando aqui comigo? — Kuni perguntou, o rapaz estava na cama mexendo no celular e jogando um jogo.
— Sim, eu só quero ter certeza que você não vai mais desmaiar aqui sozinho sem eu ver. — Eu estava na mesa de estudos, escrevendo a matéria que os professores passaram ontem.
— Ahhh... Vamos fazer algo legal então, sei lá... Você não vai me deixar sair, né?
Parei para pensar um pouco, e se eu pensar em algum joguinho para fazer ele falar mais informações...?
— Hmm bem... Vamos. — Me levantei, caminhando até a cama e me sentando na frente de Kunikuzushi. — Que tal um jogo de perguntas?
— Que tipo de perguntas? — Arqueou as sobrancelhas.
— Verdade ou desafio, você deve ter algum feitiço para ver se estamos mentindo ou não, porque não joga ele em nós? — Falei, vendo o rosto do rapaz ficar intrigado com a ideia.
— Que tipo de punição?
— Que tal... Ah, você pode escolher, o feitiço é seu. — Dei de ombros, e o rapaz estalou os dedos, aparecendo uma garrafa de bebida.
— Uma mentira, um gole.
— Agh... Por que quer me deixar bêbado?
— Hey, eu sou o mentiroso aqui, você que iria me ter bêbado. — Cruzou os braços e suspirei.
— Certo, se você diz... Pode começar. — Falei, e o rapaz sorriu.
— Verdade ou Desafio, Kazuha?
—... — Ok, eu talvez não tenha pensado bem na ideia, se eu escolher desafio ele pode acabar comigo.
— O que foi? O gato comeu sua língua?
— Ah... Bem... Verdade. — Suspirei, e Kunikuzushi ativou o feitiço na minha cara.
— Kaedehara Kazuha, é verdade que você acha o Kunikuzushi super gostoso? — Senti meu rosto esquentar de vergonha.
— É claro que é verdade, alguém não acha isso? — Cruzei os braços, e o círculo ficou verde, fazendo Kuni sorrir.
— Acho que o feitiço funciona, vai!
— Kunikuzushi, verdade ou desafio?
— Desafio.
Merda, essa pestinha deve saber que eu comecei isso para tirar informações dele.
— Ok, eu te desafio... A mandar uma mensagem para a sua mãe.
—... Não. — Falou grosso.
— Por que não?
—... Isso aí já é fora de questão, eu prefiro beber. — Falou, pegando um copo e virando. — Verdade ou Desafio?
Talvez, se eu mudar a minha abordagem ele também mude a dele e me de mais abertura... Então eu acho que vou ter que por minha cabeça a prova.
— Desafio.
— Ótimo, eu te desafio a ir no quarto do Tomo e colar na porta do quarto dele um: " Está tudo terminado entre nós, eu tenho um novo namorado muito mais gostoso e legal do que você. " — Falou animado. — Eu posso te seguir invisível!
— Bem... — Mordi o lábio pensativo, eu preciso entrar no jogo dele. — O quarto do Tomo é subindo a escada, nós podemos ir lá rapidinho então, sim.
— Ótimo! Haha, é por isso que eu amo você... — O rapaz falou, e em seguida colocou a mão no peito, segurando uma tosse.
— Kuni! — Segurei o rapaz antes dele cair para frente, e limpei sua boca com a manga da blusa. — Calma, calma... Está tudo bem, eu estou aqui.
— Ah... Desculpa... — O rapaz se apoiou em mim, e suspirei.
— Talvez sair do quarto não seja uma boa ideia.... — Falei, e o rapaz negou.
— Não, eu quero fazer isso! — Suspirei, pegando o rapaz no colo e levantando da cama. — Eu quero humilhar aquele cara.
— Eu sei, mas tem certeza? Você acabou de passar mal do nada.
— Eu estou bem! Agora vamos!
O rapaz se teleportou do meu colo, e ficou invisível segurando meu ombro.
— Pronto, você vai saber onde eu estou, vou ficar segurando você. — Falou, e suspirei abrindo a porta e saindo.
É horário de aula, só tem pessoas que mataram aula por aqui, tipo eu e o Kunikuzushi afinal, o Tomo raramente mata aula então eu imagino que não esteja no quarto.
Subi as escadas lentamente, com o papel em mãos e assim que entrei no quarto, o colei com vergonha vendo Kunikuzushi apertar meu braço com força em comemoração.
Apoiei o ouvido na porta por precaução mas não ouvi nada lá dentro, afinal as paredes são a prova de som, mas realmente espero que ele não esteja lá.
Voltamos para o quarto, felizmente ninguém nos viu e assim que entramos Kunikuzushi apareceu, se jogando na cama e rindo.
— Hahaha! Eu odeio aquele cara! — Falou animado, e suspirei indo até a cama e me deitando por cima dele.
— É ciúmes? — Perguntei, e ele concordou com a cabeça. — Então vai, verdade ou desafio, Kunikuzushi?
—... Verdade. — Ele disse, agarrando a gola da minha blusa.
— É verdade que você já se apaixonou por pessoas que ia comer, além de mim? — Perguntei, e o rosto do rapaz desfez o sorriso.
— Eu acho que vou beber bastante hoje a noite.
— Por favor... — Acariciei o seu rosto. — Me responda, eu estou colaborando com você.
— Eu... Sim, duas vezes. — Ele abaixou a cabeça, e sorri acariciando sua boca.
— Viu? Não doeu falar. — Abaixei o rosto, segurando o queixo de Kunikuzushi enquanto dava um beijo gentil no rapaz.
O rapaz segurou com força nos meus braços, passando as garras ali, e quando me separei do beijo ele foi direto.
— Verdade ou desafio, Kaedehara?
— Desafio. — Falei, e o rapaz abriu as pernas.
— Depois que esse jogo idiota acabar, você vai me comer? — Perguntou, e eu suspirei pegando a bebida.
— Não, sem sexo pra você seu bobo.
— Ahh... Você é malvado.
Bebi o gole no bico mesmo, e isso por algum motivo fez os olhos de Kunikuzushi se iluminarem e seu rosto ficar vermelho.
— Você pensou besteira, acertei?
— Hehe.
— Verdade ou desafio, pervertido? — Fiquei segurando a garrafa, afinal eu tinha uma ideia em mente.
— Você quer que eu escolha verdade, não quer? — Ele falou de modo provocativo acariciando meus braços. — Então, verdade.
— Por que você não fala com a sua mãe?
— Haha, ok, ok... Eu não posso voltar para casa, eu estou fugindo da minha mãe a uns 400 anos. — Falou, mas mesmo assim joguei a bebida na boca do rapaz. — Hey! Eu não menti.
— Eu sei, mas é seduzente fazer algo fora das regras, não é? — Bebi um gole também, vendo o rapaz agarrar na minha blusa.
— Você para de me provocar assim se não quiser sair daqui seco de tanto que eu vou sentar em você. — Falou, e eu o beijei, sentindo o gosto do álcool misturado com a saliva envolver a boca do rapaz.
O rapaz desceu as mãos agarrando minha camisa e tentando retirar ela, mas eu segurei suas mãos.
— Não vai ter sexo.
— Então porque você continua me provocando?! Agh, seu imbecil, idiota, nojento, fútil, sem pai. — O rapaz me deu um soco fraco, me fazendo rir.
— Certo, certo... Se você me der as respostas, vai ter sexo. — Falei, bebendo mais um gole, já começando a sentir os efeitos do álcool. — Hahaha... Você vai me tornar um alcoólatra.
— Quais respostas você quer...? — Olhei para Kunikuzushi, esse que parecia insatisfeito com a situação.
—... Ahmm vamos pensar. — Joguei ainda mais álcool na boca do rapaz. — Quem é Niwa?
—... Como... Como você sabe esse nome...? — Ele perguntou, com os olhos arregalados.
— Hm, irônico você não saber, você mesmo me disse o nome dele hic! — Bebi mais um gole, sentindo minha cabeça meio zonza, talvez isso tenha sido uma ideia ruim...
— Eu?! Eu não falo esse nome a séculos.
— Nossaaa, mas você falou domingo de noite, gemendo na minha orelha. — Falei, sentindo meu rosto querer se encher de lágrimas novamente. — Se você ama outro cara eu tô de boa, só não me usa desse je-jeito!
— E-eu não amo outro cara. — Ele disse, e me levantei saindo de cima de Kunikuzushi e voltando a beber em cima da cama. — Chega Kazuha, me dá a garrafa, são só umas 10:00 da manhã e você já está claramente alterado.
— Eu não ligo! Eu so quero saber quem é Niwa... Eu não consigo mais fingir que está tudo bem! — Virei a garrafa de uma vez, e Kunikuzushi pulou arrancando aquilo da minha mão.
— Chega! Ah... Niwa morreu a anos, você não precisa se preocupar.
— Como eu vou saber se isso é verdade...?
— Ah... — O rapaz jogou o feitiço nele mesmo, fazendo o círculo ficar verde, e olhou para mim cabisbaixo. — Eu não menti dessa vez... Eu não mentiria sobre isso...
Ele me abraçou com força, sentando no meu colo.
— Desculpa, ok? — Falou no meu ouvido, apertando minhas costas com força. — Eu não percebi, deve ter sido natural...
—... — Retribui o abraço, segurando a cintura de Kunikuzushi com carinho.
— Ele era alguém muito importante... E-eu ainda não superei a perca... — Senti as lágrimas do rapaz escorrendo no meu ombro, essa é a primeira vez que ele chora de verdade. — Me desculpa... Me desculpa, me desculpa, me desculpa.
Ele apertou com força, arranhando minhas costas enquanto chorava, e eu não entendi o porquê ele ficou tão mal com isso, mas aconteceu.
— Está tudo bem... Eu... Eu não vou mais perguntar sobre isso com você. — Falei, segurando a cabeça do rapaz. — Você que precisa me desculpar pelo showzinho.
— Babaca. — Kuni reclamou, me fazendo abrir um sorriso.
— Sim, eu fui um grande babaca, eu sou o seu grande babaca.
— E eu sou o seu grande mentiroso, que geme o nome de outra pessoa... É por isso que você negou fazer sexo comigo de novo? — Ele me encarou, limpando as lágrimas do rosto com a mão, sem sucesso.
— Claro que não, é porque eu não sou uma máquina de sexo que vai estar disposto 24 horas por dia. — Suspirei, e o rapaz mostrou a língua.
— Mas sou EU, você precisa treinar mais esse pau. — Reclamou, tentando manter o bom humor e as provocações, mas era difícil quando ele está chorando.
— Shhh, agora... Por que você só não fica quietinho no meu colo? Pode chorar mais.
— E-eu não vou chorar mais, foi só um momento de fraqueza, pare de se aproveitar disso.
— Haha, ok, ok. — Sorri, dando um selinho em Kunikuzushi.
Minha cabeça estava latejando mais do que nunca agora, na verdade ele não me respondeu quem era Niwa, só disse que ele já morreu, o que me faz me sentir menos mal porém... Mais preocupado.
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