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História Sonho Pecaminoso - No Silêncio Da Noite - História escrita por _Ly_24 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Sonho Pecaminoso - No Silêncio Da Noite


Escrita por: _Ly_24

Notas do Autor


Aí como eu fiquei felizinha e tristezinha ao mesmo tempo fazendo esse capítulo...

Capítulo 18 - No Silêncio Da Noite


— Então, onde exatamente nós estamos? É muito próximo da casa de Ningguang e está completamente vazio, só tem aquela funcionária que nos trouxe aqui. — Falei sorrindo, e vi Kazuha corar. — Eu sei que não tinha nenhum restaurante por perto, pesquisei sobre a cidade antes do encontro.

— Haha, você me pegou, essa foi bem mais rápida do que eu imaginava... — O albino fez sinal com a mão para a mulher que se retirou da sacada. — Não tem restaurante nenhum aqui mesmo, esse aqui é um prédio de uma das empresas da Ningguang, eu pedi para usar hoje a noite.

— Engenhoso, e o resto? Eu suponho que nós vamos comer comida aqui, além de que essa sacada está toda decorada, a mesa chique, o candelabro, a funcionária... Você pediu tudo para a sua madrasta rica? — Arqueei as sobrancelhas, e a funcionária colocou dois copos de água na mesa, junto com um prato com pedaços de pão e vários tipos de cremes.

— Bem... Eu não sou mimado, muito menos rico, mas... Sim, o prédio eu pedi emprestado para a Ningguang, porém foi só isso. — Cruzei os braços, vendo o rapaz corar. — Hmm... Talvez mais algumas coisinhas também.

— Vai Kazuha, fale logo o que você fez. — Sorri, pegando um pedaço de pão e passando em um dos cremes. — Um aperitivo... Legal.

— Eu decorei todo esse lugar, claro que a Ningguang me ajudou a escolher e a comprar as decorações, mas eu vim aqui sozinho para limpar o local e preparar tudo! — Falou orgulhoso, e eu ri um pouco observando o rapaz animado.

O Kazuha com esse olhar inspirado me faz sentir tão completo e amado por dentro, enquanto comia outro aperitivo, estava uma delícia... E olha que é difícil comida me agradar.

— Você tem bom gosto para decoração, estou encantado. — Falei, vendo o garoto se alegrar, assim ele continuou falando.

— A Funcionária é da Ningguang sim, ela se ofereceu para servir porque a Ningguang achou que poderia ser anti-climático eu ficar arrumando as coisas durante o encontro, servindo comida e tals, eu acho que não ligaria muito, mas... É uma mordomia de qualquer jeito.

— Tudo bem, eu não vou te julgar por algo assim, mas e a comida?

— Haha aí que está... — Kazuha corou a nuca envergonhado. — Eu cozinhei tudo hoje de tarde.

— Você? Uau, eu pensei que você tivesse saído hoje para comprar algum presente para mim ou algo assim. — Falei na inocência, observando a paisagem com o rosto avermelhado. — Você realmente fez tudo isso manualmente para mim?

— Sim, afinal eu te a... Digo, eu te odeio. — O rapaz riu um pouco nervoso. — Desculpa, foi quase...

— Acontece, eu imagino que seja natural falar isso... — Suspirei, colocando minha mão na mesa sobre a de Kazuha. — Eu te odeio muito mais, seu idiota.

— Hey, isso soou como se você realmente me odiasse, estou magoado! — Falou com ironia, me fazendo rir.

O "Eu te amo" por algum motivo atiça meu subconsciente, mas eu não me importo de falar: "Eu te odeio" para o Kazuha quantas vezes sejam necessárias, na verdade isso até se torna algo mais especial, eu gosto.

É como se fosse o nosso jeitinho especial de demonstrar afeto, eu amo isso.

— Você fez esses aperitivos também? — Questionei, provando agora o creme apimentado. — Estão muito bons.

— Sim, eu cortei o pão e fiz os cremes. — Kazuha sorriu, passando um pedaço de pão em um dos cremes. — Queria que ficasse algo requintado igual um restaurante chique.

— Haha, você não precisava imitar um restaurante chique... — Sorri observando o prato na mesa. — Eu ia amar só de ser sua comida no nosso quarto da faculdade em uma mesa de estudos, mas o seu esforço para me agradar é tão...

Olhei para Kazuha, sentindo meu coração bater mais forte, minha cabeça ficava levemente nublada, mas eu não posso perder o controle aqui, não posso.

— Nossa... Desculpa. — Balancei a cabeça rindo um pouco. — Isso é simplesmente incrível, muito obrigado.

— Não precisa agradecer... — Kazuha entrelaçou nossos dedos, acariciando minha mão e me fazendo derreter de amores por esse... Maconheiro sem noção.

— Kuni, eu não sou maconheiro. — Ele riu um pouco, beijando minha mão.

A funcionária entrou na sacada, e colocou na mesa dois pratos com um peixe frito, que me fez arquear as sobrancelhas para Kazuha.

— Essa é a sua grande culinária? — Perguntei, de modo irônico.

— Eu chamo de beleza de todo clima, é um prato de peixe grelhado que eu considero minha especialidade. — Falou, orgulhoso de si mesmo.

— Ok, eu vou provar. — Pisquei para Kazuha, e o rapaz corou de leve.

— Tenham um bom jantar garotos. — A mulher se curvou, e se retirou.

Enquanto comíamos eu olhava para a paisagem encantado, e o gosto do peixe de Kazuha... Bem grelhado, com o sal no ponto, não era um trabalho de um profissional, mas era feito com carinho, eu sentia isso a cada bocado.

— Haha... O silêncio é um pouco desconfortável. — Kazuha disse, bebendo um pouco de água.

— Estou saboreando o prato, destinando toda a minha concentração para o meu paladar, falar me atrapalha. — Revirei os olhos e Kazuha deu uma breve risada.

— É sério? Que fofo, você realmente está empenhado em aproveitar o que eu fiz.

— Claro que estou! Olha tudo isso... Haha, Kazuha você é um namorado tão perfeito. — Apertei meu peito com a mão, rindo baixo.

Perfeito demais para mim.

— Acho que eu quebrei você haha, está tudo bem? Você nunca me elogia tão genuinamente assim. — Falou sorrindo, e colocando um pedaço de peixe na boca.

— Eu... Não ache que isso vai ser permanente imbecil, só estou tentando ser agradecido pelo que você me fez! — Reclamei, e engoli um pedaço de peixe.

Senti um vento forte passar por nós dois, apagando as velas da mesa e fazendo eu e Kazuha se encarar sem reação.

— Ok, eu não previ que isso iria acontecer. — O rapaz riu, o que me fez rir junto a ele. — Tem um isqueiro?

— Ah Kazuha! Você é tão idiota! Hahaha meu deus. — Estalei os dedos rindo e ascendi as velas com magia.

A luz refletindo no rosto de Kazuha fez meu rosto esquentar, todo o contraste entre seu rosto, a luz das velas e o escuro da noite me fez ficar ainda mais apaixonado.

— Você está... — Balancei o rosto de novo, voltando a comer.

— Você está bem? — Kazuha perguntou de modo atencioso.

— Estou... Só, estou apaixonado, completamente apaixonado, e a cada dia, a cada instante eu me sinto mais apaixonado por você e isso está... Literalmente me matando. — Fechei os olhos, e respirei fundo tentando conter a vontade de vomitar que invadiu meu corpo.

— Kuni... — Kazuha se levantou, caminhando até mim e me abraçando com carinho. — Tem algo que eu possa fazer? Quer tomar um ar antes de continuarmos?

— Não, obrigado Kazuha... Por favor, não se preocupe comigo. — Beijei a bochecha do rapaz. — Vamos, você falou que ia ter mais coisa, não disse?

— Eu... Sim, vamos terminar de comer.

Kazuha voltou para o seu lugar, logo após terminarmos o peixe a funcionária trouxe algumas sobremesas, me fazendo sorrir novamente.

— Doces? Sério Kazuha? — Observei o rapaz com as sobrancelhas arqueadas. — Pensei que me conhecesse.

— Abre a caixa primeiro, por favor? — Respondeu, e fiz.

— Deixa eu ver, Chocolate 100% cacao, feito de Kaedehara Kazuha especialmente para Kunikuzushi. — Olhei para o rapaz rindo igual idiota. — Você fez isso também?

— Sim, sem nenhuma pitada de açúcar. — Kazuha pegou o chocolate ao leite dele e comeu.

— Hmm... Vamos ver. — Coloquei um pedaço na boca e era... Amargo, bem amargo. — Hm, isso até que é gostoso.

— Viu? Eu sabia que você ia gostar! Na verdade, eu deixei um pouco torto e passou do ponto já que é a primeira vez que eu faço chocolate, mas acho que ficou bom.

— Sim, ficou... Não se coloque para baixo, qualquer coisa na próxima nós fazemos juntos. — Sorri para o rapaz.

— Sim, eu adoraria. — Sorriu, se levantando da mesa. — Já quer ir para a próxima coisa enquanto comemos o chocolate?

— Hmmm pode ser. — Me levantei junto, e Kazuha fez sinal para a funcionária que abriu a porta da sacada.

Kazuha foi andando pelo prédio, subindo ainda mais as escadas, o que me deixou um pouco confuso, o que nós vamos fazer lá em cima?

— O que vamos fazer? — Perguntei um pouso inseguro, e o rapaz sorriu.

— Você gosta de Bungee jump? — Perguntei, e sorri um pouco.

— Meu deus, você não instalou um Bungee jump aqui, né? Quer morrer?

— Talvez, se o meu namorado gostar, vai ter valido a pena. — Sorriu dando de ombros, e quando chegamos no terraço lá estava o Bungee jump pronto para ser usado.

— Meu deus, Kazuha! — Dei um soquinho no braço do rapaz. — Como eu vou competir com isso no nosso próximo encontro?!

— Virou competição de quem agrada mais agora? — Perguntou, cruzando os braços.

— Com certeza, você me aguarde rapaz que eu vou te levar até a lua. — Respondi, andando até o Bungee jump um pouco encantado.

Pular a luz do luar em um prédio completamente vazio só eu e o Kazuha, caralho, eu já falei que meu namorado é perfeito?!

— Espero que isso não seja no modo literal, quer pular primeiro? Sendo sincero, eu tenho um pouco de medo disso.

— Claro, porque não? — Passei por Kazuha, indo até a base e vendo o rapaz me colocando os equipamentos. — Não tem risco da gente gorfar toda a janta para fora por isso?

— Tem, mas garanto que a vista vale a pena arriscar. — Ele puxou a conta com força, me fazendo corar um pouco. — Vai lá meu amor, arrasa.

Kazuha me deu um selinho e em seguida eu pulei sem pensar duas vezes, mesmo não tendo medo é muito gostoso a sensação de frio na barriga invadindo o meu corpo, e claro, as luzes da cidade e das estrelas continuavam ali.

Em queda livre eu mal conseguia diferenciar o que é cada coisa, mas isso não diminuía a beleza da situação. Isso é incrível, mesmo sendo tão velho eu nunca tinha ido em um encontro com uma atividade assim, eu estava amando.

— HAHAAHA! HAHAHAHA! — Ri alto lá embaixo, feliz e ansioso por mais.

A hora de descer me deu um pouco de enjôo eu admito, e eu tive um pouco de dificuldade de ficar em pé por causa da cabeça girando, felimente toda a comida continua no estômago.

— Você está bem? — Kazuha perguntou, me segurando com cuidado enquanto me soltava da proteção.

— Incrível! Isso é muito legal! Você precisa ir logo hahaha. — Falei, e Kazuha sorriu para mim.

Pulei nos braços de Kazuha, abraçando com força o rapaz que se assustou com o movimento repentino.

— Está tudo bem? — Ele perguntou, tocando na minha costa com carinho.

— Está tudo... Perfeito. — Encolhi meu rosto no seu pescoço.

— Você está abaixando a guarda demais comigo, acho que vou ser malvado. — Falou brincando, e me abraçou com mais força.

— Idiota... — Apertei Kazuha com mais força.

— Eu vou agora, posso? — Perguntou, e o soltei.

— Hmm... A propósito, você é louco, sabia? Fazer Bungee jump a noite em um prédio vazio e sem proteção? Eu que sou suicida, mas você que tá tentando se matar? — Perguntei, enquanto subimos para o a parte de cima do prédio novamente.

—... Você é suicida? — Kazuha perguntou um pouco de preocupação.

— Você nunca percebeu? — Dei um selinho em Kazuha, fazendo o rapaz corar. — Não se preocupe, a última vez que tentei me matar eu não te conhecia ainda.

— Kuni... Por que você nunca me contou?! Ah, você está bem?! — O rapaz segurou meus braços me fazendo rir, ele procurou marcas de cortes e eu achei isso fofo, sua preocupação comigo é adorável.

— Não se preocupe, eu falei que já faz tempo que não tentei mais nada. — Pisquei para o rapaz. — Agora vai, se a corda arrebentar eu te salvarei.

— Isso era para ser romântico? — Kazuha me mostrou a língua.

— Está copiando a minha assinatura de provocação?! — Mostrei a língua de volta, fazendo o rapaz rir.

Chegamos lá em cima, e enquanto prendia o equipamento no seu corpo eu me aproximei olhando para baixo... Uau eu pulei tudo isso em queda livre, maneiro.

— Aí... Na verdade é a primeira vez que eu faço isso e eu estou com um pouco de medo, você bem que poderia me dar um beijinho de boa sorte. — Kazuha falou de modo fofo, e senti meu rosto esquentar.

— Tsk, você é um idiota, sabia?

Segurei o rosto do rapaz, aproximando do meu e beijando sua bochecha esquerda, depois a direita, sua testa, seu nariz, e enfim dei um selinho na sua boca.

— E o beijo na boca vem quando? — Perguntou sorrindo.

— Volta vivo e você ganha mais do que isso.

O rapaz se afastou de mim e pulou, fiquei em alerta com medo do Kazuha se machucar, sorri ouvindo os gritos de felicidade e medo de Kazuha, a funcionária estava lá embaixo esperando a corda parar igual ela fez comigo, então eu desci pelas escadas andando, seria suspeito me teleportar para perto dela tão rápido.

— E aí? Como está o meu medroso?! — Perguntei, entrando na sala e vendo Kazuha tremendo igual um gatinho assustado.

— M-me-meu d-deus hahahaha...

Andei até o rapaz, tocando no seu ombro enquanto a mulher retirava o equipamento com cuidado.

— Está tudo bem?

— A-a vista é linda, mas... Hahaha meu deus muito mais intenso do que eu pensava. — Kazuha colocou a mão na barriga. — Agh... Acho que vou vomitar...

— Calma, mas você gostou?

— Adorei. — Ele sorriu para mim, e senti meu rosto esquentar. — Mas alguém aqui me prometeu um beijo, não foi?

— Haha... Eu prometi mais do que isso. — Puxei o rosto de Kazuha o beijando, passei minhas mãos pelo seu rosto, tocando o seu cabelo branco.

O rapaz segurou minha cintura com carinho, levantando um pouco a minha camisa, então mordi seus lábios com um pouco de força para chamar a atenção do maior.

— Você está sobre restrição, lembra? — Sussurrei, e o rapaz me olhou com aqueles olhos sedentos.

— Lembro, mas só estou te acariciando. — Colocou a mão por debaixo da minha blusa, acariciando minha barriga. — Te incomoda?

— S-sim, incomoda, tem uma pessoa aqui.

— Haha, tudo bem. — Kazuha se afastou de mim se espreguiçando.

— Olha só como o gatinho parou de tremer rápido. — Cruzei os braços vendo o rapaz rir envergonhado.

— Você me faz não conseguir pensar em outra coisa. — Comentou, e acenou para a mulher que saiu da sala. — Você gostou do nosso encontro?

— Kazuha... Eu amei, foi o melhor encontro da minha vida. — Comentei cabisbaixo, e o rapaz me abraçou.

— Ainda tem o seu presente lá no carro, vamos.

— Tem isso também?! Estou até ficando sem jeito. — Kazuha me guiou para fora do prédio, que olhando agora é um grande escritório vazio, parece que não é usado a um tempo.

— O que aconteceu nesse prédio? Por que parece abandonado?

— A Ningguang desativou essa unidade temporariamente por motivos econômicos, vai voltar a funcionar em abril.

— Ah, entendo...

No carro, Kazuha abriu o porta-malas e me surpreendi quando ele me entregou uma caixa pequena e azulada.

— Pode abrir se quiser... — Kazuha estava com o rosto avermelhado, e sorri para ele.

Abri a caixa com um sorriso no rosto, e vi um colar na forma de uma pena dourada com um pequeno cristal azulado no meio.

— Oh, Kazuha... — Peguei o colar com cuidado, tão pequeno e precioso.

— Você me deu um, nada mais justo do que nós dois combinarmos, não acha? — O rapaz sorriu, e senti meu rosto esquentar ainda mais.

— Muito... Muito obrigado eu... — Senti meus olhos lacrimejando, e tapei meu rosto com o braço.

— Kuni?

— Muito obrigado... — Contive as lágrimas, limpando tudo na manga da blusa. — Você me faz sentir como se eu fosse amado por alguém e como se a minha vida tivesse algum sentido...

Kazuha ficou em choque com a revelação repentina, seu olhar espantado e o silêncio no local me fez sentir culpado pelo que havia saído da minha boca.

— Desculpe... Eu acabei com o clima há... — Coloquei o colar no pescoço, segurando com cuidado. — Eu vou guardar com todo o amor do mundo...

Kazuha repentinamente me abraçou com força, ele me envolveu com força entre seus braços em silêncio. Nós não falávamos nada, apenas ficamos ali por minutos nos abraçando.

Às vezes você não precisa falar nada, as pessoas simplesmente conseguem compreender os seus sentimentos no silêncio da noite.


Notas Finais


Eu tava pensando hoje como o Kunikuzushi por conta de tudo o que ele passou com o Dottore + trauma de abandono da Raiden e do Niwa.

Ele é uma pessoa que poderia facilmente acabar em um relacionamento abusivo por conta de dependência emocional, e isso foi o que me motivou escrever esse capítulo do jeito que ele ficou, principalmente o final.


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