JK
Depois de todo aquele longo caminho- bastante cansativo para nós dois- enfim chegamos. Eu nunca estive tão exausto, mas tão admirado na minha vida.
A casa de Jin não era enorme como eu esperava, mas diferente do que eu imaginava, sua casa possuía o melhor da decoração.
Não que eu tivesse visto muitas casas por aí, mas aquilo realmente me deixou surpreso.
Seu pequeno jardim exalava um perfume viciante, suas plantas tão bem cuidadas quase que sorriam para todos que passavam a sua volta, e o violeta das flores combinava perfeitamente com todo aquele cenário, como uma pequena casa de bonecas.
Ao me aproximar da porta, outro cheiro tomou meu olfato completamente, e naquele momento eu tive certeza de uma coisa: O almoço dele seria impecável.
Eu nunca poderia imaginar que Jin-hyung era um perfeito dono de casa.
E mesmo com a minha situação exaustiva, eu pude apreciar cada centímetro quadrado daquele lugar.
Sem demora, Jimin, ainda comigo em suas costas, tocou a campainha ansioso por uma resposta rápida.
— QUEM É?— uma voz gritou de forma escandalosa me dando um susto repentino.
— Sou eu hyung, o Jimin, abre aqui por favor eu preciso de ajuda— jimin respondeu bastante ofegante, e mesmo assim não me permitia descer de suas costas nem por um segundo
— O que houve meu deus?— gritou Jin abrindo a porta com aflição, expondo seu belo rosto suado, um avental florido e sua colher de pau fragmentada com algum tipo de molho, que me fez babar como um cachorro bulldog.
— O Jungkook...precisa de ajuda— Jimin dizia soltando as muletas no chão aliviado
— Quem fez isso com ele? Me diz que não foi um dos seus amiguinhos idiotas, porque eu já estou de saco cheio de ver você metido com esses agressores, vândalos sem futuro Park Jimin! — esbravejou ele de forma atropelada, deixando toda aquela situação engraçada e quase me fazendo rir mesmo com o corpo todo dolorido
— Não hyung, não tem nada a ver. Vamos cuidar dele antes dos sermões— respondeu Jimin ainda subindo as escadas devagar, e me levando até uma das entradas
— Certo... Eu subo em um instante, estou com a panela no fogo, cuida dele por enquanto— respondeu Jin se direcionando a cozinha de forma afobada ao ouvir a panela de pressão berrar descontrolada.
Park me posicionou em sua frente, sentado na cama, e sempre com a mesma delicadeza. Estranhamente me fazendo sentir especial...aquilo era bom.
Tirou da gaveta de uma das portas do guarda-roupa, uma pequena maleta de remédios. E com um pedaço de algodão molhado em álcool, Jimin passou delicadamente em meu rosto por cima dos cortes.
Segurei firme toda a ardência que senti enquanto mantive meus olhos entre abertos, podendo observar com clareza a maneira que Jimin se concentrava.
— Está ardendo muito?— Jimin perguntava com preocupação, e eu apenas balancei a cabeça ao negar, mesmo que por dentro eu sentisse o contrário.
Sua forma tão séria de se concentrar em mim, suas mãos pequenas, porém tão firmes ao me segurar, Jimin assemelhava-se cada vez mais ao anjo que sempre o comparavam a cada vez que se aproximava.
Lhe ter tão perto era tão estranho, e ao mesmo tempo tão único, me fazendo sentir esses pequenos formigamentos, com batimentos cardíacos duvidosos. Mas afinal, o que isso significava?
Nem podia imaginar.
Eu tão ingênuo e imaturo, não percebi quando me perdi no brilho de seus pequenos olhos sorridentes.
Onde eu fui parar?
Talvez eu só estivesse decadente demais, cansado demais para me manter são. Talvez o nervosismo tenha tomando conta de mim, me trazendo sensações estranhas e momentâneas.
Por sorte, Jimin nem mesmo notou o quanto lhe olhei de forma hipnotizada, pois enquanto eu agia como um bobo, secando Jimin completamente, ele continuou cuidando de cada corte, com aquele cuidado que eu jamais imaginei que receberia dele...
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