Duas semanas depois de ter conhecido meu daddy, ainda chamava ele assim pois não trocamos nossos nomes, lá estava eu andando ao lado do meu melhor amigo Park Jimin que finalmente havia voltado de viagem.
Já estávamos andando há quase uma hora por todo o grande shopping central de Seul, em busca de uma coisa que eu não fazia a mínima ideia do que seria.
— Jimin me diz de novo, o que exatamente estamos procurando?
O baixinho revirou os olhos pela centésima vez nas últimas horas, antes de se virar em minha direção.
— Estamos procurando algo delicado e sexy.
— E porquê precisamos de algo assim mesmo?
Jimin bufou.
— Jungkook foi você que entrou nessa história de daddy e babyboy sem conhecer nada do assunto. Agora você que aguente, estou tentando te ajudar.
— Jimin eu estou nervoso droga! Não sei o que vestir, não sei o que falar. E se o daddy não gostar de mim?
Lá estava eu com um bico enorme nos lábios enquanto era arrastado por um Park Jimin irritado.
— Pelo que você me contou nas mensagens que vocês trocam, você não é nada tímido.
— Mas Jimin nas mensagens ele não está me vendo. Só Deus sabe como aquele homem consegue ser intimidante com palavras, imagine pessoalmente?
— Tá bom Jungkook, tá bom. Vamos entrar naquela loja e rezar pra achar algo que caiba nessas coxas.
— Você tá me chamando de gordo?
Jimin revirou os olhos mais uma vez como se estivesse a ponto de explodir.
— Só vamos de uma vez.
Eu não sabia onde estava me metendo quando entrei naquela sala de bate papo. E não fazia ideia de que ia acabar vestindo uma meia calça rendada, mas lá estava eu experimentado a peça de tecido fino, enquanto rezava para todos os deuses do universo que me ajudassem a não rasgar a meia.
— Jimin vem cá. - Gritei do provador.
O Park adentrou a pequena cabine e suspirou aliviado ao constatar que finalmente havíamos achado uma peça que coubesse em mim.
— Graças aos céus! Vamos levar essa mesmo.
— Você acha que eu fiquei bonito? Eu não to muito confiante.
— Jungkook você tá gostoso ok? E não precisa se preocupar tanto, tenho certeza que seu daddy irá rasgar essa meia de qualquer jeito.
Bom, agora era só rezar pra Jimin estar certo. Porque o encontro com meu daddy seria essa noite.
[...]
Passei o restante do dia escolhendo a roupa perfeita para o encontro com meu daddy. Marcamos de nos encontramos em uma suíte de hotel, que ele mesmo havia reservado. Quem chegasse primeiro esperaria pelo o outro, e eu me sentia cada vez mais ansioso por finalmente conhecê-lo.
Com as duas semanas que passamos conversando descobri algumas coisas sobre meu daddy. Seu gosto por filmes e jogos era muito parecido com o meu, além de gostarmos do mesmo sabor de pizza. A única coisa que tínhamos de diferente era o gosto pela música, eu gostava de pop e o daddy gostava de músicas dos clássicos de musicais, como cantando na chuva.
Ele até me convidou para assistir com ele, pois revelou que tinha o dvd original em sua casa. Eu é claro aceitei na hora, mas isso seria algo que íamos fazer depois do nosso primeiro encontro.
Também descobri que ele era alguém muito inteligente. Com 27 anos tinha a própria empresa de cosméticos, e liderava um verdadeiro império. Lhe contei que eu era fotógrafo de uma revista renomada e ele disse que adorava fotografia e que queria ter cursado na faculdade mas optou por administração.
O mais incrível era que enquanto eu conversava com ele, não me lembrava nem por um segundo do meu ex, e era a primeira vez em um ano que eu sentia que finalmente estava esquecendo dele.
Terminei de me vestir e encarei meu reflexo no grande espelho do meu quarto. Jimin havia ajudado na escolha de roupas depois que lhe mandei uma mensagem com fotos das minhas opções. Acabei vestindo uma camisa de seda azul, deixando os dois primeiros botões abertos. A calça preta era colada em minhas coxas e por debaixo dela estava vestindo a meia de renda que ia até metade das minhas coxas.
Eu não estava usando cueca seguindo mais um conselho de Jimin. Segundo ele eu ia surpreender meu daddy e como queria agradar muito aquele homem, acabei aceitando sua sugestão.
Peguei meu celular e carteira, verificando mais uma vez se as camisinhas e pacotinhos de lubrificante estavam comigo. Quando confirmei que estava tudo certo enfim saí de casa.
O hotel ficava no centro da cidade e como estava de carro não demorei muito a chegar. Me anunciei na recepção e a moça que atendia me entregou uma chave, mas não soube dizer seu meu convidado já havia chegado.
Enquanto estava dentro do elevador a ansiedade resolveu aparecer mais uma vez. Não sabia o que era sentir isso, pois fazia muito tempo que eu não me relacionava com ninguém diferente. Onze anos para ser exato.
O elevador parou no andar correspondente ao meu quarto e finalmente consegui respirar aliviado. Respirei fundo mais uma vez antes de colocar a chave na porta e girar a maçaneta.
O ambiente estava todo em silêncio. Havia uma sala modesta com sofá e televisão e logo mais a frente uma porta que estava aberta. Não precisei me aproximar para saber que era onde ficava a cama.
— Olá? - Chamei, só para ter certeza se meu daddy havia chegado ou não.
Como não obtive resposta, resolvi passear pelo espaço.
A cama era enorme e parecia que cabia até três de mim nela. O quarto todo era bem bonito, com uma decoração simples e aconchegante. Espiei o banheiro e sorri abobado ao encontrar a enorme banheira a minha disposição, com certeza eu faria bom uso dela mais tarde. Acompanhado do meu daddy claro.
Voltei ao quarto e me sentei em uma poltrona que ficava de frente para a janela. A vista do local era linda e eu como um bom fotógrafo comecei a imaginar os diversos ângulos que poderia fotografar.
Estava absorto em meus pensamentos quando escutei o barulho da porta se fechando.
— É ele porra! - Falei baixinho me levantando imediatamente.
Ajeitei minhas roupas e coloquei um sorriso no rosto. Estava preparado para finalmente conhecer meu daddy.
A silhueta dele então foi se aproximando, se aproximando e eu o encarava como se fosse uma aberração.
Quem dera se fosse.
Seu sorriso sumiu de seu rosto, assim como o meu. Seus passos se apressaram cada vez mais enquanto eu me distanciava.
Não podia ser, me recusava a acreditar.
Universo porque me odeia tanto?
Finalmente ele parou a uma distância mínima de mim.
— Jungkook?
— Kim Taehyung!
Olhei pra poltrona que estava sentado antes e pensei.
" Será que se eu subir nela e me jogar pela janela eu consigo morrer rápido?"
Porque qualquer coisa era melhor do que ficar ali com o cretino do meu ex.
— Você? Deus! Como eu não te reconheci? - Taehyung deu mais um passo à frente.
— Eu também não te reconheci. Caso contrário eu nunca estaria aqui. - Cruzei os braços.
— Você está lindo. - Disse de repente me pegando de surpresa.
— Que bom, mas não posso dizer o mesmo de você. - Menti.
— Não era isso que você dizia. " Oh daddy eu quero tento sentar nesse pau".
— Olha só Taehyung, você tem uma porra de um pau gostoso pra caralho mas é só isso.
— Então você admite que quer sentar nele?
O desgraçado tinha aquele sorriso convencido nos lábios.
— Só depois que você admitir que quer a minha bunda.
— Mas eu nunca neguei isso Gukkie.
Inferno! Usar meu apelido sempre me deixava desestabilizado.
— Então você admite Taehyung?
— Se está falando sobre eu querer sua bunda, sim eu admito. Eu quero a sua bunda Jungkook, eu quero a porra da sua bunda quicando no meu pau bem gostosinho daquele jeitinho que só você sabe. Eu quero meter nesse cuzinho ate meu pau se enterrar em você, quero te chupar todinho e ouvir você gemendo meu nome enquanto eu engulo a sua porra. Ah Jungkook, quero beijar e morder cada pintinha sua, marcar todo o seu corpo com a minha língua.
Desgraçado de uma figa! Só com suas palavras meu corpo inteiro pareceu entrar em combustão. Taehyung sempre foi um maldito que sabe bem como me deixar excitado apenas com palavras. E eu só conseguia me lembrar de todas as vezes que transamos.
Céus, eu odiava aquele homem. Odiava com todas as minhas forças.
Mas eu queria aquele pau, ah como eu queria aquele pau.
Me aproximei de seu corpo ficando a milímetros de distância de sua boca.
— Só me beije Taehyung. - Fechei os olhos.
O filho de uma boa mãe não demorou nada em acatar meu pedido. Seus lábios se juntaram aos meus com certa urgência. Sua língua adentrou minha boca me agraciando com aquela sensação gostosa que eu não sentia há um ano.
Era um beijo urgente e que deixava claro a vontade que nossos corpos sentiam um pelo outro.
Taehyung agarrou minhas coxas e me impulsionou para cima, me deixando em seu colo. Ainda nos beijando ele caminhou comigo até a cama, me jogando em cima da mesma e separando seus lábios dos meus apenas para começar a atacar meu pescoço.
— Essa sua pintinha me deixa louco Gukkie.
Sua boca sugava com vontade minha pele e eu como o idiota que sou só sabia gemer.
Mas o que eu podia fazer? Foram dez anos de sexo com aquele homem, e um ano sem ele. Eu estava em abstinência e precisava saciar minha fome.
Empurrei seus ombros e Taehyung me olhou sem entender. Inverti nossas posições e sentei exatamente em cima de seu pau.
— Gukkie! - Gemeu rouco quando eu comecei a ondular meu quadril causando uma fricção gostosa em nossos membros ainda cobertos.
— Você gosta de me ver assim? Aqui em cima de você Tae?
— Ah Gukkie eu gosto muito, eu adoro quando você cavalga em mim.
— Tire suas roupas Tae, eu quero te chupar.
Enquanto o maldito tirava sua camisa eu que estava ansioso pra cair de boca naquele pau, comecei a desabotoar sua calça.
Literalmente babei ao ver sua cueca box manchada com o pré gozo. E quando tirei a peça e finalmente dei de cara com seu pau, quase dei um grito de comemoração.
Não deixei que Taehyung falasse nada, cai de boca no pau daquele homem sem me importar com o amanhã.
Fui com muita sede ao pote sim e quase me engasguei quando sua glande tocou em minha garganta. Mas como um bom safado que sou logo me recuperei, voltando a chupar com gosto.
Ah eu faria aquele maldito sofrer por ter me deixado. Taehyung ia se arrepender da melhor forma, ninguém nunca o faria sentir tanto prazer como eu.
— Nossa Gukkie vá com calma bebê, se continuar assim eu vou gozar.
— Goza na minha boca Tae, eu quero sentir seu gosto.
— PORRA!
O babaca gritou alto quando acelerei ainda mais meus movimentos. Às lágrimas desciam por meu rosto mas eu não ligava. Meu foco era mostrar a Taehyung o que ele perdeu.
E bastou uma chupada bem gostosa em sua glande para que ele gozasse em minha boca. Ainda bem que eu estava preparado porque o tanto de porra que eu engoli desse idiota não foi pouca não.
— Ah Gukkie você faz isso tão bem.
Tive vontade de responder que sabia mas somente fiquei quieto voltando a me ajeitar sob seu corpo enquanto tomava sua boca para mim.
— Agora é minha vez baby.
Taehyung começou a tirar minhas roupas em um desespero que eu desconhecia. Eu estava me deixando levar mas aí lembrei de um detalhe.
EU ESTAVA SEM CUECA E COM A DROGA DA MEIA RENDADA.
Assim que Taehyung tirou minha calça seus olhos dobraram de tamanho. Ele ficou me analisando durante alguns segundos que pareciam horas. Sua língua molhou seus lábios e ele finalmente se pronunciou.
— JUNGKOOK VOCÊ QUER ME MATAR?
Ele começou a apertar minhas coxas com força, fazendo questão de deixar as marcas de seus dedos em minha pele. Seus olhos percorriam toda a extensão de minhas pernas até meu membro.
— Tão gostoso, droga eu preciso fazer isso.
E então ele rasgou as malditas meias como se fossem papéis.
Jimin desgraçado, não é que você estava certo?
Taehyung atacou minhas coxas, mordendo e chupando com tanta vontade que as marcas avermelhadas já começavam a surgir em minha pele.
— Eu não consigo resistir, você é tão gostoso Gukkie.
Eu já estava prestes a reclamar da demora quando enfim o maldito começou a me chupar.
E não foi meu pau.
— T-Taehyung!
Maldito do inferno! Eu havia me esquecido como ele era bom no beijo grego.
— Me chama de daddy.
E voltou a penetrar seu músculo úmido e quente em minha entrada. Eu já estava me contorcendo tanto que a garota do exorcista sentiria inveja.
— D-daddy mais por favor!
Implorei feito um cachorro. A dignidade que eu sentia já tinha desaparecido a muito tempo.
E Taehyung me obedeceu. Me chupou com gosto enquanto sua mão subia e descia do meu membro me levando a loucura.
— E-eu vou gozar!
Ele parou suas ações me tirando um gemido sôfrego pela falta de estímulos.
— Eu preciso te fuder baby, agora.
Só balancei a cabeça em afirmação vendo ele se levantar e pegar algo dentro do bolso de sua calça, quando voltou percebi que se tratava da camisinha.
Taehyung rasgou o pacote e cobriu seu membro voltando a se encaixar no meio de minhas pernas.
— Você quer que eu te prepare? - Seus olhos tinham uma certa preocupação que resolvi ignorar.
— Só vai de uma vez!
Ele deu um sorrisinho típico de cafajeste antes de começar a me penetrar.
Fiz uma careta dor, afinal eu estava há um ano sem transar e tinha esquecido como o pau de Taehyung era grosso.
— Gukkie tá tudo bem? - Ele ficou parado assim que seu membro entrou por completo.
Claro que não tá tudo bem idiota! Você tem um pau gostoso pra caralho e eu não transo faz tempo!
— Sim, só vai devagar.
Ele me beijou de uma maneira carinhosa até demais para aquela situação. Não tínhamos mais essa intimidade então foi estranho.
Estranho porque foi o tipo de beijo que dávamos quando fazíamos amor, e não apenas sexo como estávamos fazendo no momento.
Taehyung voltou a me estocar com calma, enquanto continuava me beijando com o mesmo carinho de antes. Sinto seu membro atingir minha próstata e imediatamente solto um gemido.
— Ai Tae, continua bem ai!
— Assim? - O desgraçado acerta mais uma vez.
— Isso, bem aí! Vai mais forte!
O infeliz começa a se movimentar de novo mas dessa vez acelera seus movimentos.
— Mais rápido idiota!
Ele segura firme em minha coxa e a posição facilita ainda mais a penetração.
Mas como eu estava louco pra sentar naquele pau resolvi tomar o controle da situação.
— Espera Taehyung, eu quero trocar de posição.
Ele fez uma carinha de bravo por ter que sair de dentro de mim mas assim que me posicionei em cima dele, seu sorriso cínico voltou a aparecer.
— Ah baby, cavalga direitinho no daddy.
Apoiei minhas mãos em seu ombro buscando melhor sustentação e sentei de uma vez naquele pau.
— CARALHO JEON!
Ah isso mesmo infeliz, sente o que você perdeu.
E juntando toda a raiva e força acumuladas dentro de mim eu cavalguei naquele homem como nunca antes. Eu sentava com força enquanto suas mãos apertavam minhas coxas e de vez em quando me davam tapas na bunda.
— Fode esse cu direito desgraçado!
Ah, aquele foi com com certeza o estopim para o maldito Kim. Ele segurou firme em minha cintura e me virou de lado voltando a me penetrar com tanta força que eu só sabia gemer feito uma cadela.
Eu estava no mundo do prazer tendo minha próstata acertada sem dó nem piedade. E eu queria mais, ah eu queria sentir mais daquele pau.
E como se estivesse lendo meus pensamentos, Taehyung me estocou de uma maneira profunda e logo eu me vi ali gozando em jatos fortes enquanto segurava os lençóis e via minha visão escurecer.
Só senti Taehyung saindo de dentro de mim enquanto gemia alto e se desfazia da camisinha, gozando em minhas costas e melando minha bunda.
Eu ainda estava inerte do mundo, aproveitando das sensações do orgasmo quando seu corpo se deitou ao meu lado.
Taehyung foi começando a subir em cima de mim novamente, eu sentia seus lábios percorrendo meu pescoço e então finalmente eu acordei pra vida.
EU ACABEI DE TRANSAR COM MEU EX NAMORADO. MEU EX NAMORADO QUE TERMINOU COMIGO DO NADA. O MALDITO INFELIZ DOS INFERNOS DO MEU EX.
— SAI DE CIMA DE MIM SEU DESGRAÇADO! - Gritei empurrando seu corpo com tanta força que ele caiu no chão.
— MAIS QUE PORRA JUNGKOOK? O QUE DEU EM VOCÊ? - Gritou de volta se levantando do chão.
— TU NÃO SE APROXIMA MAIS DE MIM FILHO DA MÃE! - Me levantei da cama e só Deus sabe como, afinal eu não estava nas melhores condições depois do que fizemos.
— Você é louco ou o quê?
— Olha Taehyung eu vou deixar uma coisa bem claro aqui. Isso que acabou de acontecer NUNCA mais vai se repetir! Eu estava louco mesmo de aceitar transar com a pessoa que eu mais odeio no mundo!
— Você me odeia?
É impressão minha ou seus olhos ficaram tristes?
— ODEIO, ODEIO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS. EU DESEJO TODOS OS DIAS QUE VOCÊ SE FODA BONITO TAEHYUNG, ESPERO QUE UM DIA ALGUÉM QUEBRE SEU MALDITO CORAÇÃO COMO VOCÊ FEZ COM O MEU.
— Gukkie...
— E NÃO ME CHAMA DE GUKKIE! VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO!
Passei por ele feito um furacão e fui em direção ao banheiro mas antes de chegar na porta sinto seus braços me abraçando por trás.
— Gukkie não faz assim, vamos conversar.
Soltei seus braços de mim.
— AGORA VOCÊ QUER CONVERSAR TAEHYUNG? ENGRAÇADO QUE QUANDO VOCÊ TERMINOU COMIGO APENAS UMA MENSAGEM FOI O SUFICIENTE NÃO É? VOCÊ NÃO SE IMPORTOU EM SEQUER ME RESPONDER DE VOLTA, VOCÊ NEM AO MENOS ATENDEU MINHAS LIGAÇÕES TAEHYUNG. E AGORA VOCÊ QUER CONVERSAR? AH POR FAVOR.
Eu sabia que estava chorando mas eu precisava desabafar todas as emoções que estavam guardadas dentro de mim.
— Eu sei que errei com você, sei que fui idiota e um verdadeiro cretino. Mas me deixa explicar Gukkie, por favor.
— VAI PRO INFERNO SATANÁS.
E enfim entrei no banheiro.
Liguei o chuveiro e deixei que minhas lágrimas se misturassem a água. Só faltou uma música da Billie Elish pra completar meu momento sad boy.
[...]
Quando sai do banheiro já estava me preparando para ter que enfrentar Taehyung mais uma vez. Mas ele não estava no quarto.
Parte de mim estava feliz. Mas outra parte se sentia abandonado mais uma vez e conclui que ter transado com Taehyung foi um grande erro.
Vesti minhas roupas sem um pingo de animação. Toda a empolgação que senti quando cheguei naquele quarto havia ido embora.
— O que esperar de alguém que termina um namoro de dez anos Jungkook?
Calcei meus sapatos e enfim sai daquele quarto. Quando cheguei na pequena sala lá estava o maldito, não sei se fiquei feliz ou triste. Foi uma mistura dos dois
— Jungkook...
— Taehyung só me deixa ir embora de uma vez.
— Eu não posso... Não posso te deixar ir embora sem saber da verdade.
— Que verdade? Que você foi um babaca que terminou nosso namoro de dez anos com uma mensagem? Que você simplesmente jogou fora toda uma vida como se não fosse nada? Como se eu não fosse nada?
— Por favor Gukkie, por favor.
Respirei fundo.
— Você tem cinco minutos Kim.
Taehyung sorriu mínimo enquanto eu me sentava no pequeno sofá.
— Gukkie você se lembra que meu pai estava muito doente, certo?
— Sim, nós ficamos de viajar para Los Angeles porquê você queria vê-lo mas você terminou comigo antes disso acontecer.
— E você se lembra que foi exatamente nessa mesma época que você conseguiu a vaga de fotógrafo oficial da GQ Korea, certo?
— Você me comprou um buquê de lírios nesse dia e disse que estava muito orgulhoso de mim.
— No seu primeiro dia de trabalho eu recebi uma ligação Gukkie. Meu pai havia falecido naquele mesmo dia e minha madrasta estava arrasada. Ela não sabia o que fazer e não tinha idéia de como administrar as empresas do meu pai. Ela me explicou que eu precisava ir até Los Angeles e me disse que eu precisava ficar morando lá por um tempo, até que ela fosse capaz de aprender a administrar nossas empresas. Como eu tenho experiência por administrar a sede de Seul e sou da família, não havia ninguém melhor do que eu.
— E você não podia simplesmente me contar Taehyung? Porra, nós passamos por tanta coisa juntos. Tivemos nosso primeiro juntos, nossa primeira vez, as primeiras brigas, as inseguranças. Você cuidou de mim quando peguei catapora e eu cuidei de você quando você pegou aquele gripe super forte. Nós sempre estivemos lá um pelo o outro e você não podia simplesmente me falar a verdade? Ao invés disso preferiu quebrar meu coração?
— É por ter passado tantas coisas com você que eu não pude te contar Gukkie. Eu acompanhei cada trabalho seu, eu vi o seu esforço para se tornar o grande fotógrafo que você é. E como eu podia te tirar isso quando você enfim chegou onde tanto queria? Como eu podia ser egoísta assim?
— Eu largaria tudo pra ficar ao seu lado te apoiando. - Às malditas lágrimas voltaram.
— Eu sei meu amor. -Taehyung se agachou em minha frente e segurou meu rosto. — Exatamente por isso que eu fiz aquilo.
— Mesmo assim Taehyung. - Afastei o toque de suas mãos. — Você quebrou meu coração aquele dia.
— Seu coração não foi o único que se quebrou Gukkie. Eu perdi duas pessoas importantes naquele dia e acho que é impossível tê-las de volta.
Ouvir a verdade me trouxe uma enorme paz. Eu esperei tanto por aquilo e agora eu finalmente sabia o motivo pelo qual Taehyung havia me deixado.
— Gukkie?
— Hum?
— Existe alguma chance de você me perdoar? E... Eu te ter de volta?
Existia?
Eu passei dez anos da minha vida amando a mesma pessoa, dez anos ao lado do mesmo homem que eu vi crescer. O meu amor por Kim Taehyung não era algo passageiro, nunca foi. Nosso amor não é algo que se podia esquecer da noite pro dia, e eu sabia disso pois mesmo com toda a mágoa que sentia eu ainda o amava com todas as minhas forças.
— Você me magoou muito Tae. Mas...
— Mas? - Segurou meu rosto novamente se aproximando dos meus lábios.
— Mas eu estaria mentindo se dissesse que não te amo.
— Isso significa que você vai me dar uma chance?
— Significa que vamos recomeçar Tae. Não podemos voltar exatamente de onde paramos, eu te amo mas ainda estou magoado. Você precisa reconquistar a confiança que eu perdi em você.
— Eu prometo Gukkie. Prometo que vou te reconquistar, prometo que vamos ser muito felizes juntos.
— Então minha resposta é sim.
E então ele tomou meus lábios para si do mesmo jeito apaixonado de dez anos atrás, do mesmo jeito carinhoso e amoroso que foi nosso primeiro beijo.
— Eu te amo meu Gukkie.
— Eu também te amo Tae.
— Hum, Gukkie eu posso te fazer uma pergunta?
— Sim.
— Desse quando você tem kink por daddykink?
— Ah, cala a boca e me beija idiota!
E meus finais de semana continuaram sendo regados a sorvete de chocolate, netflix e sugar daddy. Mas somente um, o maldito gostoso e amor da minha vida, Kim Taehyung.
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