História Soulmates (KuroKen) - Capítulo 59: Noivo

NARRADORA ON:

Daichi: "Como estão as coisas com eles? Kenma falou alguma coisa sobre a roupa que ele vai usar?"- perguntou vendo o moreno guardando o celular após finalizar a ligação com o meio loiro. Kuroo tinha uma certa esperança do mais novo se esquecer e acabar contando sobre a vestimenta que usaria no dia da cerimônia, mas seu plano foi totalmente em vão.

Kuroo: "Ele não me disse nada... Nem mesmo me deu uma pista sobre. Pelo menos ele disse que me ama, isso já valeu por tudo!"- disse animado enquanto caminhava com o mais baixo até Bokuto, Iwazumi e Kageyama que estavam escolhendo as gravatas para os respectivos ternos dos padrinhos.

Iwazumi: "Kuroo, você é muito puxa saco do Kenma. Nunca vi igual. Vem logo ajudar a gente porque a cabeça do Bokuto está quase explodindo!".

Kuroo: "Você já viu o Oikawa atrás de você? Só falta ele beijar o chão que você pisa. O Bokuto quase baba quando o Akaashi respira e o Kageyama parece um cachorrinho do Chibi-chan, então isso mostra que não sou o único apaixonado aqui"- falou debochando dos colegas enquanto ouvia um xingamento desferido pelo amigo.

Daichi: "Lembra quando vocês formavam uma espécie de "grupinho" no colégio? Todo mundo tinha medo de vocês, mas no fim descobrimos que são apenas uns idiotas com alguns parafusos a menos".

Kuroo: "Até hoje não consigo acreditar que eu realmente era visto como uma ameça pra alguém. Olha pra mim, tudo que eu sei fazer são cálculos e fórmulas químicas. Bom, eu também sei cozinhar, sou responsável e também consigo dar muito amor e carinho para os meus gatinhos..."- disse gesticulando com as mãos e sendo interrompido por Hajime logo em seguida. Todos já sabiam qual seria o próximo assunto: Kozume Kenma. Esse era exatamente o problema, já que Tetsuro não conseguia parar de tagarelar ao falar de seu amado. E se isso acontecesse, não sairiam daquela loja tão cedo.

Iwazumi: "Tudo bem, nós já entendemos que você é perfeito em tudo que faz e também que ama seus filhos e seu noivo, mas sabia que precisamos decidir o que vamos usar no seu casamento até o fim da tarde?".

Bokuto: "Ai, você tá me enforcando! Isso aperta muito, o Akaashi é bem mais carinhoso..."- reclamou com o vendedor que lutava contra o fino pedaço de pano que era preso no terno alheio.

Random: "Primeiro: eu não sei quem é Akaashi, mas ele deve ser um santo por ficar ouvindo você reclamando o dia inteiro. Segundo: como você não sabe colocar uma gravata? Eu nem apertei ela e você já está quase chorando!"- e assim todos se surpreenderam ao ver que o bicolor sentou-se sobre uma das cadeiras do local e ativou seu típico "modo emo". Aquela definitivamente não era uma tarefa fácil.

Daichi: "Achei que o "modo emo" tinha ficado para trás quando nos formamos, mas acho que me enganei cedo demais...".

Random: "O que seria isso?"- perguntou o moreno voltando para trás do balcão de atendimento, provavelmente procurando algo que agradasse os padrinhos e o noivo. Bom, ou que pelo menos eles conseguissem vestir.

Kuroo: "O "modo emo" é quando algo ruim acontece com o Bokuto e isso acaba o deixando deprimido. Antes achávamos que isso acontecia somente durante as partidas de vôlei quando ele não conseguia cortar a bola, ou também quando o namorado dele não levantava pra ele. Porém, depois de um tempo percebemos que literalmente qualquer coisa pode deixá-lo assim!".

Random: "Então Akaashi é o namorado dele?"- perguntou abrindo uma das gavetas de vidro do local e retirando algumas amostras enfileiradas de diversos panos para os paletós.

Iwazumi: "Isso mesmo"- confirmou.

Random: "Deus o tenha, primeiramente. Agora eu preciso mostrar para vocês algumas opções de tecidos e estampas de ternos que temos disponíveis. Venham aqui, por favor"- todos os garotos (com excessão de Koutaro que estava muito ocupado tentando ligar para Keiji) se dirigiram para a mesa e observaram as milhares de opções em estoque. Novamente Kuroo pensou que só queria algo simples, mas agora estava seriamente em dúvida após observar todos.

Iwazumi: "Nunca pensei que seria tão difícil escolher isso...".

Kuroo: "Eu também não, mas pelo menos é por uma boa causa. Que cor eu deveria usar? Será que vermelho ficaria bom por ser o tema da festa?"- perguntou pensativo enquanto analisava um por um.

Random: "Acho que não seria adequando para um casamento, ainda mais se for na praia como você disse. Prefiro não comentar com o que você se pareceria...".

Iwazumi: "Talvez um mafioso com péssimo gosto, ou um homem da noite!"- supôs enquanto acariciava o queixo para demonstrar uma falsa dúvida, mas apenas recebeu um olhar qualquer do moreno antes de se virar de volta ao foco de sua atenção.

Random: "Você não precisa necessariamente usar a principal tonalidade no corpo todo. E se usasse algo "clássico", mas com algum acessório mais escuro?".

Daichi: "Cara, você é bom mesmo".

Random: "É claro que eu sou bom, eu trabalho com isso"- falou indiferente.

Kageyama: "Ele e o Kenma se dariam muito bem, não acha?"- sussurrou para o maior que estava ao seu lado. 

Kuroo: "Tenho pena de quem se casar com esse cara...".

Bokuto: "Bro, eu tenho uma ideia! Na verdade foi o Akaashi que me deu ela. Eu liguei pra ele e perguntei qual a cor que você deveria usar e ele chutou que o branco ficaria bom!"- disse correndo animado de encontro aos amigos. Todos os rostos pareceram se iluminar naquele momento como se suas dúvidas fossem tiradas pelo de olhos azuis.

Random: "Gostei desse tal de Akaashi. Ele tem bom gosto!".

Bokuto: "Ele já tem dono, não precisa ficar elogiando porque eu já faço isso"- seu semblante havia mudado novamente e sua "voz de alfa" fora utilizada para aumentar o tom de superioridade.

Random: "Eu sou comprometido, não se preocupe. Bom, agora que temos uma ideia de terno, acho que a gravata poderia ser vermelha. Para os padrinhos ficaria legal que eles usassem uma camisa social, mas sem o paletó por cima já que vai estar bem quente e isso dará destaque ao noivo".

Kuroo: "Acho que eu gostei! Será que o Kenma vai gostar disso? Vou ligar pra ele e perguntar..."- Tetsuro já foi logo retirando o telefone do bolso, mas foi impedido por Hajime que pegou o aparelho de suas mãos rapidamente.

Iwazumi: "Desgruda um pouco do coitado. Você fica vinte e quatro horas do dia em cima dele. Além disso, assim como a noiva, a roupa do noivo também deve ser surpresa!".

Daichi: "Concordo com ele, Kuroo. Não se preocupa, tenho certeza que o Kenma vai gostar de qualquer coisa que você usar"- ambos seguraram os ombros do mais velho e o empurraram para o provador. 

Random: "Vamos experimentar esse daqui. Ele é simples, então podemos ajustar e colocar nele o que desejar"- o outro lhe estendeu as mãos para entregar a troca. O mais velho fechou a porta e deixou os alfas para o lado de fora.

Random: "Certo. Agora vamos dar um jeito em vocês quatro. Por favor, venham comigo"- todos seguiram o de cabelos negros para dentro de outra sala cheia de todos os tipos possíveis de acessórios para ocasiões do tipo.

(...)

Kageyama: "Esse negócio tá me apertando demais..."- falou suspirando pesadamente junto dos outros garotos alí presentes.

Random: "É só para o noivo ter uma noção de como as roupas dos padrinhos vão ficar. Então, o que acharam?".

Bokuto: "Espero que o Akaashi goste!".

Random: "Bokuto, você consegue viver sem o Akaashi por apenas um segundo da sua vida?"- perguntou debochando do outro.

Bokuto: "Não sei, preciso perguntar pra ele!"- retrucou enquanto piscava para o menor.

Kuroo: "Cara, nunca pensei que ficaria tão bem em uma roupa branca. Parece que eu estou vestido para uma festa de ano novo, mas não ficou tão ruim quanto eu esperava".

Iwazumi: "A gravata ficou boa...".

Kuroo: "Você poderia me elogiar de uma maneira melhor, sabia? Gostei desse e vou levar assim mesmo. Não acho que ele precise de mais alguma coisa. Meu gatinho não gosta de nada extravagante, então acredito que está bom assim. Tudo que eu quero agora é ver meu bebê vestido pra mim..."- falou com ambas as mãos sobre o rosto ao se lembrar de seu pequeno. Em contrapartida, os outros apenas ignoraram os devaneios de paixão do maior.

Daichi: "E então, o que achou dos nossos?".

Random: "Acho que ainda teremos muito trabalho por hoje..."- suspirou.