[ Capítulo um ]
O vento assoprava com uma certa força e vigor na janela do quarto da jovem Seong Mina que estava deitada sobre sua cama com apenas a cabeleira pra fora de sua cama após uma noite de bebida e apostas.
- Se for pra dormir até o meio dia nem precisava ter voltado pra casa ontem. – Disse a Seong mais velha adentrando a porta velha do quarto de sua filha e abrindo as cortinas.
- Hummmh – Murmurou Mina se revirando na cama. Um longo suspiro foi ouvido seguido do silêncio absoluto no quarto, logo uma nota de 100 dólares foi jogada em seu rosto ainda sonolento e debruçado sobre a cama.
- Hoje é aniversário do Gi-Hun não É? Leva ele pra comer alguma coisa gostosa. – A mãe de Mina raramente dava alguma quantia de dinheiro para a mais nova e isso só havia acontecido por causa do aniversário de seu genro, namorado de sua filha, vulgo “cu de preguiça” como era carinhosamente chamado pela sogra.
- Isso não forra nem a minha calcinha, preciso comprar um presente pelo menos – Disse se levantando da cama e sentando na mesma. – Te dei todo o dinheiro que recebi do mercado, já gastou tudo?
- Aquilo não paga nem metade das contas.
- Tá certo então...POR QUE NÃO PARA COM ISSO? – Disse ao perceber que a senhora insistia em ir trabalhar vendendo mercadorias pesadas mesmo mancando muito dos pés.
Seong Hyuna trabalhava em um comércio de peixes na costa, era uma grande caminhada e a senhora insistia em ir até lá carregando uma caixa pesada de peixes.
- Lava a louça após tomar seu café -Ignorou completamente a fala de sua filha e saiu porta a fora.
Seong rapidamente saiu de sua cama e foi em direção à bancada da cozinha, subindo na pia chegando até a portinha do armário suspenso. Pegou um potinho e tirou a tampa encontrando mais 200 dólares. “Velha pão dura" Pensou a mais jovem rindo baixo enquanto colocava a quantia no bolso do casaco o vestindo logo em seguida e saindo pela porta. Ligou pro namorado após trancar a casa e esperou enquanto andava pelas ruas.
- Alô? - Disse a voz do outro lado cansada e claramente sonolenta.
- Feliz aniversário cu de preguiça – Respondeu com tom de zombaria.
- Já falei pra não me chamar disso!
- Força do hábito! – Riu alto dessa vez. – Arranjei uma grana, escolhe o que você vai querer comer hoje a noite, por minha conta!
- Nossa, ela toda mommy querendo me bancar hein. Acho que um frango frito tá ótimo pra mim.
- Aa escolha algo mais caro, pode anotar em um papel o que vai querer que- - De repente sua voz foi cortada por outra que se aproximava.
- Oe Mina, quanto tempo garota! – Disse a voz tão odiada e tão conhecida por seus ouvidos.
- Ei Gi, eu vou ter que desligar ok?! Eu amo você! – Desligou sem esperar a resposta do namorado e começando a correr em seguida.
- Segura essa Vagabunda! – O dono da voz começou a correr atrás da garota junto de seus parceiros.
Mina correu pelas ruas o mais rápido que pôde, sabia que uma hora ou outra precisava pagar sua dívida. Sabia que veria esses malditos rostos na rua uma hora, mas precisava ser agora?
Correu até entrar em um banheiro público da estação de trem daquele bairro que a esta altura não sabia mais qual era, os homens a acompanharam e a pegaram lá dentro mesmo, a segurando pela gola da camisa.
- Acha que pode fugir assim? Cadê a grana Vagabunda? – Disse a jogando nos pés do vaso sanitário daquele local.
- Calma Sook, eu tô com a grana! – Respondeu com um riso amarelo. – Só corri porque queria te pagar tudo no mesmo dia e agora tô só com metade da grana, mas pode pegar. – Disse Mina tirando o dinheiro do bolso e dando nas mãos da figura alta em sua frente.
- Olha, onde conseguiu essa grana? Andou dando o rabinho por aí? – Comentou rindo alto acompanhado de seus amigos mas ao ver a garota se levantando e pronta para ir embora a segurou novamente pelo braço e aproximando bem seu rosto ao rosto do dela. – Só que isso, não é nem metade do que você e a sua mãe me devem.
- Eu sei, eu já disse que vou t pagar, só espera mais um pouco. – Mina se desvencilhou do toque arrumando o casaco e Sook riu.
- É bom se lembrar que se não me pagar, venho buscar o seu rim e o da sua mãe, vocês me devem. – Disse o homem pronto para ir embora juntamente com seus capangas.
- Espera! Será que você podia me emprestar 100 dólares? Eu prometo que vou te pagar. – A última frase foi dita em um tom mais baixo, fazendo o maior rir novamente só que desacreditado.
- Nem ferrando vagabunda hahaha, vou te emprestar só por ter me feito rir. – Tirou a quantia do bolso direcionando a garota, que coçou a cabeça de um jeito desajeitado enquanto via o
grupo sair do banheiro rindo.
Agora precisava encontrar o namorado e explicar que mais uma vez que o destino do dinheiro tinha ido parar na mãos dos agiotas.
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