- Socorro! Socorro! - Ouço os gritos de Nesme antes de fechar a porta para o ginásio. Volto para o corredor e saio correndo, até chegar na sala de minha aula e ver Nesme debruçada pelo corpo da menina nova, onde há uma poça de sangue ao redor.
Eu estava em choque, meu Deus, a garota se cortou.
- Nes, sa-saia de cima dela! - Falei cautelosamente. Ela vira lentamente a cabeça para mim, seus olhos estão marejados e seu nariz vermelho. Sua face triste, bate de forma dolorosa em meu coração. Eu a pego pelo braço e a levanto devagar.
- Ela está viva, rápido!- Ela diz contendo meu abraço. Pego rapidamente meu celular e disco a emergência.
Depois de alguns minutos a ambulância chega e eu observo tudo bem de perto, tudo parece em câmera lenta, a polícia chega também. E a única pessoa que consigo observar é Nesme que está sentada na bancada da escola de braços cruzados, olhando perdida, para o chão, gostaria de conforta-la, mas nesse momento não posso. Eu sou o professor que encontrou a aluna nova, que tentou suicídio.
Um dos policiais, que acabou de chegar vem até a mim. Alto, branco e ruivo.
- Olá, Sr. Lennon?- Ele pergunta com um bloco de notas em mãos.
- Sim.- Falo cruzando os braços abrangendo uma postura, desafiante.
- Eu sou o policial McCoy. Gostaria de fazer algumas perguntas. - Ele diz e eu aceno para que ele continue, mas, ainda assim só consigo olhar para Nesme, que agora tem ao seu lado um garoto de jaqueta preta. Estreito os olhos para ele, desconfiado. Quem é? E por que a está abraçando? - Sr. Lennon? - Ouço a voz do policial McCoy me chamar e me viro para ele. Ele me olha franzindo o cenho.
- Oh Sim, desculpe. - Eu falo piscando algumas vezes para não desviar minha atenção dele.
- Run, então Sr.Lennon, onde encontrou a Srta. Golliver?- Ele pergunta.
- Na sala D, no corredor perto da entrada.- Eu digo observando de longe Nesme que agora descansa a cabeça no ombro do rapaz. Respiro fundo e tento me concentrar no questionário.
- Ok, e também havia a sua aluna Srta.Powell, ela comentou que estava com o senhor antes de encontrar a Senhorita Golliver. - O policial diz me pegando de surpresa.
- Ahm...Sim. Para falar da peça que irá ter .- Digo e ele acena com a cabeça e escreve no bloco.
Xxx
Depois de algumas perguntas, ele vai embora. E meus olhos não conseguem desgrudar de Nesme que está sendo consolada pelo amigo. Descido chamar-lhe para uma carona para casa. Com cautela e naturalidade vou até eles.
- Senhorita Powell?- Chamo e eles viram a cabeça em minha direção. Seu amigo me olha de olhos cerrados.
- Sr. Lennon.- Ela diz em uma voz baixa. A olho preocupado.
- Gostaria de uma carona para casa?- Pergunto e ela olha para o amigo que me olha atentamente.
- Ahm... Sim, aceito.- Ela responde. Dou-lhe um sorriso gentil. Seu amigo a ajuda se levantar do pequeno muro.
- George, vejo você hoje a noite ok?- Ela diz ao amigo. Ele irá para sua casa?
- Está bem, trago os doces. - O garoto diz sorrindo divertido. Rango os dentes de ciúmes.
Para completar a cena eles se abraçam e o garoto vai em direção ao estacionamento. Sei que eles são só amigos, mas, ele à vê bem diferente.
- Vamos?- Falo seco ela assenti. Vamos para o estacionamento. Chegando na ala reservada aos professores, avisto meu volvo.
- Esse é seu carro? - Ela pergunta impressionada, é só um volvo 2013.
- Sim- Respondo de cenho franzido. Ela sorri. Aperto o controle do carro e as portas se abrem.
- Acho melhor eu sentar....Atrás. - Ela diz e eu fico sem entender.
- Por quê? - Pergunto.
- Para não levantarmos suspeitas... - Ela diz e eu reviro os olhos. Ela tem razão, mas quero ela ao meu lado.
- Não, hoje você vai comigo no banco da frente. - Falo e lhe dou um sorriso. Ela revira os olhos divertida.
- Está bem.- Ela diz e faz a volta sentando-se no banco do carona. Logo depois eu entro no carro e tenho uma ótima ideia. Dou partida e assim que saio do colégio viro-me um pouco para ela.
- Nós vamos para minha casa. - Eu digo.
- O quê? - Ela exclama surpresa.
- Quero tê-la só para mim hoje. - Eu Digo.
- John...Melhor não. - Ela diz e eu me afundo em decepção.
- Por quê? Pensei que já tínhamos conversado sobre isso. - Eu digo penetrando meus olhos na estrada a minha frente.
- Não é isso Lennon. - Ela diz com raiva. Olho-a e ela me fuzila com os olhos. - Eu só não quero cometer a loucura de dormir com você hoje e esquecer sobre o que aconteceu hoje. Eu quero lembrar disso...- Ela diz, mais para si do que para mim.
- Nes, não acho que deva pensar nisso hoje. E eu não vou dormir com você. Ao menos que me peça. - Eu falo. Ela suspira ao meu lado.
- Eu preciso lembrar. Eu já tentei isso uma vez... Eu... - Diz. OH droga. Vejo a trilha para a floresta e entro nela. Paro o carro. Ela franze o cenho. - Por que parou aqui?- Ela pergunta. Dou-lhe um sorriso tranquilizador.
- Confia em mim?- Pergunto. Ela olha no fundo de meus olhos.
- Sim. - Ela diz e posso sentir sua respiração irregular.
- Venha comigo.- Eu digo e solto do carro. Ela demora um pouco mas logo depois ela sai. E eu fecho o carro. - Vamos caminhar um pouco. - Eu digo estendendo minha mão para ela ao meu lado. Ela me olha confusa, com um pouco de divertimento.
- Você não vai, me matar e enterrar meu corpo na floresta, vai?- Pergunta ela fingindo medo. Dou uma pequena risada.
- Vou pensar no seu caso.-Falo e ela me dá um leve tapa. E seguimos em nossa caminhada.
- É muito lindo esse lugar, passei minha vida em Nova York e nenhum verde que existe lá é comparado a isso. - Ela diz encantada, olhando para todos os lugares. Paro no meio do caminho e me viro para a ela.
- Viu? É muito bom te ver sorri.- Digo acariciando lhe o rosto. Ela sorri mais uma vez.
- Quero ir para sua casa.- Ela diz. Dou um largo sorriso malicioso.
- Maravilha.- Digo sorrindo e ela ri e me dá leve murro no ombro.
- Nunca pensei que fosse assim, Sr. Lennon.- Ela diz e eu franzo o cenho.
- Como assim?-Pergunto. Ela se afasta de meus braços e cruza os seus braços e me olha de lado.
- Você é espontâneo e muito sarcástico. - Ela diz divertida. Dou uma gargalhada. Você nem imagina Nes. Penso eu.
- Sim. Você sabe avaliar muito bem. - Eu digo, trazendo- a para mais perto de mim.
- Sim. Vamos para a sua casa.- Ela diz e eu arqueio a sobrancelha.
- Você está bem afobada para alguém que não quer dormir comigo. - Falo e sua expressão alegre cai.
- O meu passado é obscuro John.- Ela diz de cabeça baixa, com uma voz triste.
- Nes, todos nós temos um passado obscuro. Eu também tenho o meu.- Falo e ela finalmente olha-me.
- Tem um passado obscuro?- Pergunta.
- Sim. Quando você estiver pronta para partilhar o seu passado, eu partilharei o meu contigo. - Digo acariciando lhe o rosto.
- Nossa jornada juntos, começa agora.- Ela diz e solta para meu rosto e cola os lábios nos meus. Um beijo doce, nada urgente. Onde podíamos nos mantemos insaciáveis sempre, mas, nunca enjoados do sabor um do outro.
Pov Nesme
Chegamos na casa de John e fui direto para o seu quarto. Entre beijos, caricias pelo corpo quase nu. A música do ambiente é totalmente perfeita, serena e uma de minhas preferidas Salted Wound de Sia.
John me senta na cama e tira suas calças ficando gloriamente nu em minha frente. Vou me afastando lentamente para o centro da cama e ele me segue. Deito-me e o mesmo, trilha beijos por minha pélvis ainda coberta por minha calcinha preta. Ele a puxa lentamente. Minha respiração fica irregular, deixo-me ser levada pela leveza de seus lábios em minha pele. Logo depois ele sobe seus lábios por meu abdômen, chegando ao meu busto. Ele me encara e tira lentamente meu sutiã por meus ombros logo depois me tomando nos braços e tirando-o completamente. Sinto sua respiração em meus seio direito cujo ele passa o nariz por meu mamilo, que fica ainda mais duro ao toque sutil. Ele se volta para meu rosto sorrindo com malícia e adoração, lhe respondo com um outro sorriso e nos beijamos intensamente. John e eu rolamos na cama entrelaçando nossos corpos, entre nossos beijos. Ele fica novamente por cima de mim, olha-me no fundo dos olhos e então pega minhas pernas as entrelaçando em sua cintura. E sem mais delongas me penetra bem devagar, chegando ao fundo.
- Oh!- Eu exclamo com o tão profundo ele foi. A música ao nosso redor fica mais agitada mais ainda de um modo lento e intenso. Ele começa um movimento de vai vem dentro de mim. Saindo e me penetrando cada vez mais fundo. Passando seu rosto por meus seios e em voltas os beijando me fazendo retorcer de prazer por baixo de si.
- Meu anjo.- Ele diz se aproximando de meu rosto e me beijando novamente, minhas mãos passam ritmicamente por suas costas apertando-a e as vezes arraindo-a. Ele interrompe nosso beijo e se senta puxando -me consigo. E ele me deixa no controle. Subo e desço sobre ele, ele puxa meu cabelo para o lado e beija meu pescoço.
- John!- Exclamo, nosso ritmo fica mais intenso. John joga-me novamente na cama e investe ainda mais dentro de mim. Nossa dança é ritmada com gemidos, apelidos, carícias. Não como ontem... Eu estou totalmente consciente do que estamos fazendo. Estamos nos amando.
- Eu estou pronta!- Eu grito ao sentir o espasmo em meu ventre. John sorri e fecha os olhos e aumenta o ritmo. - Oh!- Eu grito e gozo sobre John. Ele solta um grande gemido e sai de dentro de mim me deixando vazia e de joelhos se apoiando em minhas pernas, ele goza. Caindo sobre mim, ficamos ali abraçados. Sentindo os nossos corações se acalmarem.
Percebo depois de alguns minutos que John dormi. Isto é tão errado e ao mesmo tempo tão certo. Essa foi a nossa primeira vez juntos, onde nossos corpos e mente se conectaram.
Eu não me importo com o amanhã, só com o hoje.
Saio lentamente da cama, ainda despida e olho para a noite que cai lá fora, imerso na chuva que começa a cair.
E uma música perfeita começa a tocar em quanto pego do chão o suéter de John. E ponho em mim. Faço um coque em meus cabelos embaraçados e sento-me na cadeira em frente a cama e observo John dormindo, nu, sem cobertas só abraçando meu travesseiro. Será que isso pode durar? Será que não será como da última vez? Ele é tão sereno em quanto dormi. Ele não seria capaz de me machucar. Eu acho.
Meu celular toca e antes que acorde John o pego e saio do quarto. GEORGE.
-Oi, Geo.- Sussurro.
- Nesme, onde você está? Já é noite, precisamos conversar. - Ele diz e parece está com raiva.
- Eu estou com o John, mas, eu estou indo para casa.- Falo e ele solta um grunhido de raiva. - Geo, eu estou bem, eu já estou indo embora e nós conversamos. - Falo e desligo antes que ele fale ou grite comigo. Assim que me viro vejo John de cueca box preta, no solado do quarto, olhando-me preocupado. Sorrio para ele nervosamente e vou ao seu encontro. Ele abre seu braços, aconchegando-me neles.
- Tem que voltar para casa?- Ele pergunta ao pé de meu ouvido. Volto-me para ele.
- Sim. - Eu digo e ele avalia-me só como ele sabe fazer.
- Está bem. Eu te levo para casa.- Ele diz olhando-me com intensidade.
Então nos beijamos, John desce suas mãos de minha cintura, apertando minha bunda nua. Como é bom. Tenho que para-lo antes que comecemos o segundo round.
- Tenho que ir John.- Falo entre seus lábios e ele solta um grunhido.
- Ok, vamos nos vestir ou eu vou joga-la de volta na cama. - Diz ele e nós rimos nos separando.
Xxx
Depois de uma longa conversa no carro de John, sobre como vamos sustentar nossa complicada relação, chegamos a um acordo. Vou mudar de professor e nos vemos aos fins de semana. John vai me ajudar a parar com as drogas. Meu Deus, como é possível, uma pessoa mudar a visa de outra em dois dias? John Lennon o fez. Ele e seu jeito certinho na frente de outras pessoas e comigo o bad boy que todas sonham em ter.
- Chegamos.- Ele diz assim que chegamos em frente a minha casa, onde vejo George encostado em seu carro no estacionamento da garagem. John obtém agora, uma expressão irritada.
- Ele é meu melhor amigo e ele sabe sobre nós. - Eu digo e ele mane-a a cabeça assentindo.
- Tudo bem. Se você confia nele, eu confio em você para ele guardar nosso segredo.- Fala John. Dou-lhe um sorriso. - Nes, eu tenho muito medo que eu posso destruir sua vida.- Ele diz. Oh! John, minha vida já foi destruída.
- John, eu tenho medo de destruir a sua vida.- Falo acariciando lhe o rosto. Ele sorri e se deleita ao meu toque.
- Vamos esquecer sobre isso. - Ele diz e me puxa para seus braços e nos beijamos profundamente.
- Amanhã não vou te ver. - Ele diz assim que nos separamos.
- Por quê? - Pergunto preocupada.
- Por conta dos acontecimentos de hoje. Eles suspenderam as aulas essa semana.- Diz.
- Que chato. - Eu falo triste. A imagem de Jessica em minha mente tão ferida, quanto fisicamente e muito com certeza mentalmente.
- Ei. Ela vai ficar bem. - Ele diz acariciando-me o rosto.
- Sim, fisicamente sim, mas, emocionalmente não. - Eu digo. Assim que John iria falar alguma coisa. Ouvimos uma batida na janela e vimos George com raiva.
-Que garoto atrevido. - John exclama com raiva.
- Ok, já vou. – Eu digo e dou um ultimo beijo em John, cujo me puxa mais para si. George bate novamente. Paro nosso beijo e pego minha mochila no banco traseiro.
Assim que saio do carro de John, ele dá a partida e segue para casa. Sinto George me pegar pelo braço e o olho de olhos arregalados.
- Nesme, você está louca? – Ele grita.
- Geo, me larga e vamos para minha casa. – Falo e ele me solta. E segue atrás de mim.
Abro a porta e me deparo ao chão, com uma carta.
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